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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

MÃO DE POESIA E DE PUNHAL

*Rangel Alves da Costa

Se há um instrumento terrível, devastador, covardemente destruidor, este é a mão do homem. Aonde o seu passo chega, seu braço alcança, sua mão toca, ali estará o fim.
A mão que tocou a maçã proibida no Paraíso, a saudação nazista e sua mão arrogantemente estendida, a mão cujo dedo polegar gesticula a destruição, a mão onde as linhas do destino se transformam no arrebatamento do destino do próximo.
Não se cogita aqui de ver a mão humana pelo lado humanista, defendendo-a nas suas virtudes. Seria raridade apontar uma mão que se volte única e exclusivamente para fazer o bem, para a benção, para doar o pão.
Logicamente que existe a mão do carinho, do afago, do conforto. Contudo, tal órgão anatômico ao repousar afetuosamente sobre o outro está despido de intencionalidade própria, pois obedecendo aos sentimentos de afeição e talvez de amor. E tudo parte do coração, órgão aliás que poucos parecem ter. 
Contudo, a grande verdade é que não existe mão santa, inocente, imune às tentações tão próprias do homem. Assim, a mão que doa continua estendida esperando receber; a mão que entrega a flor dá um tapa na cara, e muitas vezes logo após entregar a flor. A mão que desenha a pomba da paz assina a ordem de ataque, da guerra, da devastação.
O que sobreleva na mão é o seu poder de ser tão verdadeira. Ela não volta atrás, até porque o estrago já foi feito ou a intencionalidade cumpriu seu objetivo. Com o dedo em riste, aponta, indica, sinaliza, gesticula, sentencia de vida ou de morte. E na carícia que faz é para sentir o valor que tem e se apoderar.
Lógico que a mão não é membro que age sozinho. Toda a ação que vier a praticar é comandada pelo querer da pessoa, pelos seus sentidos, pelo seu objetivo mental. E neste poderia afirmar que não se deveria culpabilizar a mão, mas o homem em si.


Contudo, o recorte que se faz é no sentido de, essencialmente, mostrar o poder de ação, e como age, desse pequeno órgão da extremidade dos membros superiores, que também é responsável pelo tato, um dos sentidos humanos.
A mão deveria ser vista no mesmo patamar dos outros órgãos humanos. Contudo, os outros são praticamente inocentes e ineficazes diante do poder que uma mão possui. Os olhos, por exemplo, veem, sentem, sofrem, mas não podem modificar nada. Com a mão é diferente, pois vai lá e transforma tudo.
Por mais que pretendam inocentar a mão pela prática de crimes, atrocidades, violências, destruições, não há como deixar de vê-la segurando os instrumentos que provocam tudo isso, levando com segurança aquilo que mais tarde provocará terríveis consequências para o seu próprio dono.
É ela, a mão sedenta de sangue, que puxa a arma, aponta e aperta e gatilho; e a mesma que coloca o objeto assassino no mesmo lugar, e como se nada demais tivesse acontecido. Ora, uma vida talvez não valha mesmo nada. É ela, a infame mão, que amola e recolhe a pedra, amola a faca, coloca-a na bainha e depois na cintura. E no momento certo retalha o que bem entender.
É ela, a abjeta mão, que aponta o local na mata, indica árvore que deve ser derrubada, segura a motosserra e depois, como num sopro, dá um leve empurrão para a morte da natureza. E é também ela que cuida de cortar a madeira, colocá-la no transporte, indicar o destino final para a transformação. Satisfeita, é exatamente ela que recolhe o dinheiro com a venda.
É ela, a mão assassina, que de facão em punho vai abrindo a floresta, cortando a mata, até encontrar os ninhos dos pássaros, a moradia das onças, dos veados, dos caititus, das antas, das seriemas, de tudo que for bicho ainda existente. E depois é ela que aponta a arma, aperta o gatilho e em seguida vai recolher seu troféu. E também é ela que sangra o bicho de estimação para fazer molho pardo para o refestelo das gulodices.
É ela, a mão covarde, que coloca o copo na boca e faz a cachaça se derramar goela abaixo. É a mesma que empurra a porta de casa, esbofeteia a esposa, agride os filhos, levanta violentamente as tampas de panelas e depois atira uma a uma no quintal. E aponta o dedo para ameaçar, quando não procura violentar novamente.
É ela, a mão insensível, pusilânime, desumana, que desenha o mapa da guerra, aponta os locais de ataques, escreve nas estatísticas o número de mortos. E sem falar que é também ela que rouba, furta, lesiona, atira pedra na vidraça do outro.
Quem dera que a mão só servisse para dar adeus. E adeus para sempre àqueles que fazem das mãos a vergonha da vida, a desonra humana.
  
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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NOVO LIVRO NA PRAÇA DO ESCRITOR SÉRGIO AUGUSTO DANTAS

Por Sálvio Siqueira

Novo livro na praça que será disponibilizado para o público a partir do próximo mês, outubro 2018, com a marca já registrada do pesquisador/historiador/escritor Sérgio Augusto de Souza Dantas, virá contando o que não foi dito ou escrito sobre Lampião e seu bando em terras paraibanas.

“LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA”

O livro ‘LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA’ não foi concebido com a intenção de se tornar uma obra revolucionária. O objetivo do autor foi apenas elaborar um registro perene e confiável sobre a atuação do célebre cangaceiro em terras paraibanas. Com 363 páginas e cerca de 90 fotografias de personagens envolvidas na trama - e lugares onde os episódios ocorreram -, o trabalho certamente será de grande utilidade aos estudiosos de hoje e de amanhã. 

Dividido em 19 capítulos, com amplas referências e notas explicativas, tenta-se recontar, entre outros, os seguintes episódios:

“A invasão a Jericó; fazendas Dois Riachos e Curralinho; o fogo da fazenda Tabuleiro; os primeiros ferimentos sofridos por Lampião; as lutas com Clementino Furtado, o ‘Quelé’; combate em Lagoa do Vieira; Sousa: histórico do assalto e breve discussão sobre as possíveis razões políticas para a invasão da cidade; a expulsão dos cangaceiros do município de Princesa; combates em Pau Ferrado, Areias de Pelo Sinal, Cachoeira de Minas e Tataíra; o cangaceiro Meia Noite; Os ataques às fazendas do coronel José Pereira Lima; morte de Luiz Leão e seus comparsas em Piancó; confronto em Serrote Preto; Suassuna e Costa Rego; a criação do segundo batalhão de polícia; Tenório e a morte de Levino Ferreira; ataque a Santa Inês; combates nos sítios Gavião e São Bento; chacina nos sítios Caboré e Alagoa do Serrote; Lagoa do Cruz; assassinatos de João Cirino Nunes e Aristides Ramalho; Mortes no sítio Cipó; fuga de paraibanos da fronteira para o Ceará; confronto em Barreiros; invasão ao povoado Monte Horebe; combates em Conceição; sequestro do coronel Zuza Lacerda; o assalto de Sabino a Triunfo(PE) e Cajazeiras (PB); mortes dos soldados contratados Raimundo e Chiquito em Princesa; Luiz do Triângulo; ataques a Belém do Rio do Peixe e Barra do Juá; Pilões, Canto do Feijão e os assassinatos de Raimundo Luiz e Eliziário; sítios Vaquejador e Caiçara; Quelé e João Costa no Rio Grande do Norte; combates com a polícia da Paraíba em solo cearense; o caso Chico Pereira sob uma nova ótica; Virgínio Fortunato na Paraíba: São Sebastião do Umbuzeiro e sítios Balança, Angico e Riacho Fundo; sítio Rejeitado: as nuances sobre a morte do cangaceiro Virgínio”.

A obra certamente não abrangerá o relato de todas as façanhas protagonizadas pelo célebre cangaceiro no estado da Paraíba. Muito se perdeu com o passar dos anos. Os historiadores de ontem, em sua maioria, não tiveram grande interesse em dissecar os episódios por ele protagonizados no território do estado.

A presente obra busca resgatar o que não se dissipou totalmente na bruma do tempo.

LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, Polyprint, 2018, 363 pgs. Disponível em outubro de 2018.

Sobre o autor: Sérgio Augusto de Souza Dantas é magistrado em Natal. Publicou os livros Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada (2005), Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006), Lampião Entre a Espada e a Lei (2008) e Corisco – A Sombra de Lampião (2015).

Para adquiri-lo entre em contato com o professor Pereira lá em Cajazeiras no Estado da Paraíba através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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LUIZ GAMA : EX ESCRAVO E UM ÍCONE ABOLICIONISTA NO BRASIL!.



Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 21 de julho de 1830.

Era filho de um português e de Luiza Mahin, negra acusada de se envolver com a Revolta dos Malês, na Bahia – a primeira grande rebelião urbana de escravos da história do Brasil.

Aos 10 anos, tornou-se cativo, vendido pelo próprio pai.

Luiz Gama morou com a mãe em Salvador até os oito anos.

Quando a líder rebelde teve que fugir para o Rio de Janeiro, buscando escapar da forte perseguição policial, Luiz foi entregue ao pai, um fidalgo português. Jogador compulsivo e afogado em dívidas, seu pai lhe vendeu a um traficante e Luiz Gama virou escravo doméstico em São Paulo.

Aos 18 anos, sabendo ler e escrever, conseguiu provas irrefutáveis da ilegalidade de sua condição, pois era filho de uma mulher livre.

Já liberto, em 1848 assentou praça na Força Pública da Província.

Em 1854 teve baixa da Força Pública por insubordinação e em 1856 foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia.

Foi nesse período, como escrevente, que Luiz teve acesso à biblioteca do delegado, então professor de Direito.

Autodidata e dono de uma memória excepcional, Luiz Gama se tornaria um grande advogado (rábula).

Foi um dos abolicionistas mais atuantes de São Paulo.

Com seu trabalho nos tribunais, conseguiu a libertação de centenas de negros mantidos injustamente em cativeiro ou acusados de crimes contra os senhores.

Especializou-se nessa área.

Três anos depois, publicou seu único livro de poesias.

Seu célebre poema A Bodarrada ironizava os que tentavam negar a influência africana na formação da nossa identidade nacional.

Ao admitir no poema que também era bode – termo pejorativo usado para ridicularizar os negros –, Gama tornou-se o primeiro escritor brasileiro a assumir explicitamente sua identidade negra, sendo assim o fundador da literatura de militância dos negros no Brasil.

Também colaborou com diversos periódicos, escrevendo para jornais satíricos de São Paulo. Em 1880, já tinha se transformado em um líder do movimento abolicionista da cidade.

Lutou nas cortes provincianas para estabelecer o princípio de que todos os escravos ingressos no país após a proibição do tráfico negreiro, em 1850, eram livres por lei.

Considerava legítima a defesa dos crimes cometidos por escravos contra seus senhores.

Por insistência de Lúcio de Mendonça, advogado e amigo, Luiz Gama escreveu uma carta autobiográfica. 

Graças a ela, a lembrança de Luiza Mahim chegou até os dias atuais.

Após longo período de doença, Luiz Gama morreu no dia 24 de agosto de 1882, em São Paulo.

Em São Paulo, Capital, no Bairro do Ipiranga, tem um rua em seu nome como homenagem.

Foto de 1880 por Militão Augusto de Azevedo
Fonte texto: Internet

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RECORTES DE JORNAIS - HISTÓRIAS DE QUEM FEZ PARTE DAS VOLANTES MAIS UM QUE DISSE TER DECAPITADO MARIA BONITA


Acima, interessante matéria do jornal O Estado de São Paulo, edição de 21 de outubro de 2001, com o ex-soldado Augusto Gomes de Menezes, que ficou conhecido na volante como soldado Negro.

Ele participou do episódio de Angico e conta na entrevista que foi o homem que cortou a cabeça de Maria Bonita.

Na época dessa reportagem, outubro de 2001, Negro estava com 85 anos, era aposentado e morador da cidade de Orocó, Pernambuco.

Outro destaque dessa matéria é o seu depoimento sobre a partilha dos bens dos cangaceiros encontrados em Angico.


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DR FLORO BARTOLOMEU


O 4º da esquerda para direita é o Dr. Floro Bartolomeu, um associado do Padre Cícero que muitos sentiram que era corrupto e intrigante. 

Sobre a foto: provavelmente de 1914 durante a rebelião de Juazeiro do Norte – CE, contra as autoridades do Estado, uma insurreição que atraiu críticas para Padre Cícero e Dr. Floro por contratar bandidos para fazer homicídios políticos.

Fonte: Ralph Della Cava

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CRÔNICA


Lampião por Rubem Braga

O grande cronista Rubem Braga (1913-1990), em seu livro "O Conde e o Passarinho" de 1936, há uma crônica sobre Lampião, então Lampeão. Como, naquela época, um então jovem escritor de apenas 22 anos, já tinha uma visão tão profunda do cangaço e da vida que Lampião levava? Principalmente, se levarmos em consideração a distância geográfica, física e cultural entre o Rio de Janeiro e o Nordeste, naqueles anos 30. De qualquer forma, vale a pena conhecer esse incrível texto daquele que foi chamado de "O Poeta da Crônica".

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SISMOS TSUNAMI ATINGE INDONÉSIA DEPOIS DE SISMO DE 7,5



O abalo foi sentido na zona de Palu e foi seguido por várias réplicas de menor intensidade.

PÚBLICO 
28 de Setembro de 2018, 11:54
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HOMENAGEM A LAMPIÃO

Camisa do rei do cangaço

Serrano Futebol Clube, de Serra Talhada, Pernambuco, lançou uma camisa especial em homenagem à um dos personagens mais conhecidos da história brasileira: Virgulino Ferreira, o Lampião, “rei do cangaço”, nascido na cidade.


O design do uniforme foi feito por Tom Carvalho, que também é responsável pelos modelos da Azulão, marca própria do CSA.

https://mantosdofutebol.com.br/2018/05/rei-do-cangaco-serrano-pe-lanca-camisa-em-homenagem-a-lampiao/

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OLÁ AMIGOS UM AVISO IMPORTANTE..! TUA AJUDA É DE MUITO VALOR.. DEUS ABENÇOE VC..!


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O SOLDADO HELENO


Assassinado barbaramente durante o assalto a cidade de Belmonte no dia 20 de outubro de 1922 pelo bando de Lampião. O soldado Heleno aos 22 anos de idade caiu em poder dos bandidos quando acudia a chamada para a defesa da cidade. Foi sepultado no cemitério local.

O soldado Heleno Tavares de Freitas era natural do Estado de Alagoas, filho de João Tavares de Freitas e Joana Maria da Conceição. Soldado do destacamento de Polícia da cidade de Belmonte, cujo comandante na época era o sargento José Alencar de Carvalho Pires (Sinhoinho Alencar), aos 20 anos de idade casou com Enedina Maria da Conceição, natural do município de Salgueiro, filha de Rufino Benedito da Silva e Jesuina Maria Ribeiro. O matrimônio do soldado Heleno foi realizado na Matriz de São José de Belmonte no dia 27 de julho de 1920 pelo padre José Kherle, e teve como testemunhas José Bezerra Leite e Luiz Mariano da Cruz, ambos também soldados da Polícia Militar de Pernambuco.

Viúva do soldado Heleno, casou Enedina Maria da Conceição em 1925 com Severino Luiz dos Santos, filho do senhor Francisco José dos Santos e I
dalina Maria da Conceição.

Para homenagear o ato heroico deste bravo soldado, a cidade de Belmonte possui em uma de suas principais artérias o seu nome: “RUA SOLDADO HELENO.”

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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OS CÃES NO CANGAÇO_PARTE 2

https://www.youtube.com/watch?v=F5NK1OzTk_E&feature=youtu.be

Publicado em 27 de set de 2018

Sila e Candeeiro falam um pouco mais sobre os cães e Sila narra um pouco da morte de Neném e da ira de Luiz Pedro ao matar muitos sertanejos inocentes para vingar a morte de sua mulher.

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