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sábado, 22 de dezembro de 2018

ODONEL FRANCISCO DA SILVA

Por Rubens Antonio
Odonel Francisco da Silva, como 2°  sargento: - O Malho, 30/4/1927

Pernambucano, nascido em agosto de 1903, a partir da sua entrada na Força Pública da Bahia, aos 19 anos de idade, em 1918, como soldado, ascendeu rapidamente. Era anspeçada, em 1922; cabo d'esquadra, em 1923; 3° sargento, em janeiro de 1925; 2° sargento, em dezembro de 1925, 2° tenente em 1927.

Destacou-se liderando pelotões volantes baianos, especialmente em dois fogos, contra o bando de Lampeão.

- 4 de janeiro de 1929, em Abóboras, então, no município de Jaguarari, atualmente, pertencente ao município de Juazeiro, na Bahia.

- 25 de março de 1930, na fazenda Favella, no município de Juazeiro, Bahia.

Com a revolução de 1930, foi afastado do combate ao cangaço.

À frente de um pelotão, marchou contra a rebelião dos índios aricobé, em novembro de 1933.

Chegou a 1° tenente, em 1939, e a capitão, em 1945. Passou à reserva em outubro do mesmo ano. Fixara-se na cidade de Barreiras. Nesta faleceu, em outubro de 1953, aos 50 anos de idade.


O 2° tenente Odonel Francisco da Silva:

Imagem gentilmente disponibilizada por descendente

Recebimento como comandante de volante.


Comunicação do falecimento, pela Polícia Militar da Bahia.

http://cangaconabahia.blogspot.com/2018/08/odonel-francisco-da-silva.html

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OS DONS LAMPIÔNICOS.

Por Verluce Ferraz

Lampião não aceitava os próprios dons e gostos pelos costumes e desejos das atividades feminis. Entrou cedo para o cangaço, mas rejeitava seus desejos de fazer renda – mesmo admirando a arte – tanto que compôs a letra em demonstração de amor pela avó. Trazendo a Maria de Déia para o convívio do cangaço, (aos trinta e dois anos de idade, (já não era mais tão jovem) é que admitiu a entrada da mulher no seu grupo), agora passará a todos uma aparência de forte, indomável, valentão; superando suas fraquezas através do uso das armas de fogo e de punhal – coisa que jamais abandonou; nem nos momentos de relacionar-se sexualmente com alguma mulher. Algumas vezes procurava uma parceira para dar evasão à sua libido. 

Colorida por Rubens Antonio

Com a presença da mulher no grupo, quebrará um tabu – “mulher não amolecerá mais homem” – Destarte o cangaceiro imprimiria muito mais a masculinidade, tendo uma companheira ao seu lado. Agora será a Maria, a mulher do Capitão, que terá o condão de mostrar a todos que na estampa exuberante de Lampião estarão todos protegidos. Já separada do marido, experiente com o ex, o Zé de Neném, se arvorou na vida de cangaceira. Brincalhona, geniosa, mandona. Outra mulher na vida de Lampião, ou em tomando seu lugar, nem pensar! Maria reforça mais o lado masculino daquele cangaceiro; suas características femininas serão sopesadas pela influência da mulher, serviram-lhe de afirmação. 

Colorida por Rubens Antonio

Agora Lampião poderá cozinhar, bordar, costurar para ambos os sexos, - até criar modelos UNIGÊNERO; enfeitar-se da mesma maneira que as mulheres. Usar roupas de cores fortes, enfeitar-se de galões, sianinhas, usar trancelins e anéis em todos os dedos, bordar flores nas vestimentas sem causar admiração. Lampião trazendo a mulher para junto de si, poderia usar todo e quaisquer apetrechos, igualmente aquelas.

 Colorida por Rubens Antonio

E todos os que o acompanhavam em seus grupos, eram bastante jovens, sempre submissos; menos inteligentes que ele. Além de cobiçarem o perfil do cangaceiro que os compensava com alimentos, roupas e ensinando-os no manejo das armas. Após as matanças, que não eram raras, comemoravam dançando, fazendo loas (versos) e propiciava a todos com comida e laser. Os enfeites usados igualmente por todos dos bandos eram designativos de força e serviam de união para todos os grupos. Já para Lampião a serventia era da imposição; um elo da sua força.

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A VOLANTE DO TENENTE JOÃO BEZERRA


Por Francisco Davi Coelho Lima

A volante do tenente João Bezerra participou em outros combates além do de Angico. Essa fotografia que mostra os principais membros de sua volante ao lado das cabeças de alguns cangaceiros foi tirada logo após a um combate, que resultou na morte dos cangaceiros Serra Branca Eleonora e Ameaça.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=140098926981872&set=gm.594274334377080&type=3&theater&ifg=1

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UMA CLÁSSICA DO ACORDEON BRASILEIRO...

ADQUIRIDO NO ACERVO DO KYDELMIR DANTAS
https://www.youtube.com/watch?v=3aQHkJ-Qdb0&feature=share

Pedro Raymundo - ESCADARIA - Pedro Raymundo - Gravação de 1944


Publicado em 24 de jul de 2012

Pedro Raymundo, em gravação de 1944, executa seu famoso choro ESCADARIA. Ano de 1944.
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CORONEL JESUINO MARTINS DE SÁ

Por Rubens Antonio

Coronel Jesuino Martins de Sá, pai de João Sá, detido com este, por Lampeão e seu bando, em Sítio do Quinto. Recuperando, em Photoshop, sua imagem, modificando a original sofrível de: A Critica, 30/12/1928.



Acervo do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio: 

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MAIS DAS TERRAS POR ONDE ANDEI

*Rangel Alves da Costa

Mundo, vasto mundo, como já disse o poeta. E também desconhecido mundo, ao menos naquilo que é tão necessário de conhecer. Muitas vezes, pela indiferença a tudo, não conhecemos sequer o que há além da cozinha, no cercado do quintal, nem além, nas entranhas da mataria.
O inóspito e o hostil só foram conhecidos e transformados depois que a coragem desbravou seu misterioso mundo. O desconhecido só veio a luz depois que houve a necessidade de ira adiante e de desejar conhecer suas entranhas. Daí os desbravamentos, as entradas, os encontros e o nascimento das povoações.
Mesmo hoje, com quase tudo já conhecido, mesmo assim muito há que ainda e mantém ocultado ou simplesmente ignorado. Como dito, até mesmo pelos arredores há muito que se conhecer. Pessoas não conhecem a si mesmas, e quanto mais o que demande busca e caminhada.
Mas eu sou um descontente. Sempre faço de conta que nada sei, que nada conheço e quero conhecer muito mais. Sou curioso, sou questionador, sou um duvidoso de muita existência. E não descanso enquanto não for atrás daquilo que alimente o meu desejo do novo, ainda que novidade somente a mim.
Não encurto distância nem escolho local, vez que tudo sempre se mostra de interesse. Casebres nas distâncias sertanejas, locais históricos, povoações com suas lendas e histórias, povos com seus modos de ser diferenciados, um simples local ou uma pujante riqueza. Tudo me interessa.
Contudo, interessa-me mesmo o contato com a moldura e paisagem do mundo-sertão, com o enredo e trama do mundo sertanejo, com os ignorados que guardam em si descobertas infindas. Mesmo que os olhos não avistem logo algo especial, certamente muito será encontrado nas palavras, nas paredes, nos arredores.
Por isso que o meu embornal vive cheio e sempre querendo mais sobre causos desse mundo mágico. E também das histórias de lutas, das tramas que fizeram gestar comunidades e povoações. Nada mais cativante que conversar com um velho num tronco de malhada e dele fazer surgir um primoroso livro.


Sim, o meu passo vai, minha caminhada segue, minha necessidade de conhecer me guia. Não há tempo de chuva ou sol, nublado ou de indecisão, pois sei que tenho de andar por aí para escrever na memória cada letra avistada na vida, do antigo ao agora.
Chego na beirada do pote e o barro antigo, lanhada de tempo e sede, sempre me ensina alguma coisa. Chego perante a cancela do velho casebre e os restos toscos e encardidos daquele mundo, ecoam a me chamar para conhecer suas entranhas. E vou...
Aió e embornal pelos cantos, candeeiro de parede e oratório de fé, tudo me ensina. Enxada e enxadecos, foice e gadanho, retalhos de chão e história, de luta pela sobrevivência e retratos do mundo-sertão. Sou moço do mato, sou da cidade não. Nem quero ser.
O batente ainda manchado do sangue da luta, o tronco alquebrado mais adiante, o esquecido baú com suas saudades guardadas, tudo isso me ensina. E também me ensina a palavra matuta, a mão calejada, a face marcada de tempo. Olhares fundos e profundos, testemunhos de tudo aquilo que tanto eu quero ouvir, saber e conhecer.
Não prossigo sem antes seguir aos pés da cruzinha abandonada, já pendendo ao chão, sem mais dizer quem ali tombou pela emboscada. Que tocaia maldosa. Sim, sei que houve um tempo de armas famintas e gemidos soltos, de estampidos saídos dos canos vorazes e de corpos estendidos ao chão. Histórias de carnicentos, de urubus, de gaviões e carcarás.
E vou lendo nas paisagens as letras pelos anos já apagadas. Ninguém quer falar sobre aquilo. Dói demais, dizem. Eu sei que dói. Conheço as artimanhas e os labirintos desses sertões. Um sertão tão belo como a florada do mandacaru, como a suntuosidade da flor da jurubeba, mas também tão feio e medonho quanto a fome, a sede e as vinditas de sangue.
Os clavinotes ainda estão apontados entre os tufos de mato. Cangaceiros, jagunços, volantes, bandoleiros de paga, tudo ainda assombra e amedronta. As folhagens farfalham gemidos estranhos. A avoação da tem-tem anuncia uma presença escondida. Quem será? Meu Deus, meu Deus...
Os cemitérios estão debaixo dos umbuzeiros e suas fitas e suas cruzes choram as saudades tantas. Rosários e terços perante o meu olhar. As mãos velhas passeiam ao paraíso enquanto as bocas sussurram as sagradas confissões. Eita coisa bonita nesse povo: sempre o céu na lua, sempre o céu no sol, sempre o céu no prato cheio ou na panela vazia.
Mas também ainda ouço as sentinelas, as ladainhas, os ofícios de um povo ajoelhado aos pés do altar. As igrejinhas silenciam mistérios. Os santos e anjos saíram para visitar os empobrecidos destes sertões. Por isso que sempre encontro um fogão de lenha aceso. Abro a porta da velha igreja e ajoelho-me.
Mas não sei rezar, confesso. Só sei pedir a Deus que sempre proteja esse sertão e o seu povo. E não se esquecendo de que também sou sertanejo.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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VAMOS LÁ NO CANAL YOUTUBE "CANGAÇOLOGIA" CONFERIR.


Por Geraldo Júnior
https://www.youtube.com/watch?v=r5hffslIYtI&t=15s&fbclid=IwAR1dDhs6VB8JD92aoxBF9aKbQbvi7HOFZ5zrXAvcdQ3ebFQ46mrE2NeGTXk

Documentário: Filhos do cangaço.

Inácio Carvalho Oliveira "Inacinho", filho do casal cangaceiro Moreno e Durvinha, nasceu no estado de Pernambuco no dia 02 de janeiro de 1938, quando seus pais ainda estavam no cangaço.

Devido a vida dura e inóspita que levavam em meio a caatinga, seus pais resolveram entregar-lhe para adoção e escolheram para essa tarefa o Padre Frederico Araújo da cidade de Tacaratu.

No dia 02 de fevereiro de 1940 o casal Moreno e Durvinha resolvem abandonar o cangaço e deixam o Nordeste, deixando para trás o pequeno Inacinho.

Durvinha e Moreno fugiram do Nordeste e por fim fixaram residência no estado de Minas Gerais, passando por algumas cidades até finalmente se estabelecerem na capital do estado.

Durante sessenta e cinco anos Moreno e Durvinha mantiveram suas vidas passadas em segredo de todos e até mesmo dos filhos nascidos no estado de Minas Gerais.

O segredo somente foi descoberto no ano de 2005, quando uma filha do casal chamada Neli Maria da Conceição, seguindo suspeitas e pistas conseguiu localizar Inacinho e promover o seu encontro com a família.
Após longos sessenta e seis anos, Inacinho finalmente pôde conhecer e abraçar seus pais e conhecer seus cinco irmãos, todos nascidos no estado de Minas Gerais.

Como forma de agradecimento e homenagem a irmã, Inacinho compôs uma canção e nós tivemos a sorte e a oportunidade de conferir ao vivo e gravar para trazer até vocês que sempre prestigiam e acompanham nossos trabalhos a frente das páginas "Cangaçologia" (YouTube, Blog, Facebook e Instagram).

A canção expressa toda a gratidão, amor e carinho que Inacinho tem pela irmã Neli Maria da Conceição, que foi a principal patrocinadora do encontro que mudou definitivamente a sua vida.

Vamos conferir.

Se você ainda não se inscreveu em nosso canal, aproveite para se inscrever para receber todas as nossas notificações e atualizações.
Deixem seus comentários, críticas e sugestões.
Grato Cabroeira.

Geraldo Antônio De Souza Júnior

https://www.youtube.com/watch?v=r5hffslIYtI&t=15s&fbclid=IwAR1dDhs6VB8JD92aoxBF9aKbQbvi7HOFZ5zrXAvcdQ3ebFQ46mrE2NeGTXk

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ACADEMIA DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ASCRIM ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ASCRIM

Resultado de imagem para Ascrim

Presidente da ASCRIM, Silva Neto, bom dia!

Presidente, de coração faço votos pelo seu pronto restabelecimento.


No tocante ao lançamento do Livro .
  
Lembranças, Sonhos E Realidade”,realizado ontem, que o mesmo tenha obtido pleno sucesso.

Abraços 
Socorro Cavalcanti

Enviado pela ASCRIM

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CASAMENTO NA FAZENDA


 Por Benedito Vasconcelos Mendes

Raimundo Nonato filho do Tião Ferreiro, da Vila de Santo Antônio do Aracatiaçu pediu a Francisca, filha do vaqueiro Sales, da Fazenda Aracati, em casamento. O Sales solicitou ao meu avô um pedaço de terra para o noivo construir sua casa de taipa, que foi prontamente atendido. O noivo e o seu sogro Sales escolheram um terreno elevado, próximo à margem do Rio Aracatiaçu, onde existia um frondoso Juazeiro para fazer sombra no terreiro. Nos finais de semana, Raimundo Nonato e seus amigos e parentes que moravam na redondeza começaram a construir sua casinha de taipa, com materiais retirados da natureza, madeira (linhas, caibros, ripas, esteios, forquilhas, madeira para portas e janelas e outras), barro para a feitura das paredes e palha de carnaúba para a cobertura. Era um costume sertanejo o noivo construir sua própria casa, em mutirão com familiares e amigos. Quando a casa ficou pronta, o Sales marcou o dia do casamento e pediu ao meu avô que solicitasse ao Padre Antônio José, da Paróquia da cidade de Miraíma, para oficializar o casamento na Fazenda Aracati. O Padre atendeu ao pedido do meu avô e aceitou a data sugerida pelo Sales, 24 de junho, dia de São João, para o casamento. Dona Lourdes, mãe da noiva, ficou encarregada de organizar a festa. Minha avó prometeu doar o vestido comprido de cetim de algodão e o véu de filó. Ela mandou comprar no Armazém de tecidos do Sr. Chico Neves (Francisco Neves Frota), em Sobral, cinco metros de cetim branco, para confeccionar o vestido comprido, com cauda, e chamou a Maria José do Estourôte, sua costureira, para confeccionar o vestido da noiva. Todas as roupas da família eram feitas por Maria José do Estourôte, na sua máquina de costura à mão, da marca Singer. Ela passava temporadas em Sobral, na Fazenda Aracati e no Sítio Frecheiras, na Serra da Meruoca, para remontar roupas velhas e confeccionar novas roupas para toda a família. Ela costurava roupas de homens, mulheres e de crianças. O Estourôte, seu esposo, ficava permanentemente em sua residência em Sobral, em uma das fazendas do meu avô, às margens da estrada que saía para a cidade de Massapê (hoje zona urbana de Sobral). A referida costureira passava duas ou três semanas costurando para meus avós e depois voltava para junto de seu esposo. Passado um certo tempo, ia novamente para a Fazenda Aracati costurar para meus avós. 

A cerimônia de casamento estava marcada para ocorrer às dezesseis horas, mas no início da tarde já estava tudo pronto. O altar improvisado com uma mesa, coberta por uma toalha branca, com dois cartiçais com velas, Bíblia Sagrada, uma imagem de gesso de São João e um crucifixo de madeira. O Padre Antônio José ficou encarregado de levar o seu material (hóstias, vinho, cálice, patena, toalhinhas de linho, sineta e outro materiais necessários à realização da Santa Missa e da cerimônia de matrimônio). Muita comida foi preparada para os convidados. O Sales matou um boi e dois carneiros para serem servidos cozidos e assados na brasa, com farofa de torresmo com farinha de mandioca, cuscuz de milho e arroz vermelho. O casamento foi realizado no terreiro da casa, ao ar livre. O ambiente estava muito bonito, enfeitado com flores silvestres, especialmente com flores de salsa, pau-branco, jurema-preta e de craibeira. Para evitar poeira, o terreiro foi molhado com água, trazida em ancoretas do Rio Aracatiaçu. Próximo ao horário marcado para o casamento, o Padre chegou e, em seguida, apareceu a noiva de vestido de cetim branco comprido, com cauda, com véu de filó e grinalda de flores naturais. Logo depois chegou o noivo de terno de brim branco, gravata borboleta e sapato preto de cadarço. Somente a noiva tinha padrinhos, que eram meus avós, que ao chegarem no local foram logo cumprimentar o Padre Antônio José e parabenizar os noivos. O Tião Ferreiro e sua esposa, pais dos noivo, e o Sales e Dona Lourdes, pais da noiva, ficaram ao lado do altar. Era grande a quantidade de cavalos selados, das pessoas que vieram de fazendas, vilas e cidades vizinhas para o casamento. Naquela época, o principal meio de transporte na zona rural eram o cavalo e o burro de sela. Para as pessoas mais velhas, foram oferecidas cadeiras de tampo de couro, mas a maioria dos convidados permaneceu de pé durante toda a cerimônia de casamento. Após ter sido oficializado o sacramento religioso, foi repetido o costume da noiva jogar o buquê de flores de laranjeira para trás, para saber quem seria a próxima moça a se casar. Os cumprimentos aos noivos foram feitos ao lado do altar, na presença do Padre, dos Padrinhos e dos pais da noiva e do noivo. Depois teve início o jantar, acompanhado de muito Conhaque São João da Barra e Cachaça e de um alegre forró, que só terminou quando o sol raiou. Os músicos vieram da Vila de Santo Antônio do Aracatiaçu, situada a 20 quilômetros da Fazenda Aracati e logo no início da festa já ficaram bêbados, fazendo com que o Sales proibisse o fornecimento de bebida aos mesmos. Eram apenas quatro instrumentos musicais, uma sanfona, um zabumba, um ganzá de cabacinha e um triângulo. Ao amanhecer o dia, era grande a quantidade de bêbados dormindo no chão do alpendre. Para os idosos foram oferecidos redes e lençóis. Esta festa foi comentada durante muito tempo nas vilas e fazendas da região, por ter sido uma comemoração com muita comida e bebida. Um fato interessante ocorreu no dia seguinte, ao amanhecer o dia. Por ocasião da ordenha das vacas, era grande a fila de convidados na porteira do curral, para beber leite mugido e assim curar a ressaca da bebida.

Enviado pelo professor Benedito Vasconcelos Mendes.

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SUPER LUA DE SANGUE E ECLIPSE, DOIS FENÔMENOS PARA ABRIR O ANO NOVO

Por Só Notícias
Lua de Sangue - Foto: Pixabay

O ano novo começa com espetáculo no céu: a Super Lua de Sangue e um eclipse lunar.

Os fenômenos serão na madrugada do dia 21 de janeiro de 2019.

De acordo com o Royal Museums Greenwich, o eclipse total será visível na maior parte da América do Norte, América do Sul e partes do oeste e norte da Europa.

Já o restante da Europa e da África poderá ver apenas os minutos finais do evento.

Horário.

A Lua começará a entrar na sombra da Terra logo após as 2h30 da manhã GMT (BRT: 23h30 do dia anterior), com o eclipse máximo ocorrendo até as 5:15 da manhã (BRT: 2h30).

No total, todo o eclipse durará mais de cinco horas.

O fenômeno, chamado de Super Lua de Sangue, ocorre quando a Lua está mais perto de nós, algo que não ocorrerá novamente até 2036, segundo informações da IFLScience.

Dos 87 eclipses lunares previstos para este século, apenas 28 deles coincidirão com o Perigeu (ponto de órbita) de uma Super Lua, conforme reportado pela Newsweek.

Eclipse

Um eclipse lunar total ocorre quando a Terra, o Sol e a Lua estão alinhados sinuosamente.

Neste cenário, a Terra fica entre o Sol e a Lua, cobrindo a Lua em com sua sombra.

As duas regiões de sombra, conhecidas como umbra (parte central mais escura) e penumbra (a parte externa) ditam que tipo de eclipse ocorrerá – neste caso, a umbra.

Quando isso acontecer, a Lua poderá ficar com um tom vermelho-cobre – por isso o apelido de Lua de Sangue – quando a luz que passa pela atmosfera da Terra é refratada de volta para a Lua.

Essa coloração durante a totalidade dependerá da poeira presente na atmosfera da Terra no momento do eclipse, que bloqueará as ondas azuis de maior frequência e permitirá que ondas vermelhas mais longas passem.


Com informações do JornalCiência

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FOTO INÉDITA..!...NOS RASTROS DO CANGAÇO - PERSEGUINDO A CANGACEIRA DULCE...


Dulce Menezes é a última cangaceira viva.

Dos que seguiram os caminhos incertos do cangaço, só ela sobreviveu.

Em recente visita a suas filhas Luci (em Vitória da Conquista) e Martha Ruas e seu marido Tião Ruas (em Jordânia) e ainda o filho Jacozinho, tive o privilégio de conhecer a fazenda Jacobina, de João Anastácio Filho "Jacó".


Nessa fazenda chegaram fugindo do nordeste, os cangaceiros Marinheiro (irmão de Sila), Sila, Zé Sereno, Criança e Dulce.

Dulce acabou ficando na fazenda e teve 18 filhos com Jacó, dos quais sobreviveram 10.

Em breve o Tião Ruas e a Martha lançarão um livro contando toda essa história.

Por enquanto estamos aqui tendo a honra de conhecer os escombros da fazenda, na companhia dos filhos Jacozinho e Martha, lugar nunca explorado por nenhum outro historiador e pesquisador.

OBS: NA FOTO (inédita), acima, vê-se: Dulce - Jacó e alguns filhos na faz. Jacobina, Jordânia, Minas Gerais.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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OS PUNHAIS ORIGINAIS DO CANGACEIRO ANTONIO SILVINO, PRECURSOR DE LAMPIÃO, NO CANGAÇO.


Por Voltaseca

Ele passou mais de 20 anos preso na Cadeia do Recife. Após sair da prisão, conseguiu um emprego com o presidente Getúlio Vargas. Morreu de causas naturais na cidade de Campina Grande/PB.

Ditas armas foram doadas por um filho do ex-cangaceiro ao Dr. Sérgio Dantas e, faz parte do seu acervo particular.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=989907031211271&set=gm.973530356189242&type=3&theater&ifg=1

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