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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

DURVALINA E MORENO !

Publicado no Orkut em 06 de Setembro de 2009
cangaceiro_Moreno

Quem foi considerado fora da lei há décadas hoje é memória da cultura brasileira. Os três cangaceiros do bando de Lampião e Maria Bonita se reencontraram no Ceará
São 71 anos de união e muitas histórias. Foi pelas veredas do sertão que Moreno conheceu Durvalina. Um caso de amor que nasceu no meio do fogo cruzado entre policiais e cangaceiros. No corpo, ela tem até marca de tiro que levou durante uma fuga. "Era a muita polícia que rodeava. Eu saí correndo, deixei tudo no chão, meu rifle, minhas cobertas", relembra Durvalina.
Depois da morte de Lampião, o casal fugiu para Minas Gerais. Lá trocaram de nome, tiraram novos documentos e esconderam de todos que eram cangaceiros. Uma história que por mais de 60 anos foi guardada em segredo. Nem os filhos conheciam o passado do casal.
A revelação foi feita por Moreno há pouco mais de dois anos. "Fazem parte da história do Brasil. Isso para mim é um orgulho", diz a filha de Durvalina, Nely Conceição.
Considerada a última integrante do bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Jovina Maria da Conceição Souto, de 93 anos, conhecida como Durvinha, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), morreu anteontem em Belo Horizonte, onde vivia desde a década de 1940 com o marido José Antônio Souto, de 98 anos, o "Moreno". O casal conseguiu escapar do ataque das forças federais que dizimou o grupo de Lampião em 28 de julho de 1938. O velório e o enterro foram realizados no Cemitério da Consolação, em Belo Horizonte, no domingo (29).

De acordo com o cemitério, Durvinha tinha 92 anos, era casada com o cangaceiro José Antônio Souto, conhecido como Moreno e deixa seis filhos. 

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Aristéia e João de Sousa Lima

Uma das últimas remanescentes da luta do cangaço vive há três anos na cidade de Delmiro Gouveia, em Alagoas. Aristéia Soares de Lima, 95 anos, disse que não tem saudades do tempo em que viveu na caatinga. Ela também relata que a vida dos cangaceiros melhorou depois da morte de Lampião, pois os integrantes do movimento passaram a ser menos perseguidos pelas volantes (polícia da época).
Completamente serena e lúcida, ela recebe todos que a visitam com extrema simpatia e revela que não gostava de fazer parte do cangaço. Só fez parte do grupo por falta de opção. “Sou mais feliz hoje do que no tempo do cangaço. Foi um tempo muito sofrido.”
Ela disse também que chegou a passar fome depois do fim do cangaço, em 1940. “Comia cacto, meu filho. Também comia batata do umbuzeiro (raiz da árvore) e palma. Não foi fácil. Agora a gente tem aposentadoria e o velho vive melhor.” Aristéia vive em uma casa com um dos filhos, nora e netos.  

Amiga no cangaço 

Mas nem só de tristeza lembra a cangaceira quase centenária. Ela guarda na memória momentos de amizade que viveu ao lado de Durvalina Gomes de Sá, conhecida como Durvinha, morta em junho deste ano em Minas Gerais. “Era a cangaceira mais bonita. Eu gostava muito dela”, disse Arister, que ficou emocionada ao falar da amiga de confidências. 
Aristéia não lutou diretamente com Lampião, que ela afirma nunca ter conhecido pessoalmente, nem mesmo Maria Bonita. “Eu era do grupo de Antonio Moreno (marido de Durvinha). Nunca vi Lampião. Só a cabeça dele, quando mostraram para todo mundo em Piranhas (AL). Não tive medo, pois estava presa e não tinha motivo para cortarem a minha cabeça também.”
As mortes de Lampião e Maria Bonita completaram 71 anos. Eles foram mortos em uma emboscada na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), em 1938. Outros nove cangaceiros e um policial morreram no local.
Aristéia ficou anônima durante décadas até ser descoberta, em maio de 2007, pelo historiador João de Souza Lima, 43 anos. Antes, a cangaceira vivia na Fazenda Lajedo do Boi, no povoado Capiá da Igrejinha, em Canapi (AL).
Em uma viagem recente feita com o historiador, de avião, para Fortaleza (CE), a cangaceira lembrou de um momento que considera um dos mais engraçados de sua vida. “Ela tem uma memória muito boa. Se você passar um dia com ela vai voltar com umas cinco histórias do cangaço na bagagem”, disse Souza.
A cangaceira lembrou do sonho de voar. “Eu estava na roça de casa quando vi uns urubus voando no céu e pensei. Um dia vou voar nisso aí (mesmo sem saber que aquilo era uma ave). Minha amiga começou a rir de mim. Queria que minha amiga estivesse viva hoje pra mostrar que eu consegui e caçoar dela. Voei de avião e duas vezes
A região, que ainda inclui o estado de Pernambuco, é considerada a que mais teve indicações das atividades dos cangaceiros. Em Paulo Afonso (BA), por exemplo, nasceu e viveu Maria Bonita. Segundo especialistas do tema, teria sido nessa cidade que Lampião conheceu Maria Bonita, que o acompanhou pela caatinga até a morte.


Segundo o pesquisador Amaury Antonio Corrêa, as cidades mais importantes para o Cangaço foram Vila Bela, hoje conhecida como Serra Talhada (PE), Jeremoabo (BA), Uauá (BA), Floresta (PE), Piranhas (AL), Delmiro Gouveia (AL), Poço Redondo (SE), Porto da Folha (SE) e Glória (BA)
O CANGAÇO ESTÁ DE LUTO !!!

É com pesar que comunicamos o falecimento na manhã de hoje do ex-cangaceiro Moreno; pai de João Souto, Nely Gonçalves e Inacinho.
Moreno foi um dos mais destacados cangaceiros do grupo de Virgínio e após a morte desse, passou a ter como companheira a mais bela das cangaceiras, Durvinha.
18/08/11

AGRADECIMENTO DE LILI FILHA DE MORENO E DURVINHA


QUERIDA AMIGA! MUITO OBRIGADA POR ESSA LINDA HOMENAGEM , VC É SIMPLISMENTE UMA CRIATURA MARAVILHOSA E ALÉM DE TUDO TEM O PODER DE FALAR E RECEBER OS NOSSOS HEROIS DO CANGAÇO... O NOSSO LAMPIÃO ! OBRIGADA MIL VEZES POR EU TER O PREVILÉGIO DE SER AMIGA DE UMA CRIATURA LINDA .... VOCÊ MARLENE... EU SIMPLISMENTE TE ADMIRO E A RESPEITO MUITO E O MAIS BONITO [EU TE AMO] BEIJOS DE LILI.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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