Por José
Romero Araújo Cardoso
Raimundo Soares de Brito sintetiza e personifica um dos mais luminosos pontos
da cultura potiguar, pois com esforço e obstinação vem contribuindo
formidavelmente para o enriquecimento das letras e da preservação da memória em
território potiguar.
A hemeroteca que estruturou é um dos mais importantes repositórios de informações sobre o Estado do rio grande do Norte, pois ávido colecionador de velhos jornais, velhos alfarrábios e tudo que tem letras e números, Rai Brito impressiona pelo amor ao saber e pelo desprendimento, pelo desinteresse em servir a quantos que o procura para pesquisas, consultas ou informações referentes a tudo que envolve o Rio Grande do Norte, mas sobretudo Mossoró e região oeste.
Escritor de raros dotes, Raimundo Soares de Brito escreveu importantes trabalhos enfocando da indústria e do comércio na região a tratado memorialístico fantástico que preserva figuras populares fascinantes com as quais conviveu. O livro por título "Eu, ego e os outros", publicado pela Editora Queima-Bucha, consiste no reconhecimento do grande intelectual potiguar à importância da maioria dos personagens simples e humildes da nossa terra. Se não fosse Raimundo Soares de Brito, pessoas como Mané Cachimbinho, Pata Choca, etc., tinham caído no esquecimento completo.
A geografia e a história mossoroenses foram enriquecidas com a publicação dos volumes do Dicionário de ruas e patronos, frutos da obstinação e da perspicácia de Raimundo Soares de Brito.
Talvez um dos mais marcantes trabalhos de Raimundo Soares de Brito seja "Nas garras de Lampião", publicado pela Coleção Mossoroense da Fundação Vingt-un Rosado. Esmiuçando o diário do "Coronel" Antônio Gurgel, prisioneiro do bando de Lampião em 1927, Rai Brito legou-nos interessantes notas históricas sobre espaço e tempo das agruras vividas pelo bravo sertanejo que viveu indesejado drama antes e após o frustrado ataque bandoleiro a Mossoró.
Amigo pessoal de Raimundo Soares de Brito, sempre contestei a "mania exagerada de perfeição" que acompanha imemorialmente o grande mestre. Exemplo disso encontra-se na relutância em publicar fabuloso trabalho memorialístico sobre o "Coronel" Quinca Saldanha, chefe político de Caraúbas (RN) que em um passado remoto, inexplicavelmente, atendeu aos apelos da Aliança Liberal e cerrou fileiras com o governo de João Pessoa no Estado da Paraíba, enviando, inclusive, jagunços para lutar ao lado das tropas legalistas em Tavares (PB), quando da guerra civil de Princesa em 1930.
A hemeroteca que estruturou é um dos mais importantes repositórios de informações sobre o Estado do rio grande do Norte, pois ávido colecionador de velhos jornais, velhos alfarrábios e tudo que tem letras e números, Rai Brito impressiona pelo amor ao saber e pelo desprendimento, pelo desinteresse em servir a quantos que o procura para pesquisas, consultas ou informações referentes a tudo que envolve o Rio Grande do Norte, mas sobretudo Mossoró e região oeste.
Escritor de raros dotes, Raimundo Soares de Brito escreveu importantes trabalhos enfocando da indústria e do comércio na região a tratado memorialístico fantástico que preserva figuras populares fascinantes com as quais conviveu. O livro por título "Eu, ego e os outros", publicado pela Editora Queima-Bucha, consiste no reconhecimento do grande intelectual potiguar à importância da maioria dos personagens simples e humildes da nossa terra. Se não fosse Raimundo Soares de Brito, pessoas como Mané Cachimbinho, Pata Choca, etc., tinham caído no esquecimento completo.
A geografia e a história mossoroenses foram enriquecidas com a publicação dos volumes do Dicionário de ruas e patronos, frutos da obstinação e da perspicácia de Raimundo Soares de Brito.
Talvez um dos mais marcantes trabalhos de Raimundo Soares de Brito seja "Nas garras de Lampião", publicado pela Coleção Mossoroense da Fundação Vingt-un Rosado. Esmiuçando o diário do "Coronel" Antônio Gurgel, prisioneiro do bando de Lampião em 1927, Rai Brito legou-nos interessantes notas históricas sobre espaço e tempo das agruras vividas pelo bravo sertanejo que viveu indesejado drama antes e após o frustrado ataque bandoleiro a Mossoró.
Amigo pessoal de Raimundo Soares de Brito, sempre contestei a "mania exagerada de perfeição" que acompanha imemorialmente o grande mestre. Exemplo disso encontra-se na relutância em publicar fabuloso trabalho memorialístico sobre o "Coronel" Quinca Saldanha, chefe político de Caraúbas (RN) que em um passado remoto, inexplicavelmente, atendeu aos apelos da Aliança Liberal e cerrou fileiras com o governo de João Pessoa no Estado da Paraíba, enviando, inclusive, jagunços para lutar ao lado das tropas legalistas em Tavares (PB), quando da guerra civil de Princesa em 1930.
Raimundo Soares de Brito
Raimundo Soares de Brito é referência quando o assunto envolve o âmbito cultural no Estado do Rio Grande do Norte, pois com dedicação ímpar tornou-se uma das maiores autoridades das letras na região, razão pela qual a universidade do Estado do Rio Grande do Norte não titubeou em conceder-lhe título de Doutor Honoris Causa.
(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN. Mestre em
Desenvolvimento e Meio Ambiente.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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