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quinta-feira, 16 de julho de 2020

FILHA DO DIRETOR-GERAL DA FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO NÃO RESISTE À INFECÇÃO BACTERIANA E MORRE EM FORTALEZA

Penélope Crispiniano filha mais velha de Crispiniano Neto

A professora Penélope Domitila de Medeiros Crispiniano morreu nesta quinta-feira (16), em Fortaleza, em decorrência de uma infecção bacteriana. Ela era a filha mais velha do diretor geral da Fundação José Augusto Crispiniano Neto, que confirmou a notícia nas redes sociais.

Penélope vinha se recuperando há 50 dias de um acidente automobilístico que a havia deixado com traumatismo craniano. Porém, não resistiu à infecção provocada por uma bactéria. O corpo da professora, que lecionada em Aracati, será transportado para a cidade de Mossoró, onde ocorrerá o sepultamento ainda nesta quinta-feira (16), seguindo as recomendações das autoridades sanitárias devido a pandemia da Covid 19.

A Fundação José Augusto divulgou uma nota de pesar em nome de todos os funcionários e gestores. O diretório estadual e o setorial de Cultura do Partido dos Trabalhadores também lamentou a morte de Penélope. Várias mensagens de apoio e solidariedade de artistas e produtores da cultura também foram divulgadas nas redes sociais.

Crispiniano Neto escreveu que a família estava esperançosa quanto a recuperação de Penélope:

– Infelizmente é verdade. Penélope vinha superando os traumas do acidente, mas não resistiu a uma bactéria que atacou-lhe o coração nos últimos dois dias e contrariou as providências dos médicos, que não mediram esforços, como vinham fazendo desde o primeiro momento Estávamos realmente esperançosos, mas Deus é maior e sabe mais que nós. É como acaba de nos dizer um amigo: “A vida é feita de escolhas, mas também tem seus momentos de imposições”. Cabe-nos agora dar continuidade à criação é formação dos seus três filhos e honrar-lhe a memória”, diz um trecho do depoimento.

A morte foi lamentada, por meio do twitter, pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.


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LAMPIÃO O REI DOS CANGACEIROS

Por José Mendes Pereira

Eu não sei se você encontrará este livro com o professor Pereira, mas não custa procurar saber através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

O autor é Billy Jaynes Chandler um dos mais famosos escritores do cangaço, e foi encontrado nos Estados Unidos por Bárbara Medeiros, filha do professor, escritor e pesquisador do cangaço Honório de Medeiros. Procurei o texto no blog do Honório, mas não consegui visualizar. O Billy Jaynes Chandler já está com mais de 80 anos, segundo sua filha repassou para Bárbara Medeiros. 

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MORTE DE GENÉSIO GUEDES DEIXA DE LUTO O COMÉRCIO, A MÚSICA E A POLÍTICA DE CARUARU.

Por Jaciara Fernandes

O farmacêutico, ex-vereador da Capital do Agreste, compositor e rotariano, faleceu na manhã desta quinta-feira (16), aos 82 anos, de infecção, no Hospital Santa Efigênia. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), há algumas semanas por enfrentar problema pulmonar obstrutivo crônico, o que vinha lhe causando constantes infecções pulmonares, além de Sepse (quando a bactéria está no sangue). Seu quadro clínico se agravou o levando a óbito. 

Na música, deixou 280 obras catalogadas, destaque para os clássicos “Trupé de Cavalo” e “Barra dos Coqueiros” ‘Seu Genésio da Farmácia’ foi o médico para muito muita gente, inclusive meu, quando aqui cheguei ainda na adolescência. Ninguém saía de lá sem seu ‘diagnostico’ e, no meu caso e de tantas outras pessoas, sem dinheiro, também com a ‘mostra grátis’ para o tratamento. Um grande ser humano parte deixando o mundo mais pobre. Por causa da pandemia, a família comunica que não haverá velório. O corpo será levado direto para o Cemitério Dom Bosco, às 16h de hoje. Descanse em paz, ‘Seu Genésio’.


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ARAPIRACA


Clerisvaldo B. Chagas, 16 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.346

 Bafejada pela posição geográfica Agrestina, condições de relevo e solos férteis, a terra das arapiracas surpreende cada vez mais na dinâmica urbana em todos os setores da Sociologia. Com mais de 200 mil habitantes, converge para si, municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, agindo soberbamente como capital do interior de Alagoas. Originária de uma feira de fumo, mesmo antes da sua emancipação política, criou em torno dessa feira, a mais surpreendente cidade das Alagoas. E aquela feira de fumo do início, hoje movimenta mais de um milhão de reais em sua diversidade. Na feira de Arapiraca tudo tem, fala a expressão regional no seu modo de dizer.


O movimento em todo o sertão alagoano tem como alvo o comércio e a prestação de serviços de Santana do Ipanema, uma espécie de capital sertaneja em torno de 50 mil habitantes. Além do seu pujante comércio, seus cursos superiores dão uma dimensão de polo educacional que atrai sertão, alto sertão, sertão do São Francisco, trazendo até mesmo pessoas dos estados vizinhos de Sergipe e Pernambuco. Mas, o déficit das suas ofertas, é procurado na cidade de Arapiraca, quando não na falta do produto surgem os valores da concorrência Agrestina. No caso de não se encontrar o que se procura nas Arapiracas, as opções estão em Maceió, Caruaru (outra potência) e Recife.

A prometida e falada duplicação asfáltica Arapiraca - Olho d’Água das Flores (a 18 km de Santana) poderá mudar os hábitos dos santanenses e outros sertanejos no uso da BR-316 para Maceió via Palmeira dos Índios. Nesse caso, o trajeto por Arapiraca teria a preferência. E como ficaria então, Palmeira dos Índios sem o grande fluxo de veículos vindo do sertão? Somente o tempo dirá se Palmeira pode ficar ou não sem esse movimento. Olho d’Água das Flores será o grande beneficiado, assim como Batalha e outros municípios que compõem a chamada Bacia Leiteira. Santana não teria tanto ganho na sua expansão, pois existe outra rota Alto Sertão – Maceió que não passa necessariamente pela nossa cidade, mas por Olho d’Água do Casado e Olho d’Água das Flores.

Porém, todo progresso é bem-vindo.
O tempo dirá o que nos reserva. Aguardemos.


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LAMPIÃO! EXTORQUINDO UM EMPRESÀRIO, NA SERRA DO MACHADO EM RIBEIRÓPOLIS SERGIPE.


Do acervo do pesquisador do cangaço Guilherme Machado

Mamede Paes Mendonça (1915-1995) era proprietário de uma venda no *arraial Ribeirópolis, Sergipe, aí por 1934/35, quando um dia, ao levantar a vista, achou-se diante de indivíduo cor de cobre, cara enfezada e todo aparamentado. Pensou tratar-se de fiscal do imposto de consumo. Murmurou: "Tô campado!". Encarando
com firmeza, viu que se enganara. 

O cangaceiro perguntou:

- Vosmicê me conhece?

Mamede ainda não era gago. Respondeu:

- Conhecer não conheço não, mas desconfio.

O cangaceiro tirou as dúvidas: "Saiba que vosmicê está falando com o capitão Lampião".

Foi aí que teve início a gagueira de Mamede:

- Api-pa-pois, ca-pi-ta-tão, o que é que o sa-si-nhor, ma-mi-ma-manda?

Lampião pediu a féria do caixa, carne de bode, rapadura, perfume, balas para mosquetão e parabelo, conhaque Macieira de 5 Estrelas.

- É ca-qui-qui-ca-claro, ca-pi-ta-tão! o sa-si-nhor, la-li-leva ati-ta-té e veeeenda
ta-ti-toda!

Depois de tão horripilante encontro, Mamede Paes Mendonça resolveu deixar Ribeirópolis e Sergipe. veio para a Bahia e tempos depois era um mega negociante, mas sempre grato a Lampião.

Fonte blog. Lampião Aceso.

Mamede Paes Mendonça, foto extraída de Serra do Machado Era filho de Elisiário e Maria da Conceição, possuiu uma padaria no povoado Serra do Machado, Distrito de Ribeirópolis-SE. José Mendonça blogspot.


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ADERBAL NOGUEIRA APERTA O REC.... DIZ AÍ SERGIO DANTAS

Um dos mais respeitados pesquisadores e escritores do movimento cangaço, o pesquisador potiguar Sérgio Augusto de Souza Dantas, fala um pouco sobre suas andanças e também sobre a vida do famoso Corisco, o Diabo Loiro.

 Parte 1


Parte final


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VIRGULINO E CRISTINO

Por José Bezerra Lima Irmão

Maria, Virgulino, Cristino e Dadá

Sobre as relações entre Lampião e Corisco, enganam-se os que supõem que eles eram “amigos”. No começo, enquanto Corisco era apenas um cangaceiro comum, as relações eram de chefe com subordinado. Mas a partir de 1929, quando Corisco constituiu seu próprio bando com seus parentes e os parentes de Dadá, ele engrossou o cangote.

Houve vários desentendimentos entre os dois. O primeiro foi em Tanquinho do Poço, quando o cangaceiro Fortaleza, do grupo de Corisco, tomou dinheiro de um coiteiro de Lampião e se recusou a devolver ao dono. Depois teve o episódio do assassinato do tabelião de Curaçá, Domiciano Pereira, por Corisco. As relações entre os dois azedou de vez quando Corisco estuprou uma amiga de infância de Maria Bonita em Rio do Sal. Sem falar no assassinato de Santo da Mandaçaia, por Corisco, no Alto Bonito, perto de Poço Redondo, região em que Lampião recomendava que nenhum morador fosse maltratado. Nos últimos dias, Lampião não confiava absolutamente em Corisco. Maria Bonita o odiava. E não gostava também de Dadá.

José Bezerra Lima Irmão
Pesquisador e Escritor


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MAIS UMA VEZ, LAMPIÃO AMEAÇOU INVADIR BELMONTE


Por Valdir José Nogueira

Localizada no alto sertão de Pernambuco, a bela cidade de Belmonte, tranqüila e pacata, com a bela torre sineira da Matriz de São José, contemplando poeticamente o poente e dominando majestosa toda a paisagem ao seu redor, em certo dia do ano de 1925 se viu em apuros, ante um boato que correu rápido entre os quatro cantos da cidade: Lampião ia invadir Belmonte mais uma vez. Traumatizada ainda com o massacre de 20 de outubro de 1922, a população entrou em pânico.

Sobre tal ameaça o jornal “A Província (PE)” de 29 de julho de 1925, com o título “Lampião e seus sequazes”, publicou a nota seguinte:

“Pessoa chegada do interior do Estado informou-nos de que o célebre bandido “Lampião”, que chefia um grupo de 30 cangaceiros, composto de indivíduos afeitos ao crime, encontra-se em território pernambucano, ameaçando agora entrar em Belmonte.

O sobressalto na população desse município é naturalmente grande, dada a audácia de “Lampião”.

Este celerado, quando faz uma ameaça, torna-a efetiva; a questão é de oportunidade.
O nosso informante adiantou-nos que, ao deixar o interior, ao passar por Belmonte com destino a esta cidade de Recife, soube estarem organizados mais dois outros grupos de cangaceiros, um composto de 25 homens, e o outro de 20 com o fim de auxiliarem a “Lampião” que está sendo tenazmente perseguido pelas forças estaduais da Paraíba e Alagoas numa ação conjunta.”


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O EX-CANGACEIRO ANTONIO SILVINO E SUA FICHA...

Do acervo do pesquisador do cangaço Guilherme Machado

O ex-cangaceiro Antonio Silvino e sua ficha de identificação datiloscópica colhida na Casa de Detenção do Recife.


Revista Eu Sei Tudo, RJ, março de 1924.
Fonte: Via Raimundo Gomes Fortaleza Cearà.


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PEDRO POPOFF


Por Manoel Severo

Ontem tivemos uma noite especial ao lado do querido Pedro Popoff. Reunimos amigos de todos os quadrantes do Brasil; de norte a sul, de leste a oeste; todos com um sentimento comum: Amor incondicional às nossas Raízes, Memórias e Histórias, que maravilha !!! Parabéns imensa Família Cariri Cangaço, pela maravilhosa live do Pedro do Cordel, Avante !

E tem mais: Vem muita coisa boa pela frente. Ainda em tempos de quarentena, enquanto estamos em casa; o Cariri Cangaço reservou para você "GRANDES ENCONTROS CARIRI CANGAÇO", nas plataformas digitais, com Temas Eletrizantes e Convidados mais que Especiais.

MUITO OBRIGADO !


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ORIGEM DO NOME FAVELA TRANQUILIM.

Por José Mendes Pereira

A criação de uma favela residencial geralmente começa com uma ou duas famílias, as quais vivem miseravelmente, e como não têm condições para viverem em ambientes mais seguros arriscam construir suas moradias em loteamentos afastados da periferia, que ainda não existem casas feitas pelos os proprietários dos terrenos loteados. Mas geralmente os favelados não invadem os lotes de propriedade sparticulares, apenas aproveitam as ruas projetadas dos loteamentos, e nelas fazem os seus abrigos de taipas cobertos e rodeados com papelões, e algumas cobertas com telhas, e por eles mesmos os seus abrigos são chamados de barracos.

As favelas aumentam constantemente seus moradores quando outras famílias são levadas por familiares que lá já residem. Qualquer favela tem a sua origem como: o primeiro morador que iniciou a edificação da favela, o primeiro comerciante que fornecia alimentos aos moradores, as primeiras brigas entre vizinhos, e além destes, o nome escolhido por eles mesmos, que geralmente vem de acontecimentos não tão bons, como: pancadas que um deles recebeu do vizinho, facadas, tiros, facãozada, ou ainda pela posição da própria localidade...

A Favela Tranquilim no grande Alto do São Manoel, no bairro Dom Jaime Câmara, próxima aos Teimosos onde eu moro, quase ligada à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, é uma das maiores de Mossoró, e seu nome "Tranquilim", foi criado por um dos seus primeiros moradores, um senhor chamado (Tanca), homem que vivia mendigando o pão pelas ruas deste bairro. 

OTanga hoje é um grande senhor. Não mendiga mais. Deixou a vida de beber, não mais usa drogas... converteu-se  numa igreja evangélica. 

Apesar que era uma pessoa que pedia sobra de comidas nas casas, foi, é, e sempre será um homem honesto, apenas pedia para se alimentar. Como ele foi um dos primeiros que deu início à Favela Tranquilim, e quando vinha aqui no bairro Teimosos, muitos querendo saber sobre o andamento da nova favela que estava surgindo, perguntavam-lhe:

- Tanca, como anda a favela que você está morando? Está tudo na Santa Paz do Senhor?

- Graças a Deus, lá está tudo tranquilim!

A Favela Tranquilim não era uma das piores e nela existim pessoas boas, que vivem trabalhando para a sua sobrevivência, sem intrigas e na Santa paz do Senhor. É claro que lá aconteciam mortes, brigas, intrigas, roubos, mas não devemos condená-la, porque em todos os lugares existem isto. 

A Favera Tranquilim foi extinta há uns 2 ou 3 anos. A prefeitura construiu casas para todos no Jardim das Palmeiras. Mas muitos já venderam as suas moradas.

Mas ninguém sabe, se ao receberem as suas casas, venderão.

Minhas Simples Histórias


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LIVRO – ANTÔNIO MATILDE E OS IRMÃOS PORCINOS


Por Sálvio Siqueira

(É grátis, basta baixar este ou outros livros, no site: www.antoniocorreasobrinho.com e, se preferir, encardenar)

Nesse trabalho do pesquisador/escritor sergipano Antônio Corrêa Sobrinho, veremos que muito antes da entrada dos irmãos “Ferreira”: Antônio, Levino e Virgolino, respectivamente e futuros cangaceiros codinomeados ‘Esperança’, ‘Vassoura’ e ‘Lampeão’, no bando de Sinhô Pereira já atuavam de sertão afora na arte da espingarda.

Na verdade, a busca pelo bando de Sebastião Pereira foi mais uma saída que Virgolino encontrou como reforço contra seus inimigos. A desavença entre as famílias “Pereira” e “Carvalho”, sendo que, na “Carvalho” faziam parte, eram parceiras, outras famílias inclusive a qual pertencia um ramo, a esposa, que levaria a Zé Saturnino.

Procure estudar, ver a história, como ela aconteceu e não como você pensa, deseja ou queria que tivesse acontecido.

Boa leitura

Sálvio Siqueira


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LAMPEÃO, CAPITÃO "PATRIOTA" DO CEARÁ


Do acervo do José João Souza

O ano de 1926 foi assinalado por intenso movimento de tropas e cangaceiros. Houve também, nessa época, a invasão de nosso Estado pela Coluna Prestes, que era seguida de perto e de longe por forças do Exercito, Polícia e os patriótas do padre Cícero, Horácio de Matos, coronel Franco e muitos outros. Confundiam-se, pelas estradas, numa verdadeira "salada" militar.

Lampeão foi nomeado capitão patriota, em Juazeiro do Norte, e todos do seu grupo saíram armados com mosquetão, mauser e municiados com trezentas balas, cada um. Assim, transformado em oficial, ostentava três galões nos ombros, Antônio Ferreira dois, e Sabino Gomes um. Todos os cangaceiros, receberam fardamentos; o que deu ao grupo uma vistosa aparência de legalidade e confiança.

O maior problema de Lampião a seguir, era o de saber se os seus colegas de Pernambuco, estariam dispostos a recebe-lo, com as devidas honras.

Lampeão, além dos predicados que o celebrizaram como um perfeito guerrilheiro, era de fato, muito inteligente. E cautelosamente, enviou emissários para este Estado, afim de sondar o ambiente e saber ao certo, como estava sendo recebida, entre a oficialidade de Pernambuco, a nova de sua investidura no cargo, que fora tão bondosamente conferido.

De Juazeiro para atingir o município de Belém de São Francisco, Lampeão passou uns oito dias, a espera pelos emissários em pontos determinados.

Vamos apreciar a entrevista de Andrelino Pereira, da Baixa do Icó, um dos que seguiram a Pernambuco para sondar o ânimo das tropas:

Depois da subida da ladeira do Araripe, uma légua, mais ou menos, para a banda do Ceará, deparou-se Andrelino com o sinal, previamente combinado - Um galho de Piqui, posto à margem da estrada, assinalava a presença do grupo, ao lado direito. Com uns duzentos metros, mato a dentro, estava Lampeão, num verdadeiro banquete.

Começou Andrelino a dar contas de sua missão:

- As coisas lá pelo Salgueiro, assim como as notícias que tive de Vila Bela, não são boas. Todo mundo já sabe que vosmecê é capitão, mas os oficiá, "por uma boca", dizem que se o senhor chegar por lá, a coisa, vai se cumpricá.

- É... Desta viagem, eu ia ver, de perto, esse tal de Preste, para ver se ele prestava mesmo, mas diante disto, a espingarda vai cantar na cantiga velha.

Estás vendo o meu armamento? Agora, o besta que se fiar em tronco de imbuzeiro, está desgraçado.

Recomendou - lhe então Virgulino:

- Olha, vai - te embora. Faz de conta que nunca me viste. " Boca fechada não entra mosca". E abrindo a carteira, recheada de notas, tirou cincoenta mil réis, e disse:

- Está aqui, pra beberes de cachaça.

Dias depois estávamos com o nosso novel capitão, na zona do Pajeú, em pleno exercício de suas funções...

Do livro: Lampeão - Memórias de um oficial ex-comandante de forças volantes.

De: Optato Gueiros


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