Seguidores

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

NOITES NEGRAS

*Rangel Alves da Costa

Noite. Noite negra. Escuridão além da cor. Matiz de tormento, de aflição, de saudade. Mesmo que as luzes estejam acesas ou que os sóis da memória estejam brilhosos, o negrume chegará pela aflição chamada pelo instante. Talvez pela saudade.
Noite. Com a escuridão o despertar maior dos sentimentos. Sob o seu véu um emaranhado de segredos, mistérios e fotografias, tudo querendo se revelar de uma só vez, ou manter-se ainda nos labirintos da alma.
Noite. Talvez noite chuvosa, mais pesada, mais entristecida. Os pingos que caem vão alimentando os íntimos mais escondidos para, de repente, tudo aflorar como flores vivar de lembranças, saudades e nostalgias.
A janela aberta para o negrume lá fora é chamado ao sofrimento. O horizonte escurecido aclara-se somente para vislumbrar as distâncias existentes somente dentro do ser. Os reflexos estarão nos olhos e no coração.
Uma velha fotografia vai surgindo à mão. O olhar encontra a parede e nela as imagens emolduradas. O velho baú é reaberto e as cartas e os bilhetes ressurgem entre o aflitivo e o melancólico. Ali um passado que faz doer pela recordação.
Em noites assim, em negrumes fechados assim, as janelas e portas da memória e da saudade se abrem de vez. E tudo vai chegando, tudo vai tomando conta, tudo vai transformando os instantes em dolorosos percursos.
Um amor distante, um amor desamado, um abandono, um adeus que não desejava ter. Palavras e imagens, sons e pensamentos, diálogos íntimos, reencontros indesejados, eis o percurso até que o descontrole passe a domar aquilo que parecia já resolvido na alma.
Mesmo sem música alguma ao redor, de repente uma velha canção vais surgindo. As folhagens farfalham vozes já ouvidas, a leve ventania para declamar poesia. Um rastro de lua vai deixando suas marcas em meio ao negrume que o olhar desejava transformar em reencontro.
A pessoa parece estar bem, quer estar bem, imagina que daquela vez não irá deixar que a saudade e o entristecimento novamente provoquem enxurradas. O contextual, contudo, entre o instante que chama e o interior que desperta, vai rompendo seus laços e os transbordamentos se tornam inevitáveis.
São em noites assim que as lágrimas procuram vazões no subsolo da alma e vão surgindo como pequenos veios de angústias e aflições. Primeiro, o noturno, depois a moldura do instante, depois as imagens e as recordações que vão surgindo. E depois e depois...
Depois os olhos queimando na febre da saudade. Depois os olhos marejando para se derramar em rios ardentes de aflição. Depois os prantos e os soluços inevitáveis. A pessoa já não está mais em si. A partir daí somente responde ao que a propensão interior desejar.
São em noites assim que os lençóis são encharcados, que os travesseiros são molhados, que os lenços são alagados, que os rios transbordam toda lágrima de dor, de saudade, de relembrança, de nostalgia. São em noites assim que a pessoa navega e naufraga dentro da própria memória.
Os outros passam pelas calçadas, pelas ruas, ao redor, e de ondem passam avistam apenas uma casa fechada, uma janela fechada, uma noturna solidão. Logo imaginam que assim pelo recolhimento da hora, pelo repouso noturno. Nem sempre imaginam que após aquela janela ou porta, dentro da casa, alguém sofre, alguém agoniza.
Na cama ou no sofá, na cadeira de balanço ou num vão qualquer, apenas a pessoa, suas lágrimas, seus soluços e suas dores. Quem está distante ou quem deu causa a tamanho sofrimento, sequer imagina a triste cena noturna do silêncio e do soluço.
E os rios transbordam, inundam, a tudo invade, até que o alvorecer ressurja sem trazer consigo todo o retrato passado. Mas a saudade não passa. A verdadeira saudade nunca passa. Um amor verdadeiro jamais é esquecido.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://bogdomendesemendes.blogspot.com

COMO É POSSÍVEL O FALSO TER CONTEÚDO CAPAZ DE JUSTIFICATIVAS DE UMA VERDADE?

Por Verluce Ferraz e Marco Ferraz

Este não é um assunto estático e surgiu de uma série de estudos e pesquisas, acesas pelas muitas reflexões sobre a natureza do ciclo do Cangaço nordestino para uma comparação com a Tropicália. O Cangaço e a Tropicália em tempos diferentes, justificados pela falta de ética e moral . Assim, considero que seria uma introdução ao tema porque o assunto Cangaço já foi debatido por centenas de pessoas; mesmo que os fatos acontecidos no Cangaço já dista em quase um século; a Tropicália pouco mais que meio século. No entanto, falando primeiramente do cangaço, considero este como sendo um pagamento parcial e simbólico para resgatar a história dos soldados das Volantes que obedeciam às Leis do Estado. Lembrar que muitas vidas foram ceifadas pelos cangaceiros, transgressores das Leis para atender seus desejos sádicos. Os cangaceiros procuravam desconstruir valores morais começando por justificar idéias de defesa contra proprietários de terras, de bens imóveis e semoventes. Os cangaceiros não se sujeitavam às Leis e Normas fundamentais contidas na nossa Carta Magna que tratam do direito de propriedade privada. Mas, se de modo algum o leitor deste concordar com as nossas idéias, pondera-se que as submetam as mais rigorosas investigações do que foi e o que representou o cangaço na vida dos nordestinos. Vamos contar com leitores que sejam também bastante informados sobre a História, para que tracemos um paralelo sobre Cangaço e Tropicália. O título deste texto veio de Marco Ferraz, e eu me propus concordar com ele na elaboração deste, e de comum acordo traçarmos um paralelo entre Cangaço/Tropicália. 


Os Cangaceiros tratavam os proprietários de terras como um mal e para eles, tinha o significado de força que infligiam sofrimento e dor aos menos abastados. E assim se formou uma teoria que objetiva adequar as condutas dos cangaceiros aos maus tratos e a falta de opção de sobrevivência entre proprietários de terras; por isso cangaceiros tinham que combaterem as desigualdades existentes. 

Vamos apontar algumas convergências entre Cangaço e Tropicalismo. Sabendo-se que o Cangaço não tinha quaisquer ideologias político/religiosa. A Tropicália é considerada um Movimento. Os Tropicalistas parecem comungar algumas idéias com os cangaceiros. Ambos acreditam que algumas normas são moralmente falíveis e não as aceitam conforme aqueles padrões pelos quais elas podem ser propriamente adotadas. A Tropicália pregou uma visão realista e libertária, ou seja, fugir do jugo e das amarras socioculturais, quebrar tabus, transgredir todas as regras criando assim a regra de não ter regras. Inconscientemente, na década de 30, Lampião por fim quebrava paradigmas. Quando Lampião arregimentava pessoal para ‘o grupo’ em uma condição social similar a própria; transgressores, criminosos, foragidos, ousados e potencialmente submissos consolidando assim a formação de um grupo harmonioso. Criava um movimento. Surge assim um prenúncio de que algum movimento, décadas depois se compusesse de alguns elementos análogos.


A mente de Lampião tinha seus trópicos. Ele era o próprio movimento. Como a lei da física revela, o corpo tende a ficar parado quando não é exercida nenhuma força sobre ele. Regia seu grupo com segurança e planejamentos infalíveis. 


O que há em comum entre os grupos nômades hippies, tuaregues e o Cangaço? A desobediência às leis ou normas socioculturais, compensação de valores, inversão de valores, desprezo pela Instituição propriedade e desrespeito aos atributos da propriedade alheia, sob a alegação de mútuo compartilhamento e permanente. 


O tropicalista enxergava em Lampião uma bondade inexistente resultando em atribuição heroica. Em nosso tempo verificamos nos grupos tropicalistas um pacifismo que conta com as armas alheias como consta no livro O Príncipe, de Maquiavel. A atitude do pacifista consiste em culpar o guerreiro e atribuir a ele a ganância e a maldade. Inexistindo o guerreiro, será conhecida apenas a paz tão pregada, porém, restará apenas o pacifista, a paz e inércia do pacifista pois ele não terá porque lutar.

Mais detalhes no livro: Dos Mitologemas na mortalidade do passado lampiônico...

https://www.facebook.com/groups/374700339699870/?multi_permalinks=482712558898647&notif_id=1537562991436332&notif_t=group_activity

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

HÁ 90 ANOS ERA INSTAURADO O LONGO E DENSO PROCESSO CRIME CONTRA IOIÔ MAROTO, LAMPIÃO E OUTROS - Comarca de Belmonte, Justiça Pública de Pernambuco.



Em 1928, há 90 anos, foi aberto inquérito para apurar os acontecimentos que tiveram lugar em 20 de outubro de 1922, no Município de Belmonte. Em 7 de outubro de 1929, era publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco a sentença de pronúncia proferida nos autos do Processo Criminal daquele trágico acontecimento que resultou, entre outros, na morte do coronel LUIZ GONZAGA GOMES FERRAZ, diante do Promotor Público de Olinda, em comissão no Município de Belmonte: Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto), Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), José Terto (Cajueiro), Antônio Cornélio, José Bizarria, José Teotônio da Silva (José Preto), João Porfírio, Feliciano de Barros, Antônio Padre (irmão de Luiz Padre), Pedro José Clemente (Pedro Cabôclo), Francisco José (Vereda), Tiburtino Inácio (filho do major José Inácio do Barro – CE), Antônio Moxotó, José Dedé (Baliza), Meia Noite, José Ovídio, Papagaio, José de Tal (Caneco), Miguel Cosmo, Raimundo Soares do “Barro”, Antônio Ferreira da Silva, Livino Ferreira da Silva, José de Tal (Caboré), Cícero Costa, Terto Barbosa, José Benedito, Manoel Barbosa, Olímpio Benedito ( Olímpio Severino Rodrigues do Nascimento), Francisco Barbosa, Dé Araújo, José Flor (Manjarra), Antônio Caboclo (Pente Fino), Laurindo Soares (Fiapo), Manoel Benedito, Antônio Pereira da Silva (Toinho da Cachoeira), João Cesário (Coqueiro), Sebastião de Tal (Sebasto), Manoel Saturnino, Beija Flor, Pilão, Lino José da Rocha. Quanto aos outros indivíduos que tomaram parte no ataque, ignora-se ao certo o nome ou sinais característicos de cada um. 


Além do coronel Gonzaga cujo assassínio era o fito principal do ataque, a ação dos criminosos vitimou ainda o soldado Heleno Tavares de Freitas, que caiu em poder dos bandidos quando acudia a chamada para a defesa; o velho Joaquim Gomes de Lira (Joaquim Padeiro); e João Gomes de Sá, que foi saqueado e ferido. Da parte dos atacantes, morreram o famoso Baliza e Antônio da Cachoeira (este, após o tiroteio, faleceu de parada cardíaca), e entre os inúmeros feridos estavam Zé Bizarria, Cícero Costa e o próprio Ioiô Maroto, que ficara aquartelado na casa do velho Quintino Guimarães.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2005754309484288&set=a.144216698971401&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GROTA DO ANGICO ( local morte de Lampião) - RIO SÃO FRANCISCO....VÍDEO.

https://www.youtube.com/watch?v=6-Iu9V0vECU

1997 as coisas eram bem diferentes, chegar aos locais do cangaço era difícil e muita coisa estava destruída e sem o minimo de atenção, graças a Jairo Luiz Oliveira Paulo Gastão Carlos Eduardo "Sitio Passagem das Pedras" e alguns outros abnegados as coisas foram mudando. Hoje já melhorou muito, mas em alguns locais o descaso com nossa historia continua o mesmo, um pais sem passado não pode ter futuro.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=920708888138056%2C920708098138135%2C920561514819460%2C920557054819906%2C920305041511774&notif_id=1537481850165521&notif_t=group_activity

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O REISADO DO AVIÃO DE ZÉ PEREIRA


Por Junior Almeida

No episódio histórico que ficou conhecido como “A revolta de Princesa”, estopim da revolução de 1930, conta-se de que Zé Américo, comandante da Força na capital paraibana arranjou um avião para bombardear a terra do Coronel Zé Pereira, potentado chefe revoltoso. Porém, ao invés de bombas, como todo mundo esperava, o teco-teco do Governo vinha carregado de panfletos que foram jogados sobre Princesa Izabel, conclamando o povo à rendição.


Os cabras de Zé Pereira, entrincheirados pra guerra, correram pro meio da rua disparando suas armas tentando atingir a aeronave. Major Feliciano, homem, alvo, de grande estatura e aparentado com o chefe político de Princesa, foi um dos homens que atiraram contra o avião e, por coincidência no exato momento em que os papéis começaram a voar sobre a cidade. Como avião naquela área e naquele tempo era novidade, Feliciano, em tom de gabolice disparou:

- Não matei, mas tirei as penas!

Como poeta é definido como sendo “aquele que tira onde não tem e bota onde não cabe”, que do nada faz uma poesia, até mesmo o momento delicado da guerra de Princesa, foi inspiração para um artista, e um mestre de reisado criou uma peça alusiva ao episódio. O capoeirense Lula de Santo, grande poeta popular, me contou que os versos diziam assim:

Foi de manhã quando o avião passou
Nos ares ele pousou
Fazendo a separação
Jogou no chão um bocado de “papé”
Ninguém sabe pra que é 
Mas assustou o Sertão

Jogou no chão um bocado de “papé”
Ninguém sabe pra que é 
Mas assustou o Sertão...


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1676602985784867&set=gm.2044289709216863&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O DIA DEPOIS


Por Rubens Stone

Foto da Grota do Angico, um dia depois das mortes. Uma imagem marcante, publicada pelo jornal carioca A Noite, em sua edição de 03 de agosto de 1938, cinco dias depois do combate.

Nota-se o coiteiro Pedro de Cândido (o quarto, da esquerda para a direita) com um dedo da mão esquerda enfaixado. Seria por conta da unha arrancada pelo aspirante Francisco Ferreira de Melo? 

Há controvérsias, e talvez nunca saberemos se Pedro de Cândido foi mesmo torturado para entregar a localização de Lampião, naquela madrugada fatídica de 28 de julho de 1938.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1971007902989572&set=gm.2043817299264104&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.bogspot.com

PERSEGUIÇÃO AO CANGAÇO EM PERNAMBUCO NO ANO DE 1927


O Governo do Estado imprime uma impetuosa repressão no combate aos cangaceiros atingindo frontalmente toda população sertaneja, arrancado famílias inteiras de dentro de suas residências e sendo espancadas no meio da rua, velhos e crianças tratados na lei do chicote. Próximo a localidade de São João do Barro Vermelho, município de Vila Bela, residia um coiteiro chamado Cícero Nogueira, que vez por outra pegava em armas e participava dos combates ao lado de Lampião. No final de abril um grupo de soldados, entre eles, Augusto Gouveia, o prenderam em uma ação de surpresa. No meia da caatinga, arrodeado pelos praças, levando empurrões, murros e pontapés, diz que quer conversar sozinho com o soldado Augusto, para informar os nomes de outras pessoas daquela região. O pessoal aceita e os dois afastam-se alguns metros e começam a cochichar, quando o cangaceiro tira seu chapéu da cabeça, de dentro saca uma arma e atira no rosto do interrogador, mas a bala atinge a face de raspão, mesmo assim o prisioneiro escapa em debandada. Os outros soldados entraram no mato e logo adiante uma rajada de balas nas costas põe fim a vida de mais um cangaceiro.

Em 11 de abril de 1927, apresenta-se em rendição, sob a garantia do padre José Kerhle, na cidade de Villa Bella, o cangaceiro Francisco Miguel, vulgo Pássaro Preto, que abandonou o grupo de Lampião. Na mesma ocasião, membros da família Pereira celebram o acordo para entregar os irmãos cangaceiros Luiz Batista Gaia e Antônio Batista Gaia, este último conhecido por Açucena, e do parente Sebastião Raimundo Gaia, o popular Três Cocos.

Por essa época, chegou a cidade de Villa Bella o Chefe da Polícia de Pernambuco, Eurico de Souza Leão, para uma visita de inspeção às tropas de combate. Juntamente com o prefeito e outros comandantes de polícia regional visitam a cadeia recentemente construída e a encontra abarrotada de prisioneiros, em meio a sujeira, piolhos e pulgas, uma fedentina insuportável. Assustado com a quantidade de pessoas e a situação deprimente, pergunta se são todos cangaceiros.

"- Não" - responde um dos presentes, completando: " - Aí dentro tem gente de toda espécie, tem pessoas que deu água ou comida a cangaceiros, cabra safado que levava ou trazia fuxico de Lampião, desordeiro que faz baderna e gente desaforada..."

Em seguida a comitiva estadual seguiu para Belmonte, Salgueiro e Petrolina.

Os cangaceiros Jatobá e Pinga Fogo são mortos no Logradouro, povoação de Villa Bella, pela volante do tenente Arlindo Rocha, no dia 30 de julho.

Inicia o mês de agosto com mais dois cangaceiros entregando as armas e rendendo-se ao suplente de delegado Antônio Silveira. São eles: João Mariano, vulgo Andorinha e João Guida. Ainda no mês de agosto, a Volante do sargento João Gomes prende os cangaceiros Antônio Terto, apelidado de Cobra Verde e Camilo Domingos, Pirolito.

Na primeira semana de setembro, após intenso tiroteio entre os cangaceiros e a força comandada por Arlindo Rocha deixa como saldo as mortes de Hortencio e Manoel Vale, que tinham como cognome Craúna e Lavandeira, respectivamente. Na ocasião foi preso o Caboclo da Serra do Uman, chamado Bispo dos Anjos, homem forte e astuto, da confiança absoluta de Lampião. Na mesma investida consegue prender também Benedito Domingos, Fortunato Domingos, apelidado de Guará, Antônio Quelé, vulgo Candeeiro e Albino Rodrigues. Foram recolhidos a cadeia de Villa Bella, onde todos os dias chegavam mais prisioneiros, inocentes ou não.

Antes de finalizar setembro Arlindo Rocha captura Manoel Monteiro, Torquato, Gabriel Pereira Barbosa e Antônio Gregório, este último era apelidado de Braúna. Todos eram gente de Lampião que estavam em debandada perambulando pela caatinga. Nessa mesma ocasião prendem os coiteiros David Dudo e Tiburtino Lucas, por possuírem armas em suas casas, pois nem isso era mais permitido.

Nessa época, chegou à sala de comando da polícia notícias de Lampião e seu grupo transitando pelas fazendas Buenos Aires, São João do Barro Vermelho e Cipós, maltrapilhos e com fome. Tamanha é a sujeira que cheirava mal, com barba e cabelos crescidos, poucas armas e quase sem munição. As Volantes entram em alerta e são reforçados os roteiros que poderiam tomar, montando emboscadas, principalmente nos acessos a São Francisco, Nazaré e Betânia. Todas as estradas foram piquetadas pela polícia. No dia 13 de outubro o valente cangaceiro poeta e aboiador, Genésio Vaqueiro, acompanhado por seu irmão, João Vaqueiro, entra em Villa Bella e procura o Comandante da Força Pública, major Teófanes Tôrres, para se entregar. Em depoimento diz que Lampião está adoentado, passando dias sem ter água para beber, alimentando-se apenas de algum fruto da caatinga, sem dormir a noite, vivem apenas fugindo de qualquer chiado, carregando alguns companheiros feridos.

No final de outubro Lampião passou na casa de José Guedes, na fazenda Escadinha, conforme foi descrito para o major Teófanes Tôrres, Lampião estava mancando do pé, o olho lacrimejando e ardendo, magro e cansado, mas animado para a luta.

Findado o mês de outubro os cabras de Lampião se alojaram na fazenda Pitombeira, propriedade de Izidório Conrado, um dos principais chefes da família Pereira, recebendo guarida para reposição das energias, com arma e munição.

As autoridades de Villa Bella denunciam que a família Pereira protege Lampião, permitindo que circule livremente pelas propriedades.

O Chefe de Polícia, Eurico Souza Leão, manda cercar a fazenda Pitombeira. Enquanto isso, o coronel Manoel Pereira e o Dr. Santa Cruz vão a Recife dar explicações, negando tudo.

Mesmo assim o tenente Higino efetuou busca na fazenda e apreendeu 11 rifles e 725 cartuchos, além de una carabina mauser e uma espingarda de caça.

Ainda na primeira semana de novembro, o primeiro suplente de delegado de Villa Bella captura no Sítio Nevada, em Flores, o comerciante Paulino Donato da Silva, por ter vendido 335 cartuchos de fuzil a Lampião.

Em boletim geral n° 264, do dia 22 de novembro o major Teófanes Tôrres apresenta o saldo de cangaceiros mortos e aprisionados no período de junho a novembro desse ano em todo sertão pernambucano, desde quando começou a repressão: 14 mortos e 82 capturados sob seu comando.

No dia 19 de dezembro o major Teófanes Tôrres escreve ao Chefe de Polícia do estado, Eurico Souza Leão, denunciando, o juiz de direito, Dr. Augusto Santa Cruz, como protetor de cangaceiro e de dificultar a ação da polícia.

No dia 20 de dezembro o Chefe de Polícia envia um telegrama ao major em resposta ao que recebeu, dizendo: "Não desejo discutir com Lampião togado desse município. E o outro Lampião?".

Na noite de Natal, os cangaceiros participam da celebração da Missa do Galo em Villa Bella, todos de roupas paisanas, comendo e bebendo na fazenda Caxixola, cercado de rapazes e moças da cidade, com várias autoridades relatando os acontecimentos da sociedade e da política local.

Do livro: LAMPIÃO E O SERTÃO DO PAJEÚ
De: Anildomá Willans de Souza

Extraído do facebook da página do pesquisador José João Souza

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1646786398766631&set=gm.1124694037694711&type=3&theater&ifg=1

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

"AUDÁLIO TENÓRIO FOI MESMO COITEIRO DE LAMPIÃO?"

https://www.youtube.com/watch?v=MTpPChFBpWs&feature=youtu.be

"Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Vanusa Santos pelo livro: "O Incrível Mundo do Cangaço". Também a todos que contribuíram com os arquivos e materiais recolhidos da internet, nos quais deixarem os links abaixo: Não estamos aqui para julgar ou fazer qualquer crítica pejorativa, mais sim mostrar os arquivos que encontramos ao nosso alcance ou pelo menos os que conseguimos obter!... Que cada um analise e absorva da melhor forma esses conteúdos! * A história do cangaço e muito rica e aos poucos estamos fazendo nossa pequena contribuição! "

Uma produção Mike & Cia TV
* Links:
- Audálio Tenório, o Coronel das Águas Belas Por:Manoel Severo

- Sobrado em Águas Belas na Serra das Antas

- Casarão da Serras das Antas - Aguas Belas - PE, 28/10/2017

- Feminino Cangaço (Documentário)

- O Incrível Mundo do Cangaço
Antonio Vilela - Vol. 2 / 3ª Edição

..........................................
* Trilha Sonora:
- Cantiga de Cangaceiro - Mariene de Castro

..............................................
- Canal Mike & Cia TV -

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?multi_permalinks=1125155230981925%2C1124694037694711&notif_id=1537488553535409&notif_t=group_activity

http://bogdomende43semendes.blogspot.com

ASCRIM/PRESIDENCIA – CONFIRMAÇÃO E RETRANSMISSÃO AO CONVITE ”XLIV NOITE DE CULTURA E XXIX SESSÃO MAGNA BRANCA” - OF. Nº 055/2018

1481522002230_PastedImage
ASCRIM/PRESIDENCIA – CONFIRMAÇÃO E RETRANSMISSÃO AO CONVITE 
”XLIV NOITE DE CULTURA E XXIX SESSÃO MAGNA BRANCA”
 - OF. Nº 055/2018.

MOSSORÓ-RN, 19 de SETEMBRO de 2018.

“REENVIADO, A TITULO DE UTILIDADE PUBLICA CULTURAL,  ATENDENDO A PEDIDOS PESSOAIS”

 ‘RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(a).’ 

           
   AGRADECENDO AOS EXCELENTÍSSIMOS  SENHORES RAIMUNDO OLÍMPIO MENDES JÚNIOR E JERÔNIMO DIX-SEPT ROSADO MAIA SOBRINHO, RESPECTIVAMENTE M.D. VENERÁVEL MESTRE DA LOJA MAÇÔNICA JERÔNIMO ROSADO E PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO VINGT-UM ROSADO, PELO CONVITE, RESERVO-ME ATRIBUIR MESMO VALOR DE PARTILHA, DIZENDO QUE É UMA GRANDE  HONRA CONFIRMAR MINHA PRESENÇA E A PRESENÇA DA DIRETORA DE ASSUNTOS ARTÍSTICOS DA ASCRIM, ACADÊMICA MARIA GORETTI ALVES DE ARAÚJO A ”XLIV NOITE DE CULTURA E XXIX SESSÃO MAGNA BRANCA”, NO DIA 27(QUINTA-FEIRA) DE SETEMBRO DE  2018, AS 18HS, NO TEMPLO ARBLS JERÔNIMO ROSADO, LOCALIZADO NA RUA INÁCIO DO VALE, 90, PLANALTO TREZE DE MAIO,  NESTA URBE.
    
   PORTANTO, REPASSO A TÍTULO DE LEMBRETE O ASSUNTO DO ALVO CONVITE(ANEXO) DE IGUAL MODO, POR CÓPIA,  AS EXCELENTÍSSIMAS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS, ACADÊMICOS DA ASCRIM E POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADÊMICOS DA ASCRIM, ILUSTRES PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS, GOVERNAMENTAIS, PÚBLICAS, PRIVADAS E MAÇÔNICAS,  JORNALISTAS E COMUNICADORES, POR SER DO INTERESSE, CLARO, DOS MESMOS, TOMAREM CONHECIMENTO E DIGNAREM-SE, DO SEU MISTER, CONFIRMAR SUAS PRESENÇAS, JUNTAMENTE COM AS EXCELENTÍSSIMAS FAMÍLIAS CONSORTES. 
    DESTA FORMA, É DA PRAXE DESTA PRESIDENCIA, QUANDO OFICIALMENTE CONVIDADO, DIGNAR-SE RESPONDER AOS ECLÉTICOS CONVITES DO PRESIDENTE DE ACADEMIAS, EXEMPLO QUE NOTABILIZA O VIÉS DE UM PRESIDENTE CORRESPONDER A ESSE ECLETISMO, PORQUE SABE A DIFERENÇA ENTRE O LIAME DA PARTILHA E DO PRESTÍGIO QUE ASCENDE E CRESCE NO INTERCÂMBIO ENTRE OS QUE PRESTIGIAM OS ABNEGADOS DEFENSORES DA CULTURA  MOSSOROENSE.
   NESTA SINTONIA, UM CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CULTURAIS E A CONFIRMAÇÃO, INTERCAMBIADOS ENTRE PARTICIPANTES E ENTIDADES SINGULARES, MERECE E FUNCIONA COMO UM “FEEDER”, EVIDENTE, REPASSADO A TODOS OS ACADÊMICOS E INTEGRANTES DE SEUS CORPOS ADMINISTRATIVOS/SOCIAIS, PELO SEU PRÓPRIO DIRIGENTE, CUJO ESSE FEEDBACK ALIMENTA, NATURALMENTE O FERVOR E A CONSIDERAÇÃO EM QUE SINGRAM OS INTELECTUAIS E SERVIDORES   DESSAS PLÊIADES.

    CONVOCANDO OS ACADÊMICOS DA ASCRIM PARA ESSE MAGNO EVENTO,COMUNICO, AOS QUE COMPARECEREM E SE IDENTIFICAREM ACADÊMICOS DA ASCRIM NO EVENTO SUPRAMENCIONADO, DEVEM CUMPRIR O RIGOR OBRIGATÓRIO ESTATUTÁRIO DE USO DO UNIFORME OFICIAL (VESTE TALAR), CONSOANTE NORMA ESTATUTÁRIA, ATRIBUTO DIGNITÁRIO DO DECORO INTELECTUAL E ORGULHO DA MORAL QUE ASSIM OS IDENTIFICA, ENTRE OS PARES, EM ATIVIDADES CULTURAIS DESSA GRANDEZA.

    NA OPORTUNIDADE, ESTE PRESIDENTE REQUER DIGNEM-SE OS ANFITRIÕES DO EVENTO, DE HONRADO PROTOCOLO, AUTORIZAR SEJA A BANDEIRA OFICIAL DA ASCRIM COLOCADA JUNTO AO PAVILHÃO DOS PROMOTORES DA SOBREDITA SESSÃO COMEMORATIVA.

    NA OPORTUNIDADE, OS ACADÊMICOS DA ASCRIM, JOSÉ ERIBERTO MONTEIRO E GORETTI ALVES, ESTARÃO APRESENTANDO PERFORMANCE ARTÍSTICO-CULTURAL, DESTAQUE-SE A MÚSICA “CANÇÃO PARA MOSSORO”. RESSALTE-SE QUE OS ACADÊMICOS  INTERESSADOS EM CONTRUIBUIR PARA ANIMAR O EVENTO, DEVERÃO INSCREVER-SE ANTECIPADAMENTE.

SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS,
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA ASCRIM-

P.S.: 1. CONSIDERANDO A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE INTELECTUAL, INSERIDA NA REPRESENTATIVIDADE DE TODOS SEGMENTOS SOCIAIS ABAIXO RELACIONADOS, ENCAMINHA-SE ESTA CÓPIA ORIGINAL, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO AOS  INSIGNES DIGNITÁRIOS:
  

LEMBRETE: LEIAM O SITE PROVISÓRIO DA ASCRIM CLICANDO NO LINK https://assocescritoresmossoroenses.com/ (MATÉRIAS IMPORTANTES ENTRE OUTRAS: DETALHES DA ATIVAÇÃO DA ACADEMIA DOS ESCRITORES DA ASCRIM, POTENCIAIS CANDIDATOS A ACADÊMICOS, ENTRE OUTROS NÃO MENOS IMPORTANTES, ETC

P.S.: ESTA É UMA CÓPIA ORIGINAL, ENCAMINHADA EM CARÁTER PESSOAL DIRETO PARA O(A)S:

EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, MAÇONICAS E MILITARES.
REVERENDÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES RELIGIOSAS.
MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.
ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.
ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.
POTENCIAIS CANDIDATO(A)S A ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.
MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGENERES.
ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.
ILUSTRÍSSIMO(A)S JORNALISTAS E COMUNICADORES.
ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.
POTENCIAIS CANDIDATO(A)S A ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com