Agências
O chefe da Promotoria da Toscana, Beniamino Deidda, disse ontem que o inquérito sobre o naufrágio do Costa Concordia se focará agora nos principais executivos da proprietária, a Costa Cruzeiros.
Em entrevista à imprensa italiana, Deidda citou “problemas e atos de irresponsabilidade na segurança” nas decisões tomadas pela empresa dona do navio.
O navio afundou em 13 de janeiro, perto da ilha de Giglio, num desastre que a empresa atribuiu a manobras “não autorizadas” do capitão Francesco Schettino.
Ontem, as equipes de resgate encontraram o corpo de uma mulher na embarcação, o que elevou para 16 o total de vítimas do naufrágio. Há 20 pessoas desaparecidas.
Schettino declarou à Justiça italiana que havia informado o chefe da unidade de crise da Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarino, sobre a gravidade da situação após o acidente com o navio.
O capitão disse ainda que a empresa os encorajava a executar a manobra de aproximação da costa como forma de ação publicitária.
Deidda pede que sejam esclarecidas as razões do atraso na retirada dos passageiros do navio, após ter sido confirmado que a situação estava fora de controle.
Ele acredita que houve negligência da empresa e cita imagens de um membro da tripulação pedindo que as pessoas permanecessem nas cabines.
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