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terça-feira, 7 de agosto de 2018

A REVOLUÇÃO E O PADRE

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.958

       Falar sobre o padre Francisco José Correia de Albuquerque é coisa prazerosa e melhor ainda seria uma palestra viva sobre ele. Mas, entre tantos atributos do “Santo Padre Francisco”, queremos registrar um vaticínio entre os inúmeros citados pela sua pessoa. O padre Francisco, natural de Penedo, possuía grande força espiritual, semelhante ao padre Cícero do Juazeiro, mas, talvez devido aos escassos meios de comunicação da época, ficou esquecido para as nossas últimas gerações. Quem lê a sua biografia fica extasiado e quase nem acredita na leitura. Fez muito por Santana do Ipanema, sendo o fundador da capela que deu origem à Matriz, introduziu Senhora Santana na região, foi o primeiro pároco, contribuiu para que Santana passasse a povoado freguesia. O padre Francisco ainda foi deputado e conselheiro da província de Alagoas.

Execução de Frei Caneca. (Por Murillo La Greca).
Mas voltemos ao vaticínio escolhido. No dia, provável, de 6 de março de 1817, estava o Santo Padre Francisco, diante de multidão em Poço das Trincheiras. No meio do sermão, parou a palavra por alguns instantes, deixando a multidão em suspense. Depois, erguendo a cabeça e retornando à palavra, disse: “Começou uma revolução no Recife”. E de fato, naquele exato momento, tinha início na capital de Pernambuco à chamada Revolução Pernambucana.
A Revolução Pernambucana envolveu religiosos (mais de 60 padres), militares, intelectuais e populares. Durou 75 dias, quando parte do Nordeste ficou independente do Brasil, durante esse período. No fim, o governo central ganhou a guerra, muitos líderes foram condenados à morte, outros anistiados, mas houve ainda muitas desordens e assassinatos. A história exalta, entre outros, a figura de Frei Caneca como herói, tanto da Revolução Pernambucana quanto da Confederação do Equador.
Quanto ao missionário penedense, morreu em 1848, no sítio Casinha, a meia légua de Bezerros, Pernambuco. “Aberta tempos depois sua sepultura, de seus despojos trescalava um cheiro tão suave que excedia ao dos aromas e flores mais fragrantes”.
                                                     

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FATINHA É DONA DO RIO

*Rangel Alves da Costa

Maria de Fátima, ou apenas Fátima, mulher beiradeira, mulher ribeirinha, mulher que nasceu, cresceu e vive nas barrancas do Rio São Francisco, o Velho Chico, na povoação sertaneja de Curralinho, distante 14 km da sede municipal de Poço Redondo, sertão sergipano. Mais conhecida como Fatinha, é uma mulher de estatura baixa, de tez de um amorenado escuro, de corpo esbelto e quase magro.
Fatinha é mãe de família, é esposa, é do lar e do rio. Talvez não possua nenhum emprego fixo, como, aliás, a maioria dos habitantes de Curralinho. Mora numa casinha pobre bem defronte ao rio, nas calçadas altas ali construídas nos tempos para proteção dos lares durante as cheias grandes. Aí, no local mais valorizado da povoação, está quase que escondida a casa de Fatinha. Lá dentro nenhum luxo, nada além de rudes objetos para o dia a dia e para a sobrevivência.
Fatinha é conhecida de todos e amiga de todos. Seus laços familiares estão espalhados por toda povoação e até na cidade, vez que muitos de seus parentes se mudaram em busca de dias melhores. Mas ela ficou. Fatinha é daquela leva de beiradeiros que sofrem as dores do rio, que se afligem com a magreza do rio, que se atormentam com as dificuldades cada vez maiores de sobrevivência, mas não arreda pé de seu rio.
Fatinha sempre foi “precisada”, como se diz na região sertaneja. Fatinha nunca teve muito além nem muito menos do que tem agora, pois ela sempre viveu num patamar de apenas ter o que necessita no seu dia a dia, principalmente para manutenção dos filhos. Quando o rio dava peixe grande, então a mesa era mais farta, mas agora que nem piaba é fácil conseguir, o que Fatinha faz é se virar como pode. E vai colocando à mesa o que de repente lhe surge como dádiva sagrada.
Numa situação assim, de carência chegada a pobreza, até se imaginaria que Fatinha fosse uma mulher melancólica, entristecida, de poucas palavras e nenhum sorriso. Mas não é assim não. Muito pelo contrário. Fatinha é conhecida e relembrada pelo seu jeito sempre amigueiro de ser, pelo dom da amizade do qual nunca desaparta, pelo jeito alegre e cativante de tratar conhecidos e até desconhecidos. É como se agora eu estivesse avistando aquele sorriso tomando toda a face de tez morena.


Fatinha é dona do rio. Fatinha ribeirinha, curralinheira, lavadeira, beiradeira do Velho Chico, é a dona de tudo. Na sua bondosa humildade, Fatinha não sabe a riqueza que ainda lhe resta perante o olhar. Águas remansosas, espelhos azulados, um leito que corre e escorre passado, presente e vida. Tudo é de Fatinha. O rio é o seu mundo, é o seu viver, é o seu lindo reinado.
Fatinha que vive o seu rio como se vivesse a própria vida. Conhece os mistérios das águas, conhece as proezas das enchentes, conhece os desencantos da sequidão de seu leito, conhece e relembra os nomes de barcos, canoas, chatas, vapores e outras embarcações. Fatinha que sente saudade da carranca grande despontando na curva do rio e pedindo proteção para aquele e todo navegar. Fatinha que sente saudade e lacrimeja ao entardecer da solidão de agora sobre o porto vazio.
Fatinha é cria, é herdeira e dona do rio. Fatinha descalça que desce as calçadas altas e vai levando à cabeça uma trouxa de panos para lavar. Fatinha que mesmo sendo o rio e do rio, sempre ora e pede licença às águas para ali colocar seus pés, lavar, bater, enxaguar, estender e ver secar os panos estendidos nos beirais molhados. Fatinha que sempre gosta quando está lavando roupas na companhia de amigas, e para com elas cantarolar as velhas canções lavadeiras:

“Vem meu São Francisco a mim
derrama sua água sobre mim
por ti guardo e sinto a devoção
um amor nascido dentro do coração

Meu Velho Chico tão amado
num leito de tão distante chegado
suas águas vão abrindo um caminho
até molhar este nosso Curralinho

Curralinheira sou e beiradeira também
uma filha do rio dizendo amém
devotada e ajoelhada aos teus pés
um céu sobre águas abençoando fiéis”.

Mas Fatinha é muito mais. Como disse um amigo, ela é dona do rio por herança maior. Herdou a pujança das águas por ser filha de suas beiradas e teve seu cordão umbilical nas águas lavado e o seu rosto ali primeiro purificado. Seu primeiro banho foi ali. Sua primeira sede saciou ali. E o seu sangue em água do rio se converteu para o sempre. Por isso que hoje Fatinha é a dona do rio. Pobre, carente de quantias e somas, sem qualquer riqueza material, mas de outra riqueza sem igual: o mundo do Velho Chico é seu.

Escritor
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O CANGACEIRO DE ALCUNHA " CAJUEIRO "


Por Sousa Neto ( Matéria publicada em 2015)
Dr. Antonio Amaury e o pesquisador do cangaço Sousa Neto

José Pereira da Silva Terto Brasil era o nome de batismo do celebre cangaceiro “Cajueiro”. Filho de Antônia Pereira da Silva e Manoel Terto Alves Brasil foi o homem da mais elevada confiança de seus primos Sinhô Pereira e Luiz Padre.


Foi ainda de fundamental importância no estratagema de Sinhô Pereira e Luiz Padre que culminou na morte do comerciante Luiz Gonzaga Gomes Ferraz no dia 20 de outubro de 1922. 


Voltaseca Volta.

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COMUNICADO !

Por Benedito Vasconcelos Mendes

O Curador do Museu do Sertão tem a honra de lhe comunicar, que por ocasião da XIII Jornada Cultural do Museu do Sertão, que ocorrerá no próximo dia primeiro de setembro (sábado pela manhã), V. Sia. Irá ser homenageado com uma plaqueta do Museu do Sertão.  

COLOQUE NA SUA AGENDA

Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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I FEIRA DE LIVROS DE AUTORES MOSSOROENSES

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Hoje (6-8-2018), pela manhã, foi realizada na Biblioteca Municipal de Mossoró uma reunião com os escritores que pretendem expor e vender seus livros na Primeira Feira de Livros de Autores Mossoroenses, quando ficou acertado que : 
                                              
1. Cada escritor deverá entregar à Professora Franci Dantas, Presidente da AMARP-Academia Mossoroense de Artistas  Plásticos, dois exemplares dos livros que serão expostos. A Professora Franci irá permanecer de 8 às 12 horas, do próximo dia 24 de agosto, sexta-feira, na Biblioteca Ney Pontes Duarte( Biblioteca Municipal ) para receber os livros.      
                                         
2. A venda de livros ficará a cargo dos autores ou das Editoras, que deverão permanecer no local da Feira, para informar preços  e vender seus livros.  
                             
3. A I Feira de Livros de Autores Mossoroenses ocorrerá de 8 às 12 horas, do próximo dia primeiro de setembro do corrente ano, no Museu do Sertão, por ocasião da XIII Jornada Cultural do Museu do Sertão.                                  
4. A I Feira de Livros de Autores Mossoroenses está sendo organizada pelo Museu do Sertão, em parceria com a AMARP.                                                                     
5. Maiores informações sobre a referida feira de livros poderão ser solicitadas ao Museu do Sertão pelo WhatsApp (84)9972-2139 ou a AMARP pelo telefone (84)9 8702-6123.

Alguns dos participantes da reunião. Da esquerda para a direita: Eriberto Monteiro (Fundação Vingt-Un Rosado), Gustavo Luz (Ed. Queima Bucha), Lúcia Rocha, Ivanaldo Xavier, Ayala Gurgel, Benedito Mendes, Jorge Soares e Franci Dantas.

Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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LAMPIÃO O FILME

Por Suzana Moreira

Encontro com o Produtor de Lampião-O Filme Bruno Azevedo e moradores de Maracujá (Local onde ocorreu a chacina que matou azulão e seus companheiros, bem como a visita a Lagoa do Limo (Lino), lugar onde possivelmente ocorrerão as gravações do longa).





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O CORONELATO E LAMPIÃO


Por Geziel Moura

Não raro, é possível flagrar, em nossos dias, expressões do tipo: "Se Lampião tivesse vivo, daria jeito no Congresso Nacional", "Políticos corruptos não se criavam no tempo dos cangaceiros", "Só mesmo Lampião para acabar com esses políticos ladrões" e por aí a fora.

Lampião e Maria Bonita

Diante desses enunciados, cria-se perguntas, de seguintes naturezas: "Que relação havia entre Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião e os políticos de sua época? Havia algum tipo de contestação, daquele chefe cangaceiro, para com as lideranças políticas do sertão nordestino? Criou-se animosidades entre eles, durante o período do cangaço lampiônico? Houve políticos que sentiram o peso da mão de Lampião? A classe política daquele momento era mais ética, transparente e honesta em relação a de hoje?. Afinal como era a relação Coronel X Lampião? Harmônica ou desarmônica?


No período histórico, em que ocorreu o cangaço de Lampião, o Brasil estava vivenciando dois momentos, de sua república: República Velha (1889 - 1930) e Era Vargas (1930 - 1945), momento em que o sertão e o agreste nordestino eram comandados, do ponto de vista político, econômico e social pelos chamados coronéis do açúcar, que eram pessoas possuidoras de grandes faixas de terra, e que exploravam as atividades agropastoril, cujo títulos (coronel, major e tenente), adquiriram ou compraram durante o fim do império e início da República Velha, em decorrência da criação da GUARDA NACIONAL, cujas funções principais eram auxiliar o exército formal, na defesa e organização do território nacional.


Assim, foi este o cenário em que Lampião encontrou, quando palmilhou os sertões do nordeste, sobre a ordenança de verdadeiros senhores feudais, donos da vida, voto, e morte de seus comandados. Os coronéis nordestinos subsistiram até o fim da Segunda Guerra, na Europa (1945), quando seus poderes começaram a arrefecer.


Diversos coronéis tiveram relações com Lampião, direta ou indiretamente, podemos citar, o chefe político de Água Branca (AL), Cel. Ulisses Luna que protegeu a família Ferreira quando eles chegaram nas Alagoas, temos ainda, o Cel. Petronilo Alcântara Reis, que era chefe político de Santo Antônio da Glória (BA), e o primeiro que recebeu Lampião e seu reduzido grupo, quando ele atravessou o São Francisco, seguindo para a Bahia em (1928).


Pode-se destacar, ainda, os coronéis Chico Romão de Serrita, Veremundo Soares de Salgueiro, Zé Abílio de Bom Conselho, Chico Heráclio de Limoeiro, todos de Pernambuco, que amigos ou não de Lampião, nunca tiveram desfavor significativo do Rei do Cangaço, viveram em suas "sesmaria" até suas mortes.

Considerando, caso único da saga lapiônica, em que este pesou a mão sobremaneira, num coronel, temos o caso do assassinato de Luiz Gonzaga Ferraz, de Belmonte, pelo bando de Lampião, cuja questão não era necessariamente dele, provavelmente, cumprindo promessa empenhada a seu ex-chefe Sinhô Pereira e/ou ao parente deste Ioiô Maroto.


Houve interessante episódio em que Virgolino, "alivia" os coronéis, quando o chefe político de Jeremoabo (BA), Coronel João Sá, fora preso pelo cangaceiro em 1928, sem que nada de nefasto tenha feito com o preso.

Nesse sentido, é razoável pensar que a relação de Lampião com os chefes políticos e coronéis do sertão, era harmoniosa, salvo, raríssimas exceções e pontuais, não creio que seria diferente em nossos dias, em que os antigos coronéis perderam a nomenclatura, mas estão espraiados em nossa política nacional, com novas roupagens.

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O SOCIÓLOGO E O PEIXEIRO



O Mestre Ariano Suassuna conta-nos que certa vez um sociólogo foi à sua Taperoá, na Paraíba, para realizar uma pesquisa sociocultural. Queria medir o conhecimento do homem do povo naquela região. Encontrou um vendedor de peixes com seu balaio cheio de tilápias, curimatãs, tucunarés, carabepas e traíras. Passou a entrevistá-lo:

- O Senhor sabe onde fica o Distrito Federal?

- Não sei não, senhor. Respondeu o peixeiro.

O senhor sabe a cotação do dólar? Quis saber o sociólogo.

- Nem sei o que é dólar, nem sei o que é cotação. Respondeu.

- Então o senhor é um ignorante mesmo, não é? Disse o deselegante letrado.

O vendedor de peixes não se deu por vencido. Puxou do balaio uma tilápia e perguntou:

- O Senhor sabe que peixe é este?

-Não sei. Respondeu o sociólogo entrevistador.

- O Senhor sabe que peixe é este? Perguntou o vendedor exibindo uma curimatã.

- Não sei. Disse o sociólogo.

- O Senhor sabe que peixe é este? Perguntou pela terceira vez o peixeiro, agora exibindo um tucunaré.

- Não sei. De novo respondeu o sociólogo.

- Pois é, seu moço. Disse o vendedor.

- Cada “quá” com sua ignorância. Concluiu.

*Do livro "Na Sombra do Umbuzeiro:História da Paróquia de São Sebastião do Umbuzeiro, do Padre João Jorge Rietveld.

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INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Por Francisco Pereira Lima

A invasão de Mossoró, pelo grupo de Lampião, é um dos temas do Cangaço, mais controversos. Já rendeu uma extensa bibliografia, vejam alguns. Ainda faltam vários que não disponho no meu acervo, especialmente: Lampião em Limoeiro do Norte, de Antônio Nunes Malveira; Nas Garras de Lampião, de Raimundo Soares de Brito; Massilon, de Honório de Medeiros, entre outros. 

Quem desejar adquirir estes e outros 550 títulos:

franpelima@bol.com.br e 
WhatsApp: 83 9 9911 8286

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PROPRIÁ JÁ RESPIRA CARIRI CANGAÇO !

Por Manoel Severo
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Em janeiro deste ano de 2018 ao lado dos pesquisadores Elane e Arquimedes Marques realizamos a primeira visita e reunião de trabalho para a realização de nosso primeiro compromisso de 2019. A bela e acolhedora cidade sergipana de Propriá, uma das mais belas e proeminentes urbes do baixo São Francisco, a 98 quilômetros da capital Aracaju, que tem o majestoso rio da integração nacional como seu principal cartão postal e fonte de riqueza,  turismo e inspiração, começava verdadeiramente a entrar para a família Cariri Cangaço.
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Naquela oportunidade anfitrionados pelo poeta e pesquisador Rossi Magne, pelo prefeito Iokanaan Santana e sua esposa Helena, dentre outros estimados companheiros, cumprimos uma extensa agenda que consistiu em entrevista na rádio Propriá FM, visita de cortesia ao Prefeito Municipal, reunião com membros do CCP - Centro Cultural de Propriá; dentre eles os professores, Erasmo Rodrigues, Claudomir Tavares  Alberto Amorim, além de Tony Moreno e ainda visita aos principais pontos turísticos da urbe ribeirinha. Fruto desta primeira etapa de nosso empreendimento, agora no último mês de junho recebemos oficialmente a visita da comitiva de Propriá, com seu prefeito Iokannan Santana e sua esposa, Helena Santana e os pesquisadores Rossi Magne e Erasmo Rodrigues em nosso grande Cariri Cangaço Poço Redondo, ali passaram a conhecer de perto o sentimento que norteia nosso empreendimento.
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 Primeira visita do Cariri Cangaço a Propriá em janeiro de 2018
Rossi Magne e prefeito Yokannan Santana no Cariri Cangaço Poço Redondo 2018
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Na manhã desta sexta-feira, dia 03 de agosto de 2018 viríamos a cumprir mais uma importante etapa de consolidação do Projeto Cariri Cangaço Propriá 2019. Com o apoio da Prefeitura Municipal de Propriá e da Câmara Municipal, os Conselheiros Cariri Cangaço, Elane e Archimedes Marques e Kiko Monteiro além da professora Helena Chaves ,participaram de um ciclo de palestras "Cangaço e Luiz Gonzaga em Propriá" no plenário da Câmara Municipal de Propriá, já dentro da programação de inauguração de Propriá como sede oficial do Cariri Cangaço em 2019.
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O Cangaço e Luiz Gonzaga em Propriá: Cariri Cangaço !!!
Prefeito Yokanaan Santana abriu o ciclo de Palestras do Cariri Cangaço em Propriá
Conselheiros Cariri Cangaço, Kiko Monteiro e Archimedes Marques
Conselheira Elane Marques apresenta o Cariri Cangaço em Propriá: "O evento marcou o ponta pé inicial do calendário do Cariri Cangaço 2019 que terá como seu primeiro compromisso o inédito Cariri Cangaço Propriá." 

"Para nós é uma imensa honra inaugurarmos a agenda do Cariri Cangaço 2019, Propriá se sente extramente horada em receber um evento qualificado e respeitado da dimensão do Cariri Cangaço, sem dúvidas o Ciclo de Palestras de hoje inaugura esse grande sonho" revela o prefeito Yokannan Santana."
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 Rossi Magne, presidente da Comissão Organizadora do Cariri Cangaço Propriá 2019 
ao lado de Kiko Monteiro
 Kiko Monteiro, conselheiro Cariri Cangaço fala a platéia que lotou as dependências da Câmara Municipal de Propriá
Encontro do Cariri Cangaço em Propriá anuncia o grande evento em 2019..
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"Senhor Prefeito Yokanaan Santana e amigos de Propriá, hoje tenos aqui em Propriá 3 conselheiros do Cariri Cangaço: Eu , meu esposo Archimedes Marques e o pesquisador Kiko Monteiro, e Sergipe ainda conta com mais 2 Conselheiros, nas figuras dos pesquisadores, Rangel Alves da Costa de Poço Redondo e Raul Meneleu de Aracaju, dessa forma Sergipe está muito bem representado no Conselho do Cariri Cangaço com 5 destacados nomes e é em nome de nosso Curador Manoel Severo e desse Conselho, formado por 40 renomados pesquisadores da temática que estamos firmando o compromisso de em 2019 realizarmos um grande Cariri Cangaço em Propriá" completa a escritora Elane Marques na Câmara Municipal de Propriá.
Cariri Cangaço em Propriá, SE 03 de Agosto de 2018
https://cariricangaco.blogspot.com/2018/08/propria-ja-respira-cariri-cangaco.html
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DECAPITAÇÕES ENTRE OS "MENINOS"

Por Geziel Moura

O escritor e pesquisador Alcino Alves Costa em sua obra "Lampião em Sergipe" fez interessante discussão sobre o método das decapitações, utilizados pelas volantes nos cangaceiros, principalmente objetivando comprovar o feito, para futuras premiações de sus autores.


Entretanto, Alcino também ressaltou, que este uso e costume, embora pouquíssimas vezes, ocorreram entre os cangaceiros, sendo que o objetivo era diferente, geralmente para obter salvo conduto diante da polícia.


Este autor aponta, pelo menos, três casos de assassinatos com decapitações cujos autores foram seus próprios companheiros, temos portanto:


1 - O primeiro que se tem registro foi o cangaceiro Cocada, que fora morto e decapitado pelo companheiro, Esperança, sendo que este o matou, com tiro de fuzil pelas costas, e ato continuo levou a cabeça daquele para a polícia em Várzea da Ema (BA), para tentar sair da vida bandoleira, a pedido de sua mãe;

2 - Outro registro de traição e decapitação, foi em 5 de junho de 1938, na região do povoado Caboclo (AL), região de Pão de Açúcar (AL), em que o cangaceiro Barreira, assassinou e decepou a cabeça de seu companheiro Atividade, para também obter atenuantes, de seus crimes;
3 - O terceiro exemplo, que se tem noticia, foi realizado pelo cangaceiro Penedinho, logo após o acontecimento de Angico, em que, aquele assecla, assassinou e fez a decapitação no cangaceiro Canário, companheiro de sua prima Adília, e levou o troféu para o Ten. Zé Rufino na Serra Negra (BA), hoje município de Pedro Alexandre.

É possível pensar que as leis do cangaço, não seguiam padrões de condutas, não havia lógicas em seus procedimentos, não há dúvida que Lampião e seus companheiros, surpreendiam em seus atos criminosos.

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