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sábado, 16 de janeiro de 2016

MARIA BONITA RESTAURADA

Por José Mendes Pereira

Solicitei ao amigo Gabriel Ferreira lá de Serrinha, no Estado da Bahia, para que fizesse uma restauração na foto de Maria Bonita, e ele atendeu à minha solicitação, e fez um excelente trabalho. 

Nesta foto ela nem sonhava em ser um dia Maria Bonita. Ainda era Maria Gomes de Oliveira ou simplesmente Maria de dona Déa, que era o apelido de sua mãe Maria Joaquina da Conceição. 

Os pais de Maria Bonita

Segundo alguns cangaceiros que deram entrevistas aos jornalistas, escritores e pesquisadores, este apelido de Maria Bonita quem a deu foi a polícia, por ela ser bonita. Afirmaram também que jamais ela foi chamada de Santinha por Lampião "foi criação", e os cangaceiros a chamavam de dona Maria e quando se referia a ela, chamavam-na de Dona Maria do Capitão. 

A foto pertence ao acervo do escritor e pesquisador do cangaço João De Sousa Lima.

Você que gosta de estudar cangaço e que começou agora, não acredite em tudo que as pessoas dizem, procura adquirir bons livros através dos escritores e para isto, existe a Livraria do professor Francisco Pereira Lima, lá em Cajazeiras, no Estado da Paraíba, e seu e-mail é: franpelima@bol.com.br.

Clique neste link para você ver todos os livros da Livraria do Professor Pereira

http://sednemmendes.blogspot.com.br/2015/08/relacao-de-livros-venda-professor.html

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NOVO LIVRO NA PRAÇA LAMPIÃO E CONSELHEIRO SE REENCONTRAM EM LIVRO.

Por Kiko Monteiro

Baiana de Adustina, Gelza Reis Cristo, é formada em Letras pela Universidade Católica de Santos. No momento pós-graduanda em Língua Portuguesa pela UNICAMP (Universidade de Campinas). Há 37 anos ela reside em São Vicente SP onde leciona na rede estadual de ensino. 

Além de professora é culinarista, poeta e declamadora, e escritora.

Depois de três livros, além da participação em onze antologias, ela lançou no último final de semana em Lagarto o seu primeiro estudo sobre o cangaço intitulado "Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", pela editora All Print.

A pesquisa

Estudando "Cangaceiros", obra de José Lins do Rego, ela descobriu na personagem Aparício a identidade e a geografia de Lampião. Posteriormente lendo "Os Sertões" de Euclides da Cunha, descobre a geografia de Antônio Conselheiro.

"Uma mesma região, uma mesma gente inculta, necessitada de um líder, pois o governo estava distante de todos eles. Assim como o Conselheiro convenceu a sua comunidade de que eles poderiam viver sem a ajuda do governo, Lampião seguiu esse mesmo preceito", introduz a autora.

Relação histórica

"O padre Frederico Bezerra Maciel, em sua obra ´Lampião seu tempo e seu reinado´ já havia sugerido uma hiperligação entre as duas personagens do meu livro. Segundo a pesquisa, Antonio Conselheiro disse para um dos seus seguidores ´Dentro de 50 anos haverá de surgir no Sertão um homem que apesar de religioso será cangaceiro e dará muito trabalho aos governos´ ele estaria profetizando o surgimento de Lampião. Conjectura ou não é um dado interessante para a reunião destes dois mitos nordestinos", afirma Gelza.

É evidente que ambos pisaram o mesmo chão, palmilharam os cantos mais ermos do sertão seco e até mesmo florido, eram declarados inimigos públicos e enfrentaram as forças do governo cada um na sua proporção.

Corredor de cangaceiros
A intenção de Gelza não é só de reunir os dois ícones históricos, mas de resgatar sua Adustina como um corredor de cangaceiros e trazê-la de volta para as biografias do tema.


Povoado Quixabeira de Adustina ou como era denominada na época do cangaço, "Patrocínio do Coité", em 2 de Julho de 1927. (Acervo Kiko Monteiro).

"Como naquela época Adustina, ou melhor "Patrocínio do Coité" era um povoado de Paripiranga, até hoje muitos autores se esquecem de atualizar a geografia de seus capítulos. Conheci e conversei com algumas pessoas da minha terra sobre as andanças de cangaceiros pelas matas de Adustina. Em 2013 visitei a Serra do Capitão, ouvi estórias sobre coitos e até Botijas, inclusive um dos moradores exibiu no pescoço uma corrente que teria pertencido a um cangaceiro e foi descoberta em uma destas botijas. Enfim, a única coisa que se pode comprovar é o coito como um dos esconderijos destes homens e mulheres no passado", disse Gelza.

O avô da autora, Augustinho Gregório dos Reis, morava no pé da na serra do capitão. Certa vez um subgrupo chegou até a casa dele e pacificamente pediu que fizessem comida para a cabroeira porque eles pretendiam arranchar por umas horas naquela localidade. Após a passagem dos cabras Augustinho resolveu que ali não era mais seguro, pois ele tinha várias filhas moças e temia que algum cangaceiro botasse o olho e raptasse uma delas.

De acordo com as memórias dos antepassados da autora o líder cangaceiro que mais andou na região era Corisco.

Adustina vista do alto da Serra do Capitão (Fonte: Adustina 24hs)

"Encontramos a "Ponta da Serra" antiga denominação da Serra do Capitão em um dos capítulos do livro de Estácio de Lima, "O mundo estranho dos Cangaceiros". Na ocasião houve uma baixa no grupo e eles estavam esperando o líder do grupo que havia ido a Paripiranga pegar provimentos, para então poder enterrar o companheiro".

Serra do capitão é tema de um dos versos de cordel que Gelza canta em suas apresentações que promovem o livro.

"Em um jornal da Bahia 
O povo lia com atenção, 
Lampião ta escondido 
No serrado do Sertão. 
E a policia não sabia 
Da Serra do Capitão.

A milícia passou perto 
E fugiu na contramão. 
O medo da Jaguaruna 
Fez o macaco correr. 
Cangaceiro aqui não ta 
pois tem medo de morrer. 
Olê muié rendeira, 
Olê muié rendá...

O livro de Gelza contém um breve depoimento de Raimundo Matos, um morador de Adustina que afirma ter feito parte da volante do nazareno Odilon Flor, quando este perseguiu os cangaceiros pelo sertão baiano. Raimundo contava na época com apenas 16 anos.

Serviço


"Lampião é filho do Santo Conselheiro - Cangaceirismo e misticismo", All Print São Paulo 2016.

Nº de páginas: 206

Valor: R$ 45 com frete incluso,

Os pedidos devem ser feitos pelo email cristogelza@gmail.com ou pelo aplicativo WhatsApp cotato: (13) 99751- 7293

Conheça outros trabalhos da autora acessando seu blog pessoal Clique aqui

http://lampiaoaceso.blogspot.com
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LÁ NO MEU SERTÃO!

Por Rangel Alves da Costa*

O sertão sergipano está em festa: as trovoadas chegaram. Desde o início da semana que nuvens carregadas vinham se espalhando pelos céus sertanejos e de uns dois dias pra cá as chuvaradas começaram a cair. 

O Riacho Jacaré, que passa ao lado da cidade de Poço Redondo antes das trovoadas

Chuvas fortes, acompanhadas por relâmpagos e trovões, riscados e ribombos, como numa canção tão desejada por uma gente sofrida. Ao menos por enquanto, a seca devastadora vai dar lugar ao tanque cheio, ao barreiro transbordante, à fonte jorrando água por todo lugar. Ainda não há comida nos pastos, pois tudo estava esturricado demais, mas não demora muito e os brotos começarão a surgir. Matar a sede e a fome do bicho, encher o homem de esperança por dias melhores. 

O Riacho Jacaré, que passa ao lado da cidade de Poço Redondo depois das trovoadas dos últimos dias.

E logo sonhar com a terra semeada, com as sementes brotando, com a vida renascendo nas plantações sertanejas. O homem sertanejo merece essa felicidade. Sua sina não é de sofrimento, padecimento ou dor, mas simplesmente viver as dádivas da existência. Só que tendo de vencer desde o sol ao fogo.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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JOÃO DE SOUSA LIMA: DESCENDENTE DAS FAMÍLIAS PIANCÓ E BATISTA

Famílias Piancó e Batista.

Sou João de Sousa Lima, descendente pelo lado paterno, da família Piancó, fundadores da cidade de Itapetim, Pernambuco e pelo lado materno sou descendente da família Batista, os mesmos Batistas que originou o cangaceiro Antônio Silvino.


A linhagem pernambucana começou com a migração dos quatro irmãos: Antônio José de Lima, Serafim José de Lima (meu avô), Joaquim José de Lima e Maria José de Lima (Lilia), filhos de José do Rego Lima e Alexandrina aria da Conceição, que vieram da cidade Piancó, vale da Paraíba e fixaram residência nas terras da Maniçoba, Recanto e Mulungu, município de São Jose do Egito, isso em meados de 1877, fundando a cidade de Itapetim.

Da família Piancó originou-se as famílias: Lima, Inácio, Arcanjo, Vicente, Ferreira, Alexandre, Leite, Sousa, Vital, Santos, Costa, Carneiro, dentre outras.

A maniçoba e todas as terras adquiridas pelos “Piancós” se tornaram uma região próspera, rica e com plantios abundantes.


Serafim Piancó tornou-se um forte produtor de algodão, feijão, milho e rapadura. Seu filho Raimundo José de Lima é o meu pai. Quando ele conheceu minha mãe Rosália de Sousa Lima estava junto do primo Odon Piancó e haviam ido a fazenda Bom Sucesso, de propriedade de Antônio Delfino, que era avô de Odon. Foram ao sitio realizar uma limpeza em uma caldeira (vapor) que fazia parte das engrenagens de um engenho de moer cana de açúcar; Nesse dia papai viu mamãe pela primeira vez e saiu de lá fascinado pela beleza da jovem e durante todo o percurso da volta, papai repetiu o nome Rosália, pronunciando sem o som do acento.

Meu avô materno, Pedro Batista, era um vaqueiro afamado e era primo legitimo do cangaceiro Antônio Silvino e chegou a andar uns tempos com ele no cangaço. A família de Pedro Batista compreendia a região de Monteiro, Sumé, Amparo, Santa Terezinha e residiram nas Bananeiras, Riacho do Cariri e Olho D’água dos caboclos.


Meu avô Pedro Batista casou com Olímpia de Sousa Lima (filha de Tributino de Sousa Lima e Amara Maria da Conceição) , que residiam em Sumé (São Thomé). Quando casaram vieram morar no sítio Bananeiras onde nasceram os filhos Maria das Neves, José Batista de Sousa (Dedé), Rosália de Sousa Lima (minha mãe), Francisco Batista de Sousa, Manuel Batista de Sousa (Nezinho), Luiz Batista de Sousa, Sebastiana de Sousa (Sebinha), e Rita Batista de Sousa.

Recentemente fiquei sabendo através do meu tio Luiz Batista, que ainda estava viva uma irmã do meu avô Pedro Batista, ela se chama Antônia Batista, tem 102 anos e reside no Riacho do Cariri.


Dia 04 de janeiro de 2016, eu e tio Luiz Batista de Sousa nos dirigimos para o Riacho do Cariri e Olho D’água dos Caboclos, pertencente a Amparo, Paraíba, para conhecermos essa tia-avó Antônia Batista.

Depois Pedro Batista e Olímpia saíram das Bananeiras e a convite do cunhado Etelvino de Sousa e foram residir no Riacho do Cariri.

Maria (Biinha), Rosália e Francisco nasceram nas Bananeiras e o restante dos filhos nasceu no Riacho do Cariri.

No Riacho do Cariri Pedro batista trabalhou como vaqueiro de Amaro Caboclo e na casa de Amaro Caboclo foi onde aconteceram as festas de casamentos de tia Biinha com um filho adotivo de Amaro, chamado Inácio Augusto do Nascimento e de Mamãe com Raimundo Piancó.

Antônia era a irmã querida de Pedro Batista e um jovem chamado Batista carregou Antônia dizendo aos pais dela que a carregava e não casava; Quando Pedro chegou em casa vindo do trabalho de campo trajado de vaqueiro, encontrou os pais chorando e quando perguntou o que tinha acontecido os pais contaram do rapto a moça; Pedro foi em Sumé e pegou o padre Silva, contou tudo ao padre e o chamou para ir realizar o casamento.


Pedro e o padre Silva chegaram a casa de Batista e o aguardaram chegar. Quando Batista foi chegando e viu Pedro todo trajado com gibão e perneira de vaqueiro foi logo perguntando:

- Pedro o que você tá fazendo aqui? Você veio buscar Antônia?

- Não!  Vim pra você casar!

O padre vendo que a situação poderia se complicar, pois conhecia bem a valentia de Pedro, se dirigiu a Batista, pegou no braço dele e disse:

- Venha meu filho, venha casar!

O padre Silva realizou o casamento e Pedro retornou pra casa onde contou aos pais a história e a novidade.

Pedro e o cunhado Batista se tornaram grandes amigos.

Rosália e tia Biinha trabalhavam na casa de Antônia e Batista. Rosália lavava as roupas e Biinha tomava conta da cozinha. Antônia além de tia era madrinha de Rosália.

Tempos depois Pedro Batista foi ser vaqueiro de Serafim Piancó e Raimundo Piancó (meu pai) começou a namorar com Rosália. A amiga Albertina foi quem falou de papai para mamãe.

Serafim não queria o namoro entre Raimundo e Rosália porque Rosália vinha de uma família pobre.

Por essa confusão envolvendo os filhos Serafim acabou demitindo Pedro batista e o expulsando de suas terras. Nessa época Pedro já se encontrava viúvo, pois Olímpia fazia pouco tempo que tinha falecido.

Amaro Caboclo acolheu Pedro e a família na fazenda Riacho Verde.

Mesmo com a distância Raimundo continuou o namoro com Rosália e era sempre bem atendido por Pedro Batista quando visitava a namorada na fazenda Riacho Verde. O namoro era escondido de Serafim e quando ele descobriu expulsou o filho de casa que foi morar com o irmão João e sua esposa Conceição que residiam em uma casa próximo de Serafim. Serafim também não falava com Conceição.

Raimundo e Rosália se casaram na igreja de São Vicente com o padre João Leite e a festa aconteceu no casarão de Amaro Caboclo e três meses depois Maria (Biinha) também se casou com Inacinho e a festa foi nessa mesma casa.

Raimundo trouxe Rosália para morar na casa de Conceição e arrumou emprego de motorista com Inácio Mariano, em São José do Egito. Depois foi trabalhar nas empresas de descaroçadoras de algodão de propriedade de Walfredo Siqueira.

Essa é uma grande história, a história de minha descendência e de um grande amor entre meus pais e essa história se perpetuou e se perpetuará por anos e anos após nossas partidas.

João de Sousa Lima
Escritor e Historiador
Membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso – cadeira 06.


Paulo Afonso, 12 de janeiro de 2016.

http://joaodesousalima.blogspot.com.br/2016/01/joao-de-sousa-lima-descendente-das.html

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DEPOIS DA PRISÃO DE VOLTA SECA NINGUÉM MAIS ACAMPOU NO RASO DA CATARINA

Por Ivanildo Silveira

Segundo Zé Sereno, depois da prisão de Volta Seca, ninguém nunca mais acampou no Raso da Catarina, ou na serra do Chico. Quando o cangaceiro foi preso, Lampião ordenou a divisão dos grupos, entregando o comando aos seus mais experimentados homens: Luís Pedro, Zé Baiano, Velho Cirilo, Manuel Moreno. Cada um com seu grupo formado saiu do Raso, para penetrar nas caatingas.


Ao tomar conhecimento da prisão de Volta Seca, Lampião soube que os irmãos Roxo, o haviam entregue à polícia e decidiu vingar. Passou na casa dos irmãos e assassinou todos eles, exceto a mãe e um irmão que encontrava-se viajando. Incendiou a fazenda e destruiu plantações.

Ivanildo Silveira - 30 de junho de 2010

http://orkut.google.com/c624939-t497d403d1eb9f863.html

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O RAPOSA DAS CAATINGAS É SUCESSO NACIONAL E JÁ ESTÁ NA 3ª. EDIÇÃO


Se você ainda não comprou este fantástico trabalho do escritor José Bezerra Lima Irmão adquira-o agora. Saiu a 3ª Edição. Lembre-se que quando lançam livros sobre cangaço os colecionadores arrebatam logo para suas estantes.Seja mais um conhecedor das histórias sobre cangaço, para ter firmeza em determinadas reuniões quando o assunto é "cangaço". 

São 736 páginas.
29 centímetros de tamanho. 
19,5 de largura. 
4 centímetros de altura.
Foram 11 anos de pesquisas feitas pelo autor 

É o maior livro escrito até hoje sobre "Cangaço". Fala desde a juventude  e namoro dos pais de Lampião. Quem comprou, sabe muito bem a razão do 
"Sucesso a nível nacional do Raposa das Caatingas" 
que já está na 3ª. edição. 

O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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“HOMENAGEM DA POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO À MEMÓRIA DOS SEUS HERÓIS QUE, EM 14/02/1926, AQUI TOMBARAM NO CUMPRIMENTO DO DEVER, COMBATENDO A COLUNA PRESTES”.


Esta homenagem está escrita no Monumento Histórico da Polícia Militar de Pernambuco, localizado no Sítio Pitombeira, entre a cidade de Custódia-PE e o Sítio dos Nunes, na altura do km 345, da BR 232.

Por Jorge Luiz de Moura, coronel e ex-comandante-geral da PMPE.

“Em ataque à força pública de Pernambuco, em 1926, a Coluna Prestes mata diversos policiais e incendeia 4 (quatro) caminhões.

História da Batalha

O combate em si, foi uma grande armadilha urdida pelos oficiais da Coluna Miguel Costa-Prestes, seu nome correto, tenentes-coronéis Djalma Dutra e João Alberto. (Livros: A coluna prestes, de Neill Macaulay, página 205, e o Cavaleiro da esperança, de Jorge Amado, página 149). Assim, os rebeldes dessa Coluna (que estavam na área esperando uma ligação com o tenente Cleto Campelo, que acabou falecendo em Gravatá), haviam interceptado nos fios do telégrafo, uma mensagem sobre o deslocamento de Custódia para Vila Bela (Serra Talhada) de uma tropa da Força Pública de Pernambuco, de 137 homens, transportada em cinco caminhões dos efetivos dos 1º, 2º, 3º Batalhões, Regimento da Cavalaria e Companhia de Bombeiros, (Boletim Geral da Força Pública, de 12 de fevereiro de 1926), sob o comando do coronel João Nunes, comandante Geral. No terceiro caminhão, vinham o tenente da PM José Coutinho da Costa Pereira, no quinto, o tenente da PM Olímpio Augusto de Oliveira e o capitão Luiz Sabino de Azevedo e, na retaguarda, o comandante João Nunes, em automóvel.


Na localidade Umburanas/Imburanas ou Pitombeiras, os rebeldes arquitetam uma emboscada, colocando na estrada um chapéu de tipo engenheiro, de cortiça, como isca! Por volta das 9h de 14/02/1926, (domingo de Carnaval), um soldado mandou parar o veículo para apanhá-lo. Em seguida, todo o comboio parou. O coronel João Nunes, vinha à retaguarda, em companhia, do seu secretário, tenente Sidrak de Oliveira Correia e outros oficiais. Imediatamente, dos serrotes laterais, surgiram os fogos cruzados das metralhadoras inimigas, ceifando a vida de inúmeros soldados.


Após seis horas de combate, o coronel João Nunes, ao escurecer, conseguiu romper o cerco dos rebeldes, (em número quase cinco vezes superior, e entocados) rumo à Custódia, perdendo quatro dos cinco caminhões, que foram queimados. No dia seguinte, em Custódia, a tropa, reorganizou-se e partiu ao encalce da força rebelde (História da PMPE – major da PM Roberto Monteiro, página 78, e revista APMP 1985 – página 10). A munição que se achava no quinto caminhão, que regressou a Custódia com o capitão Luiz Sabino de Azevedo, não foi perdida (Jornal A Província, de 27/02/1926, e Diário de Pernambuco de 27/02/1926).

De acordo com o Boletim Geral da Força Pública, de 12 de março de 1926, morreram oito soldados: Isídio José de Oliveira, (2º Batalhão), Castor Pereira da Costa, Ercias Petronillo Fonseca e Manoel Bernardino Fonseca (Regimento de Cavalaria), José Sebastião Bezerra, Pedro Cosme Alexandrino, Antônio Cassemiro Ferreira e Luiz José Lima Mendes, (Companhia de Bombeiros). (Livro: Epopéia de bravos guerreiros – Jorge Luiz de Moura e Carlos Bezerra Cavalcanti). Os feridos foram três soldados, Amaro do Espírito Santo e Benevenuto Cardoso Silva, (do 2º Batalhão) e Severino Lino dos Santos, (do Regimento de Cavalaria). No mencionado Boletim, o comandante João Nunes enaltece suas bravuras e sacrifícios no campo de luta, em defesa da legalidade.

Aqueles soldados foram sepultados no local, numa cova única, à beira da estrada, de acordo com o major da PM João Rodrigues da Silva, em artigo publicado na Revista Guararapes, em janeiro de 1950, – Os mortos do Riacho do Mulungu, onde assinala que pela voz do povo, o número de mortos se eleva a mais de 40 praças. Esse monumento foi construído durante o Comando Geral do Coronel Manoel Expedito Sampaio, em 1961 (Informação do coronel Cícero Laurindo de Sá).

Na fria placa de mármore, ficou o registro da reação daqueles heróis, que precisam ser lembrados e nominados todos os anos, àquele 14 de fevereiro de 1926, pois, transpuseram os umbrais da glória e precisam ser inseridos nos anais da grande história da PM e de Pernambuco.”

(Transcrito)

Fonte Jornal do Comércio de 05 de Maio de 2008

Segunda fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira‎ 

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VALE A PENA VER, MAS EU NÃO ACREDITO - BIMORTAL?

Por Manoel Higino
Publicado em 10/09/2014 - Virgulino aos 32 anos.

Em artigo publicado aqui no blog há duas semanas, comentávamos como seria possível, diante de um criminoso cruel e sanguinário do porte de Virgulino Ferreira da Silva, oLampião, ter se mantido o bandido com a visão romântica de TV e Cinema, de justiceiro e Robin Hood, por tanto tempo!

Na história conhecida, digamos, oficial, em 28 de Julho de 1938, uma emboscada em Angicos, em Poço Redondo (SE), pôs fim a 11 dos cangaceiros mais temidos da história, entre os quais estavam Lampião e Maria Bonita. Mas não é isso que o fotógrafo e escritor mineiro José Geraldo Aguiar conta em seu livro “Lampião, o invencível – duas vidas, duas mortes” – Thesaurus Editora, 2009.


Depois de alegados 17 anos de pesquisas, o escritor afirma que tudo não passou de uma farsa e que conviveu com Lampião durante cinco meses numa cidade de Minas Gerais, para onde o cangaceiro teria fugido após ter passado pela Bahia e Piauí, até que, em 1950, com Maria Bonita, se estabeleceu em Minas. “Ele viveu na clandestinidade e chegou a ter 13 identidades falsas”, afirma o pesquisador, contando que quando morreu, Virgulino fora registrado como Antônio Maria da Conceição. (Em sua lápide se encontra escrito Antônio Teixeira Lima.) Em “Lampião, o invencível“, o autor relata supostos depoimentos do “rei” do Cangaço, narra com detalhes os seus encontros com ele e apresenta foto impressionante, tanto quanto polêmica, que seria de Virgulino com mais de 90 anos de idade.


Esta seria Maria Bonita aos 62 anos, vivendo em Minas sob outra identidade.

Lampião teria vivido como comerciante e fazendeiro no Norte de Minas, e morreu em 1993, aos 96 anos de idade, em Buritis (MG). Maria Bonita teria morrido no dia 3 de agosto de 1978, curiosamente, em mesmo mês e dia. Lampião teve várias mulheres (nunca casado oficialmente) e quando Aguiar o conheceu, ele estava vivendo com Severina Alves de Moraes. A imagem que o retrata cerca de seis anos antes do seu falecimento, teria passado por exames prosopométricos (de comparação de medidas das estruturas da face) e por simulações gráficas de envelhecimento, tomando como base duas imagens do cangaceiro ainda jovem, com 29 anos e outra com 40, que revelaram uma imagem quase exata à foto supostamente tirada por Aguiar.

A mesma pessoa? Semelhanças e provas científicas?

A imagem aponta ainda três semelhanças entre as que foram testadas: o olho direito com a pálpebra caída, a silhueta com as mesmas formas e uma pequena depressão na sobrancelha esquerda. São provas circunstanciais que impressionam, mas que em segunda análise, deixam a dúvida mais latente, pois são tipos físicos muito comuns. Para completar, a filha do cangaceiro se recusou a fazer o DNA que criasse a prova definitiva.

Perguntado em entrevistas sobre a real história do dia 28 de Julho de 1938 e o porquê do cangaceiro ter escolhido mentir e viver na clandestinidade, José Geraldo conta que tudo foi um acordo entre Lampião e as autoridades, pois o mesmo estava com 40 anos e há tempos pensava em abandonar aquela vida e se tornar fazendeiro em Minas Gerais. Lampião teria negociado com o então governador de Sergipe e outros amigos, dentre eles o Capitão Bezerra e próprio Padre Cícero. Abandonando o Estado na calada da noite; outros cangaceiros permaneceram no local onde aconteceu a emboscada. Lampião teria fugido, passando pela Bahia, Piauí, até que, em 1950, ele e Maria Bonita acabariam se estabelecendo em Minas. “Lampião viveu na clandestinidade e chegou a ter 13 identidades falsas”, afirma o pesquisador.


Ele reforça ainda o fato de que após a decapitação desses cadáveres, só quatro dias depois essas cabeças em estado de decomposição chegaram à presença do público, dentro de uma lata com sal grosso e vinagre, transportadas pela Polícia Militar.

No lugar de Lampião teria sido morto certo João Sapo, ladrão de cavalos preso pela polícia na época.

Infelizmente José Geraldo faleceu aos 59 anos, em 19 de maio de 2011 e suas declarações sempre geraram muitas discussões, e, claro, o autor é apontado por muitos como um farsante. Uma vez morto fica a obra e a provocação à história limitadas a novas investigações sobre o autor e sua obra.

Lamentável em todo o processo de investigação e pesquisa é a acalentada defesa do cangaceiro, o elogio à sua macheza, sua inteligência e coragem. Na pesquisa para este artigo encontrei descrições de crimes de crueldade sem igual, de revirar o estômago, que pouparei os leitores dos detalhes.


Supunha o cangaceiro envolvido em mortes e torturas, mas sua vida é muito mais que isto, marcada por atos hediondos, sangrentos, indescritíveis. Mesmo o nome do livro é ode ao “valente” e “invencível” criminoso.

Do ponto de vista da investigação histórica merece uma revisão crítica, calma, desapaixonada.

Se eu acredito, em princípio, no livro de José Geraldo?

Hmmm… Não… Não me senti convencido.

Mas que apimenta a imaginação, ah… Não há dúvidas.

Manoel Higino é economista e consultor de empresas, escrevendo neste espaço às 3as e 5as. O Blog existe desde 2012, com leitores pelo Brasil e exterior. Faça contato para projetos, aulas, palestras… Visite seu perfil e experiência profissional.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Eu não me refiro ao escritor José Geraldo Aguiar e nem ao autor deste artigo, mas quero apenas dizer sobre quem informou esta barbaridade ao autor deste livro, que Lampião e Maria Bonita escaparam da chacina de 28 de julho de 1938, lá na Grota de Angico, no Estado de Sergipe: 

"Menos verdades do depoente"

https://manoelhiginoconsultor.wordpress.com/tag/lampiao-e-maria-bonita/
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LAMPIÃO E A FAZENDA MUNDO NOVO-SE, UM PARAÍSO ENCRAVADO NO SERTÃO DE SERGIPE.


Neste lugar é onde fica guardado um pedaço da história de Virgulino Ferreira, o Lampião. Lá ficava localizado o esconderijo onde o cangaceiro e seu bando. O visitante também tem a oportunidade de conhecer peculiaridades da vida do cangaço, como a banheira de Maria Bonita e a Pedra do Dominó, um local que servia de `salão de jogos´ dos cangaceiros e a Pedra do Abraço, o cantinho onde Lampião dormia com a sua Maria Bonita.


Que o sertão nordestino tem uma beleza peculiar e característica, todo mundo sabe. Que Sergipe possui um dos mais belos cartões postais de caatinga do Nordeste, com paisagens belíssimas do Cânion do São Francisco, isso também todo mundo sabe. Mas a grande novidade dos roteiros turísticos do estado sergipano é a Fazenda Mundo Novo, um paraíso encravado no município de Canindé de São Francisco (230 km) cujo nome faz jus para as descobertas que o visitante irá encontrar.


Além da enorme reserva de caatinga nativa e suas plantas medicinais distribuídas em 2.700 tarefas, a fazenda guarda relíquias de milhares de anos, um pouco da história do cangaço e uma das mais belas paisagens do sertão sergipano, sendo ótima para o lazer e turismo de aventura. Localizada a 32 km de Canindé, a Fazenda Mundo Novo é repleta de trilhas que deixam os visitantes maravilhados com a área de preservação ambiental no meio do sertão de Sergipe. "Fiquei encantado quando visualizei pela primeira vez esta propriedade. A beleza da mata nativa e os seus paredões milenares. Para mim foi um novo mundo que tinha acabado de descobrir, por conta disso que coloquei este nome quando a comprei em 1978", conta o proprietário da fazenda, o médico veterinário aposentado, José Augusto Lima, que faz um trabalho abnegado de preservação da história.


É neste recanto que existe uma das maiores e variadas opções para o turismo ecológico e de aventura no município de Canindé de São Francisco. A Fazenda Mundo Novo possui um dos mais bonitos parques temáticos da caatinga que está sendo totalmente infraestruturado para se tornar uma das maiores atrações turística ecologicamente correta do estado. Em visita ao lugar, o turista percorre trilhas de sete quilômetros de extensão, passando por quatro sítios arqueológicos, já registrados por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com pinturas rupestres datadas de nove mil anos, as trilhas dos Veados e do Céu, onde o visitante tem uma vista privilegiada do rio São Francisco e da caatinga, além de conseguir enxergar as divisas entre os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia.


São nessas trilhas que o visitante conhece um pouco da história do cangaço por um caminho repleto de rochas, num percurso de 1 hora, entre arbustos e imensas pedras. Neste lugar é onde fica guardado um pedaço da história de Virgulino Ferreira, o Lampião. Lá ficava localizado o esconderijo onde o cangaceiro e seu bando. O visitante também tem a oportunidade de conhecer peculiaridades da vida do cangaço, como a banheira de Maria Bonita e a Pedra do Dominó, um local que servia de `salão de jogos´ dos cangaceiros e a Pedra do Abraço, o cantinho onde Lampião dormia com a sua Maria Bonita.

Neste paraíso onde o angico reina existe um mandacaru centenário e o mais impressionante conjunto de rochas que surge ao longo dos muitos caminhos que passam pela Fazenda Mundo Novo. Moldadas pelo tempo, algumas rochas lembram figuras conhecidas e por isso ganharam apelidos como a Pedra da Galinha e Rocha da Tartaruga. Mas a Fazenda Mundo Novo ainda guarda outra riqueza para o final desta visita ao passado. O visitante pode contemplar um cenário de rara beleza com a formação do Lago Xingó, onde as águas do Rio São Francisco se transformam no quinto maior cânion navegável do mundo. E é nesse cenário que o Cânion do São Francisco surge imponente no meio do sertão de caatinga e trilhas, onde seus paredões rochosos com mais de 60 metros de altura guardam a história da vida e a luta pela sobrevivência do sertanejo nordestino.

Texto e imagens reproduzidos do site: clicksergipe.com.br
Fonte: Turismo em Sergipe.
Fonte das Fotos: Turismo em Sergipe
Data Original: 28/03/2012
Segunda Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste

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