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sábado, 3 de outubro de 2015

CRISTO FEITO EM PEDRA SABÃO

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Cristo, feito em pedra sabão  pelo Artista Plástico Norte-rio-grandense" Bibiu" de Lajes-RN. Esta bela e expressiva obra faz parte do acervo do Museu do Sertão (Mossoró-RN).



Informação do blogdomendesemendes: 

O Museu do Sertão na Fazenda Rancho Verde em Mossoró, não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró, procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

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TRÊS GRANDES OBRAS DO PESQUISADOR E ESCRITOR FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELO.


* GUERREIROS DO SOL


* ESTRELAS DE COURO – A ESTÉTICA DO CANGAÇO


* BENJAMIN ABRAHÃO – ENTRE ANJOS E CANGACEIROS

Todos esses livros vocês encontrarão disponível para venda com o Professor Francisco Pereira Lima (Cajazeiras/PB), através do e-mail franpelima@bol.com.br ou nas melhores livrarias do Brasil.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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Antônio Amaury e Paulo Gastão

Do acervo do pesquisador Aderbal Nogueira

Lampião é julgado no lugar em que nasceu, sítio passagem das pedras, município de Vila Bela, hoje Serra Talhada - PE. Aderbal Nogueira e equipe entrevistam o pesquisador Antônio Amaury, que no julgamento, foi um dos defensores do "rei vesgo".

Publicado em 17 de dez de 2014
Categoria: Pessoas e blogs
Licença: padrão do YouTube

Segunda Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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Dadá A cangaceira de Corisco

Por Adalto Silva
https://www.youtube.com/watch?v=erqW8bJUX8o&feature=youtu.be

Publicado em 24 de abril de 2015
Dadá a cangaceira de Corisco
Música
"Prelude #2 In A Minor, Op. 28/2" por Guitar Masters (eMusic)
Categoria Pessoas e blogs
Licença padrão do YouTube

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1915 A HISTÓRIA DOS SERTANEJOS CEARENSE NO ANO DA SECA


O escritor cearense Cicinato Ferreira Neto acaba de lançar o seu novo livro: “1915: a história dos sertanejos cearenses no ano da seca”. 

A obra é resultado de ampla pesquisa em arquivos do Ceará e de outros estados – jornais, revistas, fontes primárias e secundárias, além de manuscritos. O objetivo do trabalho é entender como foi o cotidiano dos sertanejos e dos próprios cearenses, de maneira geral, no ano de 1915, marcado por grande estiagem, a qual ficou celebrizada na literatura através do romance da cearense Raquel de Queiroz. 

Na publicação, de 304 páginas, Cicinato Ferreira Neto escreve um ensaio sobre a história da seca, analisa a postura do governo e das autoridades, descreve a postura dos cearenses na quadra de dificuldades, fala sobre trabalho e migrações, enfim, tenta dar uma contribuição à historiografia cearense, ainda com poucos escritos dessa natureza. As fotos e ilustrações ajudam a contar um pouco mais sobre período de grandes privações para o povo cearense.

Cicinato Ferreira Neto já lançou outros livros: “Estudos de História Jaguaribana” (2003), “A Tragédia dos Mil Dias: a seca de 1877-1879 no Ceará” (2006), “A Misteriosa Vida de Lampião" (2008), "A História do Fisco Cearense" (2011) e “A História do Ceará: fontes e bibliografia” (2013).
O livro “1915” pode ser adquirido diretamente com autor através dos seguintes e-mails:cicinato.neto@sefaz.ce.gov.br ou cicinatoneto@zipmail.com.br.

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FOTO DAS CANGACEIRAS ÁUREA ESPOSA DE MANÉ MORENO E ROSINHA ESPOSA DO CANGACEIRO MARIANO LAURINDO GRANJA


Segundo o escritor Alcino Alves Costa em seu livro "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico" a cangaceira Rosinha, filha do vaqueiro Lé Soares e irmã da cangaceira Adelaide, foi assassinada porque não obedeceu o que Lampião lhe dissera, que a liberava para fazer visitas aos seus familiares, mas não se demorasse. 


Rosinha achando que Lampião esqueceria do que lhe dissera, não retornou ao coito no prazo estipulado pelo rei.

Cabeça de Lampião - cariricangaco.blogspot.com

Temendo que ela poderia ser presa por alguma volante, e com certeza denunciaria a localização do seu coito, Lampião ordenou que alguns cangaceiros fossem à procura da Rosinha, e lá mesmo a matassem. E assim foi feito o assassinato da ex-companheira do cangaceiro Mariano, que nesse período já havia sido abatido pela força policial do tenente Zé Rufino.

O cangaceiro Mariano Laurindo Granja

A cangaceira da esquerda é Áurea companheira do cangaceiro Mané Moreno, e era filha do casal Zé Nicácio e dona Josefa, os quais não gostavam nem um tiquinho do Mané Moreno, por ter carregado a filha para uma vida infernal.

Da esquerda para direita: Mané Moreno, Zé Baiano e Zé Sereno. Os três eram primos. Zé Sereno era primo carnal do cangaceiro Zé Baiano.

Os cangaceiros Mané Moreno e Mariano eram concunhados. O Mariano era companheiro da Rosinha, que era irmã da Adelaide, companheira de Mané Moreno. Com a morte de Adelaide (parto) Mané Moreno carregou Áurea, filha do casal Zé Nicácio e dona Josefa. 

Mané Moreno e Áurea foram assassinados no ano de 1937, pela volante de Odilon Flor, em um baile, quando este dançava no salão com a sua amada Áurea.

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A REVISTA O CRUZEIRO DE 02 DE DEZEMBRO DE 1944, PUBLICOU:




A REVISTA O CRUZEIRO DE 02 DE DEZEMBRO DE 1944

Fonte: facebook

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Luiz Pereira da Silva Jacobina - LUIZ PADRE PRIMO DO CANGACEIRO SINHÔ PEREIRA


Luiz Pereira da Silva Jacobina (Direita), nascido no ano de 1891, nas Ribeiras do Pajeú (São Francisco) Belmonte-PE, de uma família de 5 irmãos, 3 homens e 2 mulheres, filho de Manuel Pereira da Silva Jacobina (Padre Pereira) e Francisca Pereira da Silva (Dona Chiquinha Pereira), neto paterno do Coronel Francisco Pereira da Silva e Ana de Sá, neto materno de Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú) e Maria Pereira da Silva. 

 Andrelino Pereira da Silva (Barão do Pajeú)

Luiz Padre era primo e cunhado de Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto ou Seu Alves) do primeiro casamento. 

Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto ou Seu Alves

Não identifiquei o casal da esquerda. É provável que nosso grande genealogista Edmundo Neves possa nomear.

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Sinhô Pereira foi um cangaceiro famoso que comandou Lampião

Luiz Pereira da Silva Jacobina (Luiz Padre) era também primo e grande amigo de Sebastião Pereira da Silva, Sinhô Pereira, e ambos eram primos do empreendedor proprietário da Fábrica de Cimento Nassau João Santos.

O empresário João Santos

João Santos era um dos maiores empresários do Brasil, dono da Cimento Nassau e da TV Tribuna, faleceu em uma quarta-feira do dia 15 de abril de 2009, às 21h25, em decorrência de uma parada cardíaca. O industrial de 101 anos deu entrada na terça-terça na emergência cardiológica do Hospital Português.

Fonte: facebook

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Lançamento do livro CHARGES COM LAMPEÃO

Autor Luiz Ruben Bonfim

Introdução

Lendo e pesquisando tantos jornais e revistas da época em que Lampião atuava, isto é, anos 20 e 30 do século passado, não passou despercebido, de vez em quando aparecia caricaturas e charges de Lampião, mas, o que me chamou a atenção foi a utilização do personagem com a política e os políticos do poder naquele período.

Contextualizar cada charge ou caricatura seria por demais maçante, pois creio que elas não perderam o caráter atemporal.

As codificações visuais que os chargistas queriam passar ao retratar Lampião eram afetadas de acordo com a região do artista, o que determinava, até pela falta de conhecimento que tinham do caricaturado, a representação de formas tão dispares na fisionomia desenhada. 

As charges com Lampião, nessa pesquisa, abrangem o período de 1926 a 1939, porém acrescentei duas de 1969, sendo a última apresentada, uma propaganda com alusão ao desenvolvimento industrial através de incentivos fiscais, citando Sudam-Sudene onde Lampeão é usado como referência de uma região. Ao todo o livro mostra 83 charges e caricaturas.

A charge tem como finalidade satirizar, descrever ou relatar fatos do momento por meio de caricaturas, com um ou mais personagens de destaque, nas áreas da política com maior frequência.

As apresentadas nesse livro abrangem personagens de prestígio nacional como o Padre Cícero, Antônio Carlos, governador de Minas, Capitão Chevalier, com a famosa tentativa de uma expedição contra Lampião no início dos anos 30, Getúlio Vargas como presidente do governo provisório após a revolução de 1930.

Após sua morte, cartazes foram utilizados como propaganda de filme da Warner, com James Cagney “substituindo o famoso cangaceiro nordestino”.

A propaganda comercial também utilizou com frequência o nome de Lampião. Como curiosidade inseri no trabalho as da Casa Mathias e O Mandarim, que apresentavam nos seus comerciais um conteúdo humorístico.

Até o conhecido compositor Noel Rosa, como Lampeão foi caricaturado. Como se fossem dois personagens ao mesmo tempo é mostrado características de identificação de Lampião com o rosto de Noel Rosa. Mesmo nas capas de famosas revistas, Careta em 1926 e 1931, O Cruzeiro em 1932, Lampeão é caricaturado.

Na contracapa desse livro, consta a foto original muito popular de Lampeão e seu irmão Antônio Ferreira, já nesta época, famigerado cangaceiro, perseguido em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas. Foi tirada em Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, onde Lampeão foi convocado pelo Padre Cícero a pedido do deputado federal Floro Bartolomeu, para combater os inimigos do governo de Artur Bernardes, a Coluna Prestes, em 1926. Na capa, usando a foto da contra capa, foram introduzidas as faces de Getúlio Vargas como Lampeão e Osvaldo Aranha como Antônio Ferreira. Foi publicada pelo Estado de São Paulo em 24 de setembro de 1933, sendo Getúlio já vitorioso da revolta de 1932 em São Paulo. 

O desenho era utilizado, isto é, a charge, como uma crítica político social onde as situações cotidianas são exploradas com humor e sátira. Lampião foi personagem principal dos chargistas, mas o objetivo era atacar os poderosos da época, geralmente vítima dos jornais da oposição.

Coloquei tudo numa ordem cronológica para facilitar a sequência histórica, pois, no futuro com a leitura das diversas obras publicadas sobre Lampião e o cangaço em geral, teremos uma visão não contextualizada das sátiras contra os personagens vítimas dos chargistas.

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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A METRALHADORA DO CORONEL ZÉ PEREIRA


Um dos estopins para o estouro da Revolução de 1930 foi a morte do Presidente João Pessoa/Paraíba, que era vice candidato na chapa de Getúlio Vargas e, que foi assassinado na confeitaria Glória em Recife pelo advogado João Dantas. 

João Duarte Dantas que assassinou João Pessoa - http://tokdehistoria.com.br/

O coronel José Pereira chegou a ter cerca de 1.500 jagunços, fortemente armados combatendo o Governo da Paraíba, e, tendo declarado o "Território Livre de Princesa", com direito a Hino e tudo mais.

O coronel foi municiado e, sua guerra particular contra João Pessoa foi financiada, sobretudo, pelos primos desse último, os "Pessoas de Queiróz", ricos empresários da capital pernambucana.

Foto: Livro A Revolução de 1930 e seus antecedentes.

Fonte: facebook

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IRMÃ DE LAMPIÃO LEMBRA COMO ELE VIROU CANGACEIRO - Publicado no "O Estado de S. Paulo" - 14/06/2002

Por Renata Gallo
Imagem do jornal, de Mocinha, ilustrativa da matéria.

Mocinha é a Última dos Irmãos do Bandoleiro e Relata Momentos de Dor, Angústia e Tristeza.

Enquanto os irmãos viviam pelo sertão, Maria Ferreira Queiroz, a Mocinha, morava na cidade com as irmãs. Hoje com 92 anos, é a única parente próxima de Lampião viva. Apesar do parentesco, ela não participou das inúmeras batalhas travadas pela família e pouco sabe sobre a vida do cangaço. “Ficava em casa e acompanhava as notícias de longe. Era raro Lampião aparecer”, diz.

Terceiro filho da família Ferreira, o cangaceiro foi criado pelos avós. Seu interesse pelo cangaço surgiu a partir de uma briga de família. A casa dos pais, em Serra Talhada (PE), era vizinha à de José Alves de Barros, conhecido como Saturnino. “Começou como bate-boca e passou para agressões. Foi aí que o pai de Lampião, como que adivinhando a desgraça da família, se mudou de Estado”, explica o pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo.

Por cinco anos, os Ferreira tentaram afastar-se das brigas, mas as duas mudanças de cidade acabaram por aumentar os problemas. “A desgraça foi atrás deles. Perderam a estabilidade econômica e, em 18 dias, o pai e a mãe morreram”, diz Araújo. Com a morte dos pais, os três irmãos mais velhos, incluindo Lampião, saíram de casa e se tornaram cangaceiros volantes – diferentemente dos chamados cangaceiros mansos, que viviam com a família em um endereço fixo.

Na época, mocinha tinha 10 anos, mas se recorda do grande preconceito, das dificuldades e das privações por que teve de passar. “Se ganhava um colar novo, por exemplo, tinha de me desfazer rapidamente, para não sofrer e não ver soldado dentro de casa”, diz. Para os policiais, qualquer objeto era presente de Lampião, ou seja, roubado. “Ou escondíamos ou dávamos para outra pessoa”, lembra.

Em uma dessas “vistorias”, o marido de Mocinha foi preso. Segundo Araújo, ele só não foi assassinado porque um soldado se recusou a matá-lo. Assim como a família de Lampião, todos os outros parentes dos cangaceiros sofriam represálias da polícia. A mãe de Sérgia Gomes da Silva, a Dadá, apanhou e o pai teve as unhas arrancadas.

QUERIDO - “Naquele tempo ninguém gostava de cangaceiro. Agora que ele ficou muito falado”, diz. Mesmo mais de 60 anos após sua morte, Mocinha conta que pensa “todos os dias e todas as horas” no irmão. “Ele era muito bom, tinha muita gente que gostava dele no Nordeste. Quando adoecia, os coiteiros (povo comum, protetor de cangaceiros) iam sempre ajuda-lo”, diz ela.

O grande problema, segundo Mocinha, foi que o povo e a polícia passaram a atribuir todos os crimes que aconteciam na região a Lampião. “Às vezes, estava em uma cidade distante, mas diziam que tinha sido ele que tinha cometido o crime.”

Mesmo várias décadas depois, em São Paulo, a filha de Mocinha, Valdecir, chegou a ser discriminada no trabalho. “As pessoas descobriram que eu era sobrinha de Lampião e começaram a ficar com medo de mim. Só depois de um tempo que me pediram desculpas.”

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com


Dona Maria Ferreira Queiroz (dona Mocinha como era chamada irmã de Virgulino Ferreira da Silva, o afamado Lampião) cangaceiro Lampião faleceu em São Paulo, na sexta-feira do dia 10 de fevereiro de 2012, aos 102 anos. De todos os irmãos de Lampião ela era a única que ainda estava viva. 

A idade de dona Mocinha sempre foi motivo de discussão entre estudiosos do cangaço. O documento de identidade da irmã de Lampião indica que ela nasceu em 8 de janeiro de 1906, portanto, ela teria completado 106 anos, mas ela sempre se recusou a afirmar que tivesse essa idade, alegando que não era por vaidade. Ela tinha outro documento que apontava a data de nascimento em 11 de janeiro de 1910. Era por este documento que dona Mocinha costumava se identificar, de acordo com o neto Marcos Antonio Tavares. (http://g1.globo.com)

Fonte: facebook
Página: Antônio Corrêa Sobrinho.

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NO JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO

Por Nertan Macêdo

"...porque Lampião viera ao Juazeiro na boa fé dos tratados". 
Gustavo Barroso ("Almas de Lama e de Aço")

Lampião e seus cabras chegaram ao Juazeiro do Padre Cícero no dia 4 de março de 1926, numa quinta-feira.

Chegando Lampião e seus cabras em Juazeiro do Norte, no Estado do Ceará, no dia 04 de Março de 1926, hospedou-se no sobrado do poeta popular João Mendes.

O portador da carta que lhe mandara o deputado federal Floro Bartolomeu da Costa, convidando-o a apresentar-se no quartel-general dos beatos e cangaceiros, então convertido em sede dos "patriotas" defensores da legalidade do governo Arthur Bernardes, foi um rábula, de nome José Ferreira de Menezes Longe.

Há uma outra versão: de que o padre Cícero, do próprio punho, fizera idêntico convite ao bandoleiro, o que pusera Lampião desconfiado por não conhecer a caligrafia do padrinho. A intervenção do fazendeiro Né da Carnaúba, garantindo a autenticidade da carta, apagou a dúvida no espírito de Virgulino.

Padre Cícero e o deputado federal Floro Bartolomeu

Outros afirmam que o padre não aprovou a iniciativa do doutor Floro Bartolomeu, mas opôs obstáculos, dominado que sempre foi pelo médico baiano.

Sonhava o padre recuperar Lampião, como fizera, antes, com Sinhô Pereira e Luiz Padre. Dizem que chegaram mesmo, de uma feita, a escrever cartas aos coronéis Ângelo da Gia, de Floresta, e João Novais, do Navio, pedindo-lhes que cedessem em suas fazendas um trato de terra para Lampião cultivar.

Há quem afirme, também, que ao deixar o Juazeiro, nessa viagem de 1926, Virgulino Levava no bolso uma carta do reverendo a um amigo do Maranhão ou Goiás, fazendeiro poderoso, na qual pedia que o acolhesse e o encaminhasse ao trabalho do campo.

O sanguinário Lampião

Mais ainda: que Lampião só atacara Mossoró, após sua permanência no Juazeiro, porque soubera que o governo do Ceará não mais estava disposto a permitir sua entrada no vale do Cariri, sob qualquer pretexto, atitude que teria sido aprovado pelo próprio Taumaturgo. Tal proibição calara fundo na alma de Virgulino, a quem se atribui esta reação:

- Então não querem nem que eu veja mais o meu padrinho? Pois bem: eu nunca fui bandido, mas de agora em diante é que eu vou ser! - e arrasou o Rio Grande do Norte, para começo de conversa.

Quando chegou ao Juazeiro, em 26, já havia desaparecido a maioria dos grandes nomes do cangaço e do fanatismo dos primeiros tempos da cidade: os beatos da Cruz. Romualdo, Vicente, Ricardo, Elias e os valentes. Mané Coco, Zé Pedro, Mané Chiquinho, Antônio Calangro, Pedro pilé, Antônio Vaqueiro, Zé Pinheiro, Quintino e Canuto Reis...

Jagunços do deputado federal  Floro Bartolomeu

O Batalhão Patriótico do doutor Floro Bartolomeu teve sede em Campos Salles, uma cidade próxima. Sua missão, em primeiro, era defensiva. Trincheiras foram cavadas pelos soldados legalistas do caudilho baiano, na expectativa de um ataque da Coluna Prestes.

Chegando a Campos Salles, o rábula José Ferreira, portador da carta de Floro, encontrou o irmão de Virgulino João Ferreira, a quem fez entrega da missiva, receoso, talvez, de aventurar-se pelas brenhas do alto sertão pernambucano.

João Ferreira da Silva irmão do cangaceiro Lampião

João estava morando em Campos Salles. Passou, pois, a incumbência a outro portador que, sem perda de tempo, partiu em busca de Lampião. Esse portador era Francisco das Chagas, "tenente comandante da Terceira Companhia do Batalhão Patriótico", aquele mesmo Chagas que retornou dessa tarefa ao Cariri, na frente do bando, tangido como "isca" por Virgulino.

Não se sabe, até hoje, em que ponto do sertão o "tenente" Chagas encontrou Virgulino. Tudo indica que ele rondava nas proximidades do Cariri,, do lado pernambucano. Porque pouco depois do chamado do doutor Floro, às três horas da tarde do dia 3 de março, o bando irrompia em Macapá, hoje Jati, porta de entrada do sertão pernambucano para o Sul cearense. Ali se achava aquartelada uma volante da polícia do Ceará, sob o comando do tenente Veríssimo, recém-chegada de Jardim.

Lampião dormiu e permaneceu algumas horas nessa povoação. Em perfeita harmonia com o destacamento policial e o povo da terra. Comprou grande quantidade de cigarros, fósforos, perfume, bolachas e vinho na bodega de Moisés Bento, cujos estoques foram esgotados e pagos. Tomou algumas garrafas de cerveja e vinho com o tenente Veríssimo, o sargento Antônio Gouveia e outros homens da volante policial, na casa de uma velha, dona Generosa. Requisitou todas as galinhas dos quintais da rua para alimento do bando. Mandou o sanfoneiro do grupo tocar a Mulher Rendeira para divertir a população. De manhã, partiu para Barbalha, entregando antes ao tenente Veríssimo um revólver "Smith and Wess" lembrança que deixava ao capitão de polícia do Ceará, José Honorato dos Santos Carneiro, que se achava ausente. 

Na Barbalha, Virgulino conheceu, num encontro de rua, o médico Leão Sampaio, a quem fez presente de um rifle, homenagem sua ao dedicado oculista dos sertanejos. Hospedou-se no Hotel do Heliodoro,bonde recebeu a visita de gente destacada da terra, entre outros do advogado Duarte Júnior e do fiscal de rendas federais José Soares Gouveia, conhecido por Tio Juca, com os quais palestrou longamente.

Duarte Júnior perguntou-lhe, nessa oportunidade, qual o cangaceiro mais valente que conhecera:

Sebastião Pereira da Silva - Sinhô Pereira

- Sinhô Pereira - respondeu Virgulino, narrando-lhe, então, o combate das Pitombeiras. 

O cangaceiro Antonio Ferreira da Silva irmão de Lampião

No mesmo dia, ladeado por Antônio Ferreira e Sabino Gomes, o Capitão dava entrada na rua do Juazeiro, onde permaneceu três dias, de quinta a domingo.

O cangaceiro Sabino Gomes
Ele gostava de dizer:

- Depois do meu padrinho Cícero, neste mundo, só mesmo Lampião!

Fonte: Capitão Virgulino Ferreira: LAMPIÃO
Autor: Nertan Macêdo
Editora: Edições o Cruzeiro - Rio de Janeiro - 1970

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ZÉ BAIANO A MORTE DE LÍDIA


Zé Baiano a morte de Lídia

Publicado em 15 de abril de 2015
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