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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

HOMENAGEM AO PESQUISADOR, ESCRITOR E HISTORIADOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO.

 Por Antonio José de Oliveira

Pesquisadores do cangaço Antonio José de Oliveira, Archimedes Marques e Guilherme Machado.

O Advogado Tributarista Bezerra Lima, embora resida em Salvador, por ser Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, é filho das Terras sergipanas, e profundo conhecedor do nosso Nordeste onde viveu dezenas de anos antes de ingressar no trabalho público do nosso Estado. Por muitos anos, uma das suas principais funções no órgão público era elaborar matérias concernentes a tributos, e realizar os devidos julgamentos que se faziam necessário na área de fiscalização.

Escritores e pesquisadoresa do cangaçoJosé Bezerra lima Irmão e João de Sousa Lima

Como perspicaz que sempre fora - paralelo aos escritos das normas tributárias da Fazenda -, passou a pesquisar a saga do cangaço nordestino por nada menos que onze anos, e, em 2014 lançou o livro Lampião, a Raposa das Caatingas, trabalho esse com 736 páginas que é um verdadeiro Tratado da História do Cangaço. Teve tão grande aceitação do público que, em 2015 foi preciso reeditar a terceira edição, e, agora, 2021 já alcançou a quinta edição.

O RAPOSA DAS CAATINGAS, é tão bem elaborado na sua sequência de casos e datas que, recebi do autor a incumbência de fazer a leitura, e uma síntese em seis meses, entretanto, por ser de fácil compreensão, foi possível lê-lo em vinte e um dias, e fazer o resumo em nove: total de trinta dias.

Agora, porém, aposentado e com tempo sobrando, descansando fora da agitação de Salvador, mais uma vez mergulhou de cabeça, e escreveu mais dois extraordinários livros ano passado: HISTÓRIA DO NORDESTE - Fatos que a história oficial não conta, trabalho com 753 páginas, abordando desde Cabral, passando por todo desumano processo de colonização; as revoltas e revoluções ocorridas, e os muitos movimentos nordestinos.

Nesse mesmo 2020, surgiu seu terceiro livro: FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE. Trabalho este com 332 páginas em que são abordados os diversos confrontos ocorridos neste nosso Nordeste tão conhecido pelo autor.

Assim, o escritor José Bezerra Lima Irmão, completou sua extraordinária trilogia sobre o Nordeste: LAMPIÃO, A RAPOSA DAS CAATINGAS, HISTÓRIA DO NORDESTE - FATO QUE A HISTÓRIA OFICIAL NÃO CONTA, e FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE.

O primeiro já é bem conhecido dos estudiosos que pesquisam a saga do cangaço; agora foram lançados os dois outros citados. Tenho em mãos os três importantes trabalhos, portanto, com toda segurança dos seus bons conteúdos, posso recomendá-los aos amigos pesquisadores e demais leitores.

Parabéns Dr. Bezerra pelo excelente trabalho das três obras escritas sobre o Nordeste, e, tenho certeza que, pela sua inquietação literária, outros trabalhos surgirão.

Antonio José de Oliveira, janeiro de 2021.

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A PRINCESA DE CORISCO

 Clerisvaldo B. Chagas, 7 de janeiro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.446

Quando o bando de Corisco passou pela fazenda Lagoa da Pedra, mostrava-se no céu a barra do dia. Os cangaceiros não interromperam a marcha, porém o chefe fez uma observação à Dadá e aos parceiros. Disse Corisco, vendo a minha tia Dorotéia no curral, sentada no banquinho de tirar o leite, saia rodada: “Olhem ali aquela dona, tá parecendo uma princesa!”.

Voltemos aos costumes do Sertão. Nas fazendas de gado, qualquer pessoa pode tirar o leite das vacas. O vaqueiro, o morador comum, o dono da fazenda ou o profissional específico denominado “tirador de leite”. No Sertão nordestino não se diz: ordenha e nem ordenhador. É “tirar o leite”, é “o tirador de leite”. Como foi dito, qualquer pessoa da fazenda pode fazer esse serviço, principalmente quando se trata de uma, duas, cinco vacas. O vaqueiro pode realizar isso, embora sua missão principal seja campear o gado. O vaqueiro pode ser um bom tirador de leite ou não.

Quando a fazenda possui muitas reses, é costume contratar o tirador de leite. Este é um profissional com experiência, habilidade e boa munheca para dá conta de tantas reses. Logo madrugada, em torno das quatro horas, o tirador de leite já está no curral com seu equipamento: um banquinho, uma corda e um balde. No inverno, enfrenta a chuva e o curral enlameado com estrume, situação tremendamente desconfortável. Mas ele é o homem que garante a produção leiteira da fazenda nas fábricas, nas residências... Nas mamadeiras das crianças.

Raríssimas fazendas sertanejas possuem sistema de ordenha moderno, através de máquinas. Assim, o tirador de leite ainda é peça fundamental de imenso valor na pecuária nordestina, muito embora sua remuneração não chegue nunca à altura da sua importância; cabra bom na munheca que o diferencia de todos os moradores empregados. É moda falar sobre o vaqueiro, mas o verdadeiro e específico tirador de leite fica invisível na literatura sertaneja.

E nós da cidade, nem temos a mínima ideia da rotina de uma fazenda sertaneja de criar. É dali que sai o leite, o queijo, o iogurte, a carne, o couro dos sapatos, a diversão das vaquejadas e a moda do chapéu de couro dos forrozeiros.

Estamos mostrando detalhes do Sertão que nem sempre está ornado com a PRINCESA DE CORISCO.

CORISCO (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO).



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NA QUIXABEIRA ONDE O CANGACEIRO JURITI FOI QUEIMADO VIVO

 Por Rangel Alves da Costa


O ano era 1941. O cangaço já havia encontrado seu desfecho na Chacina de Angico de 38. Após as entregas do pós-cangaço, o afamado cangaceiro Juriti (o baiano Manoel Pereira de Azevedo), um dos mais perversos do bando de Lampião, acabou encontrando a morte pelas mãos do cruel e sanguinário Sargento Deluz (Amâncio Ferreira da Silva), terrível caçador de cangaceiros que se negava a dar trégua aos deserdados bandoleiros das caatingas, cuja base de atuação era nos sertões sergipanos de Canindé de São Francisco.

Mas Juriti teve seu destino selado por uma saudade sentida de sua ex-companheira dos tempos cangaceiros: Maria de Juriti. Assim, como a ex-cangaceira havia retornado para o lar familiar na região da Fazenda Pedra D’água (nas proximidades da famosa Fazenda Cuiabá), e após vaguear pelo mundo como ser comum e trabalhando pela sobrevivência, em 1941 resolveu retornar ao sertão sergipano, e certamente com vontade de rever Maria e alguns conhecidos. Contudo, a notícia da chegada do cangaceiro logo chegou aos ouvidos do Sargento Deluz.

Não demorou para que o feroz militar providenciasse o cerco da residência de Rosalvo Marinho, onde Juriti se arranchava. Preso, foi logo amarrado e conduzido em direção a Canindé. Mas na estrada, a solução encontrada foi outra. Deluz mandou que seus soldados preparassem uma fogueira grande, com toco de pau e mato seco, logo abaixo de uma quixabeira, e nas chamas lançou o indefeso cangaceiro. E pelos sertões, os versos ainda ecoam: “A fogueira de Deluz, deu luz de gemido e dor. Entre as chamas da fogueira, Juriti não mais voou. O cangaceiro perverso, pelas mãos da perversidade em cinzas se transformou...”.

Rangel Alves da Costa, pesquisador, poeta e escritor

Conselheiro Cariri Cangaço, Poço Redondo-SE

A DEVOÇÃO NASCIDA DO SANGUE DERRAMADO PELO CANGAÇO: AS SEPULTURAS DE JOÃO DE CLEMENTE E ZÉ BONITINHO

 *Rangel Alves da Costa


Perante a fé e os mistérios das crenças e devoções sertanejas, locais onde foram mortos ou sepultados inocentes, principalmente se vitimados por descomunal violência, vão, ao passar dos anos, sendo vistos como verdadeiros altares para milagres.

Tais locais se tornam centros de preces, de promessas e de busca de contato com as forças sagradas. E também locais de recebimento de ex-votos (objetos pessoais depositados como prova e agradecimento pelas graças alcançadas).

Por isso mesmo que não raro, pelas vastidões sertanejas, debaixo de baraúnas, umbuzeiros e ou mesmo num pé de pau já carcomido de tempo, o encontro com cruzes ladeadas por miniaturas talhadas de mãos, de cabeças, de pernas ou outros membros. São as provas da fé, da promessa e da crença na cura.

Em tais locais, também o sinal de que ali, no passado, ou ocorreu uma tragédia ou sua vítima jaz entre as areias de seu chão. Assim ocorreu, por exemplo, nas Cruzes dos Soldados, na Estrada Histórica Antônio Conselheiro (Estrada de Curralinho), em Poço Redondo, sertão sergipano.

No local onde os inocentes soldados Zé Vicente e Sisi foram tocaiados e mortos pelos subgrupos de Corisco e Mané Moreno, como cega vingança pela morte do cangaceiro Pau Ferro, a qualquer momento podem ser avistadas as cruzes como marcos da tragédia, mas também os ex-votos ao lado deixados. São muitos os locais dessa instigante fé sertões adentro.

Outro exemplo, também em Poço Redondo, pode ser avistado em frente à igrejinha de São Clemente, na localidade quilombola de São Clemente, cuja antiga sede da propriedade (ao lado da capela) foi palco de uma tragédia de terríveis e indescritíveis dimensões.

Neste local foram mortos, pelas sangrentas mãos de bandoleiros liderados pelo impiedoso e perverso cangaceiro Gato, dois sertanejos: João (o pai Clemente e o irmão Doroteu já haviam sido mortos há instantes atrás na Fazenda Pelada) e Zé Bonitinho.

Saliente-se que estas foram as duas últimas vítimas de uma chacina, num só percurso de ódio e maldade levado a efeito pelo citado Gato, bem como seus acompanhantes, os cangaceiros Azulão, Medalha, Cajueiro e Suspeita.

A cangaceirama, após o sumiço de umas selas e uns arreios enterrados nas proximidades da Fazenda Couro (no lado baiano, logo após um riacho que faz divisa com Sergipe), recebeu ordens de Lampião para seguir no encalço dos responsáveis (Temístocles e um amigo) pela entrega dos couros à polícia baiana.

Mas toda perseguição ocorreu no lado sergipano, nas terras de Poço Redondo. Ordens recebidas, Gato e seus sequazes partiram com odiosa cegueira e sangrenta voracidade. O problema foi que a vingança passou a ser perpetrada contra qualquer sertanejo que fosse encontrado sozinho ou em suas casinholas de meio de mato.

Sete sertanejos foram mortos, sendo que dois destes na Fazenda São Clemente, último ponto de sangria da fúria animalesca dos bandoleiros. Os últimos vitimados foram Zé Bonitinho, um doidinho que morava na região, e João de Clemente, trazido à força enquanto seu pai e seu irmão jaziam mortos logo atrás.

Zé Bonitinho, encontrado nos beirais da estrada e forçado a seguir a fúria, teve a cabeça decepada num batente, enquanto João foi morto a tiros e já quando os animalescos cangaceiros haviam se dado “por satisfeitos”. Os dois foram enterrados próximo ao local da tragédia, pois seus corpos sepultados debaixo de um pé de pau defronte à capelinha.

Ainda hoje o visitante encontra o exato local dos sepultamentos, vez que há cumes de terra e pedras espalhadas acima e ao redor. E também ex-votos, figuras antigas de santos, restos de molduras e outras demonstrações de devoção e de promessas feitas perante os inocentes sertanejos ali sepultados. O mês era junho, o ano era 1932.

Oitenta e nove anos depois, nas sepulturas e nos ex-votos as marcas da tragédia e também da devoção aos vitimados pelo impiedoso cangaço. Ao largo dos anos, contudo, a dor familiar foi sendo alentada pelo conterrâneo sertanejo e os mistérios de sua fé. Aqueles mortos, por terem sido vitimados em inocência, foram como que santificados pela crença sertaneja.

Uma fé nascida da dor, transformada em devoção e cativada na certeza da intercessão daqueles que ali repousam para a eternidade. Daí que vela são acesas, promessas são feitas, ex-votos são colocados ao lado das cruzes. E se assim acontece, no sertanejo a certeza de um poder maior além dos túmulos.

 
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com


GENIVAL LACERDA, REI DO DUPLO SENTIDO, MORRE AOS 89 ANOS DE COVID-19 NO RECIFE

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/01/genival-lacerda-rei-do-duplo-sentido-morre-aos-89-anos-de-covid-19-no-recife.shtml 

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MACACOS E CANGACEIROS.

 Por Cabo PMPR-RR Francisco Carlos Jorge de Oliveira


Meus amigos deste grupo.

Quero que prestem atenção.

Não vou ofender ninguém.

Pois não é a minha intenção.

Vamos todos questionar.

Dando exemplos e opinar.

Das façanhas de Lampião.

Vamos travar um debate.

Sendo franco e verdadeiro.

Provando com detalhes.

E mostrando ao companheiro.

Quem eram os mais valentes.

Estúpidos ou inteligentes.

Os Volantes ou Cangaceiros.

Todos sabem que foi no Nordeste brasileiro, a região onde ocorreram os maiores conflitos revolucionários da história do Brasil. Após o crudelíssimo massacre do povo de Antônio Conselheiro na guerra de Canudos pelas tropas federais gaúchas vindas do Sul sob a comando do bravo e audaz Coronel Artur Oscar convocadas pelo presidente Prudente de morais, um dos fenômenos sociais de maior repercussão foi a saga “Cangaço” tendo como precursor Antônio Silvino “rifle de ouro”, depois Sinhô Pereira e por fim o mais cruel e sanguinário bandido de todos os tempos que o país já conheceu que foi Virgulino Ferreira da Silva o famigerado Lampião, abatido pelos valentes policiais da Força Volante Alagoana comandada pelo intrépido Tenente João Bezerra, em um prélio ocorrido na Grota de Angicos na manhã do dia 28 de Julho de 1938 onde foram mortos onze cangaceiros digo; bandidos fora da lei, o resto do bando fugiram apavorados em meio ás caatingas ainda molhada de orvalho, do lado militar houve só uma baixa, o bravo soldado Adrião que tombou no início da refrega, regando o solo árido e rochoso com seu precioso sangue de herói.

Bem como o tema é cangaço, vamos analisar a historia e os fatos ocorridos na época. Os cangaceiros eram homens do interior, caboclos que conheciam palmo a palmo as caatingas, sua geografia, as plantas, frutos, folhas, caule e raízes além da flora, ainda as inúmeras trilhas, veredas, esconderijos, olhos d’água, caldeirões, rios, riachos e cacimbas, a fauna enfim; todos os recursos que o bioma lhes oferecia. Os bandos dos Bandidos eram compostos por vários elementos selváticos que eram índios, vaqueiros, garimpeiros, pescadores, caçadores e demais caboclos que eram nascidos no sertão e entravam no bando de Lampião para não morrer de fome, por vingança, por não ter outra opção ou para não ser preso pela policia por cometer algum tipo de crime.

Para manterem seu bando, deram início a cruel saga sangrenta, cumprindo ordens de interesses de alguns Coronéis fazendeiros, grandes latifundiário e de políticos influentes da região. E foi assim que os cangaceiros começaram a disseminar o terror nas pequenas cidades, vilas, povoados, fazendas e pequenas propriedades rurais, saqueando, assassinando, roubando e cometendo os mais diversos tipos de atrocidades que se possam imaginar, deixando um rastro de sangue e dor por onde passavam.

Como nos dias de hoje, naquele tempo os governantes não davam o devido valor á vida humana, então para resolver o problema cangaço, eles recrutavam nas capitais e grandes cidades para entrar nas fileiras da policia militar qualquer jovem ou cidadão de aparência saudável que se encontrava desempregado, que no átimo agarravam sem pensar essa oportunidade, e sem um treinamento adequado recebiam o fardamento, munição e equipamentos, e vinham nos caminhões para o interior e sem a menor noção do perigo que corriam, sob o comando de um também laico, como gado caminhando para o abatedouro, adentravam nas caatingas a procura dos bandidos onde nas emboscadas eram dizimados pelos bandidos nos longínquos sertões.

Bem diz um ditado farroupilha “De tanto ir ao arroio, um dia o pote volta quebrado”, então depois de inúmeras vitorias do Bandido Lampião em confronto com os inofensivos macacos da cidade, talvez por cobrança das mídias internacionais ou mesmo compaixão e piedade a inteligência Militar o Exercito Brasileiro procurou frustrar e colocar um ponto final na alegria sádica do Capitão Cangaceiro. Começou então a recrutar e treinar sertanejos da região que tinham os mesmos conhecimentos e traquejo dos bandidos ah! Foi aí que a coisa arroxou, então já nos primeiros confrontos começaram a surgir as primeiras baixas no lado dos foras da lei. Daí o combate ficou de igual pra igual, os soldados já não eram mais surpreendidos e não caiam nas emboscadas, porem usavam a mesma estratégia dos bandidos que eram atocaiados e mortos nas ciladas preparadas pelos volantes.

Lampião abateu em luta e na maior parte covardemente muitos praças, graduados e oficiais da Força Volante, mas como todos sabem o final da historia, o celebre meliante foi abatido sem piedade em uma estratégia de guerrilha “ cilada” sem ter chance de reação, como fez com tantos infelizes sob a mira de seu fuzil assassino.

“Tem muita gente que não gosta de “macaco” Policial Militar, eu respeito democraticamente a postura deles, mas defendo minha classe e digo: “POLÍCIA É POLÍCIA e bandido é bandido”, é uma opção, tem gente que gosta de polícia e também quem gosta de bandido. Aliás, só pra clarear a memória dos que gostam de cangaceiro, Lampião e seus comparsas já foram macacos também, eles foram convocados pelo Padre Cícero Romão e recrutados por Floro Bartolomeu para fazerem parte do Batalhão Patriótico para combater a Coluna Prestes, Lampião e seus cabras vestiram fardas e ganharam patentes, também armamento moderno munições e equipamentos sofisticados do governo. Ele só voltou a vida de bandido porque alguns Estados do Nordeste se recusaram a reconhecer e não aceitaram sua patente e autoridade militar, dizendo que se atravessassem as suas fronteiras e adentrassem em suas jurisdições seriam todos recebidos à balas, diante de tal fato o rei do cangaço enfurecido mandou todo mundo pra baixa da égua e se embrenhou em meio às caatingas tomando rumo ignorado. Sem querer ofender ninguém, mas quem nasceu para ser tapete jamais será uma cortina.

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VILLA BELLA, OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS

 Por Anildomá Willans

Já está disponível no MUSEU DO CANGAÇO, em Serra Talhada, o livro de Luiz Wilson. A primeira edição foi lançada em 1974, e em 2018, o Brasil ganha uma nova edição.

O texto original foi mantido, apenas duas correções, complementos e notas. Vila Bela, sua gente, suas histórias, o cangaço, pedra do Reino, sedição de Exu, suas fazendas e famílias tradicionais: Magalhães, Nogueira, Godoy, Soares, Ferraz, Lopes Diniz, Alves Carvalho, Gomes de Sá, Pereira da Silva, Nunes, Nunes de Barros, Campos, Rodrigues Nascimento, Timóteo, Gonçalves Lima, tudo isso, faz parte da leitura gostosa e leve do contador de história, novamente, o historiador, genealogista, memorialista que foi Luís Wilson de Sá Ferraz, vilabelense (serra-talhadense), pajeuzeiro, de modo que sua obra VILA BELA OS PEREIRAS E OUTRAS HISTÓRIAS, continuará merecedora de muitas citações por todos que escrevem e falam do nosso sertão pernambucano, por suas informações primárias, inclusive, algumas novas contempladas nesta segunda edição. Uma referência na história do sertão e porque não dizer da história de Pernambuco.

Serviço:

MUSEU DO CANGAÇO.

Estação do Forró, antiga Estação Ferroviária.

Serra Talhada/PE.

Tel (87) 3831 3860 e (87) 99916-5897

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FAZENDA DO GRAVATÁ

Poesia de Conrado Matos


Existiu um vaqueiro

Na fazenda dos Torres

Um vaqueiro trigueiro

Respeitado no Gravatá

Vivia o tempo aboiar

Lembro das mangueiras

Das águas escuras de lá

Os cavalos e a porteira

A gamela, o pé de araçá

A goiabeira e bananeira

A casa de telheiro

O cheiro da caatingueira

O queijo de coalho

Coxo, sela e chocalho

Tempos de meninice

Pé de moita, pé de juá

Nunca deixo de lembrar

Daquela grande boiada

Da Fazenda do Gravatá

Entre Poção e Canhoba

Onde vivi a caminhar.


Conrado Matos - Psicanalista,

Poeta, Filósofo e Escritor.

Salvador, 7 de Janeiro de 2021.

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PAPO AMARELO - O PRIMEIRO TIRO

 https://www.youtube.com/watch?v=O6VjdE6ayTY&list=PL5WDq2Sk9JqqiDq_wl5vj_kEgtU-egCeQ&index=31&ab_channel=CamiloMelo

Camilo Melo

Curta metragem de Anildomá Willans de Souza que conta os eventos iniciais da história de Virgolino Ferreira e seus irmãos que desencadearam sua entrada no cangaço. (Filme completo) (Full Movie) Uma produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião. Direção de fotografia:

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