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segunda-feira, 24 de julho de 2017

CLEMILDO BRUNET: POMBAL 155 ANOS DE CIDADE, 319 DE FUNDAÇÃO E 245 DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA!

Por Clemildo Brunet de Sá - Radialista e Escritor Publicado em 18.07.2017

O que dizer de uma cidade que desde a data de sua fundação aos dias atuais é tricentenária? Edificada a margem direita do rio Piancó. Fundada por Teodósio de Oliveira Ledo no sertão das Piranhas. Pombal foi conhecida como povoação de Piancó em 27 de julho de 1698, tendo sido denominada de Arraial de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Piancó (Pombal).

Sua emancipação política se deu em 04 de maio de 1772, quando elevada de Arraial à categoria de Vila, sendo chamada Vila de Pombal, dando-se na mesma data sua Emancipação Política. Em 21 de julho de 1862 ela foi elevada a status de cidade. Nestes 27 de julho Pombal celebra 319 anos de sua fundação.

Muita coisa se perdeu no tempo, pois segundo o nosso escritor pombalense Verneck Abrantes, documentos que tiveram registros de acontecimentos políticos com mais precisão, entre 1926 a 1928 e parte de 1930 a 1945, não foram encontrados nos arquivos da Câmara.

Em seu livro “A Trajetória Política de Pombal”, o escritor pombalense cita que parte dessa memória foi queimada quando de um incêndio ocorrido na Prefeitura e outros desapareceram em razão de nos anos 80 ter havido uma reforma na sede do Poder Legislativo pombalense e pessoas sem o menor conhecimento histórico atearam fogo em antigos documentos dentro de um poço.

Pombal já foi palco de grandes eventos que marcaram a nossa história. Um fato interessante e que talvez seja desconhecido pela maioria. Verneck diz que no final de 1926, foi organizado o primeiro time de futebol de nossa cidade, denominado de Itajay Futebol Clube. Os atletas tinham camisas listradas em preto e branco, mangas cumpridas, golas ajustadas com cadarços, calções nos joelhos, meiões, chuteiras e alguns atletas usavam toucas. O campo era aberto... Localizado onde hoje é o Bar Centenário.

O pioneiro time da terra tinha a sua torcida formada por homens da sociedade local que se vestiam de paletós brancos engomados, gravatas borboletas, chapéus de massa e bengalas. A banda de música enchia a rua com festivos dobrados e saudosas modinhas incentivando a torcida a comparecer as disputas futebolísticas. O dono desse time era o político e desportista, Vicente de Paula Leite, conhecido como Major Senhor.

A Propósito há uma Rua em Pombal com o nome de Vicente Paula Leite e não faz muito tempo, a Câmara de Vereadores quis dar o nome de outro cidadão a parte desta artéria urbana; revoltados os moradores se mobilizaram e fizeram abaixo assinado e faixas a fim de impedir tal façanha.

Em todo esse tempo, Pombal é uma cidade marcada por perdas e ganhos. E nesse equilíbrio é difícil fazer uma avaliação das vantagens e desvantagens de tudo isso, poderia ter avançado mais no curso da história. No entanto, alguns de seus monumentos que por descuido ou displicência de agentes políticos e autoridades desta terra, deixaram de ser tombados oficialmente como patrimônio histórico e foram demolidos literalmente por força do capital selvagem.

No artigo, “Edição definitiva para Seixas da revista UNIPÊ 2005” de João Pessoa, numa referência ao livro “O Velho Arraial de Piranhas”, em um dos trechos diz o seguinte: “O livro que, em face da esmerada pesquisa documental, em fontes principais, permite exata visualização da ocupação do sertão paraibano e parte do nordestino, veio à luz enriquecido por vários textos de interpretação”. O compêndio teve a sua edição ampliada e revisada, cujo lançamento em Pombal foi feito em 09 de setembro de 2004, devido ao zelo e cuidado da viúva e colaboradora do autor, Sra. Zélia Carneiro Arnaud Seixas.

Hoje a população de Pombal é ciente que, agora em julho, dia 21, não se trata da data de emancipação Política, e sim a data em que a vila de Pombal foi elevada à categoria de Cidade.

Muitos políticos alheios a essa história, ainda nos dias atuais repete em seus discursos ser essa data de emancipação política. Ledo engano!

Clemildo Brunet de Sá
Radialista e Escritor


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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