Por Clerisvaldo Braga das Chagas
Prezado
Mendes.
Esperando
ajudar o indagador Antônio Oliveira – Serrinha, no comentário sobre notícia de
José, sobrinho de Lampião, pós Angicos, na minha crônica: “Lampião, os bodes e
a máquina de costura”, tenho a dizer:
Pesquisador do cangaço Antonio José de Oliveira
O livro “O Fim
de Virgulino Lampião, o que disseram os jornais sergipanos”, de Antônio Corrêa
Sobrinho, publicado em 2008, editado pela Gráfica Santana, Aracaju, às páginas,
147-149, publicados pelos jornais: “O Nordeste” (03.03.39); “Sergipe-Jornal”
(03.03.39); “Correio de Aracaju” (04.03.39), sobre José:
“O Nordeste”:
Rio, 2 (A.N.) – Informaram da Bahia que foi preso em Jeremoabo José Ferreira
Santos, com 17 anos, sobrinho de Lampião.
José Ferreira sobrinho de Lampião
Conduzido
àquela capital em companhia de Aníbal e mais duas praças, José declarou que
esteve somente um dia e uma noite junto ao rei do cangaço, pois na manhã
seguinte deixara seu tio. Ouvindo o tiroteio, diz que disparou em carreira
desabrida fugindo aos acontecimentos, cujo desfecho ignorava. Chorando, José
pensa está preso apenas por ter assistido ao combate da polícia contra Lampião.
Falando às autoridades, disse que fora enganado pelo coiteiro de nome Messias,
morador nas margens do São Francisco que o convidou para trabalhar nos
arredores em procura de dormentes.
Subitamente
viu-se em presença do seu tio. No momento do tiroteio Lampião entregou-lhe um
rifle, mas José confessou que não teve ânimo de atirar.
Por fim
declarou que absolutamente não lamentava a morte do célebre cangaceiro.
Virgulino Ferreira da Silva aos 20 anos e José Ferreira Santos/Campos aos 17 anos
José Ferreira
Santos, cujo clichê os jornais estamparam, possui todos os traços fisionômicos
de Lampião, sendo impressionante a semelhança física entre ambos.
“Sergipe-Jornal”:
Rio, 2 (A.N) – Informam da Bahia que foi preso José Ferreira Campos, com 17
anos de idade, sobrinho de Lampião. Conduzido àquela capital pela polícia, José
declarou que esteve somente um dia e uma noite junto ao rei do cangaço, pois na
manhã seguinte mataram o seu tio. Ouvindo tiroteio, diz que correu fugindo aos
acontecimentos, cujo desfecho ignorava. Chorando, José pensa estar preso apenas
porque assistiu ao combate da polícia contra Lampião.
O “Correio de
Aracaju”, cita mais ou menos a mesma coisa.
É somente o
que sei.
Pesquisadores
podem responder melhor ao nosso leitor Antônio Oliveira.
Obrigado e
abraços (Clerisvaldo B. Chagas, um leitor exigente).
CLERISVALDO B.
CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA –
CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora
Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram
cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo
Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior
(antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em
1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com
a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas:
Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação
de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA -
Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado
também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias
escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia,
Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários
outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas:
Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São
Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na
Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na
cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual
Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de
Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até
setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema,
um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda
Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de
Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Muito grato Mendes a você que está sempre atento aos fatos, e ao nobre Escritor Clerisvaldo Chagas por nos proporcionar as necessárias informações. No andamento da "carruagem" o próprio Professor Chagas descobrirá qual foi a continuidade da vida do JOSÉ - sobrinho de Virgolino. Por certo ele teria muito o que nos transmitir.
ResponderExcluirAtenciosamente,
Antonio Oliveira - Serrinha
Mendes, você está mais veloz que o TREM BALA DO JAPÃO (ou é da China). Já liberou o comentário?!
ResponderExcluirAntonio Oliveira