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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

SEU PEDRO LEÃO E AS TAMPAS DE GARRAFA...!

Por José Mendes Pereira - (Crônica 50)

Na foto: Ney Paula, Pedro Leão e Zé Cruz- 11/05/1978 - Foto do acervo da Gracinha Linhares - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=864819013546497&set=a.477716148923454.127161.100000552196283&type=3&theater

Hoje, homenageio um grande comerciante dos anos remotos em Mossoró, que naqueles tempos, era dos mais ricos, como diz o ditado.

Pedro Leão era um dos mais antigos comerciantes de Mossoró, no ramo "ferragens", estabelecido à Rua Coronel Gurgel, no centro da cidade. Adorava tomar cerveja no bar do Pitias, localizado à Rua José de Alencar.

Todo sábado, ao meio dia, era de costume, assim que fechava a sua casa comercial, ia direto ao bar do Pitias, onde lá, uma porção de pessoas da sociedade costumava se encontrar. No bar, seu Pedro Leão tinha como se fosse cativo, logo na entrada, um lugar, uma cadeira e uma mesa eram reservadas para o famoso comerciante.

Naqueles tempos, não existia a proibição do uso de cigarros, charutos ou outra coisa parecida. E lá, seu Pedro Leão acendia o seu apreciado charuto. No meio da cervejada um ou dois charutos eram queimados.

Nunca deu mole a garçom nenhum, e não aceitava que ele fizesse a conta pelas garrafas de cerveja vazias, e sim, as tampas que ele as guardava em seu bolso do paletó. Seu Pedro Leão temia que em um piscar de olhos, o garçom poderia colocar vasilhames em cima de sua mesa, que não faziam parte da sua despesa. Cada cerveja aberta, a tampa seria colocada no seu bolso, justamente para não ser enrolado por garçons oportunistas.

Se o tira-gosto fosse rolinha assada, que era uma das suas preferências, exigia que ela viesse para a mesa acompanhada da perna, mas cada uma delas, somente uma perna, também para não serem contadas duas pernas, duas rolinhas.

Esse era o seu medo, temendo que tomasse goles a mais, e o garçom o enrolasse na hora do pagamento das despesas. Jamais tinha sido enrolado por nenhum deles. Mas por precaução, exigia isso do funcionário do bar.

Certo dia, seu Pedro já se encontrava além de ébrio. Mas, esperto, sentiu que alguém estava colocando tampas de garrafa no seu bolso. Realmente, o garçom tentando enrolá-lo, quando passava por ele com pratos ou garrafas de cerveja para servir em outras mesas, colocava uma, duas..., tampas no seu bolso. Como ele era um homenzarrão, desabotoava o paletó, fazendo com que o bolso ficasse aberto. Isso facilitava muito para o esperto garçom colocar tampas a mais. Mas foi inútil.

Sentindo que tinha tomado alguns goles a mais, já estava na hora de ir embora, chamou o garçom para tirar a conta.

O esperto, mas na verdade era um verdadeiro bobalhão, não imaginava da reação inteligente do seu freguês, o seu Pedro Leão.

– Tire as tampas das garrafas do bolso, seu Pedro, para que eu possa contá-las e fazer a conta da despesa. - Disse, na certeza que iria sair no lucro.

– Tampas hoje não, amigo! Hoje vamos fazer a conta pelas garrafas que estão sobre a mesa! – Disse ele provando que não tinha nada de bobo.

Grande seu Pedro Leão! Conheci-o muito. Todos os seus serviços gráficos eram feitos por nós, qu e trabalhavam na Editora Comercial S/A. Foi um grande comerciante de Mossoró. Apesar de ser um homem dono de fortuna, era bastante prestativo com as pessoas.

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FOTO RARA...

 Por Ivan Ribeiro

Fotografia rara dos cangaceiros. A frente o cangaceiro Luiz Pedro. E um pouco mais atrás, Durvinha e Virgínio Fortunato.

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TENENTE MANOEL CAMPOS DE MENEZES, O NEZINHO MENESES

Do acervo do Jaozin Jaaozinn

Registro pouco conhecido do tenente Manoel Campos de Menezes, o Nezinho Menezes, em tempos que comandava sua tropa nas regiões da Bahia para combater o bando de Lampião e seus sub-grupos; início da década de 1930.

Ainda nos primeiros anos de 30 (1930), Manoel recebe a patente de Capitão, comandando a FONE (Forças em Operações no Nordeste) da Bahia, que seria, no caso, as forças volantes que atuavam nos grotões do sertão baiano.

Segundo contam, sua valentia era respeitada até mesmo pelo próprio Virgolino; dizem que o Rei do Cangaço apelidou um de seus cães por "Menêis", uma "singela homenagem" ao seu perseguidor.

Morreu em 1937, acometido de meningite, aos 33 anos de idade.

𝑭𝑶𝑵𝑻𝑬: 𝑹𝒆𝒗𝒊𝒔𝒕𝒂 𝑵𝒐𝒊𝒕𝒆 𝑰𝒍𝒍𝒖𝒔𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂/𝑹𝑱 (?).

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