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quarta-feira, 8 de julho de 2015

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

Por Ana Lúcia Granja
 
Ana Lúcia entre Wescley Rodrigues e Antônio Tomaz

O título desta música identifica muito bem um dos períodos mais cruéis da nossa História brasileira que foi a ditadura, os “Anos de Chumbo” que neste ano de 2014 fez 50 anos. Esta música de Geraldo Vandré foi considerada o Hino da Resistência num tempo em que a liberdade de expressão foi cerceada, tolhida, oprimida...


Como cidadã e docente da disciplina de História, pude fazer uma reflexão desse fato histórico e percebi que poucos sabemos ou poucos sabem do passado do nosso país e dos que ajudaram a fazer e formar sua História, a exemplo de um personagem que marcou uma época de repressão chamado Padre Antonio Henrique Pereira da Silva Neto, o Padre Henrique, assassinado no dia 27 de Maio de 1969 acusado de ser traidor do regime vigente, na cidade do Recife. Seu crime? Era fazer parte da Pastoral da Juventude onde exercia um trabalho nobre de orientar os jovens tirando-os do mundo das drogas, dos conflitos gerados que os afastavam de suas famílias, tudo isso, Padre Henrique fazia por meio do DIÁLOGO, da conscientização de que todos devem exercer o seu papel de cidadão.

Padre Henrique

Diante deste fato, eu me reportei a outro período histórico que tanto nos leva a pesquisar, a estudar, a admirar e de forma periódica a nos reunirmos para aprendermos mais que é a temática do Cangaço. Bem antes de trabalharmos e fazermos a culminância do Projeto didático “Ditadura nunca mais” nas nossas escolas, eu fiz uma visita ao túmulo do Padre Henrique na Igreja da Sé em Olinda, como também o túmulo que fica ao seu lado de um grande homem que foi um símbolo da paz, Dom Helder. Minha emoção foi tão imensa que simplesmente chorei copiosamente de alegria por estar diante de personagens que só vimos nos livros (ainda que mortos), que participaram ativamente pelo bem social e de tristeza por saber que ambos tiveram uma trajetória de vida bastante conturbada, ameaçada, principalmente ao jovem padre Henrique que teve uma morte trágica marcada por tiros e tortura. Ao visitar o túmulo do Padre Henrique também pude me reportar à emoção que é ao pisar no solo de Angico, Poço Redondo, onde a impressão que sinto é que a qualquer momento as volantes e os cangaceiros irão se enfrentar e reviver aquele momento histórico. 

Pode até ser tola essa minha impressão, mas como amante e Vaqueira da História e principalmente das histórias do nosso sertão e da nossa caatinga, me sinto muito feliz em participar dessas excursões em locais tão reais, de acontecimentos tão reais que muito me engrandecem. Afinal, quem é o historiador que não se sente realizado, feliz em participar da história adentrando lugares inóspitos, complexos, ouvindo pessoas e produzindo conhecimentos mediante cansativas buscas?

Padre Henrique e a cena do crime

Lampião e Padre Henrique, claro, viveram Histórias em épocas e lugares diferentes, mas cada um teve o seu propósito, cada um teve sua breve trajetória. Lampião é considerado um mito. Padre Henrique foi considerado um mártir. Lampião fez 75 anos de morte. Padre Henrique fez 45 anos. Como mencionei no início desta minha reflexão, pouco sabemos ou poucos sabem do passado, de personagens que fizeram história no nosso país. Sendo assim, certos fatos, certos acontecimentos passam despercebidos e muitas vezes pela falta de conhecimento, as pessoas não são incentivadas a buscar, a aprender a conhecer. Nós, como cidadãos e amantes da História, não devemos deixar que isso aconteça. É preciso acender sempre o lampião para continuarmos sempre investigadores e divulgadores e que a luz do conhecimento continue sempre acesa em nossas mentes e nas mentes coletivas.

Ana Lucia Granja
Pesquisadora, Historiadora e Conselheira Cariri Cangaço
Fotos:http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Padre+Henrique&ltr=p&id_perso=406

http://cariricangaco.blogspot.com

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AVÓ, PAIS E IRMÃOS DE VIRGOLINO FERREIRA DA SILVA, O LAMPIÃO

Por José Mendes Pereira
Imagem: Família de Lampião (desenho de Lauro Villares utilizando-se de antigos retratos) - Infelizmente eu perdi a fonte desta foto.

1 - A primeira foto, ao centro e acima, é a dona Jacosa, mãe de Maria Sulena da Purificação, que é a mãe dos Ferreiras, isto é dona Jacosa é a avó dos Ferreiras por parte materna. Alguns pesquisadores afirmam que dona Maria Sulena da Purificação teve vários nomes, inclusive Maria Lopes, mas eles não explicam a razão de tantos nomes para uma mulher só. Na minha humilde e não válida opinião, deve ter sido criado tantos nomes para ela, no intuito de ser beneficiada por algumas ajudas dos governos.

2 - A segunda foto, à esquerda, é de José Ferreira da Silva, o honrado pai dos Ferreiras, que por pouca sorte, foi injustamente assassinado por um volante comandado pelo tenente José Lucena, quando das suas perseguições aos irmãos Ferreiras. 

Tenente Zé Lucena responsável pela morte de José Ferreira da Silva, pai de Lampião

Alguns pesquisadores afirmam que a intensão de José Lucena não era assassinar o José Ferreira, mas infelizmente um volante atirou no homem que nunca havia feito mal a ninguém, e este assassino do José Ferreira foi severamente castigado. José Ferreira adorava a paz e a tranquilidade.

3 - A terceira foto, à direita, é dona Maria Sulena da Purificação, Maria Lopes..., mãe dos Ferreiras. Alguns pesquisadores afirmam que Maria Sulena não era tão ruim, mas tinha temperamento forte, e enquanto o José Ferreira da Silva desarmava os filhos na porta da frente, ela os armava na porta da cozinha, e ainda dizia: "- não crio filho para ser desrespeitado por ninguém". Com isso, conclui-se que a sua lei era: “Olho por olho, dente por dentro”.

Uma informação importante:

Em entrevista, Lampião afirma que a sua entrada ao cangaço foi tentando assassinar os responsáveis pelas mortes dos seus pais. Mas não é verdade. 

Juliana Pereira e Alcino Alves Costa

O escritor Alcino Alves Costa fala em seu livro "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistério de Angico" que somente José Ferreira da Silva foi morto pelos policiais. Dona Maria Sulena da Purificação faleceu em decorrência das perseguições feitas pelas volantes aos seus filhos, e pelo desrespeito ao José Ferreira, homem honesto e bondoso. Ela não suportando tamanha pressão, foi infartada e veio a óbito, no mesmo ano em que foi morto o esposo. A diferença entre a morte dela e a de José foram menos de 30 dias.

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Lampião afirmava isto somente para que a população o apoiasse, já que ele e os seus irmãos haviam perdidos os seus pais injustamente, e ele como inteligente, sabendo que mostrando ao povo que a mãe também tinha sido assassinada, muitos passariam a apoiá-lo. Mas na verdade, a mãe faleceu por sua própria culpa, pois se não tivesse entrado no mundo do crime, ela teria vivido muitos anos. 

4 - A quarta foto da esquerda é o Antonio Ferreira da Silva, ex-cangaceiro. Antonio Ferreira foi o primeiro filho de Maria Sulena, mas alguns pesquisadores do cangaço afirmam que ele não era filho de José Ferreira da Silva, e sim de um fazendeiro de nome Venâncio, que negociara com José para criar o seu filho, já que ele iria casar com Maria.

 José Bezerra Lima Irmão

Mas o escritor José Bezerra Lima Irmão, cujo, o conheci na minha humilde residência aqui em Mossoró, quando veio para lançar livro na Livraria Iguatemi em Fortaleza; que é autor do livro “Lampião a Raposa das Caatingas” diz em sua obra, que de acordo com a contagem dos meses e do período em que José Ferreira juntou os seus panos com dona Maria Sulena da Purificação, não há dúvida, Antonio Ferreira da Silva também é filho de José Ferreira da Silva. Então está comprovado que Antonio é irmão dos Ferreiras por parte de pai e mãe.

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5 - Abaixo da foto de dona Jacosa está a foto do maior e mais estudado cangaceiro no Brasil e no mundo inteiro, Virgolino Ferreira da Silva, o sanguinário capitão Lampião. Passou quase 20 anos vivendo da bandidagem, matando, roubando, vingando, satisfazendo e alimentando o seu ódio, assaltando, sequestrando, açoitando aqueles que ele os tinha como traidores, justiçando, segundo ele. Alguns momentos, era protegido por pessoas importantes, e em outros casos, deixava de ser perseguidor para ser perseguido pelas volantes de 7 Estados do Nordeste Brasileiro, que não lhe davam tréguas um só instante. 

Maria Bonita companheira do mais estudado bandido do Brasil e do mundo, o Lampião

Lampião era companheiro da cangaceira Maria Bonita, e ambos foram assassinados juntamente com mais 9 cangaceiros e um volante, na madrugada de 28 de Julho de 1938, na Grota de Angico, em terras da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. 

Soldado Adrião Pedro da Silva morto na chacina de Angico

O responsável pela morte de Lampião e da sua rainha Maria Bonita, é o tenente João Bezerra da Silva, que organizou a chacina, e naquela madrugada atacou o bando de cangaceiros. 

Tenente João Bezerra da Silva responsável pela morte de Lampião, ...

Como eu não sou economista e antes eu não tinha uma formação sobre a despencada que dava na economia quando Lampião atacava, mas já sei o porquê que ela caía. Ora, se Lampião atacava nas cidades, lógico que o comércio todo fechava as suas portas com medo dele, e aí a economia despencava, ninguém ganhava dinheiro, somente ganhavam os policiais que lhe perseguiam, por serem funcionários dos governos.

6 - À direita de Lampião está seu irmão João Ferreira da Silva, o único filho de José Ferreira da Silva e dona Maria Sulena que não quis entrar para o cangaço. Foi um homem honrado e ainda por alguns anos, criou Expedita Ferreira da Silva, filha de Lampião e Maria Bonita.

7 - Ao lado do João Ferreira da Silva está o Ezequiel Ferreira da Silva, que no cangaço era alcunhado de Ponto Fino. Dos homens, este era o filho mais novo do casal de fazendeiros.

8 - Abaixo de Antonio Ferreira e Virgolino está o cangaceiro Livino Ferreira da Silva. Este morreu muito jovem em um combate, no ano de 1925. Nesse mesmo dia, Lampião foi atingido no olho por cacto vazando o seu olho, que o cegou para toda sua vida.

9 - Abaixo de Livino, João e Ezequiel estão as suas irmãs, as quais são: Virtuosa Ferreira da Silva, Angélica Ferreira da Silva, Maria Ferreira da Silva e Anália Ferreira da Silva. De todos os irmãos de Lampião, Maria Ferreira da Silva foi a última a falecer.

Nota: Antes de usar este como trabalho faça uma pesquisa em outros sites. Muito importante fazermos algumas comparações sobre qualquer trabalho. 

Segundo o escritor João de Sousa Lima o nome Virgolino (do afamado Lampião) é escrito com "O" e não com "U". Comece a escrever o nome (Virgulino) com "O", quando se tratar de Lampião.

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O CÍRCULO DA MÃE DE DEUS (Ou Trincheiras e Valados de Juazeiro-CE)

Por Fernando Maia Nóbrega.

A mais significativa forma de defesa usada pela cidade de Juazeiro do Norte-CE, durante a sua sedição em 1914, foi a edificação dos valados e trincheiras, chamados pelos romeiros de “Círculo da Mãe de Deus.”

A brilhante ideia de cercar Juazeiro com um enorme valado partiu de Antônio Vilanova, ex-combatente da Guerra de Canudos, residente em Assaré (01) e que fora chamado pelo doutor Floro Bartolomeu para ajudar na revolta de Juazeiro. Milhares de pessoas, mais precisamente cinquenta mil, segundo Xavier de Oliveira (02), foram convocadas para fazer essas escavações, circundando Juazeiro, em apenas seis dias! A terra retirada dos valados foi colocada a três metros, para o lado dentro da cidade, constituindo as trincheiras.

ACIMA, A TRINCHEIRA STº ANTONIO... Vendo-se, o Dr. FLORO BARTOLOMEU sentado, do lado direito, na linha de frente. Eita cabra arrochado...! – Acervo Voltaseca Volta

Hoje, quase não restam vestígios do “Círculo da Mãe de Deus” e há divergências mesmo entre os escritores quanto a extensão, largura e sua localização. O mais antigo deles a expor o assunto foi Xavier de Oliveira que desta forma se expressou:

“O valado, a trincheira inexpugnável do Juazeiro, tem de profundidade dez, e de largura doze palmos. Toda terra foi carregada para dentro, a alguns metros de distância, formando uma barreira de seis palmos de altura(...)”

São três léguas de vallados” (03)(sic)

Segundo esse eminente historiador, tendo um palmo o tamanho de 22 centímetros, eis as especificações:

1- Profundidade: 2.20 metros

2- Largura: 2.64 metros

3- Extensão: 18 quilômetros

4- Localização: Informa, tão somente, que circundava o Juazeiro.

Já Manuel Diniz, em 1936, especifica:

“(..) em quanto milhares de pessoas cavavam, dia e noite, o grande valado para circundar a cidade, exceto do salgadinho(04) (...) ocupavam posições nas trincheiras que bordavam o valado mais ou menos na extensão de dez quilômetros e formando um semi-círculo do Nascente, Poente e sul desta cidade(05)

ACIMA, FOTO DE " VILA NOVA "... O homem que lutou em CANUDOS ao lado de Antonio Conselheiro, e que deu a ideia ao Padre Cícero/Floro de construir OS VALADOS, em torno do Juazeiro-CE, na Sedição de 1914..

Não especificando as medidas, Diniz ressalta, apenas, a extensão de dez quilômetros, e a não existência de valados para os lados do rio Salgadinho.

A respeitável escritora Amália Xavier, irmã de Xavier de Oliveira, nos dá a seguinte informação: “(...) em 6 dias, 9 quilômetros de valados, em extensão, com 8 metros de largura por cinco de profundidade estavam terminados. O monte de areia jogado para o lado de dentro, tinha de dois a três metros de altura, bombeados, numa distância de 3 mts de um para o outro.(...)”(06)

Em assim sendo, vejamos a configuração dos valados aos olhos de Amália Xavier:

1- Profundidade: 5 metros

2- Largura: 8 metros

3- Extensão: 9 quilômetros

4- Localização : especifica somente a trincheira das malvas.

Otacílio Anselmo afirma:

“9...0 a verdade, porém, é que a fortificação, em cujo trabalho se empenharam a fundo, dia e noite, milhares de homens e mulheres de todas as idades, utilizando até latas e panelas de barro na remoção da terra, foi praticamente concluído em 5 dias”(07).

Mais adiante o autor sobredito informa que não havia valados e trincheiras do lado que corre o rio salgadinho. (08)

A escritora Fátima Menezes, ao contrário dos autores supracitados, baseando-se no “ Diário de Fausto Guimarães” sustenta a tese da existência de valados no salgadinhos e os nomeia:

“ 20 de dezembro (Sábado) – Segundo combate. Desta vez na trincheira de Santo Antônio que tem duração de quinze horas. Os rabelistas atacam em três partes ao mesmo tempo; em volta dos valados: do “Salgadinho”, ”Santo Antônio” e “Quadro Pio X”(09)


mais uma foto acima das trincheiras do juazeiro-CE, por ocasião da sedição de 1914, tendo o dr. Floro Bartolomeu, agachado, e, na linha de frente.

Conclui-se, por conseguinte, não haver uniformidade dos informes sobres os valados e trincheiras edificados em Juazeiro em 1913, no tocante a profundidade, largura, extensão e localização. Sabe-se, entretanto, que foram erguidos nos arredores da cidade os seguintes valados: Malvas, Santo Antônio e Quadra Pio X. A existência no Salgadinho é negada por escritores mais próximos do episódio: M. Diniz e Xavier de Oliveira. Somente Fátima Menezes o cita baseando-se num mapa, sem muita precisão, constante no “Diário de Fausto Guimarães”.

Quanto às especificações físicas, se todos essas escavações obedeceram a uma medida uniforme, vendo-se as fotos existentes dos valados e trincheiras, dá-se para se ter uma ideia que a profundidade e largura mais se assemelham às descritas por Xavier de Oliveira: 2.20 por 2.64 metros.

Em referência a extensão territorial a tese mais aceitável é que seja de 09 a 10 quilômetros conforme depoimentos de Xavier de Oliveira e Amália Xavier de Oliveira, haja vista sua abrangência ir das Malvas ao Horto, percurso este que se aproxima mais da realidade. No tocante à localização, Fátima Menezes nomeia quatro valados e trincheiras: Malvas, Santo Antônio, Quadra Pio X e Salgadinho. Aceitamos também o ponto de vista da maioria dos autores sobre a inexistência de valados para os lados do Salgadinho, como afirma Fátima Menezes existindo, tão somente, por aqueles lados, uma muralha na Serra do Horto, mais precisamente no Santo Sepulcro, da qual ainda restam vestígios.

N O T A S

01- Amália Xavier de Oliveira – O Padre Cícero que eu conheci (verdadeira história de juazeiro) pag. 151
02- Xavier de Oliveira –Beatos e Cangaceiros pg.56-
03- Idem. ibidem
04- Manuel Diniz – Mistérios do Joazeiro pg.129
05- Idem pg 130
06- Amália Xavier, o.c. pag. 152
07- Otacilio Anselmo –Mito e Realidade pag.400
08- Idem pag 407
09- Fátima Menezes- Homens e Fatos na História de Juazeiro, pag 79
BIBLIOGRAFIA
Anselmo, Otacílio –Padre Cícero –Mito e Realidade –Ed. Civilização Brasileira Rio de Janeiro 1968
Cava, Ralph Della – Milagre em Joaseiro. Paz e Terra. Rio de Janeiro 1976
Diniz, Manuel – Misterios do Joaseiro – Tipografia do Joaseiro. Juazeiro 1935
Filho, M.B. Lourenço – Juázeiro do Padre Cícero -3ª Edição – Companhia Melhoramento de são Paulo
Montenegro, Abelardo – Fanáticos e Cangaceiros –Ed. Henriqueta Galeno. fortaleza 1973
Menezes, Fátima – Homens e Fatos na história de Juazeiro. Ed. Universitária da UFPE. Recife 1989
Oliveira, Amália Xavier – O Padre Cícero que conheci(verdadeira história de Juazeiro).Rio de janeiro 1969
Oliveira, Xavier de – Beatos e Cangaceiros Rio de janeiro 1920

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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ESTAREMOS TAMBÉM NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS

Por Júnior Almeida

ESTAREMOS TAMBÉM NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS

Saiu hoje a programação do FIG 2015. Na quinta-feira, dia 23 ,estaremos lançando o nosso livro A VOLTA DO REI DO CANGAÇO na Praça da Palavra às 19 horas. Todos estão convidados a prestigiar.

Fique ligado, que após o lançamento deste livro, será publicado como adquiri-lo e o valor a pagar.

Fonte: facebook

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UM "CAUSO" COM MARIANO

Por Sálvio Siqueira

Certa vez, o cangaceiro Mariano, estando descansando na sombra de frondosa árvore, quando chega à sua procura um jovem rapaz.

Dizia ele, o rapaz, ter sido expulso de casa pelos familiares. Por isso, tomou a decisão de entrar para o grupo e ser um cangaceiro.

O experiente Laurindo Granja, começou a desconfiar do ‘por que’ da família do rapaz tê-lo desprezado, e o expulsado de casa, pelo modo que usava os braços quando explicava sua sina.

“(...)quanto aos homossexuais tinha um respeito enorme por achá-los frágeis e dignos do maior respeito, proibindo qualquer tipo de gracejos com àqueles, a quem denominava criaturas esquecidas por Deus (...) ”(Nilo Sérgio Pinheiro-artigo: “A vida e a Fortuna do Exibicionista Cangaceiro Mariano Laurindo Granja)”.

Após saber de tudo que os familiares disseram ao rapaz, Mariano, levanta-se e começa a andar, pensativo... buscando uma solução para o caso, já que permitir que ele o seguisse como cangaceiro, estava fora de cogitação. Resolve, então, levar o jovem de volta para a casa de seus familiares e, lá chegando, o deixa do lado de fora, junto aos cangaceiros que permaneceram no terreiro.

Após dizer de quem se tratava, Mariano começa a contar, do seu modo, jeito, o encontro que teve com um jovem que, estando triste e chorando de estrada a fora, disse para ele o que sua família tinha feito a ele. O cangaceiro continua com sua narrativa, dizendo que depois de ter escutado toda a história do jovem, diz para ele que vai matar todos da sua família. O rapaz, nesse instante, pede a ele que não faça aquilo, que se alguém teria que morrer, esse alguém seria ele, com isso, conta Mariano, o mata no mesmo instante. Os familiares do jovem rapaz, caem todos em um pranto inconsolável, pedindo aos céus que perdoem os atos que praticaram... nesse momento, o chefe cangaceiro, grita, chamando o jovem, e este entra na casa causando um assombro a todos. Nessa hora, todos o abraçam e ficam felizes por ele estar vivo e estar com eles. Mariano despede-se da família e segue seu triste destino de fora-da-lei...

Fonte Nilo Sérgio Pinheiro-artigo: “A vida e a Fortuna do Exibicionista Cangaceiro Mariano - Laurindo Granja”.

Fonte: facebook


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