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sábado, 31 de outubro de 2020

ZE SATURNINO SE DESPEDE DO MUNDO CANTANDO ABOIOS.

 Por José Mendes Pereira

Afirmam os historiadores que na noite em que morreu José Saturnino o maior inimigo dos Ferreiras, cantou aboios como nunca o fizera em toda sua acidentada vida no campo, tangendo as reses.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/11/sargento-ze-saturnino.html

Existe um dito popular que diz: que antes de morrerem, as pessoas revivem todo o seu passado. Se isso é verdade realmente, com certeza, naquela noite em que morria o velho fazendeiro Zé Saturnino deve se ter sentido novamente de arma na mão. Ao lado dos velhos e corajosos companheiros, fugindo das emboscadas armadas pelos Ferreiras, com eles lutando com aquela coragem que guardou até os últimos momentos da vida.

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ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO NOS ENTREGA MAIS DUAS MARAVILHOSAS OBRAS SOBRE O NORDESTE

   Por José Mendes Pereira


José Bezerra Lima Irmão escritor, pesquisador do cangaço e membro da Academia Gloriense de Letras em Nossa Senhora da Glória, no Estado de Sergipe, Membro Correspondente da Cadeira nº. 03, com uma vasta biografia, nascido no Alagadiço de Frei Paulo, no Estado de Sergipe, nos entrega mais duas maravilhosas obras sobre o Nordeste do nosso Brasil. Estas obras abaixo integram a trilogia do autor.


A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 

Tenente João Bezerra da Silva o exterminador de Lampião e seu grupo.

A demanda deste livro tem sido de Norte a Sul e de Leste a Oeste do chão brasileiro, e olha que ele já está na 5ª. edição. Cada um que solicita o livro quer conhecer tudo sobre Virgolino Ferreira da Silva o Lampião. 

Zé Saturnino o primeiro  e maior inimigo dos Ferreiras.

O livro fala desde o namoro dos pais de Lampião, casamento, onde foram morar após o enlace, a convivência, seus vizinhos, o porquê das intrigas com Zé Saturnino que antes era amigo da família Ferreira, casamento das filhas, filhos que partciparam do cangaço, quem primeiro morreu em combate dos irmãos de Lampião, o Ferreira que foi morto por último, isto é, antes de Lampião, o irmão de Lampião que não participou do desastroso movimento social dos cangaceiros, as decepções que eles passaram, as perseguições policiais, as vitórias nos combates, os acordos feitos com autoridades... As mortes dos pais e quem os matou? Tudo você encontrará neste livro.

José Ferreira da Silva ou Santos e Maria Lopes pais de Lampião

Se você leitor, adquirir esta bela obra jamais irá conversar coisas que não aconteceram no cangaço e nem com os Ferreiras. O livro foi escrito com pesquisas colhidas nas fontes, lá onde aconteceram as maiores desgraças feitas pelo o capitão Lampião e seus comandados. 

A obra foi o resultado de 11 anos de pesquisas feitas pelo escritor José Bezerra Lima Irmão. Composto por um total de 736 páginas, 4 centímetros de altura e é do tamanho de folha ofício. Um trabalho que merece ser lido por todos aqueles que gostam do assunto  chamado "Cangaço"..


O Segundo livro da trilogia do escritor é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. 

Adquira-o o quanto antes! O autor trouxe para nós as ferozes lutas de famílias (Montes e Feitosas; Melos e Mourões, brilhantes e Limões; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas; Pereiras e Carvalhos; Arrudas e Paulinos, Alencares, Sampaios, Filgueiras e Saraivas; Ferraz e Novaes; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques; Peixotos e Maltas; Omenas e Calheiros) cizânias políticas, pistolagem chacinas e outros episódios tenebrosos, como os assassinatos de Delmiro Gouveia, do Beato Franciscano e de Paulo César Farias.


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assunto que dá gosto a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

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CABACEIRAS NA ÉPOCA DO CANGAÇO DE QUE E COMO SE ALIMENTAVAM OS CANGACEIROS?

 Texto Noberto Castro

Nos tempos do cangaço, os modos de vidas dos cangaceiros eram muito improvisados. Não haviam muito tempo disponível para as atividades necessárias. Na vida corrida que levavam os foras das leis, não havia alimentação certa. Nem tão pouco local e hora certa pras refeições do dia a dia.

Diferente de nós hoje, socialmente, os cangaceiros que viviam nas caatingas não tinham horário certo de tomar café da manhã, almoçar ou jantar. As vezes nem faziam essas refeições durante o dia. Como já dissemos, suas alimentações eram improvisadas.

Os alimentos do cagaço eram de origens animais e vegetais. Nesse tempo, alguns alimentos naturais podiam ser encontrados e preparados nos ranchos. Dentro das furnas de algumas fazendas de coiteiros eles queimavam gravetos e outras madeiras de fácil combustão. Muitas vezes usavam até o chapéu para abanar o fogo.

Em Cabaceiras da Paraíba, visitamos algumas fazendas onde o bando de Antonio Silvino cavava buraco na terra, ou fazia trampe nas furnas para cozinhar batata doce, macaxeira, milho verde, jerimum feijão de corda... E algumas caças do mato. Mas quando terminava a refeição apagava o fogo. E toda às vezes cobria o local para não deixar pistas para as volantes. Achava que se não fizesse assim, a fumaça se reconstituía e poderia servir de avisos a polícia.

Já em outras regiões o bando de Lampião também costumava fazer fogo em trampes de pedras e preparar alguns alimentos. Depois desmanchava e cobria o local para não deixar rastros.

Na época do cangaço se usavam como utensílios para colocar comidas: as cuias de cabaças, copos de ágata, panelas de barros, vasilhas de queijo do reino, doce e outras mais como de Biscoitos Aimorés. Em meu acervo histórico, em Cabaceiras da Paraíba, ainda guardo alguns objetos desses antigos. Para conduzir água usava o bogó, um objeto revestido com couro que conservava água fresca nas longas caminhadas. O cabaço era mais usado. Cada um tinha o seu.

Os cangaceiros não tinha muito cuidado com a higiene dos alimentos. Não costumavam lavar a comida para se alimentar. Nem tão pouco os objetos que usavam para se alimentar. As vezes comia até um alimento azedo de fermentação.

Nos tempos do cangaço as refeições dos cangaceiros podiam ser em qualquer lugar ou horário do dia ou da noite. Muitas vezes chegavam fora de hora das refeições nas casas dos coiteiros. Coitada da Dona Clementina Meira (Dona Miné), esposa do fazendeiro Severino de Barros Leira, quem o dizia:"-Essas pestes não tem hora pra chegar nas casas dos outros". Algumas vezes era que chegavam nas horas habituais. Livres das perseguições, repousavam com mais traquilidade nas fazendas dos coiteiros. E nesses lugares, a quantidade dos alimentos dependia das condições dos fazendeiros. Depois das refeições descansavam nas sombras das arvores.

Nos dias que os cangaceiros estavam sendo perseguidos não pousavam para se alimentar. Passavam fome e sêde. As vezes andando mesmo, nesses casos passava a mão em seus bornais e mastigavam farinha com carnes de bode seca, raspadura ou queijo para comer às pressas.

A básica alimentação do cangaço era carne seca de bode ou de boi, farinha de mandioca, raspadura, frutos do umbuzeiro, mandacaru, xiquexique, palmas... E caças do mato. Desprovidos de água nas caminhadas da caatinga bebiam os piores tipos.

Mas quando estavam nas fazendas dos coiteiros, a exemplo da Fazenda Bravo de Cabaceiras, do "Tio Ricardinho", como chamava Antonio Silvino, ai tomavam leite nos currais, comiam coalhada, batatas, cuscuz, queijo, xerém, galinhas perus, paçocas...

Na Fazenda Pocinhos de Cabaceiras, do Coronel Graciano da Costa Guimarães, além de todo comida "granfinada", ainda tomavam cachaça e vinho. Comprado no antigo mercada velho, na bodega de Chico Ramos, por Silvino Guimarães, filho do Coronel fazendeiro.

Baseado na obra digital: Cabaceiras na época do cangaço e nas histórias populares narradas pelos mais antigos.

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VISITANDO O DISTRITO DE COITÉ EM MAURITI

 Por Bruno Yacub

Visitando o distrito de Coité, em Mauriti e conhecendo de perto o palco dos acontecimentos do famoso combate entre Sinhô Pereira, Luis Padre, Lampião e seus irmãos, contra o célebre padre Lacerda. A pesquisa nunca acaba.


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CASAL DE CANGACEIROS CORISCO E DADÁ

 Por Rubens Antonio


"A sombra que me move também me ilumina..." - Um alagoano, Corisco, e uma baiana, Dadá, em 1936. - Estado atual das retificação e colorização minhas sobre foto original de Benjamin Abrahão.

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O ESPÓLIO DE LAMPIÃO.

Por Beto Rueda

Naquela fria manhã, no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, Sergipe, terminou o reinado de Lampião, o maior dos cangaceiros.

Atacados pela volante comandada pelo tenente João Bezerra, ele, sua companheira Maria e mais nove cabras perderam a vida.

As cabeças foram cortadas, os corpos deixados ali, aos urubus.

Segundo o Regimento Policial Militar, assinado pelo comandante, coronel T.Camargo Nascimento foram encontrados com os seguintes pertences:

Lampião:

- CALÇA E TÚNICA - calça caqui e túnica de brim alvorada com galões de sutache branco. Botões em ouro e prata.

- BORNAIS - um jogo bordado a máquina, com linha de várias cores e perfeito acabamento. Um fecho com dois botões de ouro e prata e outro com apenas um de prata. No suspensório nove botões de prata e ainda uma caixa de folha de flandres, coberta no mesmo pano dos bornais. Mais um bornal de brim azul mescla, bastante usado, próprio para carregar mantimentos, do ano de 1937 e as seguintes iniciais: "C.V.F.S.L.

- CHAPÉU - de couro, tipo sertanejo, em alto relevo em suas abas, com seis signos de Salomão; barbicacho de couro, com 46 centímetros de comprimento e ornado em ambos os lados com cinquenta e cinco peças de ouro, de confecção variada.

Testeira - com 4cm. de largura e 22cm. de comprimento, onde estão afixadas as seguintes moedas e medalhas: duas com a gravação "Deus te Guie", duas "Liras Esterlinas", uma "Moeda Brasileira" de ouro com a efígie de "Petrus II", de 1855, e ainda duas brasileiras de ouro, respectivamente de 1776 e 1802.

barbicacho traseiro de couro, com as mesmas dimensões da testeira e ornado com as seguintes peças de ouro: duas inscrições com a palavra "Amor" e uma com a mesma inscrição e um pequeno brilhante e quatro outros desenhos diferentes.

- ÓCULOS - um com vidros escuros e aros de ouro.

- LENÇO - de seda vermelha com bordados simples em três ângulos. No quarto, apenas um risco.

- LUVAS - um par, de pano bordado.

- BOTÕES - para colarinho e punhos.

- PLATINA - uma fazenda azul com três galões.

- CARTÕES DE VISITA - com variadas inscrições, como - "Saudade", "Recordação", "Lembrança" e "Amizade". Em alguns um "P" com inicial e em outros "C.L".

- ANÉIS - um de pedra verde, outro de ouro, com as iniciais na parte exterior: "C.V.L." e um terceiro de identidade, gravado o nome "Santinha".

- ALIANÇA - uma de ouro, com as inscrição "Capitão Lampeão", na parte interna.

- ALPERCATAS - número 40, tipo sertaneja, de bom acabamento e bordada com ilhós coloridos.

- PALMILHA PARA ALPERCATAS - com metade pé de anjo.

- APITO - dourado inglês, da marca "The Acme".

- COBERTORES - de Chita, forrados.

- MOSQUETÃO - modelo Mauzer 1908, de uso do Exército Brasileiro, em perfeito estado de conservação, número 314, série B, bandoleira enfeitada com 7 escudos de prata e gravado uma estrela; uma moeda de prata do Império, no valor de mil réis e vinte e cinco ilhoses brancos, reforçado.

- CARTUCHEIRA - De couro, com enfeites de costumes da caatinga e capacidade para armazenar cento e vinte cartuchos de fuzil e mosquetão, com um apito de metal amarelo preso a uma corrente de prata com um orifício a altura do peito esquerdo, originado por bala de fuzil.

- PISTOLA PARABELLUM - 9 mm., número 97, ano de fabricação 1918, com bainha de verniz preto, demonstrando bastante uso.

- PUNHAL - De folha de aço, com 67 centímetros de dimensão, com cabo e terço de níquel, adornado o cabo com três anéis de ouro, notando-se na lâmina uma mossa produzida naturalmente por bala; bainha toda de níquel, com forro interno de couro na parte superior, estrago produzido por bala.

- ORAÇÕES - um pacote contendo várias.

Pertences encontrados com Maria Bonita:

- Luvas de fazenda, vestidos, chales finos, moedas dos anos de 1776, 1802 e 1855, de procedência nacional, alianças, medalhas de ouro com imagens de santo no verso e no reverso, medalhões "Deus te Guie", última moda na época e outras peças de ouro.

Sobre os despojos, nos conta o pesquisador Joel Reis:

"O jornalista Melchiades da Rocha teve influência direta no manejo dessas peças, inclusive, cabendo a ele a responsabilidade de “trazer os referidos objetos .Inicialmente, após terem chegado a Maceió, trazidas do esconderijo Angico, as peças ficaram expostas no Rio de Janeiro em um esforço de “proporcionar à população carioca a excelente oportunidade de tão interessante exposição”. Até o ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema (1900-1985), reforçou junto ao governo alagoano o pedido de envio dos “trophéos” para o Rio, justificando a aquisição dos “objetos encontrados entre os despojos do grupo do cangaceiro Lampião e que apresentam interesse do ponto de vista da Etnografia e da arte popular”.

Os objetos encontrados servem até hoje de grande importância para o estudo do tema cangaço, fica a pergunta: qual o destino do dinheiro e a grande quantidade de ouro que os cangaceiros carregavam?

REFERÊNCIAS:

OLIVEIRA, Aglae Lima de. Lampião Cangaço e Nordeste. Rio de Janeiro: Editora O Cruzeiro, 1970.

MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. São Paulo: A Girafa Editora, 2004.

ARAÚJO, Antônio Amaury Corrêa. Assim Morreu Lampião. São Paulo: Editora Traço, 2013.

IRMÃO, José Bezerra Lima. Lampião: a raposa das caatingas. Salvador: Editora JM e Gráfica, 2014.

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MORRE O ATOR SEAN CONNERY, FAMOSO POR INTERPRETAR JAMES BOND

Por AFP

Morreu o ator escocês Sean Connery, famoso por interpretar o papel de James Bond nos cinemas. O artista estava com 90 anos.

Connery nasceu em Edinburgh, na Escócia, em 25 de agosto de 1930. O ator inaugurou a franquia do agente britânico James Bond no cinema, com o filme 007 contra o Satânico Dr. No, de 1962.

Connery ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Os Intocáveis, de 1987. Ele também ganhou três Globos de Ouro e dois Bafta.

https://www.correiodopovo.com.br/arteagenda/morre-o-ator-sean-connery-famoso-por-interpretar-james-bond-1.512312

https://www.youtube.com/watch?v=kiZOzckjViE&ab_channel=YouTubeMovies

O famoso ator deu adeus  na madrugada deste sábado, hoje (31) r sabe-se que ele dormia quando o seu coração deixou de bater. Ele já vinha doente e fazia algum tempo', segundo informou a sua família. O seu reinado de ator durou quase 60 anos de carreira. Ele atuou em mais de 90 papéis e ganhou mais de 30 prêmios, incluindo o Oscar de melhor ator coadjuvante por 'Os intocáveis' (1987).

Biografia

Thomas Sean Connery Kt. (Edimburgo25 de agosto de 1930 — Bahamas31 de outubro de 2020) foi um ator escocês.[1][2] É famoso desde a década de 1960 pelo papel no cinema do agente secreto do MI6 britânico, James Bond, criado pelo escritor Ian Fleming.

Nos mais de sessenta anos de estrelato, Connery construiu uma sólida carreira cinematográfica após deixar o personagem de 007 em 1971, estrelando filmes importantes e populares nos anos seguintes como The Man Who Would Be King (br: O Homem que Queria Ser Rei), Der Name der Rose (br: O Nome da Rosa), Indiana Jones and the Last Crusade (Indiana Jones e a Última Cruzada), The Untouchables (Os Intocáveis) e The Hunt for Red October (br: Caçada ao Outubro Vermelho), entre outros. Por sua contribuição às artes cinematográficas e ao Império Britânico, foi sagrado Sir pela rainha Elizabeth II em 2000, apesar de ao longo de toda a vida ter lutado pela causa da Independência da Escócia (Scotland) do Reino Unido. Faleceu em 31 de outubro de 2020 aos 90 anos.[3]

Biografia

Filho de pai católico e mãe protestante, Connery começou a vida como leiteiro em sua terra natal e até ter sua primeira oportunidade na vida artística, num musical chamado South Pacific, serviu na Marinha Real, foi motorista de caminhão e modelo vivo para artistas do Colégio de Artes de Edimburgo. Nesta época ele foi terceiro colocado no concurso de Mister Universo de onde, através da insistência de um amigo, saiu para fazer os testes para a peça, que acabou lhe abrindo o caminho para o trabalho de ator nos palcos, na televisão e nas telas de cinema.

Após trabalhos menores no cinema e na televisão inglesa, entre o fim dos anos 50 e começo dos 60, Connery chegou à fama internacional na pele do agente James Bond no filme 007 Contra o Satânico Dr. No em 1962, que inauguraria a mais bem sucedida e longeva série cinematográfica, que em 2012 completou 50 anos, e da qual Connery fez seis filmes oficiais, marcando o personagem de maneira definitiva.

Em 1971, depois de Diamonds are forever (007 Os Diamantes são Eternos), Connery deixou o personagem (por apenas doze anos, já que voltaria a ele em 1983, no filme Never Say Never Again (007 Nunca Diga Nunca Outra Vez), uma refilmagem de 007 Contra a Chantagem Atômica, feita numa produção de menor qualidade e com um Connery já envelhecido e que se revelou um fracasso de crítica e de bilheteria) para investir numa carreira mais diversificada.

A partir do sucesso de O Homem que Queria Ser Rei em 1975, dirigido por John Huston e co-estrelado por seu amigo Michael Caine, sua carreira entrou em ascensão em qualidade e diversidade, fazendo com que Connery se tornasse o único de todos os atores que interpretaram o papel de espião favorito de Sua Majestade a conseguir isso. Nas décadas seguintes, Sean estrelaria sucessos como HighlanderRobin e MarianO Nome da RosaIndiana Jones e a Última CruzadaArmadilhaA RochaCaçada ao Outubro Vermelho, e coroaria a carreira com o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua atuação em Os Intocáveis, com Kevin Costner e Robert de Niro, em 1987, numa cerimônia em que foi aplaudido de pé ao por todos presentes no Dorothy Chandler Pavillion, local da festa de entrega dos prêmios da Academia na época.

Nos últimos anos, após o fracasso comercial e de crítica de seu último filme, The League of Extraordinary Gentlemen (A Liga Extraordinária) Connery manteve-se afastado do cinema, em parte por sua decepção com o sistema de Hollywood, bem como por sua alegada declaração de que se concentra em escrever um livro sobre sua vida.

Vida pessoal

Sean Connery foi casado por onze anos (entre 1962 e 1973) com a atriz australiana Diane Cilento, com quem teve um filho, Jason Joseph, nascido em janeiro de 1963. Foi um relacionamento conturbado e amargo que levou a atriz a escrever uma autobiografia retratando Connery como um péssimo marido. Desde 1975 ele estava casado com a artista franco -tunisiana Michelline Roquebrune Connery. Até sua morte, vivia com a mulher em Nassau, nas Bahamas.

Em uma entrevista em 1965, Sean admitiu já ter batido em mulheres. “Não penso que haja nada particularmente errado em bater em uma mulher, embora eu recomende não o fazer da mesma forma que se faria com um homem. Um tapa aberto é justificável se todas as alternativas falharam e houve alertas suficientes”, disse. “Se uma mulher age como uma vaca, ou está histérica, ou irritante continuamente, então eu faria. Penso que um homem deve estar à frente das mulheres”. 

Vinte anos depois, ele sustentou esse pensamento em entrevista ao programa de Barbara Walters. 

“Não mudei minha opinião”, disse. “Não penso que é tão ruim, penso que depende inteiramente das circunstâncias, se há merecimento. Se você tentou tudo antes — e mulheres são muito boas nisso — e elas não querem deixar quieto e têm que dar a última palavra, então você dá a última palavra a elas. Mas se elas não ficam satisfeitas mesmo assim e querem levar o assunto de forma provocativa… Então, penso que é absolutamente correto”.[4]

Connery foi um dos maiores apoiadores e colaboradores financeiros do Partido Nacional Escocês, que luta pela independência da Escócia. Metade do seu cachê em 007 Os Diamantes São Eternos (na época, 1971, o maior já pago a qualquer ator de cinema, para que ele voltasse ao papel de Bond) foi doado ao partido e para ajuda a crianças carentes da Escócia. A Escócia tem hoje um parlamento próprio e Connery acreditava que ela se tornaria independente da Grã-Bretanha ainda durante sua vida. Seu apoio ostensivo a esta causa fez com que sua sagração a Cavalheiro do Reino Unido da Grã-Bretanha, que lhe deu o título de Sir, fosse adiada por muitos anos.

Após receber a Legião de Honra do governo francês em 1991, ele foi finalmente agraciado com o título de Sir pela Rainha Elizabeth II, em 5 de julho de 2000, numa cerimônia que, a seu pedido, foi realizada na Escócia e à qual compareceu vestido com um traje típico escocês, um kilt de caça do clã MacLean.

Contudo, seu patriotismo pela Escócia foi bastante questionado por opositores políticos na Grã-Bretanha, já que Connery se mudou de lá para fugir das pesadas taxas de imposto de renda do país.

Connery passou por duas importantes cirurgias: em 1993, foi obrigado a se submeter à radioterapia para eliminar nódulos na garganta e, em 2003, operou os dois olhos de catarata.

O ator morreu em 31 de outubro de 2020, aos 90 anos, nas Bahamas.[5] Segundo a BBC, a informação foi confirmada pela família do ator.[3]

 Fonte https://pt.wikipedia.org/wiki/Sean_Connery#:~:text=Thomas%20Sean%20Connery%20Kt.,criado%20pelo%20escritor%20Ian%20Fleming.&text=Faleceu%20em%2031%20de%20outubro%20de%202020%20aos%2090%20anos.

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PROFESSOR DA UNIVASF REVELA REGISTROS E SINGULARIDADES DO CANGAÇO DE LAMPIÃO.

Dois anos de pesquisa, mais de 200 livros consultados, 203 entrevistas realizadas são alguns dos subsídios que deram origem à obra Lampião: Um Estudo de Buscas e Essências. O livro de quase 700 páginas, escrito pelo professor da Univasf - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Aroldo Ferreira Leão reúne registros de um dos mais conhecidos personagens do sertão nordestino, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, contextualizando-o em uma abordagem cronológica das histórias que envolveram o cangaço no ambiente sertanejo do início do século passado. A primeira edição, publicada pela Editora Bagaço.

As informações extraídas de jornais da época, uma ampla pesquisa bibliográfica e em arquivos públicos, e centenas de anotações advindas dos depoimentos dos entrevistados por Aroldo Leão, estão compiladas em 19 capítulos que abrangem estudos e relatos e que resultaram em literatura com foco na cultura nordestina e traços do tempo do cangaço. Fatos que até hoje inspiram historiadores, repentistas e o povo sertanejo.

“A minha literatura é antes humana, cuja temática é para engrandecer o sertão, é também um resgate de nossa cultura que merece ser preservada”, frisa o autor. Ele ressalta ainda: “Parte do acervo documental utilizado na minha pesquisa poderá ser perdido”, alerta Aroldo. Ele explica: “Os originais depositados em arquivos públicos, que também foram fontes de consulta para este trabalho, estão mal conservados, esfarelando”, revela.

Entre os dados apresentados no livro está o registro da primeira vez que Lampião é citado pela Imprensa. Segundo Aroldo, foi em 1922, no Jornal Diário de Pernambuco que “copiou notícia publicada no Diário de Alagoas,” disse. O livro também exibe ilustrações e reproduções de fotografias e documentos. Dá destaque a capas de folhetos de cordel, revistas e jornais, títulos e reportagens com referências a Lampião. Imagens que enfocam raridades como momento de descontração no cangaço, até a famosa cena das decapitações.

Lampião: Um Estudo de Buscas e Essências é essencialmente o encontro desses registros orais e documentais com as percepções do autor; narrativa das viagens e passagens do cangaceiro mais famoso do país que enveredou pelos estados do Nordeste e que figura como um dos mais populares símbolos da região, presente na música, na poesia e no imaginário popular.

Resenha de Klene Barreto de Aquino 
www.univasf.edu.br

Interessa? O livro tem 700 páginas. Onde comprar? Com o revendedor oficial Professor Pereira através do E-mail:

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DADÁ A SUÇUARANA DO CANGAÇO

 Por Meneleu Mascarenhas

DADÁ, a Suçuarana do Cangaço

A Suçuarana é um animal valente e temido pelo homem. Embora o artigo inicie com uma ótima reportagem feita pelo jornalista Antônio Vicelmo do jornal Diário do Nordeste a respeito da morte de Corisco que fazia setenta anos do acontecido, era o esposo de Dadá. Quero registrar aqui a coragem dessa mulher nordestina, que em sua luta antes de morrer conseguiu dar um enterro decente aos restos mortais desse cangaceiro que aterrorizou o sertão, que tinha seu próprio bando e de vez em quando se aliava com Lampião. Mulher valente que juntamente com seu companheiro, enfrentou por diversas vezes a luta contra as volantes policiais até sua prisão, quando o perdeu na emboscada que lhe fizeram. Corisco tomba ferido por uma rajada de metralhadora e ela ferida termina tendo uma perna amputada. Nessa reportagens de diversos noticiosos da imprensa, podemos sentir a garra dessa mulher suçuarana guerreira. CORISCO Há 70 anos morria o último chefe do Cangaço 25.05.2010 O "Diabo Loiro", como ficou conhecido Corisco, morreu, em uma emboscada, na tarde do dia 25 de maio de 1940 Há 70 anos morria Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido como "Corisco", o último chefe do Cangaço, considerado por Lampião como um dos mais valentes cangaceiros e apontado pelos historiadores como um dos mais ferozes e cruéis bandidos que fizeram parte do grupo de Virgulino Ferreira. Com a morte do chamado "Diabo Louro", na tarde do dia 25 de maio de 1940, na Fazenda Cavacos, em Brotas de Macaúbas, Oeste da Bahia, estava decretado o fim do Cangaço. O médico e historiador Magérbio Lucena, autor do livro "Lampião e o Estado Maior do Cangaço", descreve que, na verdade, não houve combate. Corisco e sua mulher, Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida como Dadá, tinha acabado de almoçar, quando foram surpreendidos com a volante comandada pelo tenente José Rufino. Corisco e Dadá estavam desarmados, quando foram metralhados. Corisco havia cortado o longo cabelo loiro e não andava mais em bando desde a morte do amigo Lampião, dois anos antes. Magérbio descreve que, ao se aproximar do cangaceiro, o coronel José Rufino perguntou: "É Corisco?, o cangaceiro respondeu: É Corisco veio! O militar questionou: por que não se entregou? E Corisco retrucou: Sou homi para morrer, não para se entregar". Assassinato Depois deste diálogo, o cangaceiro foi atingido na barriga por uma rajada de metralhadora. Ficando com os intestinos à mostra, conseguiu sobreviver durante dez horas. Naquele mesmo conflito, Dadá foi atingida na perna e, não obstante ter passado por várias intervenções cirúrgicas, precisou amputar o pé direito. Em relação ao confronto final, ela declarou que os policiais vieram decididos a roubá-los e a matá-los, e que seu companheiro era deficiente físico e não teve chance alguma de se defender. Em maio de 1968, a revista Realidade (reportagem abaixo) colocou frente a frente Dadá e o coronel José Rufino, responsável pela morte de Corisco. Ele, velho e doente, chorou ao vê-la. Dadá, forte e altiva, o perdoou, no entanto, desmentiu o algoz. Ele não matara seu marido em combate, afirmou. "Foi emboscada". Do cangaço, Dadá levou lembranças, três filhos com Corisco e nenhum dinheiro. Morreu em fevereiro de 1994, aos 78 anos, na periferia de Salvador. Magérbio lembra que o objetivo dos policiais não era defender a Lei. Na verdade, segundo o escritor, o que mais interessava aos policias eram os 300 contos de réis e os dois quilos de ouro que os dois fugitivos carregavam. De acordo com o escritor, Corisco não tinha condições de reagir. Em 1939, ele caiu numa emboscada, na Fazenda Lagoa da Serra, em Sergipe. Corisco sofreu fraturas gravíssimas no braço esquerdo e no antebraço direito. O casal já tinha tomada a decisão de deixar o cangaço, quando foi localizado pela Polícia. Uma vida de crimes O médico Magébio Lucena relata que Cristino Gomes da Silva Cleto nasceu na cidade de Matinha de Água Branca, Alagoas. Aos 17 anos, matou um protegido do coronel da cidade e fugiu. Sem rumo certo, optou de vez pela criminalidade e entrou para o bando de Lampião, o lendário cangaceiro. Forte, corajoso e ligeiro, logo passou a ser chamado de Corisco. Conquistou poder e, com a divisão do grupo (parte da estratégia para fugir à perseguição policial), ganhou seu próprio bando. Com a morte de Lampião, em julho de 1938, conforme o escritor, Corisco tornou-se o único chefe cangaceiro. Antes de encontrar seu fim, ainda tentou vingar a morte do amigo. Matou a família do fazendeiro acusado de delatar o bando à Polícia. Acabou cometendo uma de suas maiores atrocidades: assassinou as pessoas erradas. Nessa época, Corisco já era conhecido como "Diabo Loiro", pela cabeleira e, claro, pelo espírito. Ninguém sabe dizer ao certo quando ele nasceu. Sabe-se que em 1928, no início da vida adulta, apaixonou-se por Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, e não teve dúvidas: raptou e estuprou a menina de 13 anos. Corisco ensinou Dadá a ler e escrever. Com o tempo, ela aceitou o destino imposto por ele. Dadá virou a costureira do grupo e passou a fazer as roupas que aparecem em todas as fotos dos cangaceiros. O cangaço continua O bando de Lampião aterrorizou o sertão nordestino por quase 20 anos. Especula-se que a origem do Cangaço remonte ao século XVIII, quando fazendeiros recrutavam sertanejos para exterminar índios. Mais tarde, os colonos teriam sido obrigados a participarem das lutas entre famílias ricas que disputavam terras com políticos. Por fim, esses bandos tornaram-se independentes, criando leis próprias e subornando fazendeiros e comandantes da Polícia em troca de proteção. Seus métodos bárbaros incluíam tortura, estupro e morte. Segundo essa tese, o surgimento desses andarilhos coincide com o declínio das culturas de cana-de-açúcar e algodão. O café, no Sudeste, passou a ser o motor da economia brasileira gerando fome, desemprego e falta de perspectivas no agreste. Assim, o Cangaço era uma opção de vida atraente para sertanejos jovens que não tinham trabalho e rendiam-se à promessa de fama e dinheiro fácil. Qualquer semelhança com a história dos "soldados do tráfico de drogas" nos dias atuais não é mera coincidência. Essa era a situação social e política da primeira fase da República. Crime17 anos. Foi com essa idade que Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco, começou na criminalidade, depois que matou um protegido do coronel da cidade de Matinha de Água Branca, em Alagoas Reportagem da Revista Realidade de maio de 1968 Agradecimento aos companheiros do Grupo Lampião, Cangaço e Nordeste que forneceram as reportagens de revistas postadas aqui. Valeu, Geziel Moura!

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