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quarta-feira, 11 de março de 2020

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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JATIÚCA/PAJUÇARA

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.271

Quem não gosta de andar nas praias, pés na areia e nas águas, sentindo o cheiro do mar? Azul em cima, azul em baixo, no cenário perfeito da Natureza. Manhã, logo cedo, Sol chegando no horizonte, reflexos fantásticos na superfície líquida, friezinha longe, desaparecendo. O balançar dos coqueiros na saudação ao novo dia e uma sensação expansiva de liberdade. Qualquer hora é propícia para se apreciar o panorama. Quem passa na praia em direção ao trabalho, aos seus afazeres, fica com vontade reprimida de um bom descanso nas areias. E se for na Pajuçara, na Jatiúca, onde o panorama feito pelo homem mistura-se à Natura, muito mais. Vamos embelezando a sequência: Jaraguá, Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca, Cruz das Almas... Litoral Norte, sem esquecer o falecido Gogó da Ema.


Não faz muito tempo assim, taxistas não aceitavam corridas para as proximidades desertas e perigosas da Jatiúca. Hoje a região parece metrópole, repleta de edifícios enormes com os mais variados fins. Investimentos maciços foram feitos, tanto públicos quanto privados. Quem passeia por aquelas praias, fica encantado com tanta beleza juntas, o que justifica o metro quadrado mais caro de Maceió. Não entendemos ainda, porém, porque a praia central da Avenida da Paz não mereceu essa atenção das autoridades. Outrora a praia mais frequentada da capital, ficou apenas com alguns bancos de concreto e uma fileira de coqueiros não bem cuidados. Onde está o segredo da discriminação?
Jatiúca é nome indígena e significa carrapato vegetal, carrapateira, mamona, que muito por ali proliferava. Pajuçara, tipo de palmeira da região. E Jaraguá, capim alto de cor ferruginosa.  
Voltando à Avenida da Paz, ainda em escanteio continua bonita. É bem verdade que o riacho Salgadinho que ali despeja, ainda faz medo como fonte poluidora, mas o lugar é de contemplação, facilitado pela proximidade do Cais do Porto. É bom para a alma contemplar o azul do mar.
Mesmo assim prefiro o pediplano e montanhas da minha terra, onde o mar não cheira, mas a caatinga exala o variadíssimo perfume sertanejo.
Retornei ao meu querido rio Ipanema.


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OS BOIS NA CIDADE

*Rangel Alves da Costa

Chamei os bois e disse-lhes: “Por favor, venham aqui fazer uma pose, pois preciso tirar um retrato e depois contar uma história. Mas acredito que vocês vão ouvir sem acreditar”.
Então os bois se aproximaram contentes, todos garbosos e até sorridentes. Os dois ficaram numa pose que mais parecia em passarela, até dizendo que apagasse as fotos que ficassem ruins. Confirmei que sim e fotografei. 
Depois contei a história, dizendo:
“Hoje vocês estão passando numa rua que antigamente era somente dos carros-de-bois, das carroças, dos jegues, dos cavalos, dos animais. Hoje vocês estão puxando carroça, o que é um desmerecimento ao porte e à beleza que vocês têm. Bois como vocês, assim tão portentosos, faziam fama por todos os sertões. Os carros-de-bois que guiassem pareciam ranger até diferente. E que bela imagem recordar aqueles carros antigos cortando estradões, adentrando na cidade carregados de milho, feijão, palma, capim, tudo o que houvesse para ser transportado. As rodas adornadas de ferro batido por bom ferreiro. Os gemidos tão conhecidos e tão saudosos. Os rangidos leves, lentos, compassados, como se obedecendo a uma partitura de areia e chão. E lá em cima o carreiro com açoite e vara de ferroar. Mas nem precisava ferir o lombo nem açoitar. O carreiro sabia o tempo do boi, o esforço do boi, o sacrifício do boi. Ele conhecia a sede e a fome do bicho. E por isso mesmo, após a viagem e a descarga, o merecido descanso debaixo do pé de umbuzeiro. E solto da canga, livre das amarras, o bicho andejava pelas pastagens matando a fome, e lentamente indo para o tanque de água pouca para matar a sede. Mas hoje os velhos carros-de-bois quase não existem mais. Também os velhos carreiros descansaram suas armas de carrear. As estradas, antes envoltas nos rangidos melodiosos, silenciam saudosas e entristecidas. Para depois serem cortadas nas veias pela passagem das motos e seus roncos ensurdecedores. Tempos outros, e muitos diferentes daqueles de carros-de-bois nas estradas e de uma vida tão sertaneja que jamais se imaginaria que até o vaqueiro quer pegar o boi em cima de uma moto. Hoje vocês ainda vivem na história, mas amanhã estarão somente numa ou noutra memória”.
E, depois de ouvirem cabisbaixos e entristecidos o que falei, os dois bois se despediram sem dizer palavra. Seguiram adiante sem ranger as rodas, sem o cantar solene.
Apenas seguiram. Mas eu ouvia um soluço amargo.

Escritor
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A COVA DO CANGACEIRO.



A cova do cangaceiro guarda um segredo que há décadas vem despertando a curiosidade dos moradores da região de Jati no Estado do Ceará e atraindo para o local estudiosos e pesquisadores do cangaceirismo de várias partes do país. Moradores da região apontam a antiga cova como sendo o local em que o célebre cangaceiro Sabino Gomes o "Sabino das Abóboras", que no passado foi um dos braços direitos do não menos famoso Lampião e que esteve presente em importantes momentos do cangaço lampiônico a exemplo da tentativa de invasão à cidade de Mossoró no Estado do Rio Grande do Norte. 

Estaria realmente o cangaceiro Sabino das Abóboras enterrado nessa cova rasa ou tudo não passa de um grande equívoco? 

Nesse documentário o pesquisador e escritor cearense Luis Bento conhecido como "Luis Carolino", diretor da Casa da Cultura de Jati/CE, nos mostra o local e fala a respeito da morte e da suposta cova onde possivelmente possa estar enterrado o filho bastardo do coronel Marçal Florentino Diniz... ou seja... Sabino Gomes "Sabino das Abóboras". 

Assistam e tirem suas próprias conclusões. 
Forte abraço... Cabroeira" 
Geraldo Antônio de Souza Júnior 
Criador e administrador do canal.


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QUE VENHA O CARIRI CANGAÇO PAULO AFONSO

Por Antonio Galdino

Tenho acompanhado pelas redes sociais a vinda - até que enfim - do Cariri Cangaço para Paulo Afonso. Em muitos anos, foram também muitas as tentativas para que isso acontecesse. Que bom que esse ano deu certo! Admiro o teu trabalho duro para resgatar valores preciosos, realmente grandes tesouros enterrados, elos importantes da cultura sertaneja, prédios, edificações de patrimônio histórico e cultural valiosíssimos, que viveram abandonados por anos, séculos e agora se mostram ao mundo, pela importância dos olhares que fazem o Cariri Cangaço, com a real importância que têm para que se compreenda, se estude melhor, as raízes sertanejas em muitos lugares.


O Cariri Cangaço, pelo elevado nível dos seus pesquisadores, que já resultou na criação de muitos livros, vídeos, publicações diversas, se transformou, desde aquele seu primeiro momento no Crato/Juazeiro/Barro, numa espécie de Universidade Aberta de Estudos do Sertão. Conte comigo, no site www.folhasertaneja.com.br e no jornal Folha Sertaneja que completa 16 anos neste mês de Fevereiro para divulgar o Cariri Cangaço como um todo e, de forma especial esta edição que acontecerá em Paulo Afonso nos idos de Junho deste ano, período junino, de festas tão marcantes no sertão e onde, certamente, o ritmo do xaxado, tida como a dança dos cangaceiros estará inserida no contexto da programação, nesta terra de Maria Bonita e também de beatos e coronéis. Sucesso, caro Severo!!! Abraço fraterno.


Antônio Galdino da Silva - presidente da Academia de Letras de Paulo Afonso
Diretor da Galcom Comunicaçõese Jornal Folha Sertaneja
16 de Fevereiro de 2020


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GECC REALIZA REUNIÃO EM FORTALEZA

Por Manoel Severo
Reunião do GECC em Fortaleza

Aconteceu na noite desta ultima terça-feira, dia 10 de março de 2020, mais uma concorrida reunião do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, em Fortaleza. Tendo a frente seu presidente;  pesquisador e escritor Ângelo Osmiro, também Conselheiro do Cariri Cangaço, o encontro  contou com palestra sobre os últimos lançamentos sobre a temática e sobre alguns personagens dessa temática tão envolvente de nosso nordeste. O encontro aconteceu na residencia do professor Melquíades Pinto Paiva.

O GECC é um dos mais destacados e antigos grupos de estudo do cangaço  no Brasil, com atividades iniciadas ha mais de 20 anos, possui um legado marcado pelo aprofundamento das pesquisas de campo, apoio aos novos pesquisadores e escritores e o fomento ao estudo sério e responsável da temática cangaço e correlatos. 

Reunião GECC - Fortaleza, Ceara -10 de Março de 2020

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A VALENTIA DE ZÉ MENINO


Por Valdir José Nogueira de Moura



(Memória do cangaço)

Em 10 de julho de 1890, o Governo Provisório do Estado de Pernambuco, usando da atribuição que lhe confere o Decreto nº 7, de 20 de novembro de 1889, resolve criar a Comarca de Belmonte, com sede na povoação de São Francisco, a qual se comporá da Freguesia de Belmonte e do distrito policial da Penha, da Comarca de Floresta. Fizeram-se as necessárias comunicações.

Vila histórica, secular, antigo distrito de Serra Talhada, possui ligação muito forte com o município de Belmonte por ter sido sede de sua Comarca em 1890, e por ter sido sede também do 2º Distrito de São José de Belmonte no ano de 1895, durante a gestão do Prefeito, o Cel. José Pereira de Aguiar.

Vinda do primeiro quartel do século XIX, de uma fazenda de igual nome, fundada pelo capitão Francisco Pereira da Silva, a Vila de São Francisco, hoje extinta, existiu como um dos distritos mais prósperos de Serra Talhada, antiga Vila Bela, com grande tino para o comércio. A vila chegou a ter uma feira por semana, onde boa parte dos moradores da região convergia para o lugar para fazer compras e comercializar seus produtos.

Palco de tantas lutas entre Pereiras e Carvalhos, ai entraram em cena: Né Pereira ou Né Dadu, Sinhô Pereira, Luiz Padre, os Futuqué, e outros mais. Porém, é oportuno lembrar de um dos mais curiosos personagens dessa movimentada fase da tradicional peleja entre os velhos clãs do Pajeú: Zé Menino, irmão de Né Dadu e de Sinhô Pereira, o qual era paralítico e vivia sentado em um couro-de-boi, todavia, valente feito uma fera acuada.

Certa vez, em São Francisco, quando a vila foi invadida por 300 homens armados dos Futuqué (os Carvalhos),para acabar com a raça dos Pereira ali existente, o tiroteio teve duração de um dia e meio. Na defesa, dentro do casarão da família, estavam Né Dadu, seus irmãos (inclusive Zé Manino), seus primos (os Valões) e alguns agregados, ao todo apenas 24 ou 25 pessoas. Isso para enfrentar 300 homens fortemente armados. A salvação deles todos estava na coragem de cada um. Durante certa hora, Né Dadu mandou a tropa preparar os punhais, para morrerem todos num corpo a corpo verdadeiramente suicida. Em auxílio dos acuados, corre o coronel Manoel Pereira Lins (Né da Carnaúba), com sua gente, mas a situação ainda era bastante crítica para os Pereira. E somente quando surge em campo o cel. Antônio Pereira (filho do Barão do Pajeú), seguido por 19 capangas, fazendo um alarde da gota serena, é que os Futuqué das Piranhas, Umburanas e Várzea do Ú, pensando ser um exército que se aproximava, dão de ré e desistem da luta, por enquanto apenas.

Durante todo o tiroteio, Zé Menino, com um rifle nos braços, quando a coisa fica preta de um lado, pedia que lhe puxassem o couro-de-boi e o colocassem em uma das “torneiras” da casa, e dali mandava fogo contra os Carvalhos (os Futuqué). Quando o negócio apertava do outro lado, puxavam Zé Menino outra vez, para nova “torneira”, e assim, sem fraquejar em momento algum, o herói paralítico lutou durante um dia e meio, sem dormir, sem comer nem urinar.

Zé Menino, cujo nome de batismo era José Pereira da Silva, foi casado com Virtuosa Pereira Nunes (Tiló), filha de Deodato Pereira da Silva e Filadélfia Pereira da Silva. Esta, viúva, faleceu na vila de Bom Nome em 24 de agosto de 1976, aos 89 anos de idade.

Valdir José Nogueira de Moura

A foto mostra a Capela do povoado de São Francisco, local de batismo do garoto Virgulino Ferreira da Silva, o famoso cangaceiro Lampião. Hoje, a vila e a capela estão debaixo de vários metros cúbicos de água, submersas pela barragem de Serrinha construída na década de 90.


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ENTREVISTA CADIM MACHADO, ÚLTIMO COITEIRO DE CORISCO



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CHIQUINHO RODRIGUES - PIRANHAS


Esse vídeo foi tema de debate essa semana no GECC.
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ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE I)



Um fantástico e surpreendente depoimento, onde Zé Sereno, um ex cangaceiro do bando de Lampião, fala sobre sua vida durante o período em que integrou as hostes cangaceiras e como ele e sua companheira Sila, escaparam da morte naquela manhã de 28 de Julho de 1938 em Angico, quando a Força Volante Alagoana deu cabo de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Detalhes impressionantes que farão vocês repensarem sobre os momentos finais da vida do Rei do Cangaço. ASSISTAM...


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ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE II)



Um fantástico e surpreendente depoimento, onde Zé Sereno, um ex cangaceiro do bando de Lampião, fala sobre sua vida durante o período em que integrou as hostes cangaceiras e como ele e sua companheira Sila, escaparam da morte naquela manhã de 28 de Julho de 1938 em Angico, quando a Força Volante Alagoana deu cabo de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Detalhes impressionantes que farão vocês repensarem sobre os momentos finais da vida do Rei do Cangaço.

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CONVITE ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E ARTES DO CANGAÇO SERÁ INSTALADA EM SERGIPE


A solenidade de instalação e posse coletiva dos membros titulares, beneméritos e correspondentes da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço – Ablac – em Sergipe será no próximo dia 13, a partir das 19h, no campus Farolândia da Universidade Tiradentes, bloco D, auditório Padre Melo. Diretores e conselho fiscal que atuarão no quadriênio 2019-2022 da Ablac também serão anunciados.

Dentre as personalidades que serão empossadas, estão a vice-reitora da Unit, professora Amélia Cerqueira Uchôa e o empresário sergipano Albano Franco que atuarão como Acadêmicos Beneméritos na Ablac.

Na ocasião, como homenagem à entidade, a Unit realizará mostra com estatuetas, peças, vestimentas e alguns artefatos utilizados por nomes representativos do cangaço, como Lampião e Maria Bonita.
Ablac

Fundada em 25 de julho de 2019 em Juazeiro do Norte (CE), Ablac é uma associação cultural representativa de escritores e artistas que tem o objetivo de promover o estudo, pesquisa e divulgação dos temas centrais abrangendo literatura, música, cultura, artes plásticas e cênicas.

Fonte: Assessoria de Imprensa.


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