Material do Acervo do pesquisador Raul Menelu Mascarenhas
Santana do
Cariri é um município do estado do Ceará, Brasil. Localiza-se na microrregião
do Cariri, mesorregião do Sul Cearense, bem como na Região Metropolitana do
Cariri. O município tem 807 km². Foi criado em 1885. Possui o título de
"Capital Cearense da Paleontologia".
Destaca-se por
possuir um vasto sítio paleontológico, onde já foram descobertas várias
espécies de animais extintos. Abriga o Museu de Paleontologia da Universidade
Regional do Cariri.
Casarão
Cultural Felinto da Cruz Neves e Generosa Amélia da Cruz 1ª mulher prefeita de
Santana, 1ª do Ceará e 2ª do Brasil. O Casarão pertenceu ao Coronel
Felinto da Cruz Neves, construído no século XIX, com imensos e dezenas de
janelões bem trabalhados. Na parte superior: salas, salões, capela com imagens
de diversos santos e um catecismo da época. Um pátio e um imenso subterrâneo.
Alguns materiais foram importados da França.
Igreja matriz
de Senhora Sant'Ana" centenária e em estilo neo clássico, de estilo
barroco com altares internos de rococó, construída no século XIX, pelo Padre
Inácio Rufino de Moura. A imagem da padroeira Senhora Santana foi trazida da
Europa pelo Coronel Felinto da Cruz Neves, medindo aproximadamente 1,5 m de
altura.
No ano de 1925
lutas sangrentas em Santana do Cariri, onde o chefe conservador Manoel
Alexandre disputa com chefe democrata Felinto Cruz a posse da
localidade.
A fortuna de
Manuel Alexandre era bastante substancial pois com orgulho mantinha seis
fazendas, todas com muito gado, tinha lojas, um engenho de cana e muitos
imóveis. Era casado e tinha dois filhos.
Conta-se a
história que em uma das refregas, o filho mais velho de Manuel Alexandre,
desentende-se com um grupo de rapazes da cidade. Leva uma surra. Apesar de ter
sido uma simples briga de rua, os agressores são identificados como partidários
do coronel Felinto Cruz e Manuel Alexandre jura vingança, reúne alguns homens e
vão até a cidade, mas são rechaçados. A refrega termina sem feridos. Mas a
raiva aumenta.
No ano de 1925
quando foram contratados cangaceiros de ambas as partes. Manoel Alexandre
contrata cerca de 80 cangaceiros e o coronel Felinto Cruz resolve fazer o
mesmo, contratando 40 homens do cangaço. A guerra inicia-se e a tropa de Manuel
Alexandre invade a cidade. Entrincheirados nos altos da Igreja de Senhora de
Santana, os homens do coronel abrem fogo. A batalha termina com 26 mortos.
Para pegar o
coronel Felinto Cruz desprevenido, Manoel Alexandre prepara seus cangaceiros
para invadir a casa do coronel Felinto, de madrugada. Foi onde ferido por
ocasião do tiroteio o filho mais novo de Manoel Alexandre veio a falecer.
Segundo os
historiadores, a guerra termina e começa uma longa decadência econômica de
Manuel Alexandre. Mas como podemos ver nesse fac-símile do jornal O Globo
de 8 de junho de 1927, ele ainda era um homem poderoso e chefiava a facção a
que a família Accioly e o Senador Francisco Sá faziam parte e que Moreira da
Rocha presidente do estado do Ceará, segundo o jornal, continuava indiferente
pois pertencia ao Partido Conservador.
http://meneleu.blogspot.com.br/2014/09/cangaceiros-contratados-o-banditismo-no.html
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