Por: Geraldo Maia do Nascimento
Na noite do dia 17 de setembro de 1979, uma segunda-feira, os funcionários do hotel “Thermas” que acabara de ser construído em Mossoró, distante 300 quilômetros de Natal, abriram torneiras para que a água de um poço profundo perfurado no local enchesse o conjunto de 10 piscinas térmicas. A intenção era que na manhã da terça-feira todos os reservatórios amanhecessem cheios. Essa era a última medida necessária à inauguração do hotel. O evento, previsto inicialmente para o final de agosto daquele ano, foi adiado porque a água que encheu as piscinas pela primeira vez estava misturada com óleo. Pouco, suficiente apenas para impedir o banho e a inauguração.
Para resolver o problema foram solicitados os serviços da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais do Rio Grande do Norte (CDM). Após as devidas correções, a expectativa era de que nada mais atrapalharia o início das atividades do hotel. Seria uma grande festa. Seria. Mas na manhã do dia 18 de setembro de 1979, o óleo voltou a gritar em meio à água. Às 5h30, quando os funcionários do hotel começavam a trabalhar, surpreenderam-se em verificar que o problema do óleo não estava resolvido. E que desta vez tinha vindo com mais força.
A inauguração teve de esperar mais uma vez.
O Hotel Thermas teve de aguardar um pouco, dar passagem ao início de uma história que a partir daquele marco se estende pelo território do Rio Grande do Norte. Avisada pelos técnicos da CPRM e CDM, a Petrobras, que há três anos explorava a porção marítima da Bacia Potiguar, resolveu verificar a ocorrência. Já havia feito experiências do tipo antes. Todas foram frustrantes. A pressão popular e a crise do petróleo que havia na época foram fatores que ajudaram na decisão de tentar de novo.
Em dezembro daquele ano, a população de Mossoró viu o problema com as piscinas do Thermas resolvido, através da perfuração de um outro poço, exclusivo para água. E também pôde conferir a entrada do Rio Grande do Norte para o grupo dos estados produtores terrestres de petróleo no Brasil. Poucos dias antes do ano chegar ao fim, uma fração do “ouro negro” potiguar já havia sido enviada para Fortaleza. Hoje, o Mossoró 14, poço produtor pioneiro no Estado, continua operando e é um dos atrativos turísticos do Hotel Thermas de Mossoró.
Todos os direitos reservados
É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.
comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.
Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fonte:
http://www.blogdogemaia.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário