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segunda-feira, 30 de março de 2020

LIVRO SOBRE CANGAÇO ADQUIRA LOGO O SEU


O cientista cearense de Lavras da Mangabeira Melquiades Pinto Paiva, publicou entre 2001 e 2008 uma coleção de 5 exemplares com o titulo "Bibliografia Comentada do Cangaço. 

Em 2011 resolveu reunir os 5 volumes, com mais outros apontamentos, num único Volume, com o titulo" CANGAÇO: uma ampla bibliografia comentada", com 390 páginas, capa dura, papel especial, edição de luxo, Editora IMEPH. 

Este trabalho contém o comentário sério e fundamentado de 200 livros, 55 Revistas, 200 artigos de jornais, 140 cordéis e 12 filmes e documentários. 

Livro da mais alta importância para quem deseja fazer um estudo sistemático do fenômeno do Cangaço e formar uma boa biblioteca sobre este tema. Quem desejar adquirir este e outros livros: 

franpelima@bol.com.br - 
Whatsapp: 83 9 9911 8286, 
além de mensagem no face.

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AOS HERÓIS E HEROÍNAS DE SANTANA DO IPANEMA

Clerisvaldo B. Chagas, 30 de março de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.283

Muito ainda teremos que agradecer, contudo, gratidão não se confunde no início, meio ou final do benefício. Particularmente estou agradecendo aos profissionais de vários segmentos que estão em seus postos de trabalho lutando em favor da saúde do povo santanense. Numa ocasião dificílima como essa em que a humanidade estar passando, é quando surgem figuras valorosas e iluminadas que saem da vida real e se agigantam à vista do mundo. Rasgam-se as roupas e as origens das estrelas futuristas de telinhas e telões com a presença em carne e osso dos combatentes humanos contra o inimigo número um: o vírus corona assassino.

P. DE SAÚDE SÃO JOSÉ EM TARDE CHUVOSA. ( FOTO: B. CHAGAS).

Em Santana do Ipanema, profissionais da Saúde, Polícia, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeitura, Justiça... Estão cumprindo o papel de defensores da população. Ainda que fosse elaborada uma lista individual dos lutadores pela própria linha de frente, muitos por esquecimento ainda ficariam fora do rol; quanto mais se fosse elaborada por mim que estou em quarentena obedecendo as regras básicas da Saúde! São essas grandiosas pessoas que estão  arriscando suas vidas por nós no batente dessa guerra insana. Agradecer, aplaudir, rezar também por elas para a fortificação espiritual do combate.
Com o surgimento da cheia incomum do riacho Camoxinga, muitos anônimos vieram em socorro dos desabrigados em diversas ocasiões. Louve-se a solidariedade em vários sentidos que continua em evidência dentro e fora dos pontos de apoio. Assim todos estão no mesmo patamar em busca da felicidade de uma população de 50.000 habitantes. Sob as orações de milhares de santanenses, trabalham incansavelmente esses heróis e heroínas da Saúde e dos diversos setores sociais, iluminados pelas bênçãos divinas.
Deixem descer as nuvens...
Deixem correr os rios...
Deixem fluir a vida...

O VÍRUS, NÃO!
*Amanhã: “O riacho Camoxinga tem jeito?”

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/03/aos-herois-e-heroinas-de-santana-do.html

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UM SENHOR DOCUMENTÁRIO!

Alpercata de rabicho - O xaxado em Pernambuco (1999)

 David Gomes Jurubeba

Trabalho pioneiro nos sertões, o documentário Alpercata de Rabicho de Petrônio Lorena é um documento essencial da cultura no Pajeú.

Depoimentos históricos de David Jurubeba, "Senhor da Beleza", Marilourdes Ferraz e Frederico Pernambucano de Mello.



Pescado no canal de Camilo Melo

E eu repesquei no blog do http://Lampiãoaceso.blogspot.com

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DEPOIS DAS NOVE

*Rangel Alves da Costa

Em Poço Redondo, no sertão sergipano, está havendo toque de recolher depois das nove horas da noite.
O motivo não é outro senão o coronavírus que veio e está dando trabalho para partir, como se de repente tomasse conta de nossas vidas e nosso futuro.
Por isso mesmo o toque de recolher foi imposto através de decreto municipal. Justo que assim seja. Não haveria como conter a displicência e o descaso de grande parte da população.
Certo que seja assim, já que parte da população, mesmo sabendo que pode colocar em risco a saúde e a vida da outra parte da população, estava continuando com aglomerações noturnas em ruas, calçadas e praças, então a medida serviu como meio de evitar o surgimento dos mesmos graves problemas que assolam o país e o mundo.
Mesmo sendo forçado o recolhimento, nada que se possa ter como quebra das liberdades individuais. Há, acima de tudo, o resguardo maior do direito à saúde e à vida. Há, enfim, uma tentativa de preservação da saúde e da paz do poço-redondense.
Além disso, o surgimento de diversos aspectos altamente positivos, de cunho pessoal, familiar e até mesmo espiritual, sem falar na segurança maior que acaba assomando. As pessoas nunca estiveram tão reunidas em seus lares.
Os lares nunca estiveram tão tomados de diálogos, conversas, e até dos necessários silêncios. As pessoas encontraram mais tempo para si mesmas, para refletir, meditar, encontrar respostas para questões que continuavam pendentes.
Há mais tempo para arrumar a casa, o quarto, a própria pessoa. Há mais tempo para folhear álbuns, para relembrar situações, para reencontrar retratos de memória e saudade. Há tempo para a leitura de um bom livro, para escrever qualquer coisa, para arrumar a estante e colocar em saco de lixo o que já não possui serventia.
Há mais tempo para namorar, para fazer confissões, para ficar abraçadinhos no calor do sofá. Há mais tempo para o carinho, para o afago, para o dengo, para o cafuné. Há mais tempo para a prece, para a oração, para o ajoelhamentos perante os velhos oratórios, para conversar com Deus, com os santos e anjos.
Há tempo também para o romantismo, para olhar o luar da fresta da janela e sentir um apertinho por dentro, bem dentro do coração. Há mais tempo para sentir a chuva batendo no telhado, para fazer da nostalgia um encontro que alegre a alma.
E também para deitar mais cedo, para ter mais tempo de sonhar, sonhar, sonhar. E, mesmo na crise, encontrar motivos para sentir e dizer que a vida é boa. E como é bom viver!
Assim, depois das nove, ao invés de a vida se recolher, ela abre suas portas interiores para o muito que se tem de viver.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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MINHAS IMPRESSÕES SOBRE O LIVRO DO LAMPIÃO DE PÃO DE AÇÚCAR


Por Junior Almeida

Muita gente já falou em grupos especializados em cangaço no Facebook e também nos de WhatsApp sobre a obra “Lampião a sua Verdadeira Morte - Angicos Não Foi o Fim”, do escritor Antônio Pinto, obra que tem a presunção de contestar TODA literatura cangaceira e todos os depoimentos dos remanescentes da época, cangaceiros, coiteiros e volantes. O livro é fininho, são apenas 104 páginas, muitas delas preenchidas com fotografias, então, de uma tirada só dá pra ler. Como não acho correto elogiar ou criticar um livro sem conhecer, quis tirar minhas próprias conclusões depois de ler. Vamos lá:

A capa tem uma fotografia de Lampião (legítimo) ao lado do “Lampião de Buritis”, de autoria do fotógrafo mineiro Geraldo Aguiar. O detalhe é que acrescentaram por programa de computador uns óculos com um tapa olho na imagem. Será que o autor quis usar a técnica do Super-Homem, que se disfarça apenas com óculos e achou que ninguém reconheceria o Lampião mineiro? Tive essa impressão.

O prefácio feito por um padre, a princípio um homem de Deus, tenta passar credibilidade ao leitor, mas se percebe logo que o religioso sabe tanto de cangaço como um ateu sabe da missa.

Na página 11 do livro eu achei que tivesse lido errado e voltei no texto. Confesso que tive vontade de parar de ler, mas insisti e fui em frente. Dá pra acreditar que o autor diz que as pinturas rupestres espalhadas pelo Nordeste são obras de alienígenas, que desembarcaram aqui em suas naves espaciais?! É mole? Papel aceita cada coisa...

Na 15, Pinto faz um resumo do resumo das brigas entre os irmãos Ferreira com Zé de Saturnino, inclusive fala nas cercas que dividiam as propriedades de Zé Ferreira e o velho Saturnino das Pedreiras, quando se sabe que as confusões entre as famílias se deram justamente pela falta destas, o que fazia que os animais fossem de uma propriedade à outra sem nada que os impedisse.

Duas páginas adiante uma informação nova, pelo menos pra mim: segundo o autor, os filhos de Zé Ferreira assistiram a sua morte, quando a volante comandada por Zé Lucena estava na propriedade onde ele morava justamente procurando Antônio, Virgulino e Levino, envolvidos num assalto na então vila de Pariconha. Dá pra imaginar três “doces meninos”, os cangaceiros Esperança, Lampião e Vassoura, ver o pai morrer crivado de balas e não reagir?

Página 18 o escritor diz que a palavra “macaco”, como jocosamente os cangaceiros se referiam aos policiais, tem origem no fato de “os militares terem origem pobre, mas serviam ao governo dos ricos, fazendeiros e grileiros, vindo a PULAR de posição ficando contra suas origens”. Interessante...

Na 20 ele diz que foi por ordem de Getúlio Vargas que uma força volante de um Estado poderia entrar em outro, mas só lembrando que Getúlio Vargas assumiu pela primeira vez a Presidência da República em 1930, sendo que em 1922 os poderes ESTADUAIS das Unidades da Federação atingidos pelo cangaceirismo, já haviam assinado um tratado de cooperação.

Na página seguinte o autor fala que Joca Bernardes em 27 de julho de 1938 foi a Entremontes e não à feira de Piranhas dizer ao “tenente Aniceto” que Pedro de Cândido sabia onde o bando de Lampião se encontrava, e na página 22 ele se refere ao local que Lampião e parte do seu bando tombaram sem vida como GRUTA de Angicos. Apesar de mudar apenas uma letra na palavra o correto é GROTA, pois como o autor se referiu, passa a impressão ao leitor desatento que o cangaceiro morreu numa caverna.

Página 24 o escritor diz que a ação policial que resultou na morte de Virgulino era denominada “operação pijama”. Hã?! Confesso que desconhecia isso. No bom “cearês”: Aí dentro, macho!

No capítulo 23, o autor reforça o seu lado na história, pois se refere aos policiais volantes como sendo “covardes”, e aos cangaceiros como “pobres e indefesos”. Anteriormente Antônio Pinto já tinha exaltado os bandidos, chamando-os de “heróis, bravos, valentes” e que tinham qualidades de “ariscos e ligeiros”.

Mais duas páginas pra frente, uma revelação do outro mundo, literalmente falando, pois vem do mundo do além. Pinto afirma que Antônio Ferreira, irmão de Lampião, morto na Fazenda Poço do Ferro, do Coronel Ângelo (Anjo) da Jia, em Ibimirim, Pernambuco, no começo de 1927, estava também em Angicos em 1938. Podem acreditar, tem isso no livro.

No capítulo 8, “Lampião ferido sim, vencido nunca”, o autor discorre de como supostamente o rei do cangaço escapou do massacre de Angicos e mostra mais uma vez que não é do time das volantes, pois se refere mais uma vez aos militares com desdém, e os condenando, ao afirmar que “após matarem os cangaceiros em Angicos, os militares todos bêbados, riam muito”. Só uma pergunta: quando o time da gente ganha, a gente se alegra e ri, ou fica triste e chora? Agora deu mesmo! Historiador não pode ter lado.

Na página 27 o autor diz que durante a chuva de balas de Angicos Lampião ficou escondido numa caverna. Já fui algumas vezes ao local e de novo confesso desconhecer uma caverna por lá, mas como o escritor chamou o a grota de gruta, pode ser que exista, não é?

Na página seguinte mais uma afirmação do outro mundo, acrescentando dessa vez uma viagem no tempo, pois Antônio Pinto diz que Lampião após escapar ferido do tiroteio, foi a Juazeiro agradecer ao Padre Cícero o livramento. Um detalhezinho de nada que o autor não se atentou: o Patriarca do Juazeiro tinha morrido havia QUATRO ANOS. Morreu em 20 de julho de 1934. Pois é, segundo a obra do escritor de Pão de Açúcar, Antônio Ferreira reviveu depois de mais de uma década e o Padim, depois de quatro anos.

Na 29, o livro tem a foto da placa colocada pela Prefeitura de Poço Redondo na Grota de Angico como sendo a primeira cruz do local de morte, não se referindo em nenhum momento a cruz de madeira colocada por João Ferreira, irmão de Lampião e a de metal, colocada depois pelo tenente João Bezerra e que hoje se encontra em uma faculdade de Aracaju.

Mais duas páginas adiante mais um erro de identificação: a famosa foto das cabeças dos cangaceiros na calçada da prefeitura de Piranhas, o Palácio Pedro II, é postada como se fosse na cidade de Pão de Açúcar, também em Alagoas. A imagem é conhecidíssima, me admira o autor não saber disso.

Página 34 tem o desenho tosco do autor mostrado como se fosse uma fotografia, mostrando a casa do homem que ele afirma que era Lampião, e que usava o nome de João Novato.

Um trecho curioso na página seguinte, pois Antônio Pinto alfineta os moradores da sua terra, ao dizer que o povo de Pão de Açúcar “acolhe os novos moradores e maltrata os conterrâneos”. Particularmente achei uma forte crítica por parte do autor. Pode ser que magoado com alguém, ele teceu críticas a todos e tais comentários no livro expliquem o fiasco do lançamento da obra e o enterro simbólico de João Novato/Lampião. Os vídeos apresentados nas redes sociais mostraram os gatos pingados participantes dos eventos. Foi de dar dó.

Página 36 tem outro desenho, que parece ter sido feito por uma criança, alegando ser um retrato da rua que morou João Novato/Lampião e na 41 fala do principal personagem do seu livro como sendo um grande contador de histórias, tendo sua esposa Rita ao seu lado, confirmando tudo. Acho que o autor se inspirou em Panteleão, personagem de Chico Anísio, que tinha seu bordão “é mentira, Terta?!” – Verdade! Respondia ela, com sua voz fina.

A partir da página 58 o autor apresenta várias fotos de objetos que supostamente provariam que João Novato era na verdade Virgulino Ferreira. Na 79 tem até uma foto de Tânia Alves, caracterizada de Maria Bonita, no famoso seriado da Globo, do ano de 1982, para mostrar como eram as toldas dos cangaceiros.

Mais pra frente, na página 87 Pinto novamente recorre aos assuntos do outro mundo. Transcrevendo o depoimento da testemunha Heitor Pinto, o autor diz que “em sua rua aparecia um lobisomem que corria pelos telhados das casas e, que Lampião teria lhe dado um punhal, que bastava mostrar ao bicho, que ele correria com medo”. Segundo o relato, foi exatamente o que aconteceu.

Na 90, uma testemunha do livro diz que Lampião dançava para os estudantes que passavam em sua rua e na página 93 outro depoimento descreve o suposto como Lampião como um homem bastante extrovertido, diferente dos primeiros relatos, que dizem que o homem mal saia de casa, sendo bastante arisco.

Como podemos observar nesses pontos por nós apontados, o livro traz alienígenas, viagens no tempo, ressurreição dos mortos (Antônio Ferreira e Padre Cícero), lobisomem e várias outras “viagens” do autor, e isso sem falar nuns errinhos de português e digitação, que podem estar em todo tipo de obra, até de autores renomados, mas não revela o mais importante que o livro deveria revelar: VERDADE. Em nenhum momento nada de nada de verdadeiro foi apresentado pelo autor Antônio Pinto. Se ele colocasse na capa ou primeira página que sua obra se tratava de uma fantasia, tudo bem, mas tentar vender por verdade essa loucura é no mínimo um absurdo. O escritor pode até reclamar do “pau” que tem levado da imprensa e nas redes sociais, mas sem razão, pois quando uma pessoa se propõe a escrever o que ele escreveu, tem que ter o coro grosso e se preparar pra o que estava pra vir.


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DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 10 DE MAIO DE 1959

"A vida do Rei do Cangaço esteve em minhas mãos

Por Valdir José Nogueira de Moura

Assim declarou o belmontense “Sinhozinho Alencar” durante entrevista que o mesmo concedeu ao “Diário de Pernambuco”, e que foi publicada na edição de número 00106, que circulou no Domingo, 10 de maio de 1959, pág. 31.

Nascido no dia 13 de março de 1892 na Fazenda Várzea, em São José do Belmonte, o Coronel José Alencar de Carvalho Pires, tratado carinhosamente pelos seus parentes e amigos como “Sinhozinho”, oficial reformado da Polícia Militar de Pernambuco, durante dez anos, percorreu o interior nordestino, enfrentando o cangaceiro Lampião, em combates violentos, arrojados e memoráveis.

Seu depoimento espontâneo, inédito e corajoso, é de um valor extraordinário para quantos se debruçam nos estudos do polêmico tema “Cangaço”.

COM O DEDO NO GATILHO:

A volante comandada pelo sargento Alencar corta rios e caatingas, no rastro do bandoleiro.

Lampião, segue para a Vila de Nazaré, distrito de Floresta. Vai assistir o casamento de uma prima.
Terminada a cerimônia, ao ter início o baile de homenagem aos noivos, começa o tiroteio. Os cabras avistaram os soldados.

Lampião oculta-se numa casa da vila, e dali, com gritos insultuosos, dirige à reação. Portas e janelas se fecham e o fuzilar das balas é impressionante.

O sargento Alencar, avança debaixo do fogo, indo esconder-se no oitão do casebre. Desafia Virgulino a lutar em campo aberto. Escuta então quando o bandido grita:

- Vou pular pro meio da rua prá brigar, almofadinha, pras moças ver!



 Volante de Sinhõzinho Alencar em São José do Belmonte, PE 1927
Acervo do autor

O sargento Alencar aguarda, com o dedo no gatilho. Vê Lampião como um gato, pular a janela e cair em frente da casa. Exatamente atrás, o olho na pontaria visa as costas de Virgulino. Vai atirar. Puxa o gatilho, e a arma nega fogo. O cartucho falhou.

Lampião sente o perigo. Pula novamente para dentro da casa. E logo mais, abrindo violentamente a porta dos fundos, precipita-se de rua afora. Corre a toda velocidade. O cano do fuzil voltado para a retaguarda.

Atirando sem parar.

O sargento Alencar faz nova pontaria. A mira, nas costas do bandoleiro. Puxa o gatilho mais uma vez. E a arma falha novamente.


- A vida de Lampião esteve nas minhas mãos. Mas o destino não quis que eu o matasse.”

 Coronel José Alencar de Carvalho Pires "Sinhozinho Alencar".
Herói do combate de Belmonte contra o bando de Lampião, Tiburtino Inácio e outros cangaceiros, na época em que chefiava volantes pelo interior de Pernambuco.

Adendo Lampião Aceso
O episódio descrito acima se passa em 1º de agosto de 1923.

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SETE SOLDADOS MORTOS POR LAMPIÃO EM QUEIMADAS


SETE SOLDADOS MORTOS POR LAMPIÃO EM QUEIMADAS
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CANGACEIRO "PANCADA" - DEPOIMENTO.



Depoimento do cangaceiro "Pancada" (Lino José de Souza) cedido ao extinto Jornal carioca "A Noite", cuja matéria foi publicada em sua edição de 14 de novembro de 1938. Deixem seus comentários, críticas e sugestões, afinal são elas que servirão para analisarmos e melhorarmos cada vez mais nossos trabalhos. 

Valeu Cabroeira! Geraldo Antônio de Souza Júnior

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RESPONDAM... SE POSSÍVEL.

Por Geraldo Júnior

Vocês conseguem enxergar alguma semelhança entre Lampião e sua suposta filha, Luzinete José dos Santos "Luzia"?

Lembrando que a fotografia de Lampião foi registrada por Lauro Cabral em Juazeiro do Norte no estado do Ceará em março de 1926, quando Lampião contava com a idade de 27 anos, enquanto a fotografia de dona Luzia foi registrada quando ela tinha por volta dos quarenta anos de idade.


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O CANGACEIRO CAGÃO.

Por João Filho de Paula Pesso

Conta-se que Manel Moreno, dos Engracias, era um cangaceiro cagão, em todos os sentidos da palavra, era considerado frouxo e medroso, fazendo jus ao sentido figurado da palavra, bem como fazia jus também ao sentido literal dela, vez que, era comum que, ao sinal de perigo e combate iminente, Manel Moreno tivesse dor de barriga e corresse para os matos para aliviar-se fisiologicamente. Conta-se que vários combates iniciaram e Manoel Moreno primeiro correu para os matos, para somente após aliviar seu enjoo da barriga, iniciar-se na luta, mas sempre na retaguarda e pronto para correr a qualquer momento. Certa vez Manel Moreno fugiu do combate pouco antes das volantes, e seus amigos cangaceiros se fizeram de volantes correndo atrás dele, atirando nos galhos das árvores por onde ele fugia, aos risos e gargalhas de seu desespero, até que cansou e percebeu a brincadeira de seus companheiros, retornando todo desconfiado ao grupo, que não parava de rir de sua frouxidão, seus amigos o apelidaram de Manel Cagão. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 11/03/2020.


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ESTÁCIO DE LIMA - VOLTA SECA E O ESTRANHO MUNDO DOS CANGACEIROS


Aqui aparecem duas breves narrativas do autor que, por si mesmas, comprovam que estamos diante de um cientista e ao mesmo tempo de um escritor com notável domínio da sua arte de contar uma boa história. Uma mulher e um menino são os personagens principais dos dois textos escolhidos. Personagens não muito comuns entre os integrantes dos bandos guerreiros. Org., introdução e notas de Cid Seixas.

Coleção E-Poket.

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Um presente que ganhamos do Cumpadi Joel Reis (Via Cognitiva) e dividimos com vocês.


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A PISADA EM ALAGOAS

Cangaço lampiônico em Pão de Açúcar 

 Por Hélio Fialho

Particularmente, no município de Pão de Açúcar, os cangaceiros escondiam-se em fazendas da chamada Região de Cima, principalmente em coitos localizados em Novo Gosto, Emendadas, Bom Nome, Beleza e outras, cujos proprietários eram fiéis protetores  e, por esta razão, os coitos eram bastante frequentados pelos grupos de Lampião e Corisco.

Em razão da permanência desses cangaceiros no município de Pão de Açúcar muito fatos ocorreram, sendo alguns destes registrados em livros publicados e outros apenas narrados por pessoas idosas que presenciaram ou ouviram de pessoas da família, as quais já faleceram.

A nível de Pão de Açúcar, os livros “Histórias e Efemérides” e “Um lugar no Passado”, dos respectivos autores pão-de-açucarenses  Aldemar de Mendonça e Gervásio Francisco dos Santos, são obras que narram um pouco da história da passagem dos cangaceiros por Pão de Açúcar, sendo a invasão de Lampião ao Povoado Meirus a que mais se destaca, principalmente pelo teor de violência praticada pelos cangaceiros quando abateu 102 cabeças de gado, incendiou fazendas e também uma unidade de beneficiamento de algodão.

Aspecto de Pão de Açúcar em 1910
In História de Alagaoas

Segundo narra o livro Um Lugar no Passado,  o que provocou a ira de Lampião foi uma carta escrita pelos senhores Mário Soares Vieira, José Alves Feitosa (Juca) e Manoel Campos, em que em um de seus trechos tinha o teor seguinte:
“Se quisesse tirar raça de homem valente, mandasse a mãe dele aqui para Pão de Açúcar”.
Esta célebre carta foi escrita em resposta a duas cartas enviadas por Lampião aos senhores Luiz Gonzaga e Luiz Henrique, nas quais o Rei do Cangaço exigia a importância de quatro contos de réis.

Outro fato bastante relevante foi o nascimento de Silvio Bulhões, um dos filhos dos cangaceiros Corisco e Dadá, que nasceu em uma fazenda localizada no Sítio Novo Gosto e, em seguida, foi dado para criar ao Padre Bulhões, naquela época, pároco de Santana do Ipanema. Este filho do casal de cangaceiros é considerado hoje um dos maiores historiadores do cangaço no estado de Alagoas.

Fotografias tiradas naquela época, hoje mostram o incêndio praticado por Lampião à casa de beneficiar algodão, localizada no Povoado Meirus e pertencente ao senhor João Pereira de Mello, conhecido como “ Seu Pereirinha”, no dia 15 de janeiro de 1927.


Histórias narradas por alguns moradores dos povoados Meirus e Rua Nova, a exemplo da Mestra Dadá, confirmam a passagem por estas localidades do grupo de cangaceiros comandados por Corisco, inclusive com práticas de sequestro de um morador (fato ocorrido no Povoado Meirus), espancamento de uma mulher por ter cortado os cabelos (fato ocorrido na estrada que liga Rua Nova a Boqueirão) e a extorsão ao fazendeiro Lucilo de Carvalho Mello, cuja fazenda ficava localizada no Povoado Rua Nova.

Outros registros históricos em livros, jornais, etc. confirmam a passagem dos cangaceiros Lampião e Corisco pelas fazendas Emendadas, Novo Gosto, Bom Nome e Beleza, pois nestas propriedades eles contavam com a proteção de seus proprietários, os quais eram considerados fiéis coiteiros.

Pescado Portal Minuto Sertão

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O DIA EM QUE A TERRA PAROU

Por José Mendes Pereira

A música O dia em que a terra parou é do Raul Seixas. Têm coisas interessantes que deixam a gente se perguntando: Teria sido uma coincidência ou O Raul Seixas realmente tinha certeza que iria acontecer? 

Algumas pessoas pensam que ele fez a música se referindo à palalização da terra isto é, que iria parar os seus movimentos de rotação e translação, mas na verdade foi o homem que parou. Estamos parados.

O Dia em que a Terra Parou é o sétimo álbum de estúdio da carreira solo do cantor e compositor brasileiro Raul Seixas, sendo o primeiro gravado e lançado pela gravadora WEA, em 1977. 

Por ele mesmo foi nomeado como maluco, mas que não tem nada com maluquice, apenas ele se apresentava nos palcos como sendo "Maluco Beleza". Ele era um grande filósofo.

O mundo artístico que o conheceu no Brasil e fora viu ele escrever a música O Dia em Que a Terra Parou. E parou mesmo. Quase ninguém nas ruas, nos comécios, nos cinemas...


Um vírus fez com que o mundo todo parasse, e como se não bastasse, deixou as nações mundiais todas doentes. Professias do Raul Seixas. Se você não acreditava no que ele dizia, hoje com certeza acredita.  

Clique e leia a sua biografia:


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