Dalinha e Rosário na Biblioteca Amadeu Amaral
Mulher Rendeira
Eu vi a mulher rendeira,
rendando no Ceará.
Foi o mais belo espetáculo,
que já pude admirar.
Eu ainda era menina,
morando nas Ipueiras.
Conheci dona Totonha,
a maior entre as rendeiras.
Debruçada na almofada,
sentadinha na cadeira,
tecendo com mãos de fada
entretinha-se a rendeira.
O que era fios de linha,
aos poucos se transformava
Nas mãos daquela rendeira,
que em seu ofício encantava.
Entre o canto e o bailado
dos bilros manipulados,
Espetava o alfinete
Num papel já desenhado.
E para o encanto dos olhos,
surgia com esplendor,
A renda, que parecia,
obra de Nosso Senhor.
Saúdo a mulher rendeira,
Que traz a magia na mão.
Dentro de nossa história,
Já é lenda e tradição.
Eu louvo a mulher rendeira
Artesã que me fascina
O bailado dos seus bilros
Conheci desde menina.
Texto e fotos de Dalinha Catunda
Visite:
www.cantinhodadalinha.blogspot.com
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