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sábado, 26 de novembro de 2022

A VIDA APÓS O CANGAÇO JOÃO MARIA E ZÉ RUFINO?

  Por Moisés Reis

Em carta escrita pelo padre Renato Galvão no dia 4 de outubro de 1954 endereçada ao deputado João da Costa Pinto Dantas, encontramos o curioso dia em que João Maria de Oliveira, adversário político do padre naquela ocasião, quase precisou se entender com o famoso matador de cangaceiros, o tenente José Osório de Farias, conhecido com Zé Rufino.

 

 Zé Rufino, em imagem de Thomas Farkas

Coronel João Maria de Carvalho
 

Para entender o contexto, é preciso lembrar que naquele ano (1954) o cangaço já havia acabado e Zé Rufino gozava de enorme prestígio pelos seus feitos durante os tempos do combate ao banditismo. Naquela data, acontecia a eleição para prefeito de Cícero Dantas, pleito vencido por João Batista de Andrade Souza, da UDN com 1374 votos, e a seção eleitoral de Fátima, que funcionava no atual Colégio Estadual N. S de Fátima, era famosa pelas confusões entre os grupos políticos rivais.

Sabendo disso, o Padre Renato buscou se precaver e solicitou junto às autoridades a presença de ninguém menos que Zé Rufino, a fim de garantir que os trabalhos corressem dentro da normalidade.

Acontece que o famoso oficial, por alguma razão, não atendeu ao chamado do Padre e a problemática seção eleitoral ficou sem a autoridade policial desejada pelo vigário.

 


O que se segue, de acordo com o relato do religioso na dita carta é um caos promovido pelo então soldado João Maria e um certo subdelegado João Neves. Ainda de acordo com o relato da carta, Dona Ludi era a presidente da mesa e João Maria teria usado isso em seu favor, coagindo eleitores adversários e espalhando boatos de pânico provocado o retorno antecipado de eleitores que não votaram. 

Eram 600 votantes naquela seção que, devido aos contratempos provocados por João Maria e o Subdelegado, tiveram apenas três horas para concluírem a votação em cédula da época o que, naturalmente, provocou alta abstenção em uma seção que tinha muito mais votos para o candidato do Padre. Diante disso, O vigário finaliza a carta pedindo a intervenção do deputado no sentido de anular a votação e realizar novo pleito.

O fato a ser registrado aqui é um quase encontro entre a mais famosa liderança política de Fátima e um personagem importante da história do cangaço. Encontro que só não aconteceu (ao menos não dessa vez) pela ausência de Zé Rufino.

Obviamente esse texto não visa atacar a imagem de nenhum dos personagens envolvidos nessa história, o que busco, tão somente, é trazer o relato aos leitores do blog e deixar o registro de mais um episódio da nossa história. 

Pescado em Blog História de Fátima

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2022/11/a-vida-apos-o-cangaco.html


NOVO LIVRO DO ESCRITOR E PESQUISADOR DO CANGAÇO JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO.

Por José Irari

Prezados confrades estudiosos e pesquisadores do tema nordeste e cangaço!! Novo livro do renomado escritor José Bezerra Lima Irmão!! Desta vez sobre Maria Bonita, recomendo sem medo de decepcionar... escritor de pesquisas honestas e fundamentais para estudos do tema. Adquirir meu exemplar via professor Francisco Pereira Lima. Desde já, parabéns nobre amigo José Bezerra Lima Irmão. 

Que venham outros trabalhos!

https://www.facebook.com/photo?fbid=1840307199637948&set=a.210423149293036

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FEIRA-LIVRE DA IARA, . O ETERNO RETORNO DE UMA TRADIÇÃO

Por José Cícero

Nesta manhã de sábado (19) ao lado do ex-vereador Chico Henrique fomos visitar a feira-livre do bucólico distrito de IARA município de Barro-CE, depois de décadas inativa.

Por iniciativa do filho ilustre da comunidade, o amigo memorialista Wilson Leal o retorno da feira da Iara hoje vai muito além de uma simples simbologia cultural, vez que resgada um acontecimento econômico e social dos mais marcantes e importantes que assinalou a vida e a própria história, tanto da vila quanto de toda a região.

Além de movimentar não apenas a economia local com o cotidiano do povoado, a feira mantém ainda o seu aspecto sertanejo e tradicional no que diz respeito aos modos e os tipos de produtos comercializados. Itens que vão desde as sandálias de couro, panelas e potes de barro das nossas louceiras, como ainda: cereais, vestimentas e carne fresca, frutas, rapaduras, batidas, até guloseimas, comidas típicas, bebidas e muitas iguarias da culinária nordestina como artesanatos em geral.

A feira da Iara remonta o ano de 1870 quando foi levantada a primeira 'latada" para abrigar os vendeiros do povoado, do Cariri e PB, quando em 1949 por esforços do deputado Walter Sá Cavalcante fora edificado no mesmo local o chamado "galpão do mercado da feira" existente até hoje.

Cangaty, Boa Esperança e Iara, eis alguns dos topônimos do distrito que até o início dos anos 50 pertenceu ao território de Aurora.

A feira da Iara é, por fim, uma viagem no tempo e no espaço. Um resgate histórico de um tempo distante que marcou a vida de muita gente. Um afago literal da memória contra o esquecimento. Vida longa e sucesso à feira-livre da Boa Esperança batizada um dia pelo pioneiro sacerdote dos sertões o padre Ibiapina. Parabéns!

Prof. José Cícero

Aurora -CE.

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/pfbid0gftqcLHaCgoT29HmtACmRQ1YvdoanUBZbCYuiWTqd3RvZRcmtcCr8uNtsPTRL7Rsl?comment_id=810056346755946&notif_id=1669465808597313&notif_t=feed_comment&ref=notif

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O NOSSO BLOG HOMENAGEIA HOJE A CANTORA ALDENORA SANTIAGO

 Por José Mendes Pereira

Aldenora Santiago de Aquino era natalense, e nasceu no dia 05 de junho de 1944. Seus pais Manoel Lourenço de Aquino e Francisca Santiago de Aquino. Em companhia dos pais veio morar em Mossoró quando tinha sete anos de idade e, aos 18 anos, se apresentou como caloura no programa da Rádio Rural de Mossoró, na companhia do Conjunto Totõezinho, de quem recebeu uma proposta para se integrar ao grupo. Esta cantora encantou a sociedade mossoroense nas décadas de 60 e 70.

Conheci muito esta cantora, não de conversar, de ter amizade, de contatos diários, mas pelo talento que tinha, e que eu assistia sempre as suas apresentações no Cine Caiçara, da sociedade que eu trabalhava. Com a morte do Totõezinho, a banda passou para ser regida pelo músico Batista.

Da esquerda para a direita: Aldenora Santiago, Marlene, Doutor, Nelito, Paulinho, Toinho, Raimundo Baterista, Osvaldo, Maestro Batista, Totõezinho, Chicão - 1965 - www.azougue.org

Aldenora Santiago era uma senhora morena, bem parecida, mas infelizmente, devido gostar de beber alguns goles a mais, a cantora foi impossibilitada de chegar à fama artística. 

Carlos Augusto Rosado - esposo da governadora do RN e José Genildo de Miranda, já falecido. - Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

O seu aparecimento como futura artista, foi nos programas de auditório da Rádio Difusora de Mossoró, apresentado por José Genildo de Miranda, no Programa “Vesperal das Moças”.

Dom Gentil Diniz Barreto -  bispo de Mossoró, Alcides Belo ex-prefeito de Mossoró e o radialista José Maria Madrid - aparece de bigode - todos já falecidos. Foto: http://telescope.blog.uol.com.br

Quando o radialista Zé Maria Madrid criou um programa de auditório no cine Caiçara de Mossoró, aos domingos, às 9:00 horas da manhã, com o nome "Zy & 20", ela participava, sendo aplaudida pelos seus fãs, que tinham uma grande admiração pela futura cantora. Ela sempre foi bem recebida pelos mossoroenses, mas infelizmente, não passou disso, porque vivia um pouco ébria. Ela é um patrimônio da história de Mossoró.

Além destes programas já citados, também cantava na Rádio Difusora, na ACDP, nos cabarés de Copacabana, Casa Blanca e outros lugares. 

Aldenora foi convidada para fazer gravações no Rio de Janeiro, mas infelizmente a nossa cantora não aceitou o convite.

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