Seguidores

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

OS CORONÉIS DO CRATO

 Por Armando Rafael

Cel. Antônio Luís Alves Pequeno, o 2º com este nome.

Há uma vazio na historiografia do Crato! De uma maneira geral os coronéis de Crato foram homens bons, progressistas, e mesmo quando brigaram entre si não mandaram matar os desafetos como acontecia com outros coronéis nordestinos... Até agora nenhum historiador escreveu sobre os coronéis Antônio Luís Alves Pequeno. Houve três coronéis com o nome de Antônio Luís Alves Pequeno, avô, filho e neto. O segundo deles, sem desmerecer os outros dois, foi um homem extraordinário! Sua biografia bem merece uma tese de doutorado...

Este coronel era um abastado comerciante com matrícula no Tribunal do Comércio de Recife. Para a capital pernambucana ele viajava costumeiramente indo de cavalo até Aracati ou Fortaleza. De lá pegava um navio com destino a Recife, à época o maior empório comercial do Norte do Brasil, onde comprava mercadorias para abastecer sua loja, a maior de Crato. As mercadorias vinham pelo mar de Recife até Aracati. Desta cidade – em carros de boi, que atravessavam todo o Ceará – seguiam em direção a Crato.  

O coronel Antônio Luís vendia muitos produtos na sua loja, dentre eles: tecidos, livros, ferragens, remédios, louças, charutos, rapé, vinhos, remédios e até manteiga que vinha acondicionada em barris. Graças à hospitalidade que o abastado coronel ofereceu ao Bispo do Ceará, nas vezes em que este visitou Crato surgiu entre os dois um clima recíproco de admiração e respeito. Mais do que isso, viraram compadres e amigos. Basta lembrar a atuação do coronel, junto ao bispo, em favor do seminarista Cícero Romão Batista, este afilhado de crisma de Antônio Luís. Quando ficou órfão do pai, em 1862, o jovem Cícero Romão Batista teve de interromper seus estudos, no Colégio do Padre Rolim, em Cajazeiras (PB). Retornando a Crato, Cícero, então com dezoito anos, acompanhou as dificuldades financeiras da mãe viúva e das duas irmãs órfãs de pai.

Armando Rafael

A partir daí, o coronel Antônio Luís tomou sob sua proteção os estudos do afilhado. Em 1864 o jovem Cícero Romão Batista foi matriculado no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Como a família de Cícero não dispunha de recursos financeiros para pagar as despesas com o estudo, o coronel Antônio Luís conseguiu com Dom Luís que seu afilhado fosse matriculado gratuitamente. Entretanto, já em 1868, o reitor do Seminário, o padre francês Pedro Chevalier, resolveu dispensar o seminarista Cícero, taxando-o de aluno fraco em teologia, além de dado à leitura de obras de ocultismo.  Mas, oficialmente, a desculpa para a dispensa de Cícero foi a falta de recursos do Seminário, para manter o estudante gratuitamente.

Segundo Nertan Macedo: “O coronel Antônio Luís montou no seu cavalo e atravessou o sertão do Ceará para garantir a educação do afilhado. Cícero pôde, então, passar à condição de pensionista e concluir o curso. Em novembro de 1870, o reitor Pedro Chevalier fazia ver a Dom Luís Antônio dos Santos que Cícero não estava em condições de ser ordenado, alegando tratar-se de um moço teimoso e dado a visões do outro mundo. Mas o prestígio do padrinho, junto ao bispo, valeu-lhe, mais uma vez, e Cícero, no dia 30 de novembro de 1870, recebia a ordem do presbiteriato, voltando para Crato, a fim de ensinar latim, na escola do primo José Joaquim”.

Armando Rafael , pesquisador e escritor - Crato, Ceará.
Fonte: http://blogdosanharol.blogspot.com/2016/05/noticias-comentarios-de-armando-rafael.html

http://cariricangaco.blogspot.com/2020/10/os-coroneis-do-crato-porarmando-rafael.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

IMPRENSE, ZÉ

 Clerisvaldo B. Chagas, 7 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.395

Com o mundo dos circos em alta e pouquíssimas diversões na cidade, a chegada de um deles agitava toda uma população, Em Santana do Ipanema, o circo era armado onde hoje estar implantado o Mercado de Cereais, no Bairro Monumento. Posteriormente os circos ficavam armados por trás da Delegacia de Polícia no lugar Aterro. Havia no local uma árvore centenária com uma casa ao lado de uma senhora branca, alta, cara enrugada, irritadíssima e “boca porca” chamada Mirindão. Apesar dos nossos apelos literários e ecológicos, o então, prefeito Paulo Ferreira amolou o machado na árvore de Mirindão. Os circos, geralmente distribuíam brindes (ingressos) com autoridades e gente de influência. Logo cedo, o palhaço perna de pau estava nas ruas acompanhado pela criançada com tinta preta nos braços como senhas para o espetáculo noturno. E quando não era o perna de pau, era o palhaço montado num jegue, virado para trás e megafone à mão.

                                     O PERNA DE PAU (FOTO: TREKEARTH

“Peguei na aba do meu chapéu...” E a meninada respondia atrás: “Mulher buchada não vai pra o céu...”

O circo era grande espaço cultural. Além do espetáculo propriamente dito, apresentava ainda a segunda parte denominada: drama. Peça teatral muito bem encenada que chegava até arrancar lágrimas de muita gente. Alguns adolescentes sem dinheiro costumavam “maiá”, na linguagem deles, significava burlar a vigilância, passa sem ser notados pelas cerca de arame e entrar por baixo da lona, saindo em baixo do poleiro. Vez em quando eram flagrados pelos do circo.

Pois bem, um sujeito não perdia espetáculo. Mostrava um belo cartão ao porteiro com o nome IMPRENSA e entrava sem ser importunado. Um dia, porém, o porteiro estava com um mau humor terrível e indagou abusado: “O senhor é o quê? Repentista, comunista, jornalista ou o que peste é?

E o cabrão, fazendo trejeitos com a cara mais sem-vergonha do mundo, respondeu: “Eu mando imprensar, bobagem! Como você não imprensa, eu entro”.

Mas o progresso que derrubou teatros, bailes e folclore, também não deixou escapar o circo de uma permanente e mortal rasteira de validade.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

IMPRENSE, ZÉ

  Clerisvaldo B. Chagas, 7 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.395

Com o mundo dos circos em alta e pouquíssimas diversões na cidade, a chegada de um deles agitava toda uma população, Em Santana do Ipanema, o circo era armado onde hoje estar implantado o Mercado de Cereais, no Bairro Monumento. Posteriormente os circos ficavam armados por trás da Delegacia de Polícia no lugar Aterro. Havia no local uma árvore centenária com uma casa ao lado de uma senhora branca, alta, cara enrugada, irritadíssima e “boca porca” chamada Mirindão. Apesar dos nossos apelos literários e ecológicos, o então, prefeito Paulo Ferreira amolou o machado na árvore de Mirindão. Os circos, geralmente distribuíam brindes (ingressos) com autoridades e gente de influência. Logo cedo, o palhaço perna de pau estava nas ruas acompanhado pela criançada com tinta preta nos braços como senhas para o espetáculo noturno. E quando não era o perna de pau, era o palhaço montado num jegue, virado para trás e megafone à mão.

                                     O PERNA DE PAU (FOTO: TREKEARTH

“Peguei na aba do meu chapéu...” E a meninada respondia atrás: “Mulher buchada não vai pra o céu...”

O circo era grande espaço cultural. Além do espetáculo propriamente dito, apresentava ainda a segunda parte denominada: drama. Peça teatral muito bem encenada que chegava até arrancar lágrimas de muita gente. Alguns adolescentes sem dinheiro costumavam “maiá”, na linguagem deles, significava burlar a vigilância, passa sem ser notados pelas cerca de arame e entrar por baixo da lona, saindo em baixo do poleiro. Vez em quando eram flagrados pelos do circo.

Pois bem, um sujeito não perdia espetáculo. Mostrava um belo cartão ao porteiro com o nome IMPRENSA e entrava sem ser importunado. Um dia, porém, o porteiro estava com um mau humor terrível e indagou abusado: “O senhor é o quê? Repentista, comunista, jornalista ou o que peste é?

E o cabrão, fazendo trejeitos com a cara mais sem-vergonha do mundo, respondeu: “Eu mando imprensar, bobagem! Como você não imprensa, eu entro”.

Mas o progresso que derrubou teatros, bailes e folclore, também não deixou escapar o circo de uma permanente e mortal rasteira de validade.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FLOR DA VIDA

Por *Rangel Alves da Costa

O ano inteiro de muita chuva. E esse ano foi de muita chuva mesmo. Dificilmente não amanhecia chovendo ou os pingos d’água se derramando do entardecer em diante. Muita gente dizia que desde muito que não se via um sertão com tanta fartura de água.

Tanques cheios, terra encharcada, água muita escorrendo nas ribanceiras. Os respingos entrando pelas janelas e as goteiras lavando velhos sofrimentos. Os olhares molhados das águas das alegrias, as mãos desejosas de trabalhar a terra para semear. Não havia medo ou temor, pois o tempo respingando vida fortalecia cada vez mais a esperança sertaneja.

Lá fora, pelo mundaréu sertanejo, além dos cercados e mais além, tudo exalando alegria. A catingueira florida, os arvoredos pujantes, a mataria tomada de viço e frescor. Pastagens verdejantes, um tapete de natureza em flor perante o olhar. Coisa mais linda o jardim sertanejo molhado de chuvarada.

As mãos de esmolas d’água negavam as submissões para se elevarem ao alto em preces de agradecimento. Os carros-pipas já não chegavam como milagres eleitoreiros. Do alto, caindo do alto, o sertanejo era reconhecido por uma força maior, por um poder bem maior.

O sopro divino era de nuvens cheias, prenhes, gordas, de muita água. O ano inteiro quase assim, quase uma eternidade sem os velhos e conhecidos sofrimentos. Mas as chuvas começaram a escassear. As manhãs não nasciam molhadas nem as noites chegavam espargindo vida em cada gota caída.

Estava bom demais para continuar assim. As colheitas fartas, as barragens fartas, as pastagens fartas, as alegrias fartas. Nem tudo tem a continuidade tão desejada. Por mais que chova e continuamente chova, o sertão sempre será sertão. E por ser assim, um sertão tão sertão, é que de repente o verde vai dando lugar ao cinza, a florida paisagem vai dando lugar ao definhamento.

Quando nenhuma flor restar mais na paisagem, somente a catingueira a preservar nos seus galhos e na nossa memória o mundo em que vivemos. Uma flor em meio à sequidão. Quando a terra esturricar de vez e o passarinho bater suas asas com destino incerto, então o sertão terá reencontrado sua face mais triste: a seca.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

POUCA GENTE SABE...

Por Geraldo Júnior

... mas Assisão além de ser um dos grandes nomes do forró nordestino é sobrinho-neto de Zé Saturnino o primeiro inimigo de Lampião.

Geraldo Júnior Assisão

E pensando nisso, viemos à cidade de Serra Talhada no Estado de Pernambuco para entrevistar essa lenda viva da nossa música regional.

Lampião e Zé Saturnino seu maior inimigo 

Breve a entrevista completa no canal YouTube... Cangaçologia.

Mais um sonho realizado.

Com vocês... Assisão.

Geraldo Antônio De Souza Júnior

https://www.facebook.com/groups/GrupoCangacologia

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FAZENDA CARNAÚBA QUE NO PASSADO PERTENCEU A NÉ PEREIRA (NÉ DA CARNAÚBA).

 Por Geraldo Júnior

Hoje (07/10/2020) foi dia de visitar a Fazenda Carnaúba que no passado pertenceu a Né Pereira (Né da Carnaúba). Fazenda histórica que fica localizada nos limites de Serra Talhada no estado de Pernambuco. Região que "brotou" alguns mais renomados cangaceiros de todo o ciclo do cangaço.

Ah! Sim. Já ia esquecendo. Os vídeos já estão guardados no matulão e em breve estarão sendo publicados no canal YouTube... CANGAÇOLOGIA.

Meu agradecimento especial ao confrade Luizão Ferraz, que tem me auxiliado e acompanhado nessa e em outras jornadas pelos sertões do Pajeú.




Forte abraço... Cabroeira!

Atenciosamente:

Geraldo Antônio De Souza Júnior

https://www.facebook.com/groups/GrupoCangacologia

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ADERBAL NOGUEIRA E SÉRGIO A. DANTAS SE ENCONTRARÃO NUMA LIVE EM NOVEMBRO

Por Aderbal Nogueira

Em novembro faremos uma grande live sobre A Grande Marcha de Lampião no Rio Grande do Norte, com o pesquisador Sérgio A. Dantas

Teremos uma grande aula dessa que é sem dúvidas uma das grandes proezas de Virgulino Ferreira da Silva. A data será confirmada breve e a transmissão será em meu canal no YouTube.

facebook.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MANUEL MARCELINO O BOM DE VERAS PARTE II

 Por Antônio Morais

Caravana Cariri Cangaço em visita ao Alto do Leitão,  local da morte de Lua Branca, o úlitmo irmão dos Marcelino

Certo dia, a noticia da aproximação dos Marcelinos deixou o delegado em pânico. O negro Felizardo, sabedor da presença dos Marcelinos, achou por bem demonstar sua proclamada valentia. Foi vingar o patrão. Tocaiado na ladeira do Caririzinho, aguardou a passagem do grupo. Manuel Marcelino, que havia estacionado ali, talvez para descanso, foi atingido por Felizardo que, imediatamente, correu a rua anunciando haver morto o famosa bandoleiro. Chegaram a comemorar o grande feito. Foi cachaça a bessa. O velho Ioiô vibrou com a noticia, enquanto Felizardo proclamava alto e em bom tom sua valentia e a glória de havar morto o terrível bandoleiro da fazenda Olho D'agua.
]
A amizade entre Antonio Taveira e Manuel Marcelino era grande e fraterna. Eram também compadres. Por isto, reuniu algumas pessoas e resolveu procurar, na mata, o amigo provavelmente baleado. Chegamos ao local e nada. Manchas de sangue, pelo chão, indicavam que a vítima havia penetrado numa vereda. Seguimos a pista. Aqui e acolá, folhas manchadas de sangue. Já a tarde fomos informados, por uma pessoa que regressava da feira de Jardim, que os Marcelinos haviam subido a serra e Bom de Veras estava com uma das mãos na tipóio. A bala do rifle de Felizardo apenas havia decepado o dedo polegar do famoso cangaceiro.

Na sua sede de vingança Bom de Veras voltou a Caririzinho. Como um tigre esfomeado, pegou Felizardo na garapa, quando este subia a ladeira tantas vezes aqui referida.

Bom dia, moleque.
É voce Manuel?
Está admirado?

- Sim, mas sei que você não vai matar-me. Sempre fomos bons amigos e mesmo meu padim Cico não deixa. Cala a boca, negro, não fale neste nome aqui. Deixa meu Padim no seu canto. O negocio é aqui entre nós dois. Mal encerrou a conversa, doze tiros de rifle papo-amarelo acoaram no silencio daquele pé-de-serra ermo, e o baque do corpo de felizardo anunciava o fim do famoso pistoleiro. Vencida a primeira etapa da vingança, Bom de Veras tomou a direção da serra e foi se incorporar-se ao grupo de Lampião. Dois longos anos se passaram sem nenhuma noticia dele.

Bom de Veras era um cabra disposto, inteligente e matreiro - disse Taveira. Era homem que se aconselhava ao Capitão Virgulino Ferreira na astucia e nos planos estrategicos de ação do grupo. Por isto estava se tornando uma ameaça a Lampião como chefe-supremo do famigerado e temivel agrupamento de cangaceiros. Por esta razão, se separaram. A decisão foi do proprio Virgulino, tomada em Poço Cercado. Corria o ano de 1926. Bom de Veras rumava tranquilo com destino a Caririzinho, com ele os manos João Vinte e Dois e Lua Branca e mais 4 ou 5 companheiros. era chegado o momento da vingança ao seu mais odiado inimigo: Ioiô Peixoto. na sua chegada ao distrito de Caririzinho matou Zé Pretinho, que levava carta de Nicanô Peixoto ao seu parente Ioiô, avisando da vinda de Bom de Veras. Mandou que o Zé Pretinho corresse e atirou pelas costas. Um irmão, um filho e o genro de ioiô foram, neste mesmo dia, vítimas da sanha criminosa do perigoso grupo.
Chegaram finalmente à rua, Ioiô não se encontrava em casa. Tinha ido ao bebedouro de gado, em cujo local foi travado o seguinte diálogo, após a resolução de Bom de Veras de que iria, como realmente fez, sozinho, o serviço. 

 Caririzinho, nos dias atuais

Levanta cabra velho safado. Não diz que é valente... que briga.. que tem autoridade? Não diz que os Marcelinos são uns cagões? Eu sei que você não é capaz de fazer isso, Manuel, Você não é capaz de matar-me... Toda vida fomos amigos...Conversa, velho safado e frouxo... tres tiros de rifle puseram termo ao diálogo fatal. Contorcendo-se e se esvaindo em sangue, com tres balaços na testa, Ioiô Peixoto tombou as raizes de frondosa barauna, em cujo tronco ainda hoje existe, solitária e esquia uma enorme cruz.

A pagina 165 do livro da escritora Aglae Lima de Oliveira: Lampião, Cangaço e Nordeste - terceira Edição, lê-se o seguinte a respeito de Manuel Marcelino - o Bom de Veras: Manuel Marcelino, epoca 26 a 30. Era um negro malvado, Alto, cantador, considerado para o bando, cangaceiro de alto preço. Fumava cachimbo. Atirador afamado, excessivamente perverso, a ponto de beber o sague de suas vitimas. Tinha o proposito de nunca revelar a historia de sua vida.Foi baleado e morto em Mulungo, Estado das Alagoas, por ocasião de cerrado tiroteio que envolveu todo o grupo. Bom de veras atirava e rastejava em direção da tropa, quando caiu morto, no fim do combate.

Dois reparos devem ser feitos na informação acima: Segundo ouvimos de parentes e amigos, inclusive Antonio Taveira, Bom de Veras era um tipo alto e alourado, nunca um negro como foi dito. As circunstancias em que foi baleado e morto Manuel Marcelino - o Bom de veras, coincidem em parte com as publicadas pela escritora Aglae, todavia, o local não foi Mulungu, nas Alagoas, Bom de Veras foi morto na Fazenda de João Coelho, seu primeiro e unico patrão, na localidadede Minadouro, municipio de Serrita, Estado de Pernambuco. Asinformações colhidas pelo reporter de Região dão conta, ainda, de que Bom de Veras foi alvejado e morto pelos proprios companhaeiros, no cerrado tiroteio da Fazenda Minadouro, após cercada a casa de onde se encontrava e haver tentado uma fuga. Foi aí que, involuntariamente, um dos companheiro que atiravam contra a policia alvejou Bom de Veras, pelas costas. Esta, a verdade versão da morte do famoso e temivel Manuel Marcelino - O Bom de Veras.

Antônio Morais

http://cariricangaco.blogspot.com/2011/05/bom-de-veras-parte-ii-porantonio-morais.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

OURO PRETO E DIAS RELÍQUIAS EM MUSEUS....

 Por João de Sousa Lima


https://www.facebook.com/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

#VÍDEO: POLICIAL MILITAR BAIANO DE 102 ANOS QUE LUTOU CONTRA O CANGAÇO MORRE; CORPORAÇÃO

Um documentário chegou a ser feito pela Polícia Militar em homenagem ao Sargento, chamado ‘O Policial Militar de 100 anos’ | FOTO: Reprodução |

Um dos policiais que se destacaram no combate ao banditismo no sertão da Bahia, especialmente contra o cangaço, morreu no último sábado (30), aos 102 anos. O Sargento Pm Gerson Pionório Freire fez parte de inúmeras volantes, patrulhas organizadas para percorrer a caatinga na perseguição aos cangaceiros. A Polícia Militar emitiu nota de pesar e pontuou que “o Sgt PM Ref Pionório angariou, durante sua trajetória profissional, a admiração e o respeito dos superiores, pares e subordinados pela dedicação explícita à causa da segurança pública”, informa o comunicado.

“A Polícia Militar da Bahia rende todas as homenagens e o mais sincero reconhecimento ao exemplo de profissional e homem honrado que o Sgt PM Ref Pionório foi e continuará a ser através do seu legado como exemplo aos nossos milhares de profissionais”, diz ainda a nota de pesar. O Sargento reformado morreu em Paulo Afonso, de causas não divulgadas. O sepultamento ocorreu ainda no sábado (30), no município anteriormente citado.

Pionório teve sua história contada no documentário ‘Memórias da PMBA’, iniciativa da Corporação para resgatar e valorizar personagens e feitos memoráveis da Polícia Militar da Bahia. Intitulado “O Policial Militar de 100 anos”, o documentário obtém relevante sucesso onde é exibido. As informações são do Correio 24h.

Assista aqui ao vídeo:

https://jornaldachapada.com.br/2018/07/01/video-policial-militar-baiano-de-102-anos-que-lutou-contra-o-cangaco-morre-corporacao-lamenta/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

QUASE CANGACEIRO.

Por João Filho de Paula Pessoa

O sobrinho de Lampião, José Ferreira, de 17 anos, filho de sua irmã mais velha, D. Virtuosa, que morava em Juazeiro de Norte/Ce., decidiu entrar para o cangaço, à exemplo de seus tios, em virtude de perseguições e pressões que sofria por ser sobrinho de Lampião e para isso contactou com seu tio pedindo para acompanhá-lo em seu bando. Assim, combinaram seu ingresso no Cangaço, marcaram de se encontrar em Angicos onde o bando estaria acampado por alguns dias. Conforme combinado, em Julho de 1938, José Ferreira chegou ao acampamento em Angicos e encontrou com seu tio Lampião, que lhe deu boas vindas, entregando-lhe um rifle, lhe apresentou ao resto de bando e mandou fazer roupas adequadas para que ele se inserisse efetivamente na vida cangaceira. Sendo que, em seu terceiro dia de cangaço, ao nascer do sol, o acampamento foi atacado pelas volantes e Lampião foi eliminado, morrendo ali também o cangaço e com ele sua pretensão de ser cangaceiro, conseguiu fugir, foi preso e libertado, e seguiu numa vida discreta e comum. Em seu depoimento disse “de manhãzinha, eu tinha acabado de lavar o rosto e fui apanhar um cigarro que eu deixara em cima de uma pedra, quando ouvi um tiro, depois outro, todo mundo correndo, eu morto de medo, larguei o rifle que meu tio tinha me dado e caí no mato (Jornal “A Tarde” 02/03/1939)” João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 28/01/2020.

Obs: Nossos Contos também são contados em vídeos no YouTube - Canal Contos do Cangaço. https://www.youtube.com/channel/UCAAecwG7geznsIWODlDJBrA

 https://www.facebook.com/groups/508711929732768

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MARTE CHEGA AO PONTO MAIS PRÓXIMO DA TERRA NESTA TERÇA-FEIRA; ENTENDA

 Rafael Rigues


Planeta estará a 'apenas' 62 milhões de km de nós; momento mais brilhante (e visível) no ano será em 13 de outubro.

Se você sempre quis ir à Marte, é melhor se apressar: nesta terça-feira (6) o planeta estará na menor distância da Terra, ou seja, em sua aproximação máxima. É algo que acontece a cada 780 dias, ou pouco mais de 2 anos.

Veja também:Cientistas encontram mais três reservatórios de água líquida em MarteEstudo sugere vida subterrânea na Lua e em MarteNasa publica foto de Marte e Lua feita por brasileiros

O momento exato da aproximação é às 11h09 (horário de Brasília), quando Marte estará a uma distância de "apenas" 62.069.571 km de nós. Bem mais perto do que a maior distância possível, de 401 milhões de km.

Esta variação na distância entre a Terra e Marte explica a concentração de missões rumo ao planeta vermelho que foram lançadas em meados deste ano: foram nada menos do que três, uma da China, uma dos Emirados Árabes e uma dos EUA.

Um lançamento nesta época exige menos combustível para que a espaçonave complete a jornada, o que reduz significativamente o custo e complexidade da missão. Caso uma missão perca a "chance" de um lançamento próximo, os cientistas normalmente preferem esperar a próxima oportunidade. É o caso do rover Rosalind Franklin, da Agência Espacial Europeia (ESA), cujo lançamento foi adiado para 2022 devido a problemas encontrados nos paraquedas que serão usados durante o pouso.

Obviamente, devido ao horário, você não poderá observar Marte a olho nu no momento exato da aproximação. Mas a noite do dia 6 também é um bom momento: o planeta estará no ponto mais alto no céu por volta das 00h05, por exemplo.

Mas a melhor oportunidade do ano para observar Marte será no dia 13, quando o planeta estará em oposição, ou seja, do lado oposto do Sol. Isto normalmente o torna excepcionalmente brilhante, e a proximidade de nós vai ajudar. O planeta será visível a partir das 19h, quando surgir no horizonte na direção leste.

Como se orientar

Para facilitar a orientação e saber em que direção olhar, é importante identificar os principais pontos cardeais. Para isso, você pode usar um velho truque ou um app em seu celular.

O velho truque é baseado numa frase que você deve ter aprendido na escola: “o sol nasce a leste e se põe a oeste”. Fique em pé e estique os braços, com o direito apontando para o nascente, e o esquerdo para o poente. Então você terá o leste à direita, o norte à frente, o oeste à esquerda e sul atrás de você.

Aplicativos de Bússola do Android (à esquerda) e no iOS.

Quanto ao app, existem inúmeras opções. Quem usa um iPhone não precisa de um app extra, basta usar o “Bússola”, que é parte do iOS. Para Android minha recomendação é o “Apenas uma bússola”, da PixelProse SARL, que é bonito, simples, gratuito e, mais importante, sem anúncios.

https://olhardigital.com.br/ciencia-e-espaco/noticia/marte-chega-ao-ponto-mais-proximo-da-terra-nesta-terca-feira-entenda/108158

http://blogdomendesemendes.blogspot.com