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sábado, 6 de outubro de 2018

CANGAÇO: O CONTEXTO SOCIAL DO NORDESTE NA ÉPOCA DE LAMPIÃO


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Hoje, quando o Nordeste lembra, comemora, critica e elogia a morte de Lampião, a imagem do cangaceiro é analisada dentro do contexto social da época. Um dos mais importantes documentos sobre a visita de Lampião a Juazeiro do Norte, em 1927, além da antológica entrevista concedida ao médico cratense Otacílio Macedo, é o relato feito pelo contador Florival Matos que, conforme diz, foi secretário de cangaceiro por alguns minutos e encarregado de passar a informação de que ele seria, a partir daquele momento, um importante reforço das forças federais para lutar pela "pátria".

O documento comprova o convite para que o rei do cangaço ajudasse o governo federal a combater a Coluna Prestes. Segundo conta Florival, em 1926, Lampião foi convidado pelo Padre Cícero do Juazeiro a enfrentar Luís Carlos Prestes, que se internava no Sertão numa fileira de mais de mil homens. O pedido foi endossado pelo presidente Artur Bernardes que, contando com o apoio do então deputado Floro Bartolomeu, pôs o plano em ação: ou Lampião liquidava com a Coluna Prestes ou vice-versa. Formalizado o pedido, Lampião ganhou de imediato galões de capitão das forças legais. Para selar o acordo, recebeu também grande quantidade de armamento, fardas e mantimentos militares.

Mas a participação do cangaceiro como integrante das forças legais durou pouco. Lampião não foi bem recebido pelos oficiais de outros Estados, que não reconheciam sua patente. Revoltado com a falta de acolhimento, Virgulino se esquiva de combater a Coluna pois, inclusive, nada tinha contra ela. Com sarcasmo e inteligência deu meia volta da empreitada e afirmou: "já que ninguém reconhece minha patente por aqui, a viola vai cantar na Caatinga velha!".

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