Por Geraldo Júnior
Dulce Menezes
dos Santos a última cangaceira do bando de Lampião e por sua vez a última
sobrevivente de Angico. Lúcida e saudável aos 94 anos de vida.
Dulce entrou
para o cangaço contra sua vontade após ter sido levada pelo cangaceiro Criança
III (Vitor Rodrigues Lima / João Alves da Silva) também conhecido como Velho
João. Após o cangaço Dulce abandonou o cangaceiro Criança III com quem convivia
contra sua vontade e reconstruiu sua vida ao seu modo e de acordo com a vontade
de seu coração.
Atualmente
Dulce Menezes é a última testemunha ocular do episódio que envolveu a morte de
Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros e do início da derrocada do
cangaço. Apesar de ter passado pouco tempo na lida cangaceira, algo em torno de
seis a sete meses, hoje é uma “peça” importante da história brasileira por ser
a última remanescente viva pertencente ao cangaço lampiônico.
Em breve
estará sendo lançado um livro de autoria de Tião Ruas (Genro de Dulce) em que
trará além da biografia da ex-cangaceira do bando de Lampião, novos fatos e
elementos ainda desconhecidos da grande maioria dos estudiosos do assunto.
Tive a
oportunidade e a grata satisfação de conhecê-la pessoalmente e de certa forma
se sentir um pouco mais próximo da história que tanto tenho perseguido e
estudado ao longo de minha vida.
Vida longa
guerreira das caatingas.
Geraldo
Antônio de Souza Júnior
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