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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

LEANDRO CARDOSO EM ENTREVISTA FAROESTE NO CHINELO

Por Luana Sena


Leandro Cardoso é um cardiologista de meia idade cujo hobby predileto é estar entre os livros. Não são títulos de medicina, nem poesia, tampouco ficção. O que atrai o médico são histórias sanguinárias de um passado recente do nordeste brasileiro: livros, punhais, cartucheiras, chapéus e outros pertences originais ocupam quatro armários do chão ao teto. Em um dos cômodos de seu apartamento, na zona leste de Teresina, Virgulino Ferreira, o rei do cangaço, está mais vivo do que nunca.

A paixão de Leandro pelo tema começou aos 12 anos, quando ganhou de presente do avô o livro “Lampião, cangaço, nordeste”. As marcas na dobradura dão pistas sobre o tempo, mas ele não é o mais antigo – nem seria o primeiro – livro daquela coleção. De lá para cá, Leandro seguiu lendo e pesquisando tudo o que diz respeito ao cangaço.

Leandro trabalhou por dez anos em São Paulo, “a capital mais nordestina de todas”, diz o médico. No consultório, conversa vai, conversa vem, vez por outra ele encontrava descentendes de cangaceiros – primos, irmãos, filhos – ou mesmo dos volantes (Força Volante era a tropa do governo montada para combater os cangaceiros nos anos 1930). “Eu fui médico da dona Mocinha, irmã de Lampião”, relembra. Cada personagem descoberto era como uma peça que faltava no quebra-cabeça do pesquisador.

Em maio de 2002, Leandro recebeu uma ligação inesperada de Aracaju. A voz do outro lado da linha disse sem cerimônia:

– A cabeça do vovô está aqui em casa, você gostaria de ver?

 Era Vera Ferreira, neta de Lampião. Pegou o primeiro avião. Tornou-se o segundo médico a confirmar que Lampião não era “lombroso” – a expressão remete ao médico italiano, Cesare Lombroso, criador da teoria de que traços físicos podem denunciar um perfil criminoso. “Orelha de abano, fronte fugidia, caninos possantes, eram algumas das características de um lombroso”, explica o médico. A teoria caiu em desuso, mas a curiosidade dos pesquisadores sobre Lampião permaneceu porque ninguém nunca tinha tido a oportunidade de examinar tão profundamente essas características.

Lampião e mais nove integrantes de seu bando foram mortos em 1938 por tropas da polícia na Gruta do Angico, sertão sergipano. As cabeças foram decepadas e permanceram por anos no Instituto Nina Rodrigues, na Bahia, até a família de Virgulino conseguir na justiça o direito de enterrá-la, no cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador. Mas, o início dos anos 2000 trouxe fortes chuvas a região, e a defesa civil obrigou a retirada das urnas do local. Elas foram entregues novamente as famílias. “Como eu sou amigo da Vera e ela sabia que eu estava escrevendo um livro, me ligou com essa proposta e eu nem pensei duas vezes”.

O exame resultou no livro “Lampião: a medicina e o cangaço – aspectos médicos do cangaceirismo”, escrito por Lendro em parceria com Antônio Amaury Corrêa de Araújo, umas das maiores referências em cangaço no Brasil. “Eu pude examinar o occipital dele por dentro e Lampião não era um lombrosiano nato”, diz o médico. O livro traz ainda outros diagnósticos sobre a figura do cangaceiro mais famoso da história, como a cegueira no olho direito. “Se você pegar a literatura, cada um diz uma coisa: catarata, glaucoma, mas tudo da boca pra fora”, afirma o pesquisador. “Durante um combate com uma volante, em 1925, uma bala pegou num espinheiro que estava perto de Lampião e ele foi atingido”, explica Leandro. “A causa mais comum de cegueira no sertão é trauma”, continua. “Se ele tivesse feito um transplante de córnea, provavelmente voltaria a enxergar, mas naquela época não existia”. Lampião virou um cego funcional e teve que aprender a ser canhoto quase aos 30 anos de idade.

Na prateleira, o livro escrito por Leandro divide espaço com mais de 100 títulos. Há ainda uma videoteca com filmes como “O cangaceiro”, de Lima Barreto (1953), “Nordeste sangrento”, com o estreante ator Paulo Goulart (1963) e “Baile perfumado”, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (1996). Entretanto, o filme mais precioso ali é um DVD um tanto caseiro com 11 minutos de imagens de Lampião e seu bando, registrados pelo sírio-libanês Benjamin Abraão na década de 1930. “Lampião aceitou que o libanês os filmasse porque ele era secretário de Padre Cícero”, explica Leandro. O filme ficou por anos preso no porões da ditadura Vargas e só se conhecia, afinal, seis minutos de gravação. “Benjamin passou meses lá com os cangaceiros, é provável que existissem horas e horas de gravação, mas boa parte do filme foi perdida ou danificada”. Foi Leandro e o cineasta Wolney Oliveira que encontraram, na cinemateca brasileira em São Paulo, mais cinco minutos inéditos de imagens.


 Parte do acervo do pesquisador (foto: Mauricio Pokemon)

Além do acervo literário e visual, o médico também guarda peças originais do vestuário dos cangaceiros: chapéu, bornais floridos, cartucheiras, alpargatas e punhais – um deles foi presente de Moreno, considerado um dos cangaceiros mais valentes do bando de Lampião. “Parando minha recordação, eu ainda matei 21”, diz Moreno, aos 99 anos, no documentário “Os últimos cangaceiros”, lançado este ano no Brasil. Leandro conheceu Moreno e a mulher, Durvinha, cujas histórias de vida daria um filme. E deu! (Leia abaixo!)

Leandro fala de cada detalhe da indumentária do cangaço com um misto de admiração e extase. Ele sabe de cor as falas de Lampião no filme mudo. Tem na mente as datas dos combates, faz viagens frequentes para regiões que foram marco do “banditismo social” brasileiro e refuta pesquisadores. Para ele, um dos maiores equívocos é confundir o cangaceiro com a figura de um bandido. “O código penal da época era surra, bala e punhal”, explica. “Tratar o cangaceiro como bandido é um erro porque esse era o modus operandi daquela época”, defende. “A polícia agia assim e o coronel também”.

O médico vê o cangaço como uma manifestação contra a colonização, “um irredentismo brasileiro”, diz, citando a teoria de Frederico Pernambucano de Mello. “Cada vez mais eles foram empurrados pro sertão porque queriam viver sem lei nem rei”, afirma. O que os diferencia do bandido comum? “O bandido tende a se ocultar, viver na surdina. O cangaceiro não. Ele não se acha bandido porque tem um código de ética muito próprio. Você acha que um cara que se veste daquele jeito quer ficar oculto?”

O estilo cangaço também é outro ponto de equívoco sobre o que se prega a respeito de Lampião. Ao contrário do que vemos nas imagens da época, todas sem cores, as roupas não eram cinza, muito menos de estampa camuflada. “Parecia alegoria de carnaval”, brinca o pesquisador. “A roupa é espalhafatosa, mas nada daquilo é supérfluo”, explica enquanto mostra a forma correta de se abotoar um bornal. “Eles usavam quatro bornais em volta do ombro. O cara carregava mais de 30 quilos e podia rolar no chão que não saia nada do corpo”. Muitos desses detalhes estão no livro “A estética do cangaço” (Frederico Pernambucano de Mello), que traz ainda curiosidades sobre lenços, perfume francês, óculos alemão e outros delírios de consumo do vaidoso Lampião. “Era tudo muito bem feito, costurado em máquina, tinha uma preocupação visual”, diz o médico. “O faroeste americano não chega nem perto”.

Em outubro deste ano, algumas dessas peças vão estar expostas no 4º Congresso Nacional do Cangaço que acontece pela primeira vez no Piauí, na cidade de São Raimundo Nonato. Organizado pela SBEC (Sociedade Brasileira de Estudos Sobre o Cangaço), o evento vai reunir (de 27 a 31) os maiores pesquisadores brasileiros sobre o tema – Vera Ferreira, neta de Lampião, confirmou presença para uma palestra. Leandro, que coordena o evento, também vai ministrar palestra e lançar nova edição de seu livro – serão cinco dias entregue a histórias de sangue e sertão pra faroeste americano nenhum botar defeito. “A gente não acredita no que a gente tem”, diz o pesquisador intrigado com o fato de Hollywood vender há anos Billy the Kid como o maior fora-da-lei de todos os tempos. “Ele matou três pessoas! Três! Agora veja Lampião”, propõe. “Se Tarantino visse um negócio desse ficaria louco!”.

Os últimos cangaceiros

 Ninguém podia imaginar que o pacato casal Jovina Maria da Conceição e José Antonio Souto, ambos com mais de 90 anos, tinham um passado tão misterioso quanto impressionante. Por quase cinquenta anos eles esconderam dos filhos um segredo revelado somente no século XXI: eles foram cangaceiros integrantes do bando de Lampião.

Os pesquisadores nunca chegavam a um consenso sobre o paradeiro daqueles que escaparam ao confronto sangrento em Angico, no Sergipe – alguns apontavam Ceará e Maranhão como possíveis destinos dos cangaceiros. Outros afirmavam que eles haviam morrido. Porém, escondidos atrás dos nomes falsos sobre os quais refizeram suas vidas em Belo Horizonte, estavam, na verdade, Antônio Ignácio da Silva, o Moreno, e Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha.

Ele, cearense, e ela, pernambucana, estavam no interior do Ceará quando souberam da morte de Lampião e dos demais companheiros, em 1938. Disfarçados de retirantes, seguiram rumo ao sul, mudaram de nome e fizeram um pacto de nunca contar a ninguém o segredo.


 Lançado em 2014, filme mostra casal que pertenceu ao bando de Lampião (foto: divulgação)

A história teria mesmo ido ao túmulo, não fosse o fato de, pelo caminho, os cangaceiros terem deixado um filho, aos três meses de vida, aos cuidado de um padre em Tacaratu, no interior de Pernambuco. Acometido por uma doença em 2006, Moreno resolveu revelar a família o desejo que tinha de reencontrar o primogênito. Os filhos puseram-se a procurar o irmão, em Tacaratu, quando se depararam com a surpresa: “Ah, o filho dos cangaceiros?”

Com a revelação, pesquisadores de todos os cantos voaram para colher de perto os novos relatos e as recordações de Moreno e Durvinha – sabe-se que ela foi, num primeiro momento, mulher de Virgínio, cunhado de Lampião. Com a morte dele, Moreno assumiu Durvinha – era proibido mulher sozinha no bando.

A história virou enredo do documentário “Os últimos cangaceiros”, produzido por Wolney Oliveira. É o primeiro longametragem documental sobre o cangaço e, no seu lançamento mundial, em 2014, foi premiado em festivais de cinema no México, Havana e Bolívia. Moreno e Durvinha não chegaram a ver o filme pronto – ela morreu em 2008, ele, centenário, dois anos depois.

Além de relatos dos ex-cangaceiros, filhos, parentes (e o reencontro com Ignácio, o filho mais velho, deixado no Pernambuco), o longa traz cenas inéditas das gravações feita pelo libanês Benjamin, nos anos 1930 (aquelas, recuperadas por Leandro e Wolney na cinemateca). A produção conseguiu colorir frame a frame algumas imagens, que, além de modernizar, dão uma ideia mais realista da estética do cangaço. Outro trunfo são as legendas nas falas de Lampião e seu bando: uma equipe especialista foi contratada para decifrar o que os cangaceiros falavam no filme mudo. Wolney colocou Moreno e Durvinha para se reverem nessas imagens – o resultado, emocionante, está no documentário.

Pesquei em www.revistarevestres.com.br

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/08/leandro-cardoso-em-entrevista.html

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NO CAMPO E NA CIDADE

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.962




 (Foto: Escritor Marcello Fausto, Diretora de Cultura Gilcélia Gomes e o escritor Clerisvaldo B. Chagas, na entrega do Projeto Resgate do Campo).
No estado ou em uma cidade, sempre costumamos ouvir de habitantes que a região, a cidade ou os bairros A e B, estão abandonados. Baixando para as cidades fica mais fácil entender os reclamos sociais porque o aglomerado urbano facilita as queixas. Mas a zona rural sofre dos mesmos males do abandono e, talvez, com mais razão do que a sede municipal. Conhecer a totalidade da área a ser administrada nos parece ser um quesito fundamental para qualquer gestor. Isso, porém, não garante a firmeza das ações que depende da boa vontade administrativa e não política. Mas dividir as áreas de administração seguindo determinados critérios torna mais fácil a eficácia a quem se propõe a gerir qualquer município, grande ou pequeno.
Assim uma cidade pode ser dividida pelos pontos cardeais e colaterais, por exemplo: zona Norte, Sul, Leste e Oeste, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Noroeste, com ouvidores distribuídos entre elas. Assim as comunicações e inspeções constantes, trazem resultados rápidos à central, fazendo com que também decisões rápidas solucionem os problemas dos bairros. Também dividimos os sítios – menores unidades políticas do País. Particularizando a terrinha, Santana do Ipanema, fomos em nosso projeto dividi-la em 10 regiões, cujas cabeças seguem a tradição, a importância estratégica e os trajetos com seus ramais. Sendo mais fácil para o planejamento, será fácil para a administração.
Classificamos para o nosso trabalho as denominações regionais: 1 - Camoxinga dos Teodósio; 2 – São Félix; 3 – Areias Brancas; 4 – Jaqueira; 5 – Sementeira; 6 – Queimadas do Rio; 7 – São Bartolomeu; 8 – Olho d’Água do Amaro; 9 – Remetedeira; 10 - Pedra d’Água dos Alexandre. A ordem das nossas ações, não segue a numeração acima. Iniciaremos pela Região da Pedra d’Água dos Alexandre, onde temos o nosso Ponto Extremo Oeste. Seguiremos pelas que oferecem menores obstáculos e terminaremos com a enorme região serrana de São Félix, grotas e planícies arenosas da Pedra Rica.
“Quer ir mais eu vamo/quer ir mais eu, vambora...”.


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CANÇÕES DO POVO DO MATO

*Rangel Alves da Costa

Os modismos musicais avançaram sobre tudo e sobre todos. Apenas raramente se encontra aquele que abdica da música da vez, sempre repetida no rádio, para se voltar exclusivamente ao seu cancioneiro.
Muita gente ainda preserva as raízes musicais. Música sertaneja não é esta romantizada, de sofrência ou de duplas cabeludas, e sim aquela saída da viola de pinho, da Matutice violeiro e com versos tão singelos quanto o próprio homem da terra.
Contudo, há um tipo de música que jamais desapareceu da voz do povo. Logicamente que do povo do mato, aquele de moradia mais afastado dos centros urbanos, na vizinhança e ladeado com a catingueira, a aroeira, o mandacaru, o xiquexique, a bicharada ainda existente.
São canções tão antigas que ninguém mais sabe sobre o seu surgimento. Estão nas raízes populares e hoje são tidas como parte do acervo da memória coletiva. Passadas de geração a geração, de repente uma neta canta a mesma canção entoada por sua bisavó.

“As pedras choram de dor
e eu choro pelo meu amor
sou agora pedra em pedaço
no coração desfeito o laço
de quem eu tive e me deixou

chora minha flor de açucena
uma lágrima assim tão morena
a cor da minha face é assim
antigamente um bonito jardim
que agora vive no sofrer e na pena”


Canções tantas vezes tristes, uma verdade. Mas com uma musicalidade tão profunda que muito foge da dor barata, explícita, para se transformar em eco festivo. É a canção pela canção, pela recordação, e não propriamente uma revelação do instante da alma. Canta-se por cantar, como do mesmo modo vai surgindo outra lembrança antiga.

“Catingueira afinou e sua flor já caiu
sinal da seca medonha que no sol já floriu
até o verdoso mandacaru já entristeceu
a fogo-pagô bateu asa e também já desapareceu
qualquer pingo d’água que caia vai ter vali de rio

mas quando a porta do sertão é aberta
e a barra vermelha vem toda descoberta
é mais sol e mais seca que vai ajuntando
e logo o bicho e o homem junto pranteando
só resta ter esperança a cada dia que passando”

Como visto, também a canção dolente pela seca, pela estiagem, pelo sofrimento do homem do mato. É como se na voz estivesse sendo retratada uma realidade tão conhecida por todos. Verdade que o homem do campo, da terra, do mato, não gosta de cantar assim. A voz do seu coração se encanta mesmo é com aquilo que traduza o cheiro da terra, o berro do bicho, a folhagem esvoaçando, seu amanhecer e seu luar. E assim também é cantado.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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Uma raríssima imagem do Rei do Baião Luiz Gonzaga em Pataiba no Município de Água Fria na Bahia, onde Seu Luiz toca triângulo para o sanfoneiro André de Araujo o popular Negrão dos 8 Baixos.

A foto foi feita em 1974.

A origem desta foto quem primeiro me passou foi o médico músico Augusto Braúna. Por último me foi enviada pelo caboclo do riachão Valter Abdon Filho.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1635259999911252&set=a.381389691964962.1073741862.100002818033461&type=3&theater

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CASA DE DONA GENEROSA - COITEIRA DE LAMPIÃO.

https://www.youtube.com/watch?v=UX9OeLu1ceA&feature=youtu.be

No dia 26/04/1931 a casa de dona Generosa Gomes de Sá, afamada coiteira de Lampião, localizada no povoado Riacho no município baiano de Paulo Afonso, foi palco de um crime cruel praticado por soldados pertencentes a Força Policial Volante baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza.

Acusado injustamente de traição o vaqueiro Zé Pretinho foi covardemente assassinado pelos soldados sob a acusação de ter informado a Lampião sobre a aproximação e localização da Volante, que na ocasião vinha em persiga aos cangaceiros.

Lampião sabendo da aproximação da Força Policial Volante se antecipa e lança sobre a soldadesca um ataque surpresa e mortal. 

Onde foram mortos dezenove soldados, sendo dezesseis no local do ataque e outros três posteriormente quando empreendiam uga.

Zé Pretinho foi amarrado em uma árvore e seu corpo serviu como alvo para a mira dos soldados. Após ter sido morto o vaqueiro teve seu corpo esquartejado e os restos mortais espalhados nas proximidades da casa de dona Generosa.

Após a saída dos soldados dona Generosa em ato humano e solidário, mandou enterrar o corpo mutilado do inocente vaqueiro.

A casa de dona Generosa não serviu apenas como cenário de crimes e brutalidades e foi no passado palco de animadas festas promovidas pela anfitriã tendo como principais convidados, Lampião e seus Cabras.


https://www.facebook.com/groups/GrupoCangacologia/?multi_permalinks=1912910235432607&notif_id=1534189233060703&notif_t=group_activity

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CAFÉ PATRIOTA TESTEMUNHA A CHEGADA DE LAMPIÃO E DO CARIRI CANGAÇO EM MANHÃ ESPECIAL

Manoel Severo no Café Patriota
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Com o Tema, "Lampião:O homem, o cangaceiro e o mito", Manoel Severo Barbosa, curador do Cariri Cangaço, abriu o ciclo de palestras que fazem parte da parceria entre o Cariri Cangaço e o Café Patriota; um empreendimento que nasceu com o forte sentimento de amor a história e às nossas verdadeiras raízes; localizado em Fortaleza, capital cearense. O evento inaugural aconteceu na manhã deste último sábado, dia 11 de agosto e contou com a presença dentre outros, do presidente do GECC-Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, pesquisador Ângelo Osmiro, do documentarista Aderbal Nogueira, da presidente da Academia Lavrense de Letras, escritora Cristina Couto, do Diretor da Casa José de Alencar, professor Fred Pontes, do presidente do Náutico Atlético Cearense, Dr Jardson Cruz, do grande advogado criminalista e pesquisador Paulo Quezado, do secretário de cultura de Crato, Wilton Dedê e do Comendador Chagas Mariano.
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 Poeta e Ator Aldo Anísio fez a abertura do Cariri Cangaço no Café Patriota
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O Café Patriota é um espaço especialmente diferenciado, cafeteria e restaurante com cardápio de primeira classe, livraria e espaço cultural para apresentações de conferências e palestras como também reuniões , situado bem no coração de um dos mais importantes bairros de Fortaleza, Aldeota, já se consolida como uma das casas referência quando se trata de unir gastronomia e cultura e a parceria com o Cariri Cangaço promete movimentar ainda mais o universo daqueles que pesquisam e estudam temas ligados a historia do sertão nordestino.
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 Anapuena Havena e Lincoln Chaves do Café Patriota apresentam Manoel Severo

"Nós programamos esse bate papo sobre Virgulino Ferreira para mais ou menos quarenta minutos, mas acho que extrapolei um pouco meu tempo, acabamos conversando sobre o rei dos cangaceiros por quase uma hora e meia. O bom é que o personagem principal da palestra; Lampião; é verdadeiramente enigmático e forte,quase que encantador, e dai acabou prendendo a atenção dos amigos por todo o tempo. Foram momentos muito bons nesta nossa chegada ao Café Patriota" fala Manoel Severo.
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Público qualificado na chegada do Cariri Cangaço ao Café Patriota
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Para a proprietária do Café Patriota, empresária Anapuena Havena :"Foi uma manhã gostosa de sábado, recebendo o Cariri Cangaço e a palestra de Manoel Severo sobre Lampião.Um importante momento de aprofundamento histórico, interação e muita animação. Aguardem os próximos encontros. A parceria Cariri Cangaço e Café Patriota promete!". A palestra de Manoel Severo promete ser a primeira dentre os muitos encontros que o Cariri Cangaço programa para o espaço cultural. Para a presidente da Academia Lavrense de Letras e Conselheira do Cariri Cangaço, escritora Cristina Couto:"A ideia do Cariri Cangaço é trazer para o Café Patriota e a Fortaleza os principais personagens da historia de nosso sertão; os cangaceiros, os beatos, os coronéis, enfim, serão momentos muito edificantes em nossa cidade".
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Dr Paulo Quezado e Dr Jardson Cruz
 Tomaz Cisne, Ângelo Osmiro, Alberto George
Gurgel Neto, Manoel Severo e Eduardo Gurgel
Dr Lino, Dr Haroldo Máximo e a família
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Para Ana Pinto Albuquerque:"Foi uma palestra maravilhosa nesta manhã de sábado ministrada pelo Grupo de pesquisas Cariri Cangaço e sobre a História das sagas nordestinas". Já para o poeta Pedro Sampaio "a palestra sobre Virgulino Ferreira com a competência do Mestre Manoel Severo Curador do Cariri Cangaço foi extraordinária neste ambiente fantástico que é o Espaço Cultural Café Patriota". A estréia do ciclo de palestras do Cariri Cangaço na capital cearense lotou asdependências do Café Patriota, além dos muitos pesquisadores presentes, contou ainda com muitos curiosos que estavam tendo a oportunidade pela primeira vez entrar em contato com a temática cangaço.
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Por quase uma hora e meia o curador do Cariri Cangaço Manoel Severo discorreu de forma leve e descontraída sobre as origens e as principais características do cangaço de Virgulino Ferreira e seus vinte anos quando o rei dos cangaceiros imperou pelas caatingas de sete dos nove estados nordestinos.  
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Episódios sobre o começa de sua vida fora da lei, a entrada e asucessão junto ao bando de Sinho Pereira, a patente de capitão e a ligação com Padre Cícero, a invasão a Mossoró, a passagem para os sertões baianos, a ligação com os mandatários locais, a entrada da mulher no cangaço até sua morte na grota do Angico em Sergipe foram abordados com uma linguagem fácil e acessível em função da presença maciça de expectadores que ouviam sobre a história de Lampião pela primeira vez.
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Sandra Cordeiro, Manoel Severo e Anapuena Havena 
Leiliany Pinheiro, Manoel Severo e Jacinta Saboya
Arnaldo Nogueira, Ana Albuquerque, Manoel Severo e Anapuena Havena 
Wilton Dedê, Aldo Anísio e Manoel Severo
Ian Fermon e Valcírio Queiroz
Dr Lino Maximo e Manoel Severo
Marciano Girão e Manoel Severo
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Já o pesquisador José Furtado: "Para mim uma grande honra de ter conhecido pessoalmente o Manoel Severo e o Cariri Cangaço que ouvia anto falar". Vicente Furtado revela, "foi uma maravilha poder assistir e ouvir junto de tantos historiadores e pesquisadores do mito Lampião e Maria Bonita e sobre o Cariri Cangaço, na voz de seu curador e palestrante de hoje, o amigo Manoel Severo Barbosa, aqui no Cafe Patriota e encontrar tantos companheiros, Aderbal, Paulo Quezado,Malvinier Macedo, a ilustre amiga historiadora e escritora, Cristina Couto, e ainda o cunhado, Jose Furtado Junior... Foi bom demais."

Afrânio Gomes e Tomaz Cysne, Ian Fermon e Valcirio Queiroz, Maristela Mafuz, Alberto George, Dr Haroldo Maximo e Dr. Lino Maximo, Malvinier Macedo, jornalista Tarcília Rego, professor Levi Braga, poetas Pedro Sampaio e Aldo Anísio, Sandra Cordeiro, Arnaldo Nogueira, Zé Roberto, Marco Menescal, Beto Sousa, Álvaro Neto, Eduardo e Fernanda Gurgel, Alexandre e Cecília Pedroso, Jacinta Saboya e Leiliany Silveira, Arnaldo Nogueira, Ana Pinto, Sandra Cordeiro, Dr.George Vasconcelos, Lilia Silveira, Tiago Sampaio, Kaio Chagas, Ruy Gabriel, Victor Brasil, Jonas Araujo, Renata Rocha e Rosana Caldas, Dra Maria Amélia, Yárina Garcia, Victor Correia, Marciano Girão e professor Marcos Teles estavam entre a platéia qualificada que lotou as dependências do Café Patriota na estreia do Cariri Cangaço naquele espaço cultural. 
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Malvinier Macedo e Manoel Severo
 Tomaz Cysne e Manoel Severo
 Alvaro Neto e Manoel Severo
Ruy Gabriel, Manoel Severo e Pedro Sampaio
Professor Marcos Teles e Yárina Cardoso
Pedro Sampaio e Paulo Quezado
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Para o Secretário de Meio Ambiente de Maranguape, Dr.Gurgel Neto:"Estamos nos deleitando com a belíssima e profunda palestra, promovida por Manoel Severo do Cariri Cangaço sobre a cultura cangaceira e a vida de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião." Já o advogado Lino Máximo festejou: "Um sábado do jeito que eu gosto! Um saboroso café acompanhado com muita história e cultura. Excelente palestra do Manoel Severo - Cariri Cangaço. Parabéns ao Café Patriota pela iniciativa e pelo bom gosto em tudo."

O evento coroou a iniciativa do Cariri Cangaço e que promete trazer ao Café Patriota personalidades da estatura de Padre Cícero, Beato José Lourenço, Luiz Gonzaga, Dona Fideralina, Padre Ibiapina, Izaias Arruda dentre outros ícones da história do sertão nordestino.
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Sara Saraiva e Ingrid Rebouças
 Wilton Dedê e Manoel Severo
Professor Marcos Teles e Manoel Severo
Nalu Sousa, Manoel Severo e Sara Saraiva
Hyuan, Manoela, Manoel Severo e Ingrid Rebouças
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A ideia é promover periodicamente conferencias, debates, apresentação de vídeo documentários como também realizar encontros do Cariri Cangaço na cidade de Fortaleza. Personagens como Lampião, Maria Bonita, Padre Cícero, Antônio Conselheiro, Beato José Lourenço, Padre Ibiapina, Luiz Gonzaga, dentre muitos outros serão as estrelas principais da parceria Cariri Cangaço-Café Patriota. "Já estamos dando o primeiro passo nessa direção, estamos acertando com o Lincoln e a Anapuena já um primeiro encontro para o dia 11 de agosto, um sábado, as 10 horas da manhã nos salões da casa, esse será o primeiro momento do Cariri Cangaço-Café Patriota e nosso convidado especial será Virgulino Ferreira da Silva" confessa Manoel Severo.

Uma manhã pra lá de especial...
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Veja a Palestra de Manoel Severo na íntegra...
Imagens da Laser Video - Canal Aderbal Nogueira
Youtube

Cariri Cangaço no Café Patriota
11 de Agosto de 2018
Fortaleza, Ceará

https://cariricangaco.blogspot.com/2018/08/cafe-patriota-testemunha-chegada-de.html

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