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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com o professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail: franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína, pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 

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CORONEL DELMIRO GOUVEIA - FOTO DO VELÓRIO...


Por Voltaseca

fonte da foto: facebook


Considerado um dos precursores da industrialização do Nordeste, pois, aproveitou a água do rio São Francisco, para gerar a energia (Usina de Angiquinho - Paulo Afonso/BA).

Era natural de Ipú-CE. Criou a fábrica de linhas da Pedra. Posteriormente, com a morte do mesmo, o município passou a se chamar, Pedra de Delmiro-AL.

Foi assassinado por pistoleiros, em 10 de outubro de 1917, enquanto lia jornal, em uma cadeira, em sua residência. Até hoje, se discute, quem foi o mandante e executores do assassinato.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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POLICIAL BRASILIENSE ESTÁ À FRENTE DO COMBATE AO CRIME ORGANIZADO NO CEARÁ

LILIAN TAHAN - GABRIELLA FURQUIM

Chamado para conter a violência e a ação de facções criminosas no Ceará, o novo Secretário de Administração Penitenciária do estado, Luis Mauro Albuquerque, é agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) há mais de 20 anos.

O brasiliense, de 50 anos, ficou nacionalmente conhecido por sua atuação na retomada do controle da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, após dezenas de mortes, em 2016.

O anúncio, nos primeiros dias do ano, de que Albuquerque iria comandar as unidades prisionais cearenses causou reações violentas em todo a região. Ao tomar posse, no dia 1º de janeiro, ele afirmou que os presídios não seriam mais divididos por facções e a entrada de celulares seria fiscalizada com rigor.

Em resposta, foram incendiados ônibus, prédios públicos, agências bancárias e comércios em mais de 100 ataques em 30 cidades.

Pichações condicionaram o fim das atividades criminosas à exoneração do brasiliense do governo do Ceará. “Não vamos parar até o secretário sair. Fora, secretário Mauro Albuquerque”, dizia uma das mensagens.
Nessa segunda-feira (7/1), mulheres de presidiários bloquearam, com cartazes pedindo a demissão do policial, um trecho da BR-116 em frente ao maior complexo penitenciário do Estado.

Confira:


Homens da Força Nacional começaram a chegar ao Ceará na última sexta (4), mas os ataques continuam. Na madrugada dessa segunda-feira (7), bandidos incendiaram uma ambulância e metralharam a Câmara de Vereadores da cidade de Icó, no interior.

No comando, Albuquerque determinou um pente-fino em todas as unidades prisionais do Ceará. O objetivo é retirar televisões, rádios e qualquer meio de comunicação que possa facilitar a informação aos presos sobre as ações realizadas para cessar a onda de crimes.

Já foram apreendidos mais de 400 celulares nos presídios e 103 suspeitos de participação nos ataques foram presos. Além disso, mais de 200 detentos foram autuados por desacato, motim, dano ao patrimônio e incitação ao crime.

Perfil

Nascido em Sobradinho, Albuquerque é agente policial de custódia da PCDF há 22 anos. Entre 2000 e 2015, ele comandou a Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE).

O agente desenvolveu uma doutrina de intervenção em unidades prisionais e ministrou cursos em diversos estados e até mesmo fora do país.

À frente da Força-Tarefa de Intervenção Prisional (FTIP), do Ministério da Justiça, o brasiliense liderou as ações no presídio de Alcaçuz, na cidade de Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte. Uma rebelião no local, no início de 2017, deixou 26 mortos.

MAIS SOBRE O ASSUNTO

https://www.metropoles.com/colunas-blogs/grande-angular/policial-brasiliense-esta-a-frente-do-combate-ao-crime-organizado-no-ceara

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MACEIÓ DE JANEIRO

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de janeiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.034

    Mais de dez dias de temperatura agradável, em Maceió, que começa o verão em bom estilo. Variação boa do tempo entre o nublado e chuvaradas benfazejas que vão deixando a temperatura até mesmo em 25 graus. E neste índice ótimo para uma soneca, nada como uma rede na varanda e uma dose de uísque com água de coco. As praias continuam cheias de turistas e os hotéis lotados. Os visitantes ficaram cabreiros com notícias de tubarões na Jatiúca – praia mais frequentada da capital – mas logo deram uma banana para os comentários e não perderam o desejo dos mergulhos. Comércio bem movimentado repletos de pessoas de outras regiões e estrangeiros como italianos, argentinos e chineses. As promoções de final e início de ano mascaram a inflação gerada pelos turistas.

PREGUIÇA DO ANOITECER EM MACEIÓ. (FOTO: B. CHAGAS).
E o chilrear dos automóveis no asfalto molhado, faz lembrar meu sertão velho de guerra, sofrendo com abastecimento d’água. Dizem que tal bomba quebrou na adutora e Santana do Ipanema continua de caixas-d’água vazias.
     Mas voltando a Maceió, ainda repercute por aqui o problema geológico acontecido no Bairro Pinheiro. Rachaduras de inúmeros prédios que deixaram assustados os seus moradores, ainda sem definições. Falam que os estudos do subsolo continuam com outra ou outras equipes, mas nada de conclusão. Enquanto isso, não chegam novos habitantes e nem se vendem imóveis. Com razão seus moradores estão ansiosos em busca de explicações plausíveis diante de tantas especulações. Um morador do Pinheiro, levando tudo na brincadeira exclama: “Será o Benedito!”.
Tempo bom para uma caminhada pelas praias da cidade, observando, conhecendo, pesquisando, amando as belezas naturais e artificiais que nos encantam. E lá naquela barraca da orla está o cantor improvisado:

“Ô Maceió
É três mulé
Pra um home só...”

     Mas não devem ficar de fora os seus mirantes, praças e museus. Ah camarada, não é somente fotografia bela, mas anotações para enriquecer o crânio, doutor.
     Rosa ou azul? Nem precisa se identificar, ora!.


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SECAS TRISTES

*Rangel Alves da Costa

“Sim, sinhô. Pru mode dizê tem de tudo. Arrebenta e esquarteja pru dento, mai num se deve negá não. Pru que negá se tudo num dexa mentí? Sim, seu moço, a gente vive num mundo de seca triste sem fim. Num há um só dia no sertão adonde a seca triste num caia pru riba de nóis. A seca triste tomem no tanque cheio, na boneca de mio. Um mundo nublado demai merma sem nuve lá em riba. Oiá da maiada e só avistá desalento. Um bicho berra, uma galinha cisca. Quano morre um entonce a gente chora a vida intera. Tudo aqui é como um luto sem fim. O sertanejo inté parece feito com lágrima nos óio e maresia de suó. A gente tem alegria sim, munto contentamento tomem. Mai o carcará e o arubu só farta querê pinicá o tiquinho de contentamento de nóis. Entonce, pru mode dizê, num é só a seca da farta de chuva que é triste não. Há uma seca que nunca acaba. Oi, seu moço, pa mode falá em seca num é só fala em farta de parma, em pasto derreteno no fogo, em tanque no barro duro, em bicho no couro e osso ou já caído pros carnicento. Não. É munto mais. Aquerdite, seu moço, que num há seca mai triste que a seca da desvalia, da percisão, da necessidade. Munta gente pensa que seca é só farta de chuvarada, de comida pro bicho e gente e a secura do tanque. Oiano direito, há seca maió que o esquecimento, que o fazê de conta que a seuventia do povo é só na hora de votá? Há seca mai danada que fazê de conta que nem ixiste o povo pobe que vive no mato? É a seca do abondono, sim sinhô. Tem uma seca chamada umiação que é a que mai dói. Num se devia umiá ninguém não, poi todo mundo fio de Deus. Mai o que mai tem é umiação. O povo da cidade oia pa gente cuma se fosse do outo mundo. Uma mão num é istendida e nem um bom dia é dado. Tudo isso é umiação. Pur isso que mermo na chuva grande a seca continua. Pur isso que mermo cum a pranta nasceno e munta água no barrero, num deixa de ter seca não. A seca é essa merma que eu dixe. É a seca de um sertão pareceno de porta fechada pros da cidade. Ninguém vive nossa vida pa sabê cuma ié. Só a gente sabe o que passa e o que sente. Mai todo mundo iguar a todo mundo. Omeno ansim devia de ser, num é? Entonce a seca maió é essa, a seca do fazê de conta que a gente num ixiste. Mai num há vida mió do que essa não, seu moço. Da porta da frente adento tudo que a gente percisa. Tem candiero, tem pote e muringa, tem fogo de lenha, tem panela de barro e arupemba. E tem munto mai. A gente tem a filicidade e o gostá de vivê desse jeito. A gente sofre com a seca da farta de chuva, mai sofre munto mais cum os outo tipo de seca. Mai que ansim seja. Na grandeza de Deus, do meu Padim Pade Ciço e Frei Damião, a gente vai levano a vida. Tudo cuma rosaro de fé, pelas mão de Nosso Sinhô!”



Escritor
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FOTO DE LAMPIÃO COM SEU BANDO EM POMBAL-PB

Acervo Voltaseca

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MISSA DO BEATO JOSÉ LOURENÇO


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MORTE E VINGANÇA DO CANGACEIRO SOFREU - O CANGAÇO NA LITERATURA | #268


https://www.youtube.com/watch?v=7bk5y3E23lw&feature=share

Publicado em 7 de jan de 2019
Conhece o cangaceiro Sofrê ou Sofreu? Acompanhe esta incrível entrevista e saiba mais!
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PIRANHAS, QUEM TE CONHECE, JAMAIS TE ESQUECE...!


Por Voltaseca

Cidade de Piranhas no ESTADO DE ALAGOAS, sendo beijada pelo rio Velho CHICO, sendo registrada de maneira belíssima sob as lentes de @apoloniohugo.

https://www.facebook.com/359666174187327/photos/a.360271310793480/1286976331456302/?type=3&theater&ifg=1

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AO PÉ DA CERCA A CONVERSA DO CORONEL JOAQUIM REZENDE COM O CAPITÃO VIRGULINO FERREIRA

Por Ticianeli
Joaquim Rezende (à esquerda) conversa com Melchiades
da Rocha. Foto: Maurício Moura - A Noite
A morte de Lampião, em 28 de julho de 1938, chegou ao conhecimento dos jornais da então capital do país, Rio de Janeiro, pelas mãos de um alagoano. Melchiades da Rocha era repórter do jornal carioca A Noite, quando recebeu um telegrama o seu irmão Durval da Rocha, despachado de Santana do Ipanema, em Alagoas, comunicando que “onze bandidos, inclusive Lampião, foram mortos pela polícia alagoano na fazenda Angicos, em Sergipe”. Foi um dos maiores furos de reportagem daquela época.

A título de curiosidade, a participação da família da Rocha no episódio não para por aí. Quando as cabeças dos cangaceiros chegaram à Santa Casa de Misericórdia de Maceió, foram autopsiadas pela equipe chefiada pelo Dr. Ezechias da Rocha, outro irmão de Melchiades.

Como prêmio pelo furo de reportagem, e também porque era alagoano, Melchiades recebeu a incumbência de viajar, no dia seguinte às mortes, para a sua terra e acompanhar os acontecimentos. Do aeroporto, o repórter se dirigiu para Santana do Ipanema, onde as cabeças iriam ser expostas. Foi assim que, no dia 30 de julho de 1938, Melchiades descobre que naquela cidade do sertão alagoano, se encontrava o prefeito recém eleito de Pão de Açúcar, Joaquim Rezende, a quem se referiam como tendo sido um dos amigos de Lampião.

O Coronel Joaquim Rezende foi prefeito de Pão de Açúcar entre 1938 e 1941. Segundo Etevaldo Amorim, em seu livro Terra do Sol, Espelho da Lua, a sua administração foi marcada por investimentos importantes para cidade, principalmente na melhoria das condições de moradias das populações mais pobres. Morreu assassinado em 1954, quando ocupava o cargo de delegado de Polícia. Os assassinos formam os irmãos Elisio e Luiz Maia. Elisio era o prefeito do município.

Melchiades da Rocha, no seu livro Bandoleiros das Catingas, lançado em 1942, recorda do encontro que teve com Joaquim Rezende em Santana do Ipanema. Ele se refere ao prefeito de Pão de Açúcar como sendo “um abastado proprietário em seu município” e que ele estava em Santana também “à espera da cabeça de Lampião, pois desejava certificar-se se de fato ele havia morrido”.

A situação de amigo de Lampião de Joaquim Rezende aguçou os instintos do repórter, que começou a se perguntar o que teria levado um rico cidadão a “se tornar um afeiçoado do Rei do Cangaço”, quando era prefeito de uma cidade que era alvo das ações do bandido. A narrativa a seguir é um valioso documento de como se davam as relações de Lampião com o poder político e econômico das regiões sertanejas vítimas do cangaço.

Sem quaisquer etiquetas, pois nós sertanejos não somos, apenas, iguais perante a lei, apresentei-me ao Cel. Rezende e lhe disse à moda da terra:

— "Seu" Rezende, eu queria uma palavrinha do senhor!

— Pois não! — respondeu-me, amavelmente, o prefeito de Pão de Açúcar.

Momentos depois o Sr. Rezende e eu nos achávamos na sede da Prefeitura de Santana. Em poucas palavras relatei os meus propósitos ao cavalheiro que me fora apontado como sendo grande amigo de Lampião.

Após ter-me oferecido uma cadeira, o Sr. Rezende sentou-se e narrou, pormenorizadamente, como e por que se tornara amigo do Rei do Cangaço, amigo ocasional, bem entendido, pois não poderia ter sido de outro modo.

Fala o Coronel Rezende

Conheci Lampião em 1935, época em que me escreveu ele, pedindo mandasse-lhe a importância de quatro contos de réis, prometendo-me, ao mesmo tempo, tornar-se meu amigo se fosse atendido. Em resposta à carta do terrível bandoleiro, mandei dizer-lhe pelo mesmo portador que lhe daria de muito bom grado o dinheiro, mas que só o faria pessoalmente.

Três dias depois Lampião mandou-me outro bilhete do seu próprio punho, dizendo-me que me esperava às 10 horas da noite na fazenda Floresta, município de Porto da Folha, em Sergipe, recomendando-me que fosse até ali, mas não deixasse de levar o dinheiro. Não obstante os naturais receios que tive, à hora aprazada cheguei ao local do encontro, onde permaneci até uma hora da manhã, quando surgiu um cangaceiro que, ao ver-me, perguntou-me se eu era o moço que desejava falar ao capitão. Respondi que sim.

Frente do Salvo-conduto entregue por Lampião ao
Coronel Joaquim Rezende
Dentro de poucos minutos, então, o Rei do Cangaço ali se apresentava acompanhado de quatro homens, “Juriti”, “Zabelê”, “Passarinho” e "Nevoeiro". Ao ver o grupo aproximar-se, identifiquei logo Virgulino e a ele me dirigi, cumprimentando-o. O famoso bandoleiro, ao contrário do que eu esperava, recebeu-me amavelmente e foi logo perguntando sobre o que lhe havia levado. Sabendo que o Rei do Cangaço gostava de beber, eu, que levava comigo três litros de conhaque, lhos ofereci.

A fim de que desaparecesse logo qualquer suspeita do bandoleiro, prontifiquei-me a ser o primeiro a provar a bebida. Encarando-me com olhar firme, Lampião me disse em tom natural: “Concordo em que o senhor beba primeiro, mas não é por suspeita e sim porque o senhor é um moço decente e eu sou apenas um cangaceiro”. Tomamos, então, o conhaque e, em seguida, abordei o Rei do Cangaço sobre o dinheiro que ele me havia pedido. Como resposta, disse-me ele: "-O senhor dá o que quiser, pois eu dou mais por um amigo do que pelo dinheiro”.

— Esse fato — disse o conceituado comerciante de Pão de Açúcar — teve lugar no mês de agosto de 1935, e a minha palestra com Lampião durou três horas, tendo ele me falado de vários assuntos, entre os quais o relativo à perseguição de que era alvo, acrescentando que, de todas as forças que andavam em seu encalço, a que mais o procurava era a do então Major Lucena, dada a velha inimizade que o separava desse oficial da policia alagoana, a quem reconhecia como homem de fato e dos mais corajosos.


Verso do Salvo-conduto, com os seguintes dizeres:
"Au Amo Joaquim Rezendis, como prova di amizadi e garantia perante os Cangaceiro.
Offereci C. Lampião."
Quanto às forças dos outros Estados, disse-me Lampião que se arranjava “a seu gosto...”, fazendo nessa ocasião graves acusações a vários oficiais dos que andavam em sua perseguição.

— Aí está como foi o meu primeiro encontro com o Rei do Cangaço. — Depois — acrescentou o prefeito de Pão de Açúcar — Lampião mandou pedir-me bebidas, charutos e também objetos de uso doméstico. Mais tarde, porém, fui informado de que ele estava empregando esforços no sentido de matar o Sr. José Alves Feitosa, ex-prefeito de minha terra que, como eu, o esperara muitas vezes ali, a fim de fazer-lhe frente, pois foi das mais terríveis a ação de Virgulino em nosso município.

Tratando-se de um amigo meu o homem que estava destinado a morrer às mãos de Lampião, procurei um pretexto para me avistar com este e não me foi difícil encontrá-lo. Todavia, após uma série de considerações, em que fui até exigente demais, Lampião, dizendo ao mesmo tempo que só fazia tal “sacrifício” para me satisfazer, prometeu-me sustar a realização de sua sanguinária intenção, declarando-me naquele momento que já tinha em campo dois homens para fazer o “serviço” lá mesmo na cidade de Pão de Açúcar, já que o visado andava resguardado, não saindo para parte alguma.

Tal conhecimento com Lampião, deixou-me, aliás, em situação crítica, pois inimigos meus denunciaram ao Coronel Lucena que eu era um dos coiteiros do celerado cangaceiro. Ao ter ciência de tal acusação, dirigi-me ao referido oficial e lhe expus as razões que me levaram a ter contato com o Rei do Cangaço, após ter andado prevenido contra ele, longo tempo. Jamais faria isso se não fosse a situação em que, como muitos outros sertanejos, me encontrei durante longo tempo.

Intercedi, depois disso, em favor de várias firmas comerciais de Maceió e Penedo, cujos representantes teriam caído às garras do bando sinistro se não fora a minha intervenção junto a Lampião. Há dois meses passados, fui forçado, do que não guardei reserva ao Coronel Lucena, a intervir novamente em defesa de algumas vidas preciosas, no que fui feliz, conseguindo que Virgulino desistisse dos seus sinistros propósitos.

Pesquei nexitante em Ticianeli

Adendo

Joaquim Resende – Ex-Prefeito de Pão de Açúcar e chefe político da UDN, partido do governador Arnon de Mello, o delegado de Policia Joaquim Resende foi assassinado em São José da Tapera, a época pequeno povoado do município de Pão de Açúcar, numa manhã de setembro de 1954, a tiros de parabélum. Os assassinos foram o então prefeito Elisio Maia e seu irmão Luiz Maia, que se diziam perseguidos pelo mesmo. Inclusive, conforme declarações do próprio Elisio Maia, feitas na fase do inquérito policial, a vitima vinha armando varias emboscadas para matá-lo Elisio,que era Prefeito, abandonou a Prefeitura e foi embora para o Sul do país.

Trecho da reportagem "Crimes e Processos Insolúveis em Alagoas" publicado em 8 de julho de 2011 no Jornal Extra de Alagoas.
Pescado em André Cabral História

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Cel.%20Joaquim%20Rezende

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ESTE MARAVILHOSO CONSELHO

Por Manoel Severo
Manoel Severo curador do Cariri Cangaço

Ao longo de minha vida trilhei inúmeros caminhos; trilhas fáceis e algumas extremamente árduas, aprendi muitas vezes e a muito custo que não nos bastam apenas a boa vontade e as boas intensões. Na verdade a vida acabou me ensinando que é necessário o caminhar, o agir, a atitude, e dai transformar verdadeiros sonhos em realidade, fica fácil. Ah Vida ! Essa tal de vida... Essa verdadeira universidade cheia de tantas lições, engrandecedoras, desconcertantes, magnânimas ! A ela me entrego com todas as minhas forcas, com uma paixão e um entusiasmo que muitas vezes me assusta, me toma de assalto. Ah vida ! Quanta coisa boa, quanta Gratidão. 

Lições, e quantas lições, e ai aprendi que nada se constrói só e que a verdadeira harmonia se consolida na união equilibrada e respeitosa de elementos opostos, numa teia de talentos e força, muita força e ai... Nasceu o Cariri Cangaço. Todo o corpo possui cabeça, tronco, membros... E cérebro. Todo o movimento nasce a partir do sincronismos perfeito entre todos esses componentes, e tudo acaba acontecendo, ganhando vida, mas... o que seria dos movimentos se não fosse a vibração de seu grande mentor, o cérebro ? 

Alcino Alves Costa, o patrono do `cérebro`

Em nosso caso temos um espetacular cérebro , tao cheio de talentosos e valorosos neurônios, que fica difícil acreditar que conseguimos reunir dentro dessa humilde caixa craniana... A esse cérebro chamamos de Conselho...  E a esse Conselho estabelecemos uma Missão e a ele demos um Patrono: Alcino Alves Costa, e na tarde do ultimo dia 21 de setembro de 2013, na cidade de Barbalha, uma das anfitriãs do Cariri Cangaço realizamos a posse de seus ilustres membros.

Parece ter sido a toa a escolha da cidade de Barbalha, mas como poderia ter sido? Ali, na terra dos verdes canaviais está o primeiro, aquele a quem buscamos no primeiro de todos os momentos para irrigar todo esse cérebro , todo esse sonho, seu nome: Napoleão Tavares Neves.

Napoleão Tavares Neves

E assim o Conselho Consultivo Cariri Cangaço Alcino Alves Costa, assume novamente o desafio de pensarmos juntos os próximos passos de nosso sonho, 2014, 2015...2016. De seu berço o Ceará, tomamos emprestado na capital, Ângelo Osmiro e Aderbal Nogueira, lá do centro roubamos uma menina valente pra peste: Juliana Ischiara, descemos para nosso amado cariri e chegamos a Crato com Pedro Luiz Camelo, de Aurora veio o determinado José Cicero, do Barro, o sensacional Sousa Neto, do portal Missão Velha , reverendíssimo padre Bosco Andre, da terra de Fidera, mais uma mulher arretada, Cristina Couto que unidos ao Mestre Napoleão Tavares Neves formam a seleção alencarina do Conselho.

Teresina nos permitiu o talento de Leandro Cardoso que abriu alas para outra seleção: a potiguar, com os nomes de peso de Honório de Medeiros, Paulo Gastão, Kydelmir Dantas, Ivanildo Silveira e Múcio Procópio, haja folego !!! A Paraíba nos presenteou com Narciso Dias e os incansáveis Wescley Rodrigues, verdadeira revelação  e o  professor Pereira, Mestre dos mestres em matéria de literatura do sertão !


A terra de Virgulino nos trouxe os Pernambucanos; o volante Geraldo Ferraz e o homem das sete colinas, Antonio Vilela, alem da doce Ana Lucia Granja. Cruzando o Velho Chico a trilogia final nordestina com os Sergipanos, Kiko Monteiro o fantástico Lampião Aceso e Archimedes Marques, o alagoano da bela Piranhas, Jairo Luiz e o baiano valente que só a gota, João de Sousa Lima... 


Eita !!!! 25 conselheiros? ou seriam 25 mil ? Certamente a ordem dos fatores não altera o resultado, o fato e que esses homens e mulheres se juntam não apenas em torno de um evento, de um projeto, mas em torno de um sentimento, o sentimento de profundo amor as coisas do sertão, do nordeste, amor esse que nasce do fundo de nossa alma, por isso chegamos ate aqui. 


Parabéns Nação Cariri Cangaço e abraçando a esses queridos irmãos do Conselho, abraçamos a todos que fazem parte desta grande família espalhada por todo o Brasil; 
feliz 2014 e que venham 2015,2016,2017...


Manoel Severo - Curador do Cariri Cangaço
Fortaleza, Ceará
Incorrigível Sonhador

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