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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

SAUDADE DE GONZAGA


José.

Esta SAUDADE DE GONZAGA (Kydelmir Dantas - Lucas Campelo)

É uma parceria minha com o músico, e cantor sergipano Lucas Campelo

Saudade de Gonzaga no youtube:

Clique no link para assistir:

https://www.youtube.com/watch?v=vlJFFzLznhw

Lucas Campelo do Nascimento
Músico - Sanfoneiro/Pianista

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A ABOLIÇÃO NO CEARÁ E EM MOSSORÓ


MARÇO - A ABOLIÇÃO NO CEARÁ
A ABOLIÇÃO ANTES DA LEI ÁUREA

Almino Affonso

A crônica que evoca a campanha abolicionista não parece ter espaço para fazer justiça aos que, valendo-se da pressão social como instrumento de luta política, lograram romper os grilhões do cativeiro cinco anos antes que a Lei Áurea fosse assinada pela princesa Isabel, num gesto de audácia que precisa ser lembrado, sobretudo pela lição que nos deixou. À frente das Províncias, numa façanha pioneira, está o Ceará. O próprio governo instituíra, em 1868, por meio da Lei n° 1.254, um ‘fundo especial de 15 contos de réis por ano, para a manumissão de cem escravos que fossem nascendo e levados à pia batismal, de preferência do sexo feminino’.

E as organizações libertárias, que foram se constituindo, cumpriram um papel propulsor, como a Sociedade Perseverança e Porvir, o Centro Abolicionista 25 de Dezembro, a Sociedade das Senhoras Libertadoras. Por sua vez, a Sociedade Cearense Libertadora, fundada em 1880, se propunha, com enorme audácia, libertar os escravos por todos os meios ao seu alcance. As Sociedades Libertadoras, além da pregação política, se entregavam à tarefa de obter a alforria de escravos, pela pressão social junto aos escravocratas, pela campanha para angariar fundos e comprar escravos, ato contínuo libertando-os, e pela articulação da fuga de escravos, dando-lhes guarida e defesa, inclusive transferindo-os de uma Província para outra.

O jornalista José Lino da Justa, na série de artigos Vultos da Abolição no Ceará (que remontam a 1938), revela quanto ousava a ação libertadora : ‘Aqui em Fortaleza chegavam até a arrebatar, de bordo dos vapores, escravos que em trânsito procediam do Norte’.

ABOLIÇÃO EM UMA VILA

Nesse contexto, não cabe estranhar que, a 27 de janeiro de 1881, os jangadeiros, tendo à frente Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, tenham assumido a responsabilidade histórica de proclamar : ‘No porto do Ceará não se embarcam mais escravos!’, frase atribuída a Pedro Arthur de Vasconcelos. O Governo, por todos os meios, tentou esmagar o movimento. Mas tudo em vão: os jangadeiros haviam abolido de fato o tráfico de escravos no Ceará. Nada mais podia deter o movimento emancipador. A Sociedade Cearense Libertadora decidira, num gesto emblemático, alforriar todos os escravos de Acarape. Vale dizer – e aí a força do símbolo –, abolir a escravidão na pequena vila. A comissão da ‘Libertadora’, composta de João Cordeiro, Almino Affonso, Antônio Martins e Frederico Borges, que visitara Acarape em novembro de 1882 – incumbida da pregação –, empolgou a cidadania.

Assim, quando se instalou o ato libertário, a 1° de janeiro de 1883, com a presença de José do Patrocínio (que viera do Rio de Janeiro para o evento) e das mais significativas lideranças do Ceará, foram distribuídas as últimas cartas de alforria. Na pequenina vila, que logo mais se chamaria Redenção, todos se tornaram homens livres. Na verdade, rompera-se a cadeia da escravatura no elo mais frágil. Não obstante as dimensões de Acarape, a repercussão política daquela manhã foi enorme. Joaquim Nabuco, em carta da Inglaterra, arrebata-se : ‘O Ceará é maravilhoso. Parece incrível que essa Província faça parte do Império. Acarape é mais do que um farol para todo o país, é o começo de uma pátria livre’. Raul Pompéia, o grande romancista, derrama-se em louvores: ‘O Acarape começa. Vai nascer o Futuro’. De volta ao Rio de Janeiro, José do Patrocínio denomina o Ceará de ‘Terra da Luz’.

DESAFIO À ORDEM

Na verdade, Acarape representou um desafio à ordem constituída. E um exemplo a ser seguido. Não tardou muito e Fortaleza, a 24 de maio de 1883, também ousou libertar os seus escravos. Pelo interior afora, a correnteza abolicionista já não é contida. Cidade por cidade, todos se orgulham de lavar-se do opróbrio escravagista. Até que, a 25 de março de 1884, o presidente da Província – Dr. Sátiro de Oliveira Dias – declara solenemente: ‘A Província do Ceará não possui mais escravos’. Os canhões da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção reboaram, os sinos repicaram: ‘É indescritível então o que se passou!’.

Segundo Manoel Onofre, os matutinos, em suas edições especiais, teceram ‘homenagens aos vultos abolicionistas mais atuantes, notando-se o relevo dado à personalidade de João Cordeiro e à de Almino Affonso, entre os primeiros e outros denodados companheiros’. Raimundo Nonato, por sua vez, destaca a contribuição do combativo rio-grandense-do-norte: ‘Fato que não padece dúvida é que toda a campanha abolicionista do Ceará teve na palavra de Almino Affonso um de seus elementos decisivos, senão sua principal figura pelo entusiasmo com que empolgava a Terra da Luz’.

EFEITO MORAL E POLÍTICO


Vale insistir : quatro anos antes da Lei Áurea, a Província do Ceará, pela vontade política e social de seu povo, tornou-se pioneira na abolição da escravatura. Joaquim Nabuco em Paris, em 1900, fez justiça a essa raça de lutadores: ‘A emancipação do Ceará foi o acontecimento decisivo para a causa abolicionista. O efeito moral da existência de uma Província livre, resgatada e desde então fechada para a escravidão foi imenso; o efeito político, imediato!’. Ao impulso da maçonaria, fora organizada em Mossoró (RN), a Sociedade Libertadora Mossoroense, sob a liderança de Joaquim Bezerra da Costa Menezes, Romulo Lopes Galvão, Miguel Faustino do Monte e Francisco Romão Figueira. Ainda se ouviam as ressonâncias de Acarape e Fortaleza quando Mossoró, a 30 de setembro de 1883, também engalanou-se para declarar-se livre da escravidão. Foram sete dias de festa. Com a presença de Almino Affonso, que viera de Fortaleza para compartir com seus conterrâneos aquele momento de grandeza, o presidente da Sociedade Libertadora Mossoroense – Joaquim Bezerra da Costa Mendes – fez a declaração histórica: "Mossoró está livre: aqui não há mais escravos!".

Sem desmerecer a contribuição de tantas outras lideranças, os que se têm dedicado à história da abolição em Mossoró são unânimes em reconhecer em Almino Affonso o condutor daquela jornada, sobretudo pela sua palavra dominadora. Câmara Cascudo, por exemplo, na sua História do Rio Grande do Norte, interpreta esse fascínio coletivo: "Almino Affonso surgia para a multidão como seu predestinado, um super-homem, um semideus". E linhas adiante: "Na abolição de Mossoró, Almino, que fora para a magna capital cearense, passara a fronteira e conquistara a idolatria com sua voz ostentória, reboante e vastíssima". A irradiação do movimento abolicionista também se antecipara na Província do Amazonas. A Sociedade Emancipadora Amazonense, fundada em 1870, da qual foi presidente Tenreiro Aranha, de longe cumpria o seu papel de proselitismo. E o próprio governo, amparado na lei de 24 de abril de 1884, "consignou a quantia de 30 contos de réis, num orçamento de 2.500 contos, para completar as alforrias, ao mesmo tempo proibindo a entrada de novos escravos na Província do Amazonas".

A 1° de maio de 1884, fora constituída, em Manaus, a Sociedade Emancipadora 25 de março. Almino Affonso, que há pouco chegara do Ceará, incorpora-se à campanha abolicionista no Amazonas, ao lado figuras proeminentes da Província, como Lima Bacury, José Paranaguá, Leonardo Malcher. A 24 de maio de 1884, Manaus libertou seus escravos. Segundo Robério Braga, jovem e brilhante historiador amazonense, foi "da maior relevância o desempenho de Almino Affonso e Gentil Rodrigues de Souza", inclusive na obtenção de recursos para alforriar os escravos que ainda restavam nas senzalas. Por fim, a 10 de julho de 1884, o presidente da Província, DR. Theodureto Souto, proclama a emancipação dos escravos no Amazonas : "Ficando assim, e de hoje para sempre, abolida a escravidão e proclamada a igualdade dos direitos de todos os seus habitantes". Antecipando-se às demais Províncias, o Ceará, o Amazonas e o Rio Grande do Norte souberam plantar a sementeira da igualdade social, muito antes que a Lei Áurea ousasse fazê-lo. É hora de reconhecer-lhes essa façanha histórica. Almino Affonso, deputado federal pelo PSB-SP, Ministro do Trabalho e da Previdência Social (Governo João Goulart) e Vice-Governador do Estado de São Paulo (1983-1985). É organizador do livro Poliantéia - Almino Affonso, Tribuno da Abolição.

Fonte: http://www.nacaofortaleza.com/cabeza3.php

Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo

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VÍDEOS DA CANGACEIRA MARIA BONITA





Não deixe de ver.

Fonte: Youtube

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A MORTE DO VAQUEIRO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 16 de dezembro de 2014 - Crônica Nº 1.325

Homenagem a Gonzaga



“A MORTE DO VAQUEIRO

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido,
Nas quebradas do sertão.
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Rengo, lengo, engo, lengo,
Tengo, lengo, tengo
Tendo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo”.


“A toada ‘A Morte do Vaqueiro’ foi gravada no ano de 1963 em um disco de 78RPM, tendo Nelson Barbalho como parceiro de autoria. Em depoimento à jornalista francesa, Dominique Dreyfus, que escreveu a biografia ‘Vida do Viajante – A Saga de Luiz Gonzaga’, Nelson Barbalho relembrou o momento da composição: “A Morte do Vaqueiro foi composta na rua Vidal de Negreiros, nº 11, no Recife. Nós almoçamos juntos e depois fomos para a sala. Tinha um relogiozinho feito de coco, daqueles que balançam e Luiz ficou olhando o relógio e, daqui a pouco, falou: ‘eu sempre tive vontade de prestar uma homenagem a um primo meu, que era vaqueiro e foi assassinado lá no Sertão’. E ele contou a história de Raimundo Jacó que foi assassinado na caatinga, e nunca ninguém soube quem era o culpado. Eu disse que isso podia fazer um baião danado de bom, e na mesma hora ele pegou na sanfona e fez: ‘Lá lari lari lara’ e eu fiz ‘Numa tarde bem tristonha’; e ele: ‘Larará lará Lara’ e eu: ‘Gado muge sem parar/ relembrando seu vaqueiro/ que não vem mais aboiar’ e, no final da tarde, a música estava pronta”.



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EU PEGUEI NOS " OSSOS " DO CANGACEIRO ZÉ BAIANO


Certa vez, fui parar no Povoado Alagadiço - Frei Paulo-SE, e visitei a sepultura dos cangaceiros ZÉ BAIANO, Chico Peste, Acelino e Demudado. 


Os OSSOS que estão guardados em uma caixa de vidro, foram retirados e, abertos os invólucros, constatei / vi ossos: mandibulas, pedaços de crânios, fêmur, costelas, arcadas dentárias, dentes soltos, etc.

 Desenho do Walter Barà

Essas cenas, jamais sairão da minha retina e da minha mente. Algo macabro, histórico e, que está preservado.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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ROSINHA ÚNICA FILHA DO REI DO BAIÃO


Rosinha Gonzaga. Única filha do rei do Baião, Luiz Gonzaga... Musa inspiradora, de Várias Canção do velho Lua...!!!

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Agora deu! Eu não sabia que Luiz Gonzaga tinha filha. A gente estuda e de nada a gente sabe. Tolo é o estudante que disser que sabe muito sobre isso ou sobre aquilo.

Fonte: facebook

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LAMPIÃO E SEU GRUPO


Virgulino Ferreira da Silva - Da esquerda pra direita: Cangaceiro não identificado, Vila Nova, Cacheado, Jurity, Sabonete, Diferente e Lampião, e aos pés de Lampião, o cachorro ligeiro.

Fonte: facebook
Página: Cap Cangaceiro

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AINDA SOBRE ANIVERSÁRIO DO REI DO BAIÃO



Vamos comemorar, é aniversário de LuizGonzaga! O eterno Rei do Baião completa hoje 102 anos nos nossos corações. Porque ele continua vivo através de sua obra! Prova disso é o espetáculo Cordas, Gonzaga e Afins, que tem excursionado todo o Brasil na voz de ElbaRamalho. E por falar em voz de Elba, venha ouvir a música "Treze de Dezembro", que celebra justamente o nascimento de Luiz Gonzaga! 

Clique aqui: http://goo.gl/1vD11T


Fonte: facebook
Página: Elba Ramalho

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CANGAÇO XII

Material do acervo do pesquisador do cangaço Antonio Morais

Por volta das sete da manhã, Pedro José chegou à casa do prefeito Rodolfo Fernandes, de modo Cortez, considera inaceitável a resposta do bandoleiro e revela a disposição de enfrentá-lo. Levou Pedro ao aposento, onde havia vários caixões com latas de querosene e gasolina. Mostrou-lhe o que estava aberto, cheio de balas. Adiantou que tudo aquilo era munição. Exagerou o número de homens, em armas, na cidade. A conversa visava impressioná-lo e a seu mandante. Entrega-lhe a resposta da carta, escrita de maneira e não agravar a situação dos reféns com as vidas ameaçadas. Pedro saiu apreensivo. Bate a porta dos amigos. Conseguiu com os comerciantes Amâncio Leite e Ezequiel Fernandes o necessário para sua liberdade. Encontrou Salustiano. Soube já ter sido enviado a importância do seu resgate por Belarmino de Morais, residente naquela região. Salustiano escusara-se de voltar com receio dos bandidos. Embora o caso estivesse resolvido, Pedro, em cumprimento a palavra dada. Separou três contos e quinhentos e foi ao encontro de Lampião. E, perguntou: 

- Recebeu meu dinheiro? 

- Sim. 

- Aqui está o de Azarias. 

Enquanto entregava a resposta da carta de Antonio Gurgel, acrescentou: 

- O prefeito manda dizer que tem dois mil homens lhe esperando, e que fosse buscar o dinheiro! 

Virgulino não se alterou e, esboçando um sorriso, concluiu: 

- Qual nada, isso é para me intimidar! Não acredito nisso! Não é isso tudo não! Ele vai saber se vai me intimidar!

Resposta do Ultimato:

Antonio Gurgel.

Não é possível satisfazer-lhe a remessa dos quatrocentos contos, pois não tenho, e mesmo no comércio é impossível encontrar tal quantia. Ignora-se onde está refugiado o gerente do banco, Sr. Jaime Guedes. Estamos dispostos a recebê-los na altura em que eles desejarem. Nossa situação oferece absoluta confiança e inteira segurança.

Rodolfo Fernandes- Prefeito.

CONTINUA...

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