Lançado
recentemente e de maneira alternativa, o livro digital Textos vivos e
reverenciados de um imortal nordestino, do professor José Romero Araújo Cardoso
está sendo divulgado pela cidade.
Marinalva
Freire da Silva
Segundo o
autor, o livro surgiu através de sugestão feita pela professora-doutora
Marinalva Freire, residente em João Pessoa/PB, para que ele começasse a enviar
textos de sua autoria publicados a partir do ano de 1994, e que estavam
espalhados em jornais, sites e blogs. “A sugestão do título veio de Aracaju,
através do prefaciador da obra, ilustre escritor e pesquisador do cangaço, dr.
Archimedes Marques.
Dr. Archimedes Marques, Elaine, sua esposa e a ex-cangaceira Aristéia
Esse trabalho contribui para a batalha da cultura que vem
sendo enfatizada em Mossoró e no Nordeste há tempos imemoriais, tendo em vista
que sou discípulo de Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, de João Batista Cascudo
Rodrigues, de Raimundo Soares de Brito, de Benedito Vasconcelos Mendes e outros
que vêm dando inequívoca contribuição para o enriquecimento cultural de nossa
região”, revela Romero.
Ele salienta
que está realizando um “trabalho solitário”. “Oferecendo-o para aquisição
daqueles que apreciam a cultura da região Nordeste. Gosto de comentar com as
pessoas o conteúdo da obra, interagindo com as mesmas sobre a razão desse livro
e a importância do mesmo. Gosto de comentar pessoalmente com cada futuro leitor
da obra o que ele vai encontrar nesse livro. Ele pode ser adquirido pessoalmente
no Departamento de Geografia do Campus Central da Uern, nas ruas de Mossoró,
nos corredores culturais, onde eu estiver presente, pois sempre levo comigo
exemplares do livro digital organizado pela professora-doutora Marinalva Freire
da Silva”, explica.
A obra, uma
coletânea de ensaios literários, também traz trabalhos científicos, de
reflexões sobre preciosidades da nossa cultura popular, enfim trata-se de uma
miscelânea que abrange vários assuntos.
Romero Araújo
salienta que sua carreira de escritor teve início em 1993, quando foi publicado
artigo de sua autoria no Jornal O Norte, de João Pessoa, sobre Canudos. “Um ano
depois, quando da ênfase ao resgate de livro raro intitulado “Lampião, sua
história”, primeira biografia erudita do “rei do cangaço”, de autoria de um
jornalista paraibano de nome Érico Gomes de Almeida, publicado em primeira
edição no ano de 1926, comecei a contribuir regularmente na imprensa
nordestina, inclusive em Mossoró. Em 1995 houve a reedição do livro de Érico de
Almeida, a qual trouxe prefácio escrito por mim. No mesmo ano, a Coleção
Mossoroense da Fundação Vingt-un Rosado publicou meu primeiro livro, cujo
título é “Nas Veredas da Terra do Sol”, o qual trouxe o peso da imaturidade. Em
um processo evolutivo estou corrigindo falhas, aperfeiçoando meu trabalho e
dando prosseguimento à divulgação cultural que tanto gosto de fazer e que tanto
me fascina”, fala.
Depois outros
títulos foram lançados, a exemplo de “Terra, Verde, Chapéu de Couro e Outros
Ensaios” (1995), “Aos Pés de São Sebastião” (1998), Fragmentos de reflexões –
Ensaios Selecionados”(1999), “A Descendência de Jerônimo Ribeiro Rosado e
Francisca Freire de Andrade: A família de Menandro José da Cruz (2002), A
importância da caprinovinocultura em assentamentos rurais de Mossoró-RN (2002),
entre outros. “A partir da minha fixação em Mossoró, quando fui aprovado em
concurso para docente da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN),
a minha luta cultural se tangenciou com a desenvolvida por Jerônimo Vingt-un
Rosado Maia desde 1949”, salienta.
O professor
destaca que sua relação com os livros começou desde cedo e que lê “sofregamente
tudo o que cai em mãos”. “Gosto de obras que abrangem de temas regionais à
literatura universal, da literatura popular à poesia dita erudita, tudo me
agrada, não obstante saber que existem livros que possuem conteúdos que
precisam ser cessados, que não contribuem para a evolução do gênero humano, a
exemplo de Minha Luta, de autoria de Adolf Hitler.
Os livros e a
leitura dos mesmos me proporcionam prazer indescritível. Confesso ser um amante
das letras e é isso que aconselho aos meus filhos fazerem, tanto José Romero
Araújo Cardoso Júnior como Jerônimo Vingt-un Menandro. Aconselho-os e
incentivo-os a serem leitores dedicados, pois a evolução humana, a superação de
horizontes e obstáculos se tangenciam com o hábito de ler”, diz, relembrando o
mestre Vingt-un.
Dr. Vingt-un Rosado
“Vingt-un era leitor assíduo, escritor de raros dotes,
organizador de livros de competência extraordinária, era um gentleman, um homem
de personalidade forte, como todo libriano, que sabia valorizar as pessoas,
principalmente àquelas que demonstram interesse literário, como é o meu caso.
Fui instigado por Vingt-un a escrever e ler sem parar. Isso me agradou
bastante, pois sempre tive esses hábitos comigo. Vingt-un me ajudou a
aperfeiçoar bastante meu estilo literário, minhas pesquisas, até mesmo meu
próprio modus vivendi. Ele me fez gostar de músicas clássicas, de admirar a
arte de Chopin, de Beethoven, de Schubert, de Mozart. Vingt-un era um
nordestinófilo ferrenho, mas também tinha visão larga, abrangente, apreciava as
manifestações artísticas que imortalizaram gênios da história da humanidade”,
finaliza.
Fonte:
www.gazetadooeste.com.br
http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário