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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Diário de Pernambuco: O nº 1, uma relíquia no meu acervo.

Por: João de Sousa Lima

PRIMEIRO DIÁRIO DE PERNAMBUCO - EDIÇÃO NÚMERO 1!!!
O JORNAL MAIS ANTIGO DA AMÉRICA LATINA INCIOU COMO UM FOLHETO.


INCIA ASSIM:

HOJE SEGUNDA FEIRA 7 DE NOVEMBRO E 311 DIAS DO ANNO DE 1825...

O jornal mais antigo em circulação na América Latina, o Diário de Pernambuco foi fundado no dia 7 de novembro de 1825, pelo tipógrafo Antonino José de Miranda Falcão, no Recife.
Na data da sua fundação o Recife ainda não era a capital da província de Pernambuco (e sim Olinda), o que só veio a acontecer em 15 de fevereiro de 1827.
O Diário nasceu na rua Direita, número 267, no bairro de São José, na residência do seu fundador.
Custava 40 réis e foi criado no formato 24,5 x 19cm, como uma simples folha de anúncios, com avisos de compra e venda de imóveis, objetos, leilões, aluguéis, roubos, perdas e achados, fugas e apreensões de escravos, viagens, além de informar a hora de entrada e saída de embarcações no Porto do Recife.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA IMPRENSA BRASILEIRA:

Imprensa - Hipólito José da Costa funda, em Londres, o Correio Braziliense (ou Armazém Literário) (1 de junho de 1808). Com a vinda da família real para o Brasil, a Imprensa Régia cria a Gazeta do Rio de Janeiro, dirigida pelo frei José Tibúrcio da Rocha (10/9/1808). Friedrich Koening inventa a rotativa, capaz de rodar 1100 folhas por hora (1811). Surge o primeiro jornal informativo brasileiro: o Diário do Rio de Janeiro, (1 de junho de 1821); no mesmo ano surgem as primeiras folhas essencialmente políticas: o Reverbero Constitucional Fluminense, de Gonçalves Ledo e Januário Barbosa, e o Correio do Rio de Janeiro, de João Soares Lisboa; apesar da censura, circulam no Brasil jornais, como o Typhis Pernambucano, de Frei Caneca, que fazem críticas violentas contra o governo (25 de dezembro de 1823); fundação do Diario de Pernambuco, o mais antigo jornal em circulação no Brasil (7 de novembro de 1825).

Primeiro número do Diario de Pernambuco

Pierre Plancher funda, no Rio de Janeiro, o Jornal do Commercio (1 de outubro) e o liberal Evaristo da Veiga funda o Aurora Fluminense; são igualmente combativos o Repúblico, de Borges da Fonseca, o Observador Constitucional, Líbero Badaró, e a Sentinela do Serro, de Teófilo Otoni, em Ouro Preto; em 1827 o Brasil já conta com 54 periódicos, sendo dezesseis na Capital. Em Paris, Charles Havas funda a primeira agência de notícias (1832). Emilie Girardin funda em Paris o La Presse, primeiro diário a publicar anúncios pagos (1836). Início da publicação, no Rio de Janeiro, da mais antiga revista em circulação no Brasil, a Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1839). Criada nos EUA a agência Associated Press (1848). Surge o primeiro diário de São Paulo, o Constitucional (1848). Criada em Londres a agência de noticias Reuters (1851). Surge na Bahia o primeiro periódico feminino do Brasil: o Jornal das Senhoras, de Violante Bivar e Velasco (1852). Quintino Bocaiúva lança A República, órgão do partido republicano (13 de dezembro de 1870). Rangel Pestana funda A Província de S.Paulo (4 de janeiro de 1875), que em 1 de janeiro de 1890, sob a direção de Júlio de Mesquita, passa a se chamar O Estado de São Paulo. Surge em São Paulo O Diário Popular (8 de novembro de 1884). Otto Mergenthaler inventa o linotipo, eliminando o processo manual de composição gráfica (1885).
No Rio de Janeiro, Rodolfo Dantas funda o Jornal do Brasil (9 de abril de 1891). Entre 1891 e 1894, são fechados pelo governo vários jornais; sobrevivem apenas o Diário Popular e A Gazeta, em São Paulo, A Tribuna, em Santos (SP), e o correio do Povo, em Porto Alegre.

Extraído do blog do escritor e pesquisador do cangaço
João de Sousa Lima

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