Por Guilherme Machado historiador/pesquisador
Mapa do Trajeto Feito Por Lampião, Para ir ao Encontro de Maria Bonita de Paulo Afonso Bahia Até a Malhada da Caiçara Município Vizinho a Santa Brígida Bahia, no Ano de 1930. Este Encontro Durou 8 Anos, de Guerra e Amor no Cangaço...!!!
A primeira
mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Assim foi Maria Gomes de
Oliveira, conhecida como Maria Bonita. Nascida em 8 de março de 1911 (não por
acaso o Dia Internacional da Mulher!!) numa pequena fazenda em Santa Brígida,
Bahia e filha de pais humildes Maria Joaquina Conceição Oliveira e José Gomes
de Oliveira, Maria Bonita casou-se muito jovem, aos 15 anos. Seu casamento
desde o início foi muito conturbado. José Miguel da Silva, sapateiro e
conhecido como Zé Neném vivia às turras com Maria. O casal não teve filhos. Zé
era estéril.
A cada briga
do casal, Maria Bonita refugiava-se na casa dos pais. E foi, justamente, numa
dessas “fugas domésticas” que ela reencontrou Virgulino, o Lampião, em 1929.
Ele e seu grupo estavam passando pela fazenda da família. Virgulino era antigo
conhecido da família Oliveira. Esse trajeto era feito com freqüência por ele.
Era uma espécie de parada obrigatória do cangaceiro.
Os pais de
Maria Bonita gostavam muito do “Rei do Cangaço”. Ele era visto com respeito e admiração
pelos fazendeiros, incluindo Maria. Sem querer a mãe da moça serviu de cupido
entre ela e Lampião. Como? Contando ao rapaz a admiração da filha por ele. Dias
depois, Lampião estava passando pela fazenda e viu Maria. Foi amor à primeira
vista. Com um tipo físico bem brasileiro: baixinha, rechonchuda, olhos e
cabelos castanhos Maria Bonita era considerada uma mulher interessante. A
atração foi recíproca. A partir daí, começou uma grande história de
companheirismo e (por que não!) amor.
Um ano depois de
conhecer Maria, Lampião chamou a “mulher” para integrar o bando. Nesse momento,
Maria Bonita entrou para a história. Ela foi a primeira mulher a fazer parte de
um grupo do Cangaço. Depois dela, outras mulheres passaram a integrar os
bandos.
Maria Bonita
conviveu durante oito anos com Lampião. Teve uma filha, Expedita, e três
abortos. Como seguidora do bando, Maria foi ferida apenas uma vez. No dia 28 de
julho de 1938, durante um ataque ao bando um dos casais mais famosos do País
foi brutalmente assassinado. Segundo depoimento dos médicos que fizeram a
autópsia do casal, Maria Bonita foi degolada viva.
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Portal Do Cangaço da Bahia.
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