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quarta-feira, 9 de março de 2016

LAMPIÃO O CANGACEIRO

Por João de Sousa Lima

LAMPIÃO, O CANGACEIRO! 

Novo livro de João de Sousa Lima na praça; em segunda tiragem. Lampião e sua ligação com os coronéis baianos, o Raso da Catarina e muitas outras histórias. Esse é o mais novo lançamento do historiador e escritor pernambucano, radicado em Paulo Afonso. 

O livro traz um breve relato sobre quem foi Lampião; traça sua ligação com os dois mais famosos coronéis da Bahia, o coronel Petronilio de Alcântara Reis e o coronel João Sá; nos remete as histórias acontecidas dentro do Raso da Catarina e cita várias histórias colhidas pelo autor e que foram vinculadas ao longo do tempo no blog:

O livro tem 232 páginas e dezenas de fotografias incluindo muitas inéditas sobre o cangaço, está sendo lançado no valor de R$ 40,00 e pode ser adquirido diretamente com o autor; através de email ou deposito em conta. O livro já com o frete para todo Brasil fica por R$ 45,00.
  João de Sousa lima - Banco do Brasil
Agencia : 0621-1
C/C: 25293-X 

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OS SEGREDOS DO LIVRO AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA.


O que representa esse senhor para a história do cangaço em Floresta.

Aos 92 anos, Manoel Ângelo Torres carinhosamente chamado "Véio", é memória viva da passagem de Lampião na região da Tapera e do Mundé. É filho de José Ângelo Torres (Zé de Anjo). Cassimiro Gilo não estava no Ceará no fatídico dia 28/08/1926 como afirmam erradamente alguns escritores. Ele escapou da morte certa porque estava na companhia de Zé de Anjo. Véio teve um relacionamento com Luciana Barros da Rosa (Lulu) - ela estava dentro da casa dos Gilos na hora do ataque e também perdeu o seu pai, morto na terrível Chacina. Véio a época do romance tinha apenas 18 anos e Lulu 45. Desse envolvimento nasceu Nelson (Nelson de Lulu) que ainda reside na Tapera. Véio é sobrinho do temido volante Zé Freire de Itacuruba que participou do tiroteio e das mortes de do Caboclo Garapu e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá, na região vizinha a Tapera, o Mundé. Esse é um dos grandes trunfos dessa história - Fazenda Tapera - O presságio de uma Chacina - escrita em 50 páginas, fora 52 fotos inéditas. Quem viver, verá. CARIRI CANGAÇO FLORESTA EM MAIO. Lançamento do livro dia 26/05, na abertura do evento.

Fonte: facebook
Link: https://www.facebook.com/marcosdecarmelita.carmelita?fref=nf


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O CANGACEIRO CASCAVEL DO AFAMADO BANDO DE ANTONIO SILVINO


Segundo o pesquisador do cangaço Voltaseca Volta este senhor era um dos soldados do cangaceiro Antonio Silvino chamado de Cascavel. 

Fonte: facebook
Página: Volta Seca
Grupo: Lampião, cangaço e nordeste

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CANGACEIROS DEIXAM RASTROS EM CASTELO DO PIAUÍ


Eu moro em Picos-PI, mas nunca ouvi falar... o homem primitivo, tudo bem, aqui no Piauí tem muito disso mas, Cangaceiros??? 
O quê vocês acham dessa história?

Publicado em 11 de abril de 2014

A história do cangaço no Nordeste do Brasil é envolta em lendas e uma dúvida: eram heróis ou bandidos? Em Castelo do Piauí um cangaceiro cearense estabeleceu paragens no caminho para o Maranhão. Seus rastros continuam vivos na memória do povo.

Imagens: Volmar Cardoso
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A HISTÓRIA DE CASTELO DO PIAUÍ


O território de Castelo do Piauí, antigo Rancho dos Patos, pertenceu à freguesia de Santo Antonio do Surubim, hoje cidade de Campo Maior. Foi elevado a condição de freguesia com o nome de Nossa Senhora do Desterro em 27 de novembro de 1742, através de uma visita efetuada pelo Bispo do Maranhão, D. Manuel da Cruz.

Em Carta-Régia datada de 19 de junho de 1761, o povoado Rancho dos Patos foi elevado à categoria de vila, cuja instalação ocorreu a 13 de setembro de 1762, agora com o nome de Marvão.

Através do decreto republicano n° 20, de 22 de março de 1890, decreto getulista no° 754, de 30 de dezembro de 1942 e finalmente, Castelo do Piauí (Lei n° 169, de 08 de outubro de 1948). 

Os princípios da história de Castelo do Piauí remontaram a época do Brasil holandês (1630-1654) o oficial Elias Herckman, fora enviado pelo príncipe Mauricio de Nassau (1604-1679) para explorar minérios no Piauí, chegando a alcançar o poço dos enjeitados, no rio Poty, em 1641.

Uma das primeiras descrições abrangentes sobre a vila de Marvão nos foi legada em documento, pelo ouvidor da Capitania do Piauí, Antônio de Morais Durão. Trata-se de uma memória manuscrita, escrita em Oeiras, antiga capital da província, a 15 de junho de 1722. Nela Durão comenta o problema do banditismo nas regiões limítrofes com o Ceará.

“Esta vila de Marvão é a pior de toda a capitania, porque se acha no sitio mais seco e fúnebre da mesma. Tem únicas três casas ou moradores, pois ainda que aquelas são mais, não tem inquilino algum. O vigário, o juiz, o escrivão e o pior é que nem esperança deixa desses aumentos por lhe faltarem todos os princípios condizentes para os mesmos”.

O historiador Alencastre (1831-1811), por sua vez teceu longos comentários sobre Marvão na sua “Cronologia” (1857).

Como pode-se observar Castelo do Piauí no começo de sua história era apenas uma vila, denominada de vila do Marvão, com sua economia voltada apenas para a criação de gado e agricultura de subsistência.

Com o crescimento da população, cresce também a necessidade de atividades que possam gerar rendas.

Em 1956 o município contava comum a fábrica de aguardente de cana a Mangueira que no início era toda de forma artesanal, atualmente toda sua produção é industrializada, com isso gerou uma boa oferta de empregos.

Depois da instalação das atividades industriais o município começou a se desenvolver, outras industrias se instalaram e outras fábricas de aguardente de cana se juntaram a Mangueira como: Mineirinha, Beija-flor que fabrica também a Castelense, Chave de Prata e Xodoxinha. E a partir de 1998 instalou-se aqui a empresa ECB Rochas Ornamentais do Brasil Ltda, mineradora de capital multinacional que opera na extração do quartzito para a construção civil.

Com o desenvolver da atividade industrial o município, passou a arrecadar mais impostos e isso fez com que a economia de aquecesse, proporcionando mais investimentos em urbanização e programas sociais.

Podemos dizer que a atividade industrial ajudou a modificar o espaço geográfico do município de Castelo do Piauí, direta e indiretamente, visto que as empresas instaladas têm prioridade em contratar apenas trabalhadores do nosso município.

Com o desenvolvimento da atividade industrial se desenvolveu também o comercio, visto que o município conta hoje com muitas lojas de eletrodomésticos, casas de material de construção, etc. Foram instaladas agências bancarias, casa lotérica e agencia dos correios, fruto do capital gerado por algumas indústrias do município.

Hoje Castelo do Piauí conta com vários clubes para festas, praças, ruas pavimentadas, restaurantes, além de um ginásio poliesportivo, que funciona como centro de cultura e lazer.

Fonte: http://castelodopiaui2012.blogspot.com.br/p/historia_29.html

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AOS 96, MÚSICO FAMOSO POR TOCAR PARA LAMPIÃO FAZ 50 SHOWS POR ANO

Do G1 Vale do Paraíba e Região (*).
O pífeiro Sebastião Biano 96 anos, influenciou músicos como Gilberto Gil e Caetano, ao som do seu pífano (Foto: Divulgação/Geórgia Branco).

Famoso por se apresentar para o cangaceiro Lampião quando ainda era criança, o pifeiro Sebastião Biano segue na ativa aos 96 anos. Último remanescente da banda Pífanos de Caruaru, o músico que influenciou artistas famosos como Gilberto Gil e Caetano Veloso faz entre 40 e 50 shows por ano.

Neste sábado (5), Biano se apresenta às 20h no casco acústico do Projeto Tamar, emUbatuba, litoral norte de São Paulo. O show levará aos palcos o segundo CD do tocador de pífano com o grupo ‘Terno esquenta muié’, com duração de 90 minutos e entrada franca.

Carreira

Nascido em Alagoas, em 1919, Sebastião Biano aprendeu logo aos cinco anos a tocar o instrumento que lhe acompanha por toda carreira: o pífano. Trata-se de uma pequena flauta com um timbre mais intenso e estridente, devido ao seu diâmetro menor. Ainda criança fundou o grupo Pífanos de Caruaru, que era formado por seu pai, tios e irmãos. Entre os grandes sucessos da banda estão ‘Pipoca moderna’ e ‘A briga do cachorro com a onça’.

Sebastião Biano ao lado dos integrantes do 'terno esquenta muié' (Foto: Geórgia Branco/divulgação)

Um dos marcos na carreira de Sebastião Biano aconteceu há quase 80 anos. Em 1927, quando tinha oito anos, se apresentou para o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. “Estávamos em uma igreja no interior de Pernambuco, quando o cangaceiro pediu para meus irmãos e eu tocarmos para ele e seu bando. Todos nós estávamos com muito medo. Como a gente era criança, tocamos com todo cuidado para agradar ao Lampião” lembrou Sebastião Biano.

Após a apresentação, o alívio veio ao saber que Lampião tinha gostado do que ouviu. “Depois que terminamos de fazer nosso som, que foi na verdade o som que Virgulino tinha pedido ficamos bem mais tranquilos, eles até comentaram que nossa apresentação foi boa”, lembrou ainda Biano.

Sebastião Biano em turnê com o 'terno esquenta muié' (Foto: Geórgia Branco/divulgação)

Influência

A banda Pífanos de Caruaru criada pelo artista, influenciou Gilberto Gil e Caetano Veloso no surgimento do movimento da música conhecido como tropicalismo, quando o compositor o conheceu em 1967.

No álbum de Gil ‘Expresso 2222’, da década de 70, a primeira trilha é ‘Pipoca moderna’, música de Sebastião Biano que também foi gravada por Caetano no disco ‘Joia’, em 1975. O grupo recebeu em 2004 o prêmio de Melhor Álbum de música de raízes brasileiras na 5ª edição do Grammy Latino.

Turnê

Atualmente, Biano se envolveu em um novo projeto, e deu início às apresentações com o grupo ‘Terno esquenta muié’, no qual foram feitos dois CDs: o primeiro leva o nome da banda e o segundo chama ‘Chego Já’, lançado em 2015.

(*) colaborou Leonardo Medeiros

Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2016/03/aos-96-musico-famoso-por-tocar-para-lampiao-faz-50-shows-por-ano.html

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BRIGAM ESPANHA E PORTUGAL NO SERTÃO DO CEARÁ...


O historiador cearense Capistrano de Abreu sugere um estudo mais aprofundado da colonização dos sertões brasileiros. Ressente-se que a maior parte da nossa historiografia não vai além do litoral. Isto é compreensível porque foi no litoral que cresceram as grandes cidades e escolas, ficando os sertões num isolamento que só diminuiu com o avanço das estradas e dos meios de comunicação. Esse desterro em que viveram populações inteiras justifica a permanência de hábitos alimentares, narrativas orais, cantos e danças. Jorge Luis Borges afirmava não ter encontrado o Oriente em Israel, encontrando-o na Espanha. Da mesma forma podemos afirmar que é possível encontrar um Portugal e uma Espanha que não mais existem, em sertões nordestinos esquecidos no tempo, vivendo medievalmente à margem da história.

A literatura brasileira mais fiel a uma épica sertaneja é o Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Ou será Os Sertões, de Euclides da Cunha? Em ambos, o tema da guerra é o motivo da narrativa. No primeiro, um romance, uma disputa entre bem e mal, os bandos de jagunços de Joca Ramiro e do Hermógenes; no segundo, um livro de sociologia e história, a mesma disputa entre bem e mal, representada no povo pobre de Canudos e nas forças policiais da riqueza e do poder instituído. A Guerra de Canudos significou mais para Euclides da Cunha que para a história política do Brasil. Euclides criou uma grande obra e os políticos e poderosos continuam indiferentes aos humilhados e ofendidos.

Três livros sem maior repercussão na vida literária do país, nem mesmo nas cidades onde foram criados, ilustram como vivemos à margem da nossa história: O Clã dos Inhamuns, do cearense Nertan Macedo; O Tratado Genealógico da Família Feitosa, do também cearense Leonardo Feitosa; e Os Feitosa e o Sertão dos Inhamuns, do brasilianista Billy Jaynes Chandler. Neles, conhecemos um pouco da colonização do Ceará, ocorrida a partir do final do século 17, e constatamos o que afirma o poeta Mário Hélio, que as histórias sertanejas em nada ficam a dever à épica e à tragédia gregas.

Duas famílias, os Monte e os Feitosa, durante anos guerreiam entre si, disputando terras e poder, nos sertões dos Inhamuns, Cariri e Icó, aliadas às tribos indígenas locais. O território da guerra é maior que o de muitos países europeus. O curioso da narrativa é que um pedaço da história de além-mar é transposto para as bandas de cá do Nordeste. Os Monte eram cinco irmãos, dois homens e três mulheres, de origem espanhola, que vieram da Europa, fugindo do rigor das perseguições da Inquisição. Dois deles, Geraldo do Monte e sua irmã Isabel, internaram-se nos sertões de Pernambuco e vieram ter ao Ceará. No engenho Currais de Serinhaém, em Pernambuco, residiam os Feitosa, de origem portuguesa, que se comprometeram gravemente no levante dos Mascates do Recife. Para evitar a perseguição que se fez aos brasileiros que entraram nesta sedição, fugiram para o interior do Ceará, onde se fixaram nas proximidades de Icó. O relato é dos historiadores citados. O destino faz com que essas duas famílias se encontrem e se cruzem. Isabel, irmã viúva de Geraldo do Monte, casa com Francisco Feitosa, da família de Serinhaém.

A trama está armada. Questões de honra e disputas pela terra colocam os Monte e os Feitosa em palcos diferentes. A Ibéria se transpõe para as terras secas dos sertões cearenses. A Espanha representada por perjuros e Portugal, por insurrectos. Guerras e rivalidades seculares podem se continuar na paisagem de angicos, aroeiras, imbuzeiros, jucás e pereiros; e no leito seco de rios que só correm no inverno. Ao invés de castelos de ameias, casas de taipa de cumeeiras altas, só mais tarde substituídas por casarões alpendrados de tijolo, alguns com pedestais de mármore vindos da Itália. No lugar de armaduras e brasões de metal reluzente, roupas de couro rude, dos rebanhos apascentados no planalto. Os luxos de ouros e veludos só irão aparecer depois. No início, só existem a dureza da terra, a lei bárbara, a solidão. Matanças infindáveis para garantir o poder. A união proposta pelo casamento degenera em guerra. O velho sangue ibérico, diluído em gerações, é sempre o de espanhóis e portugueses, disputando pedaços de terra.

É também possível que a guerra entre Tróia e Grécia tenha significado mais para Homero, que para os gregos. Homero escreveu o seu poema, que fixa o idioma clássico, organiza a mitologia, arruma os deuses no Olimpo. Os bravos aqueus ou morreram nos combates ou em casa, velhos e nostálgicos. Sem Homero, eles não teriam existência, cobertos pela poeira do esquecimento. A guerra sertaneja entre Montes e Feitosas já rendeu alguns livros. Poderá render muitos outros, pois sobram enredo e mistério. Falta o olhar sobre a nossa história, para que não aconteça o que canta Gerardo Melo Mourão: “Iam caindo: à esquerda e à direita iam caindo; ...primeiro os que já eram lenda na memória dos velhos, depois os avós de meus avós, porque antes tombavam hierárquicos e cronológicos”. Caindo todos no esquecimento da nossa pobre história de Nação.

Ronaldo Correia de Brito em:



Fonte: facebook
Página: Cangaceiros Cariri

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GLOBO REPÓRTER - O PISTOLEIRO DA SERRA TALHADA (1977)

https://www.youtube.com/watch?v=yajh-7I3ZyM

GLOBO REPÓRTER - O PISTOLEIRO DA SERRA TALHADA (1977)

Publicado em 6 de mar de 2015
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CARIRI CANGAÇO FLORESTA 2016


26 a 28 de Maio - Hotéis e Pousadas credenciados:
1.Floresta Hotel - Oficial do Evento
Preço da diária:
01 APTº. IND. R$ 79,00
01 APTº. DUPLO R$ 114,00
01 APTº. TRIPLO R$ 137,00
Obs: Caso faça a opção de ficar no Hotel Oficial, a reserva deverá ser feita por email e indique que é a tarifa especial do Cariri Cangaço:
Floresta Hotel - Fone: (87) 3877-1335 Email : florestahotel@gmail.com Maria das Graças - Gerente do Hotel : (87) 9. 9902-6454 (TIM)
2. Hotel Cavalcanti Ribeiro
Preço da diária:
01 APTº. IND. R$ 79,00
01 APTº. DUPLO R$ 114,00
01 APTº. TRIPLO R$ 137,00
Tratar com Fernando Cavalcanti fone 087-99646-3338
fernandocavalcanti2007@ig.com.br
3. Hotel Parque das Caraibeiras
Preço da diária:
Aptº Single p/ 1 pessoa c/ ar e café = R$ 70,00
Aptº Duplo p/ 2 pessoas c/ ar e café = R$ 110,00
Aptº Triplo p/ 3 pessoas c/ ar e café = R$ 135,00
Aptº Single p/ 1 pessoa c/ ventilador e café = R$ 50,00
Aptº Duplo p/ 2 pessoas c/ ventilador e café = R$ 90,00
Aptº Triplo p/ 3 pessoas c/ ventilador e café = R$ 120,00
RUA JOSE XAVIER FILHO, Nº 07- SANTA ROSA - FLORESTA-PE
E-mail: hpc.florestadonavio@gmail.com
FONE: (87) 3877-2683 (87) 9 9973-0003 (TIM)

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ENTENDA, DETALHADAMENTE, A HISTÓRIA DA DATA DO NASCIMENTO DE MARIA GOMES DE OLIVEIRA

Por Sálvio Siqueira

É muito sólida, hoje, a ‘nova’ data do nascimento de Maria Gomes de Oliveira, segundo pesquisa do sociólogo Voldi de Moura Ribeiro.

Sociólogo Voldi de Moura Ribeiro - Sociólogo e pesquisador

Até certa data, as informações contidas nas obras literárias, matérias e postagens em grupos de estudos sobre o tema, blogs e páginas particulares em redes sociais, era de que a data do nascimento da “Rainha do Cangaço”, se deu em 08, de março de 1911.

Não estamos falando de simples escritores que não deixam sua cadeira e vivem a debruçarem-se em sua escrivaninha, mas, em nomes como Antônio Amaury Corrêa de Araújo e Vera Ferreira (neta de Maria Gomes), que no ano de 1997 e 1999, publicam com a data 08 de março de 1911; Frederico Pernambucano de Mello, publica a mesma data em 2010; João de Sousa Lima, também segue esse parâmetro publicando em 2003 e 2005; Alcino Alves Costa, em 2003, idem, publica a mesma data,08/03/1911.

Então, se há um equívoco em literaturas de tão renomados escritores/pesquisadores, é lógico e evidente que nós, simples estudantes do tema, também embarcamos no mesmo.

Na matéria sobre a pesquisa, o sociólogo cita um ‘quadro’ onde consta, as datas do nascimento da mesma, publicados por renomados escritores, acima citados, além de vários outros.
Essa riquíssima matéria foi ‘pescada’ no blog do amigo Rostand Medeiros, tokdehistória.com

"SOCIÓLOGO ENCONTRA NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE MARIA BONITA
25/10/2011 ROSTAND MEDEIROS 
Fonte – http://lampiaoaceso.blogspot.co

Rostand Medeiros

O sociólogo e pesquisador Voldi de Moura Ribeiro, em recente evento trouxe ao conhecimento geral, novas e interessantes sobre a figura de Maria Bonita, a companheira de Lampião. A seguir vocês vão ler o desenrolar desta pesquisa. Parabenizo o pesquisador Voldi pelo empenho e iniciativa.

A presente Nota Prévia tem como objetivo dar conhecimento público aos seguidores do Blog Lampião Aceso da localização e do registro do ASSENTAMENTO DO BATISMO de MARIA BONITA contendo a exata indicação das datas: de realização da cerimônia religiosa e do seu nascimento.

Resultado de pesquisa documental e oral, operada a partir de abril de 2011, quando da realização do III Seminário do Centenário de Maria Bonita, promovido pela Prefeitura de Paulo Afonso-BA e, principalmente, realização da exposição Maria Bonita em Nós, promovida pela empresa Cria Ação Comunicação e Arte Ltda., sob a curatela e criação do padre Celso Anunciação, que contou também com a nossa assessoria técnica.

Uma questão muito emblemática para todos, incluindo muitos pesquisadores e historiadores, era a exata confirmação da data de nascimento de Maria Bonita. As imprecisões começavam quando comparávamos: para Virgulino Ferreira da Silva, o capitão Lampião, se encontrou o assentamento do batismo católico e o registro civil de nascimento – é mister que se esclareça – desencontrados em datas, meses e anos. Contudo todos os estudiosos consensam ser o ano de 1898 com o do seu nascimento.

A pergunta que não calava era: por que para Maria Bonita só nos restaram imprecisões de anos ou a única indicação de data, mês e ano – 08 de março de 1911 – sem que se tenha apresentada qualquer evidência documental?

1. Os Registros Históricos do Nascimento de Maria Bonita na Voz dos Autores.

O quadro a seguir sintetiza de modo rápido as diversas indicações quanto à data de nascimento de Maria Bonita: (ver quadro na parte das fotos, abaixo)

Quadro sintetiza de modo rápido as diversas indicações quanto à data de nascimento de Maria Bonita:

A primeira indicação da data somente foi encontrada na 9a referência, contida no livro “O Espinho do Quipá – Lampião, a História”, publicado em 1997, 87 anos após seu nascimento e, coincidentemente, 60 anos após sua morte, contudo sem prova documental. Esta constatação, portanto, é o que despertou e moveu nosso interesse em desvendar tão logo e grande mistério da historiografia do Cangaço.

Com o apoio e direta colaboração de Celso Anunciação, com o qual tivemos acesso aos registros eclesiásticos da Paróquia de São João Batista de Jeremoabo e também da Paróquia de Santo Antônio da Glória, cujos livros se encontram arquivados na Cúria Diocesana da atual Diocese de Paulo Afonso-BA.

Justiça seja feita. Com relação a Celso Anunciação, por mais insistência que tenha sido feita à co-autoria da presente Nota Prévia e do futuro livro a ser concluído em brevíssimo tempo, respeitando sua vontade não posso deixar de afirmar que sem sua direta colaboração, possivelmente perderíamos a chance de encontrar o assentamento de batismo de Maria Bonita. Os livros consultados se encontram por demais comprometidos tanto na conservação quanto no factível dando físico se forem manuseados.

Também não posso suprimir a providencial orientação e anuência prévia do resultado desta pesquisa, obtida com o grande historiador e amigo pessoal Frederico Pernambucano de Mello.

2. A Missiva de 1971 ao Bispado de Bonfim

A terceira referência que faz referência ao ano do nascimento de Maria Bonita se encontra no registro do pesquisador Antônio Amaury Corrêa de Araújo, quando no ano de 1971, uma missiva foi remetida à sede do Bispado de Bonfim no estado da Bahia, endereçada ao padre Vicente O. Coutinho, referido como secretário do citado Bispado (Diocese). Esta missiva é de particular importância no presente estudo. Os termos da mesma demonstram a busca pelas informações do pesquisador referido.
Não é de se estranhar que após 40 anos, em 2011, se tenha encontrado a carta datada de 16 de março de 1971, aparentemente sem resposta daquele Bispado, com os seguintes dizeres conforme fac-símile a seguir:

Carta do Dr. Amaury. Frente
Carta do Dr. Amaury. Verso
Envelope da carta do Dr. Amaury. Frente e verso.
Transcrição
"Aos sete dias do mês de setembro de mil nove centos e dez, baptisei solenemente a Maria, nascida a desessete de janeiro de mil nove centos e dez filha natural de Maria joaquina da Conceição. Foram padrinhos Agripino Gomes Baptista e Maria Joaquina da Conceição. E para constar fiz este assento que me assigno. Vigário Euthimio José de Carvalho"

É explicável o motivo pelo qual não tenha havido resposta à missiva de Antônio Amaury por parte do Bispado de Senhor do Bonfim/BA, senão vejamos: há a imprecisa indicação dos nomes próprios do pai e da mãe e de Maria Bonita. Nada de mensurar criticamente o pesquisador. Na época, é de se imaginar com os dados disponíveis, que qualquer um poderia cometer tais equívocos. Vale, no entanto a intenção positiva do pesquisador hoje já consagrado.

As conclusões e outras possíveis novidades estarão impressas no nosso trabalho que se encontra no prelo, aproveitamos para apresentar a capa deste.

3. Registros das Paróquias de Santo Antônio da Glória e de São João Batista de Jeremoabo e dos Cartórios do Registro Civil de Santo Antônio da Glória e de Jeremoabo/BA.

Dado o precário estado de conservação em que se encontram os livros consultados a pesquisa, além de difícil requereu a adoção de cuidados especiais para que os registros não fossem danificados.

Os registros paroquiais consultados foram os seguintes: assentamentos de batismos do período compreendido entre os anos de 1901 a 1922 e para os assentamentos de casamentos do período compreendido entre os anos de 1907 a 1940.

Os registros cartoriais e civis consultados foram os seguintes: termos de nascimentos do período de 1902 a 1937 e para os termos de casamento do período de 1900 a 1940.

4. O assentamento de Batismo.

Imagem da certidão escaneada na íntegra

Nas primeiras consultas foi identificado o que veio no final da pesquisa a ser confirmado como o Assentamento de Batismo de Maria Bonita, encontrado na Paróquia de São João Batista de Jeremoabo no Livro do período de 1909 a 1915, de número 04 e na folha 30 verso, conforme se encontram a seguir a imagem em substrato da folha fotografada e a Certidão emitida(...)

Na consulta ficou evidenciada a utilização dos termos “filha (o) legítima (o)” somente quando compareciam à cerimônia do batismo o pai e a mãe respectivamente.

Quando ocorria de comparecer à cerimônia apenas a mãe os termos utilizados eram “filha (o) natural”. Não foi encontrado nenhum assentamento de batismo com o comparecimento somente do pai.

Estes formatos de registros nos assentamentos de batismos são comuns nos livros consultados com distintos párocos e períodos.

As confirmações encontradas podem ser assim relacionadas: 

a. A coincidência do nome civil da mãe, Dona Déa – Maria Joaquina da Conceição”;

b. A celebração da festa religiosa anual consagrada a Nossa Senhora das Dores realizada no arruado de Santa Brígida, no mês de setembro, quando o vigário da paróquia de Santo Antônio de Jeremoabo, em período denominado “desobriga” atendia às celebrações religiosas de missas, batismos e casamentos. Confirmação obtida com entrevista realizada com Ozéas Gomes de Oliveira (irmão mais novo de Maria Bonita) e sua esposa Dona Abelízia, quando em visita realizada na sua residência na Malhada da Caiçara;

c. Confirmação obtida com a Sra. Abelízia, esposa de Ozéas, da existência passada de um cidadão denominado “AGRIPINO”, morador do Sítio do Taráe, localidade vizinha à Malhada da Caiçara;

d. A não identificação nos assentamentos de batismos pesquisados nas Paróquias de Santo Antônio da Glória e São João Batista de Jeremoabo, de nenhum registro que indicasse qualquer semelhança com o registro encontrado e fotografado e a certidão emitida e assinada pelo Padre José Ramos Neves;

e. A não identificação dos registros civis dos termos de nascimentos dos cartórios de dos municípios de Santo Antônio da Glória-BA e Jeremoabo-BA, de nenhum registro que indicasse qualquer semelhança com o registro encontrado e fotografado e a certidão emitida e assinada pelo Padre José Ramos Neves.

5. Breve Conclusão.

Dada a evidência do Registro e da Certidão extraída e das confirmações relacionadas, bem como de se ter também encontrado o assentamento do casamento de Edvaldo Ferreira Dias e Joanna Maria d’Oliveira (irmã de Maria Bonita), realizado não na Matriz, no dia 18 de abril de 1936, pelo Vigário e Padre José Magalhães e Souza da Paróquia de São João Batista de Jeremoabo, se pode afirmar com segurança que MARIA BONITA NASCEU AOS 17 DE JANEIRO DE 1910.

Crato, Ceará, 22 de setembro de 2011.
Voldi de Moura Ribeiro
Sociólogo e Pesquisador

P.S. – Algumas Letras do Organizador deste Blog Sobre este Trabalho.
Para muitas pessoas, o tema cangaço em livros já se esgotou. Já deu o que tinha de dar. 

Alguns afirmam que livros sobre o cangaço que valem a pena serem lidos, são aqueles escritos com informações obtidas diretamente com os protagonistas dos fatos. Como a grande maioria deste pessoal passou para um plano superior, o que tem se escrito nos últimos anos é “lixo”.

Afirmam que viajar para os locais onde ocorreram os episódios é “perda de tempo” apenas “turismo em terra seca”. Partem do princípio que “como quem viu morreu”, não vale a pena o esforço.

Colocam que obras sobre o cangaço realizadas através de pesquisa documental não serve. Pois em jornais e processos existem muitas “mentiras”, já que “papel aceita qualquer coisa”. 

Talvez para muitos, o que o sociólogo Voldi fez com a conclusão de sua pesquisa, seria apenas a mudança de um pequeno detalhe na biografia desta mulher de bandido e que talvez nem valesse a pena escrever um livro sobre isto.

Concordo que nos último anos, o mercado editorial sobre o tema cangaço ficou extremamente povoado de material produzido por oportunistas. Pessoas que possuem até uma certa titularidade, mas que, sem viajar para realizar pesquisas de campo no sertão e sem efetuar pesquisas documentais em arquivos, partem para o descarado “Ctrl C” x “Ctrl V” de muita coisa que já foi feita e nada trazem de novo. 

Mas não podemos esquecer que muitos livros escritos sobre o cangaço na época que existiam as testemunhas, quando estas estavam lúcidas, foram escritos de forma extremamente tendenciosa, povoados de mitos, “causos” e de pura mentira. 

Neste sentido, só posso parabenizar Voldi de Moura Ribeiro (a quem não conheço, com quem nem sequer conversei e muito menos tenho dele algum tipo de procuração para falar em seu nome), pelo esforço e trabalho desprendido nesta pesquisa.

Ele mostra que ainda existe algo de bom a ser consumido na fonte do conhecimento sobre este assunto.

Mas tem que trabalhar.
O seu exemplo é para ser seguido.

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Rostand Medeiros é historiógrafo e pesquisador do cangaço; administrador do blog Tok de História - http://tokdehistoria.com.br/

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Página: Sálvio Siqueira
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