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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como morre um cangaceiro


Antes de ser executado, Jararaca riu com as lembranças de sua vida ao lado de Lampião

Um dia depois do combate, quando o povo de Mossoró ainda temia o possível retorno de Lampião sequioso por vingança, um dos principais cangaceiros do bando, Jararaca, foi capturado se arrastando por um matagal.


O que se deu a seguir foi um roteiro tragicômico, conforme a narrativa de Lauro da Escócia, então repórter do jornal O Mossoroense. O nome do pernambucano Jararaca era José Leite de Santana. Ele tinha apenas 22 anos – nos registros policiais, contudo, aparece com 26. Mesmo com um rombo de bala no peito, conseguiu gargalhar durante uma entrevista na cadeia. 


O cabra de Lampião dizia que era por causa das lembranças divertidas do cangaço”. Entre as memórias que ouviu do preso, Escóssia descreve o dia em que Lampião teria invadido a festa de casamento de um inimigo e, com seu próprio punhal, sangrado o noivo. Já a noiva teria sido estuprada na caatinga pelos cabras do bando. 

Segundo o relato de Jararaca, Virgulino também ordenou que os convidados de um baile tirassem as roupas e dançassem um xaxado completamente nus. 


Vera Ferreira, neta de Lampião, que hoje cuida das memórias do avô em Aracaju, Sergipe, vê muito folclore nesse tipo de história. Nega, a partir das suas pesquisas, que o cangaceiro tenha ordenado ou praticado estupros (ela é co-autora do livro independente De Virgolino a Lampião, que escreveu com o pesquisador 


Amaury Corrêa, dono de um dos maiores acervos sobre o rei do cangaço, em São Paulo). Fato é que, na cadeia, Jararaca virou atração pública na cidade potiguar. Quando já apresentava alguma melhora do ferimento, mesmo sem ser medicado, ouviu que seria transferido para a capital, Natal. Era mentira. 

Alta noite, da quinta para a sexta-feira, levaram Jararaca para o cemitério, onde já estava aberta sua cova”, relata Escóssia. Pressentindo a armação, Jararaca diz: 

"Sei que vou morrer. Vão ver como morre um cangaceiro!"  


O capitão Abdon Nunes, que comandava a polícia em Mossoró, relatou dias depois os momentos finais do capanga de Lampião: Foi-lhe dada uma coronhada e uma punhalada mortal. O bandido deu um grande urro e caiu na cova, empurrado. Os soldados cobriram-lhe o corpo com areia”. 


Pelas circunstâncias da morte, o túmulo de Jararaca virou local de romaria. Até hoje as pessoas rezam e fazem promessas com pedidos ao cangaceiro executado. Na terra do Sol, Deus e o Diabo ainda andam juntos.

6 comentários:

  1. Anônimo23:22:00

    AMIGO MENDES, UMA VEZ OUVI UMA HISTÓRIA CONTADA POR UM CABRA DAI DAS BANDAS DO NORDESTE ISTO É, DO CARIRI VELHO DE BAIXO, SEGUNDO ESTE HOMEM O TAL CANGACEIRO POR ALCUNHA JARARACA,NÃO FAZIA TANTO JUS AO APELIDO RECEBIDO COMPARANDO-O AO COMPORTAMENTO SUPER AGRESSIVO E CRUEL DA TAL SERPENTE PEÇONHENTA.ISTO ACONTECEU EM SERGIPE NUMA MANHÃ ENSOLARADA DO MÊS DE AGOSTO À MAIS OU MENOS NOVE HORAS, QUANDO SE OUVIA AO LONGE A CANTIGA DOS COCÕES DE UM VELHO CARRO DE BOIS CARREGADO DE TRONCOS DE AROEIRA QUE A PASSO LENTO VINHA PELA ESTRADA ESTREITA SUBINDO A LONGA RAMPA NO SOPÉ DE UMA SERRA,O ABÔIO DO CARREIRO QUE CONDUZINDO SEIS JUNTAS DE BOIS,ECOAVA À LÉGUAS DE DISTANCIA DENTRO DAQUELE SERTÃO BRAVIO.
    BEM ADIANTE, QUANDO O REFERIDO CARRO DE BOIS ALCANÇAVA O ALTO DO ESPIGÃO, O CARREIRO VIU À SUA FRENTE SENTADO SOBRE UMA PEDRA ÀS SOMBRAS DE UMA BARRIGUDA,UM HOMEM NEGRO,ALTO CABELOS DE CARAPINHA CANSADO,FAMINTO E COM A ROUPA TODA RASGADA,ESTAVA COM UM PUNHAL ATRAVESSADO NO CINTURÃO DESPROVIDO DE MUNIÇÃO E SEGURAVA UM FUZIL QUE NUM GESTO SÚBITO; SE LEVANTOU E ACENOU PARA O CARREIRO PARAR, SE APROXIMANDO ENTÃO DO CANDEEIRO PEDIU-LHE AGUA E COMIDA.
    APROVEITANDO A SOMBRA DA ÁRVORE, O CARREIRO DEU UM DESCANSO AOS BOIS, EM SEGUIDA PEGOU UMA PATRONA DE COURO E TAMBÉM UMA CABAÇA REPLETA DE ÁGUA FRESCA,DESCENDO DO CARRETÃO SENTOU-SE AO LADO DO ESTRANHO DANDO-LHES A PURUNGA COM ÁGUA.O CABRA BEBEU GORGOLEJANDO E DERRAMANDO AGUA PELO PEITO A FORA, LIMPOU A BOCA COM A COSTA DAS MÃOS PEGANDO UMA CUIA COM UM BOCADO DE FARINHA E ALGUNS NACOS DE JABÁ COZIDO; SE ALIMENTANDO COM MUITA AVIDEZ,NOTAVA-SE QUE O CABRA ERA UM CANGACEIRO ESTAVA A DIAS FORAGIDO EM MEIO ÁS CAATINGAS DO SERTÃO;E ERA ISTO MESMO,MAS MESMO ASSIM O CANDEEIRO NÃO DEMONSTROU MEDO NEM FEZ PERGUNTAS AO ESTRANHO
    QUE PEDIU UMA CARONA PARA O CARREIRO ATÉ A MAIS ADIANTE,E ASSIM; DURANTE A VIAGEM ELE ADORMECEU, VINDO A DESPERTAR-SE ASSUSTADO COM O SOLAVANCO DO ATRITO DAS RODAS DE MADEIRA COM AS PEDRAS DO CAMINHO, ISTO JÁ A ALGUMAS LÉGUAS DE DISTANCIA.ELES ESTAVAM PERTO DE UM RIACHO, DAI O CABRA PEDIU PARA O CARREIRO PARAR, LOGO APÓS
    ELE APEAR PERGUNTOU: O SINHÔ E CASADO? -SIM. E QUANTOS FIOS O SINHÔ TEM? -TRÊS. O SINHÔ É DONO DE TERRAS? -NÃO, SÔ SÓ IMPREGADO.
    DAI O CABRA TIROU DE DENTRO DO CINTO QUATRO PATACAS DE OURO MACIÇO E ENTREGOU AO VELHO CARREIRO DIZENDO: - ISTO MEU AMIGO É UM PRESENTE DO CANGACEIRO JARARACA, VÁ COM DEUS E MEU PADIM CIÇO LHE PROTEJA PELO CAMINHO.
    O CARREIRO AGRADECEU COM UM GESTO DE CABEÇA E PARTIU FELIZ TANGENDO OS BOIS PELA LONGA ESTRADA POEIRENTA, JÁ O CANGACEIRO JARARACA EMBRENHOU-SE CAATINGA A DENTRO RUMO À UMA FAZENDA POR NOME "TOCA DO MOCÓ ", PARA SE ABASTECER DE MUNIÇÃO E SUPRIMENTOS E SE REAGRUPAR COM OS DEMAIS CANGACEIROS DISPERSADOS PELO CONFRONTO COM A VOLANTE DO TENENTE ZÉ RUFINO.
    ESTA É MAIS UMA DAS MIL HISTÓRIAS DO CABO FRANCISCO CARLOS JORGE DE OLIVEIRA.

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  2. Grande cabo Francisco Carlos Jorge: Mande-me uma foto sua para fazer a postagem deste artigo com ela.

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  3. Anônimo22:47:00

    CARO AMIGO MENDES EU LHE ENVIEI A MINHA FOTO NA SEXTA FEIRA 31/05/13 JUNTO A UM TRABALHO SOBRE O BRASIL E AS ARMAS DA ERA DO CANGAÇO.
    CABO FRANCISCO CARLOS.

    josemendesp58@hotmail.com

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  4. Cabo Francisco Carlos:

    Até o momento não chegaram em meu e-mail a sua foto e nem o trabalho. Gostaria que me enviasse também o seu e-mail para nossos contatos.

    Abraço fraterno

    José Mendes Pereira

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  5. Anônimo19:40:00

    Caro amigo Mendes mande-me seu e-mail após esta postagem.

    CABO FRANCISCO CARLOS

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  6. Cabo Francisco Carlos, os meus e-mails estão no final da página deste blog.

    josemendesp58@hotmail.com
    josemendesp58@gmail.com

    Aguardo contatos

    José Mendes Pereira

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