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quinta-feira, 31 de julho de 2014

PRIMEIRA MORADA DE CORISCO DEPOIS DE MORTO!


Corisco foi encontrado e ferido no dia 25 de Maio de 1940, ele estava arranchado na fazenda Pulgas em Barra do Mendes. 


Segundo Dadá, o mesmo veio a falecer na madrugada do dia 26, sendo enterrado no cemitério Consolação de Miguel Calmon-BA, tendo assim, sua primeira morada!


...após alguns dias, sua sepultura foi aberta e, arrancaram sua cabeça e o braço direito..., mas isto é a outra história das moradas de Corisco !!!

Fonte: facebook
Página: Corisco Dadá

Postado e ilustrado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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O CAVALO DO TEMPO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 31de julho de 2014. - Crônica Nº 1.230

Vendo esse marzão de Maceió, aprendemos que milhares de anos atrás, o nível do mar era mais baixo. Isso fazia com que o litoral fosse muito mais extenso. Se as florestas eram pequenas, o ambiente de cerrado cobria grande porção do território. Com certeza viviam por aí macacos, antas, preguiças e tatus, guardados por um clima mais seco e mais frio. Os vestígios mais antigos encontrados onde hoje se chama Brasil, estão no estado do Piauí, no sítio arqueológico denominado Pedra Furada.


Restos de carvão, utilizados pelo homem em fogueiras, objetos de pedras e grande quantidade de pinturas rupestres, fazem os estudiosos pensarem em 40 mil anos atrás o povoamento da América. Mas não é somente o Piauí a testemunha dos fatos históricos. Ficaram famosos pelas suas descobertas também vários outros lugares do Brasil, como Lagoa Santa, por exemplo, em Minas Gerais, que rastreia a presença de seres humanos bem recuados no tempo. Objetos pontiagudos de ossos e pedras, machados, sepulturas com ossadas de adultos e crianças, são afirmações da presença humana e da competência dos pesquisadores.

Os fósseis nos revelam coisas incríveis como a estatura daqueles habitantes: nem altos nem fortes. Viviam da coleta de frutos silvestres, da caça e da pesca, porém, rodeados por tantos perigos que geralmente não chegavam aos 30 anos de idade.

Um sítio arqueológico, por pequeno que seja, pode revelar o inédito ou apenas complementar dados importantes de outros sítios, mas não deixa jamais de ser um achado significativo na história da humanidade.

Famoso mesmo no mundo inteiro é o Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí, que abriga 737 sítios arqueológicos. Entretanto, as dificuldades para manutenção do parque são inúmeras, pois tudo falta para que ele não seja destruído pelas ações dos moradores da área, pela intempérie e por alguns tipos de animais.

A Arqueologia caminha ao lado da História em benefício dos habitantes da Terra. Montemos O CAVALO DO TEMPO.

*  Pintura rupestre. Serra da Capivara.


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6 DE AGOSTO DE 1945, O DIA EM QUE OS HOMENS ABRIRAM AS PORTAS DO INFERNO

Publicado em 30/07/2014 por Rostand Medeiros

Theodore Van Kirk, também conhecido como “Dutch” (holandês), morreu nesta segunda-feira (29/07/2014) de causas naturais na Park Springs Retirement Community, em Stone Mountain, Geórgia, Estados Unidos. Ele era o último membro de um grupo de homens que realizaram um evento que mudou radicalmente a história da humanidade.

Capitão Van Kirk, à esquerda, o coronel Paul Tibbets ao centro e o major Thomas W. Ferebee em 1945, depois do voo do “Enola Gay” a Hiroshima. Crédito Força Aérea dos EUA, via Agence France-Press – Getty Images

Van Kirk tinha 24 anos quando exercia a função de navegador do bombardeiro quadrimotor B-29  Superfortress e foi este avião que largou a bomba atômica denominada “Little Boy” sobre a cidade japonesa de Hiroshima.

“Little Boy”

O fato aconteceu há 69 anos, mais precisamente às oito e quinze da manhã do dia 6 de agosto de 1945.

Nas primeiras horas da madrugada daquele dia, pilotado pelo coronel Paul Tibbets e tendo uma tripulação de 12 homens, um B-29 batizado como “Enola Gay” decolou da Ilha de Tinian, no Arquipélago das Marianas, no Oceano Pacifico. A aeronave levava no seu interior uma bomba de urânio construído sob um extraordinário sigilo na área do Projeto Manhattan.

Boeing B-29 “Enola Gay” em Tinian – Crédito Força Aérea dos EUA, via Agence France-Press – Getty Images

O capitão Van Kirk trabalhava nas suas cartas de navegação, em uma pequena mesa atrás do banco do coronel Tibbets. Em um tempo bem anterior ao GPS, de vez em quando Van Kirk seguia para a área do compartimento de bombas com um sextante na mão, ali se posicionava em um domo de plástico transparente e buscava conferir se a rota da aeronave estava correta guiando-se pelas estrelas.

Quando o “Enola Gay” chegou a Ilha de Iwo Jima o sol começava a aparecer no horizonte. Deste ponto o B-29 começou uma subida para 9.500 metros de altitude. Às oito e quinze da manhã chegaram ao Japão e a Hiroshima, uma cidade que era sede de uma importante concentração militar do exército nipônico e possuía 250.000 habitantes (um pouco menor do que atualmente é a população de Mossoró-RN).

O bombardeador do avião, o major Thomas W. Ferebee mirou no alvo principal da bomba, a Ponte Aioi. As habilidades de navegação do capitão Van Kirk tinha trazido o “Enola Gay” ao seu alvo com apenas alguns segundos de atraso na conclusão de um voo de seis horas e meia. O major Ferebee então lançou a “Little Boy” e o coronel Tibbets executou uma volta com o B-29 para evitar os efeitos da explosão.


43 segundos depois do lançamento, a cerca de 550 metros acima do solo, a porta do inferno foi aberta. Morreram 78.000 pessoas instantaneamente, um número que quase triplicou até o final do ano de 1946. O “Enola Gay” foi fustigado por um par de ondas de choque. Uma potente luz branca encheu a cabine e Van Kirk comparou esta luz a um flash fotográfico.

Aquela foi a primeira vez na história que uma bomba atômica foi usada em combate. A segunda ocasião foi três dias depois, na cidade de Nagasaki, onde cerca de 80.000 foram mortos.

Hiroshima

Entre manter uma resistência insana, ou ser gradativamente exterminado pelos Estados Unidos, o governo japonês decidiu se render, acabando oficialmente a Segunda Guerra Mundial.

Van Kirk se aposentou do serviço militar em 1946, tendo recebido entre outras condecorações a Estrela de Prata e a DFC-Distinguished Flying Cross. Ele se formou em engenharia química e fez um bacharelado pela Universidade Bucknell e tornou-se um executivo de marketing da empresa DuPont.

Muitas pessoas viram a tripulação como heróis de guerra, que salvaram a vida de milhares de militares americanos diante da resistência fanática que os japoneses certamente realizariam com a invasão do seu território metropolitano e anteciparam o fim da guerra. Em uma entrevista muito depois do dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk defendeu o momento e a razão do bombardeio. Afirmou que “-Todo mundo condenou, especialmente os jovens” e completou apontando que estes mesmos jovens  “-Não estudavam o suficiente para saber por que soltamos a bomba. Mas quem largou a bomba sabia que havia uma guerra acontecendo e que a única maneira que eu sei como ganhar uma guerra é forçar o inimigo a se submeter”.


Mas se não demonstrava maiores arrependimentos pelo que realizou Van Kirk igualmente afirmou, ao conceder uma entrevista em 2005 a Associated Press, que diante de sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial ele gostaria de ver as armas atômicas abolidas.

Van Kirk será enterrado no próximo dia 05 de agosto, em sua cidade natal, Northumberland, na Pensilvânia.

Fonte – ABC / AFP / NYT



Extraído do blog: Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros - http://tokdehistoria.com.br/

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CARIRI CANGAÇO EM PIRANHAS - O EVENTO ATRAVÉS DA IMAGEM

Por João de Sousa Lima

A cidade de Piranhas em Alagoas realizou durante os dias 24 a 28 de julho de 2014 um dos mais perfeitos eventos do cangaço.

Contando com a participação de pessoas de todo o Brasil foi um momento de interação, discussão e de aprendizado sobre as histórias do cangaço.

De Paulo Afonso segui com Nely, Gilmar Teixeira e Luiz Ruben.

Tivemos as presenças de Ivanildo Teixeira, Narciso Dias, Catarina, Archimedes Marques, Elane Marques, Jorge Remígio, Leo Henrique, Renato Bandeira, Tomaz Cisne, Afrânio Cisne, Aderbal Nogueira, Jairo, Ana, Paulo Brito, Ane, Severo, Aderbal Nogueira, Felipe, Vilela, Joventino, Oleone Fontes, José Bezerra, Wescley, Guerra,  Lourinaldo Teles, José Cícero, Caçula Aguiar, Benedito, Padre Agostinho.

Joventino, Nely, Ane, Paulo, João e Ana Lúcia
João de Sousa Lima, Paulo Britto e Antonio Vilela
Lançamentos de livros
João de Sousa Lima, Wescley Dutra, Nely Conceição..., e Antonio Vilela
João de Sousa Lima e Celso Rodrigues
Lourinaldo, João de Sousa Lima, Severo e Afrânio
João de Sousa Lima, Ivanildo Silveira,  Narciso Dias, José Cícero e  Archimedes Marques


Oleone, João de Sousa Lima e Zé Bezerra
Jairo Luiz, João de Sousa Lima e Manoel Severo

Ivanildlo Silveira fez sucesso vestido de Lampião



Gilberto veio do Rio Grande do Sul





Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.

http://www.joaodesousalima.com/

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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Maria Celeste é filha dos cangaceiros Corisco e Dadá.


Maria Celeste é filha dos cangaceiros  Corisco e Dadá. 

Ela nasceu no dia 10 de Outubro de 1937, na Fazenda Mogiana. Corisco e Dadá escolheram para criação o coronel Sebastião Medeiros Wanderley, chefe político de Poços das Trincheiras, no Estado de Alagoas.

Fonte: facebook
Página: Corisco Dadá

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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Congraçamento e Festa Marcam o Cariri Cangaço Piranhas

Antônio Vilela, Manoel Severo e Jairo Luiz

O encontro é de trabalho; o conjunto de conferências, debates, documentários, lançamentos e relançamento de livros, visitas técnicas; tudo sob o manto da pesquisa e aprofundamento do estudo do tema Cangaço, mas o Cariri Cangaço Piranhas 2014, como todos os outros eventos com a marca Cariri Cangaço, é um momento único para o congraçamento de pesquisadores e amantes da temática, de todo o Brasil, se transformando em uma grande festa nordestina.
 Antônio Vilela, José Cícero, Ivanildo Silveira e Manoel Severo
Arlindo Barreto, Henrique Fontenelle, Manoel Severo, Leo Henriques e Matheus
Neli Conceição, Elane Marques e Joventino

O Cariri Cangaço Piranhas 2014 recebeu pesquisadores de 13 estados brasileiros: Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Durante os quatro dias do evento, Piranhas recebeu um público de cerca de 500 participantes, coroando com êxito um evento que marcou pela qualidade dos temas e dos conferencistas.

Gustavo, Angesila Oliveira, Manoel Severo e Jairo Luiz
 João de Sousa Lima, Caçula Aguiar e Lourival Teles
 Manoel Severo e Celsinho Rodrigues
Benedito Vasconcelos e Manoel Severo

Tendo a frente o Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e turismólogo Jairo Luiz Oliveira, e com a realização da Prefeitura de Piranhas em parceria com o Cariri Cangaço e apoio da SBEC, do GPEC, do GECC e da UFS, através do MAX - Museu de Arqueologia de Xingó, o Cariri Cangaço Piranhas 2014, demonstra mais uma vez a força do trabalho em equipe. 

Cariri Cangaço recebe o Comando da Policia Militar do Interior, Alagoas: Coronel Eduardo Lucena e Major Muniz
 Aderbal Nogueira, José Cícero, Renato Bandeira
João Ewerton, Luiz Carlos Salatiel, João Paulo
Elane Marques, Tomaz Cisne, Felipe Mafuz, Aderbal Nogueira, Archimedes e Padre Agostinho

Para o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo "O Cariri Cangaço Piranhas 2014, cresceu em tamanho e se agigantou em qualidade, só temos que reconhecer e ressaltar o grande esforço de Jairo Luiz, um gigante na construção e realização desse empreendimento, que a cada dia só cresce, consolidando o Cariri Cangaço, cada vez mais como um evento de caráter nacional".

Cariri Cangaço
Assessoria de Marketing Institucional

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PIRANHAS: Cangaceiros e volantes, uma disputa que não faz mais sentido

Por José Cícero

Passados 76 anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva - Lampião, tido como  o rei do cangaço, ainda  é possível notar aqui acolá,  nuances e resquícios da velha peleja, agora no campo das ideias entre os que defendem as volantes e os que glorificam os cangaceiros.


Em que pese  todos os esforços em se estudar com a devida isenção o fenômeno do cangaço, o dualismo ainda permanece vivo e exacerbado. Contudo, é preciso não perder o foco. Principalmente a real noção do papel sociológico, político e cultural do cangaço na construção da história recente do povo dos sertões.


É como se ainda houvesse, respingos de pólvora, lágrimas, suor e sangue nas reflexões que ora se seguem em torno deste verdadeiro drama humano ocorrido desde meados do século XIX nos grotões do Nordeste. O que com Lampião, durara por mais de duas décadas, até o assassinado do cangaceiro Corisco - o diabo loiro.

Uma mistura realmente estranha e explosiva carregada por si mesma de ufanismo, ressentimentos, romantismo e adoração. Além de uma dose excessiva  de  incompreensões, parcialidades e preconceitos. Ingredientes que não contribuem em quase nada para a formulação de um debate franco e qualificado em torno de um tema dos mais palpitantes e polêmicos da história do Brasil.

Não faço objeção pura e simples à chamada formação do mito, quer seja como paixão ou ódio em torno da figura controversa de Virgulino - o Lampião. Isso porque, o que de fato me interessa é o homem histórico em sua contextualização temporal.  Tendo como pano de fundo, as suas relações de causa e feito com o ambiente político e  social da época. Malgrado o mito do herói ou do bandido ainda a motivar, tanto paixões quanto ódios. 

Mais tudo isso são aspectos  inerentes à própria história da humanidade. Algo ainda muito presente no imaginário coletivo das populações. No fundo, diria que, o que mais me interessa realmente é estar  atento e vigilante no sentido de nunca me permitir perder de vista a noção da verdade histórica por mais doída que ela seja. Não me deixar levar pelo achismo absoluto daqueles que de pesquisadores só têm o nome. 

A ponto de puder perceber todo o artificialismo das construções enviesadas, no mais das vezes puramente literárias ou academicistas que no geral, são edificadas não pelos sertanejos, porém pela pena refrigerada dos alienígenasde plantão, distantes demais do palco do acontecimentos. Os descompromissados com a realidade dos fatos. E que não têm sequer a mínima noção do que venha ser um mandacaru espinhento, uma jurema braba e, tampouco, ainda hoje, a dura, sofrida e dramática realidade vivida pelas gentes dos sertões.

Tenho, por tudo isso, imensas dificuldades em acreditar no que dizem e escrevem os escritores de bancadas, como igualmente nos que mantêm seus espíritos ainda armados para a batalha. Como ainda, nos escribas laureados dos gabinetes sempre prontos para qualquer shownalismomidiático.

Em favor da história, diria que é imperioso apurar ainda mais nosso olhar, liberto de quaisquer amarras do passado buscando encontrar a verdade com imparcialidade e isenção. Uma tarefa não somente dos pesquisadores, mas de todos quantos se derem a tarefa de ler, refletir e escrever sobre esta temática. 

Não foi diferente o aconteceu durante os debates da II Semana do Cangaço ocorrida estes dias na cidade histórica de Piranhas em Alagoas. Confesso que não gostei do "tom da viola' que de certa maneira ritmou a maioria das discussões plenárias. Quer seja, satanizando Lampíão e os cangaceiros. E de certo modo, endeusando nas entrelinhas as volantes, além de eximir o sistema,  coiteiros  e os coronéis da política e latifúndio que emolduraram com rastros de violência a saga do cangaço. 

Houve até quem não gostasse, por exemplo, quando se disse que tanto volante quanto cangaceiros foram "farinhas do mesmo Saco" ou estavam no mesmo balaio. O que eu concordo acrescentando apenas, que os cangaceiros não eram pagos com recursos do Estado. 

Houve quem afirmasse na bancada que os volantes eram vocacionados, tinham uma missão a cumprir, não agiam por vingança; sendo regidos por um código de ética, diferentemente dos cangaceiros. Há controversas. Porém em partes, também concordo, ou seja, com as devidas e necessária retificações. 

Senão vejamos: Então, porque  jagunços e cangaceiros às vezes se transformavam em volantes ou vice-versa? Quantas violências horríveis foram praticadas e postas na cota de Lampião em nome da lei? Havia alguma ética ou ausência de violência na decapitação das cabeças em Angico, bem como nas inomináveis barbaridades cometidas pelo sertão adentro? 

E há até  quem diga, que quando cortaram a cabeça de Maria Bonita, ela ainda estava viva. E o dinheiro, os pertences, tanto do bando de Lampião quanto de Corisco (anos depois), com quem ficaram? Onde estava a ética? Fora também massacrada? E os bravos e  famosos nazarenos não agiam também  por sentimentos de vingança?

Em Piranhas disseram também que o que aconteceu na grota de Angico em 1938 quando Lampião e seu bando foram praticamente exterminados não constituiu um massacre e sim, um combate. Difícil acreditar na tese do combate quando se sabe que do lado das volantes  apenas o soldado Adrião foi morto e ainda por cima, com fortes suspeitas de ter sido fogo amigo. 

Ora é mister que se diga, que nem nos confrontos que se sucederam ao malogro de Mossoró em 1927  quando Lampião estava em franca desvantagem ante as tropas de três estados no seu encalço;  como o da Serra da Macambira nas proximidades de Limoeiro do Norte, do sítio Ribeiro e no cerca da Ipueiras em Aurora ambos no Ceará. Lampião não fora pego assim tão fácil com se deu em 38.

De modo que, se em Angico o que houve foi um combate. O que dizer em relação ao que fizeram as volantes estaduais também 27 na fazenda Guaribas de Chico Chicote?  Massacre, como se diz, 'é café pequeno',  o que houve foi uma barbárie. Um crime hediondo e inenarrável.

Como se percebe, assim como nas guerras, também no cangaço a verdade foi uma das suas principais vítimas. Dizer portanto, que cangaceiros e volantes se igualaram  nas atrocidades que cometeram contra o povo sertanejo, está de bom tamanho.

Por fim, penso que todos os que  vivenciaram e conseguiram a duras penas sobreviver  ao flagelo do cangaço foram igualmente vítimas em potenciais.   Qualquer outra explicação que queira destoar muito deste fato, creio que não passa de uma tentativa em vão de se querer "vender gato por lebre".

José Cícero
Pesquisador e conselheiro do Cariri Cangaço
Aurora - CE.
fotos CC

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