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domingo, 25 de outubro de 2015

FIM DO CANGAÇO: AS ENTREGAS

 Autor Luiz Ruben F. de A. Bonfim

Não deixe de adquirir esta obra. Confira abaixo como adquiri-la. 

Lembre-se que se você demorar solicitá-la, poderá ficar sem ela em sua estante. Livros que falam sobre "Cangaço" a demanda é grande, e principalmente, os colecionadores que compram até de dezenas ou mais para suas estantes. 

Valor: R$ 40,00 Reais 
E-mail para contato:
 
luiz.ruben54@gmail.com
graf.tech@yahoo.com.br

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VISITANDO A HISTÓRIA...

Na fotografia estão o Escritor/Pesquisador ao lado de Antônia de Gato.

Dr. Sérgio Augusto de Souza Dantas (Escritor e Pesquisador) em fotografia registrada durante uma de suas pesquisas de campo, na ocasião de sua visita à Dona Antônia que foi durante o cangaço, a primeira companheira do cangaceiro Santílio Barros “Gato”.

Sérgio Dantas é autor dos renomados livros “LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE – A HISTÓRIA DA GRANDE JORNADA”, “ANTÔNIO SILVINO – O CANGACEIRO, O HOMEM, O MITO”, do recente lançado “CORISCO – A SOMBRA DE LAMPIÃO”, além de outros trabalhos sobre o tema.

Grandes trabalhos que foram produzidos após sérios estudos e pesquisas de campo, realizados com o objetivo de resgatar e complementar a história do cangaço nordestino.

ADENDO - Sabino Bassetti comentou dizendo o seguinte:


Por falar em Sérgio Augusto Dantas esse moço já havia publicado outros livros de ótima qualidade. A pouco tempo atrás, ele publicou o livro, "Corisco a Sombra de Lampião". Esse livro chegou em muito bom momento, pois, tudo que se sabia até aqui, tudo que havia sido publicado sobre o "Diabo Louro", teria sido em cima apenas de declarações fornecidas por Dadá, sua companheira nos tempos do cangaço. Já nesse livro, o autor fez farta pesquisa com bastante profundidade. No livro, o autor com bastante confiança e propriedade, cita fatos, lugares, nomes e datas, o que vem a facilitar bastante para que se entenda aquilo que se está lendo, sobre aquele que sem dúvida, foi o segundo homem no cangaço de Lampião.

Abraço a todos.

Sabino Bassetii.

Fotografia: Acervo Sérgio A. de Souza Dantas
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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ESCRITOR SABINO BASSETTI PÕE NA PRAÇA O SEU MAIS NOVO TRABALHO SOBRE CANGAÇO - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti com o título "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

Não perca tempo e não deixa para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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PROCISSÃO HISTÓRICA...

Raul Meneleu e Manoel Severo

Saí de Aracaju um dia antes do início desse evento, que de antemão lhes digo, foi maravilhoso! O prazer sorvido e alimentado na ansiedade, sentida a cada quilometro percorrido de nossa viagem, concretizou-se no dia 23 de setembro ao chegar ao hotel escolhido para ser base de Coiteiros, Volantes e Cangaceiros, todos meus amigos. Estava em casa!

Juazeiro é uma cidade, bem comparando, com Jerusalém. Nela encontramos os encantos da religiosidade. Dizem que quem vai a Jerusalém, está arriscando a sentir a “Síndrome de Jerusalém” que é o nome dado a um grupo de fenômenos mentais envolvendo a presença de ideias obsessivas de temática religiosa, delírios ou outras experiências de cunho psicótico que são desencadeadas por alguns que visitam a cidade.

Não cheguei a tanto, mas para essa segunda visita a essa terra abençoada por crendices e milagres, comecei a sentir-me, não um Romeiro Franciscano, mas um participante da confraria Cariri Cangaço, resultado de um sonho de um menino que se encantava com as estórias de cangaceiros e tudo que se relacionava a tais. Alegria pura!

Confraria Cariri Cangaço; Jose Bezerra, Archimedes Mendes, Ivanildo Silveira, Luiz Antônio, Padre Agostinho, Elane Marques; Fátima Cruz, Professor Pereira e Raul Meneleu

Já no dia primeiro do grandioso encontro, estivemos reunidos na cidade de Crato, no largo da “Refesa” como todo bom cearense chama essa saudosa empresa que foi destruída pelo avanço dos automóveis e caminhões. Ali assistimos o filme “Os Últimos Cangaceiros” do cineasta Wolney Oliveira, que após a apresentação da película, participou de uma “Roda de Conversa” com os participantes. Foi bom demais ouvirmos e aprendermos com ele e mais Manoel Severo, João de Sousa Lima, Neli Conceição e os demais da assistência, ilustres pesquisadores e autores de livros temáticos.

No dia seguinte, 24/09/2015, participarmos de uma aula a céu aberto, debaixo de árvores, com o fundo musical de aves canoras do meu Ceará, encarapitadas em seus frondosos galhos, para ouvirmos os professores Heitor Feitosa Macedo e Urbano Silva discorrerem sobre o “Pacto dos Coronéis”. 

Em um seminário itinerante, foi animador, pois no itinerário de visitas guiadas, tivemos também o formidável privilégio de ouvirmos o Professor e também confrade, João Tavares Calixto Júnior, nos guiando pelo percurso da invasão feita por Quinco Vasques, a Lavras da Mangabeira no ano de 1910 e juntamente com os participantes desse grandioso evento, efetuarmos uma verdadeira procissão histórica nas ruas dessa bonita e agradável cidade de Lavras da Mangabeira. Não tem preço!

 Cariri Cangaço de forma itinerante em sua procissão histórica...

"Não existem fronteiras ou limites para alcançarmos nossos objetivos; o que existem são barreiras e desafios insignificantes quando se quer conquistar um sonho." Foi uma grande alegria participar desse evento.

Na cidade de Lavras da Mangabeira, uma das sedes do Cariri Cangaço, nessa edição em marcante visita, quero registrar nossos agradecimentos aos organizadores do Seminário Cariri Cangaço 2015, ao Prefeito, Ilmo. Dr. Gustavo Augusto Lima, à Secretária de Cultura Lavrense Sra. Cristina Couto em fazer-nos parte de tão importante movimento de exaltação à nossa cultura e história.

Agradeço também ao confrade Manoel Severo, em nos dar a chance de participarmos em seu grandioso sonho de menino. Aqui concluo, pois se falar das outras ocasiões desse evento, ficaria escrevendo até o fim do ano. Encerro com as palavras do Ilustríssimo Prefeito de Lavras da Mangabeira, Doutor Tavinho a quem me admirou muito, pela hospitalidade e postura de representar quatro gerações de contribuições públicas a essa belíssima e histórica cidade e a seu povo.

Raul Meneleu
Pesquisador, Aracaju-Sergipe

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VENDE-SE FOTOS DE LAMPIÃ

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Em praticamente todas as edições que li do extinto “Sergipe-Jornal” de 1932, diário de Aracaju, dirigido por Batista Bitencourt e redatoriado por Aloísio Vieira, um pequeno anúncio de venda de fotografias de Lampião e seu bando era publicado. E, como se soubesse que fazia algo não recomendável, o anúncio é trazido no final da última página do jornal, quase escondidinho. Ao contrário das notícias sobre as façanhas de Lampião, sempre publicadas com destaque na primeira página. 

Pelo menos nos jornais sergipanos, é a primeira vez que avisto este tipo de expediente usado para se ganhar dinheiro.


É de lembrar que em 1932 Lampião, que se iniciara em Sergipe, oficialmente, em março de 1929, já tinha "mourejado" e estado amistosamente com muitos em vários povoados, vilas e cidades da zona da mata, agreste e sertão sergipanos, a exemplo de Carira, Capela, Gararu, Dores, Frei Paulo, Aquidabã, Glória, Canindé, Porto da Folha, Poço Redondo, oportunidade em que se deixara fotografar amiúde, marqueteiro de mão cheia que era este famanaz bandoleiro; que só, imagino, desconhecia que até um periódico ganhava dinheiro duplamente às suas custas – vendendo suas notícias e fotos.

Fonte: facebook

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A ORIGEM DO COMÉRCIO EM MOSSORÓ - 25 DE OUTUBRO DE 2015

Por Geraldo Maia do Nascimento

Ensinam os manuais que “quando no começo dos tempos, na mais remota antiguidade, o homem primitivo percebeu que outro seu semelhante poderia necessitar de um produto que a ele sobrava, estabeleceu-se o primeiro ato de comércio. Quando se descobriu que uma necessidade podia ser satisfeita ou quando se encontrou mercado para um produto; quando o homem primitivo compreendeu que podia fazer uma troca com vantagem, nasceu então o espírito comercial.” Podemos dizer, portanto, que foi o desejo de posse que deu origem ao comércio. Tudo isso podemos traduzir numa única palavra: ambição. Foi, portanto, a ambição, que desde os tempos mais remotos, orientou o homem para o comércio.
               
Quando, no início do século XVIII, os primeiros sesmeeiros fixaram-se na ribeira do Mossoró, tinham por objetivo a criação do gado. Foi o gado quem plantou o homem no sertão. O terreno plano, com vegetação rala e a presença do rio, determinaram o lugar. Surgiram às fazendas, os caminhos, o povoado. O rio era a grande estrada. Os primeiros caminhos não passavam de veredas abertas pelos colonizadores, que rasgavam os sertões desconhecidos, marcando o chão que iam pisando com os tacões das suas botas. Por esses caminhos, que ligavam as zonas litorâneas aos mais distantes núcleos do povoamento espalhados no sertão, se embrenhavam os mascates com suas cargas de mercadorias conduzidas até pequenos arruados, onde se estabeleciam com pequenos negócios que lhes rendiam bons lucros.
               
Assim mesmo aconteceu com o povoado de Santa Luzia do Mossoró. Com o desenvolvimento da povoação, foram aparecendo pequenos estabelecimentos, cujos gêneros eram comprados no Aracati. Alguns desses primitivos comerciantes tiveram seus nomes guardados através dos tempos. Foram eles: o Curandeiro Domingos da Costa de Oliveira, Manoel Rodrigues Pereira, Francisco Gomes dos Santos Guará e José Baltazar Augero de Saboia. De outros, a poeira do tempo apagou. Reza a tradição que por volta do primeiro quartel do século XIX, alguns habitantes iam a Pernambuco por terra e dali traziam algumas cargas de fazendas. Esses, ao saírem para a jornada, despediam-se dos familiares e amigos até o dia juízo final, tão arriscada era a travessia. Dos que se aventuraram nessa empreitada, a história guardou o nome de Manoel Rodrigues Pereira e Antônio Gomes da Mota.
               
Os pontos de negócios eram instalados em barracos, biroscas, depois, vendas, bodegas, enfim, as lojas, que atendiam as necessidades dos moradores do povoado, vendendo gêneros, utilidades de consumo imediato como o sal, café, gás (querosene), fósforo, aguardente e ferramentas dos roçados e do campo, a exemplo de enxada, terçados, foices, machados e facões.
               
Em 1845 surge a primeira padaria, que pertencia a Joaquim Nogueira da Costa, um cearense de Aracati que veio a ser depois um dos mais fortes negociantes e maior proprietário do lugar.
               
Entre 1845 e 1856 abriram casas de negócios em Mossoró: José Pereira da Costa, Clementino de Gois Nogueira, Geraldo Joaquim Guilherme de Melo, Manoel do Nascimento do Vale, João Evangelista Nogueira, Irineu Soter, João Martins da Silveira, João Antônio Jararaca e outros.
               
De 1857 a 1867 apareceram na então Vila de Mossoró, novos comerciantes, dos quais podemos destacar: Antônio Filgueira Secundes, Luiz Manoel Filgueira, Raimundo de Souza Machado e o droguista João Antônio Gomes dos Santos.
               
Ainda em 1857, chegam os navios da Cia. Pernambucana de Navegação Costeira, fazendo de Mossoró ponto de escala regular das suas embarcações. A cidade se abre para novos comerciantes, tornando-se, já no período de 1857 a 1877, uma próspera praça de negócio, assumindo a condição de “empório comercial”. A situação privilegiada da cidade, eqüidistante de duas capitais, Natal e Fortaleza, ao mesmo tempo que dividia o litoral do sertão, contribuíram para essa condição. No período citado, Mossoró aparecia como o “lugar privilegiado”, sentado na área de transição entre a economia do litoral representada principalmente pelo sal e o peixe, e a economia do Sertão representada pela pecuária, o algodão e principalmente as peles de animais. Mossoró tornava-se assim o lugar de troca, recebendo mercadorias de outras praças do país e do exterior e embarcando pelo seu porto, o porto de Areia Branca que na época pertencia a Mossoró, a produção regional que se destinava aos mercados nacionais e internacionais. Esse crescimento comercial serviu de chamariz para os grandes comerciantes, que viam em Mossoró o lugar ideal para desenvolverem os seus negócios. E os estrangeiros chegaram!
               
Primeiro foi o suísso João Ulrich Graf, que aqui instalou, no ano de 1868, a sua Casa Graf, que era uma firma importadora e exportadora de produtos regionais. Depois veio o alemão William Dreffren, “vindo no vapor costeiro de Pernambuco, com destino a estabelecer nesta cidade uma casa de compra dos diferentes gêneros do país”. Veio ainda o francês H. Léger, do Armazem Francês, Henry Admas & Cia. (francesa), Teles Finizola (italiana), Frederico Antônio de Carvalho (português), Conrado Mayer (suíço), antigo empregado das Casas Graff, que ganhando muito dinheiro nesse giro de negócio, veio a se estabelecer por conta própria em Mossoró, e muitos outros.
               
Essa foi a fase áurea do comércio de Mossoró, fase essa que durou até o ano de 1877, quando “a grande seca dos dois setes”, como ficou sendo chamada, levou muitos comerciantes a falência.

Geraldo Maia do Nascimento

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Fonte:

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JANGADA NORDESTINA NO MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Uma das valorosas peças do acervo do MUSEU DO SERTÃO da Fazenda Rancho Verde (Mossoró-RN) é a Jangada Nordestina, feita de seis paus roliços de piúba, sem uso de metais (pregos ou parafusos), somente com tarugos de madeira. Este tipo de jangada era usado em todo o litoral nordestino, principalmente no Litoral Semiárido, onde a caatinga chega até à beira da praia (aqui não existe a frondosa Mata Atlântica, nem a região Agreste). Este litoral de chuvas reduzidas,  de pouca nebulosidade, de ventos constantes, de baixa umidade relativa do ar, de elevadíssima insolação e alta evaporação, por situar-se próximo à Linha Equatorial é também conhecido por Litoral Salineiro, pois daí saem 95% do sal marinho produzido no Brasil.


Nos Séculos XVIII e XIX, esta única faixa litorânea seca do Brasil, que vai do Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte (nos arredores da cidade de Touros-RN) e se prolonga até o Delta do Rio Parnaíba, entre as cidades piauienses de Parnaíba e Luiz Correia, era chamada de Litoral Pecuário, porque aí estavam instaladas as famosas Oficinas de Carne de Charque nas fozes  dos rios intermitentes cearenses Jaguaribe, Acaraú, Coreaú, dos rios norte-rio-grandenses Apodi/Mossoró e Piranhas/Assu e do Rio Parnaíba, que é perene. Deste Litoral saía carne de charque (conhecida também como carne do Ceará, jabá, carne seca ou carne de sol) para abastecer as usinas de açúcar de Olinda, Recife e Salvador e os garimpos da Chapada Diamantina na Bahia, de Goiás, Minas Gerais e de Mato Grosso. Aracati carneava de 20 a 25 mil bois por ano e Parnaíba (segunda cidade produtora de charque) chegou a exportar anualmente 1.800 toneladas de charque para várias regiões do Brasil e até para Portugal. A indústria saladeiril foi de grande importância econômica para estas cidades localizadas próximas às fozes dos rios, como Aracati, Acaraú, Granja, Camocim e Sobral, no Ceará, Parnaíba, no Piauí e Mossoró e Assu, no Rio Grande do Norte. Este litoral semiárido além de possuir as condições climáticas favoráveis à produção de sal, tinha vegetação tipo caatinga (rica em forrageiras  de baixo porte e, sendo uma vegetação aberta, permitia a criação de gado), tinha sal para salgar a carne, água doce dos rios e porto de onde partiam as Sumacas transportando o charque. Duas secas praticamente, exterminaram o rebanho bovino da região semiárida e  acabaram as Oficinas de Charque no Nordeste (a seca de 1777-1778 e os 4 anos de seca de 1790-1793). O aracatiense  José Pinto Martins, fugindo das secas, foi para a foz do Rio Pelotas, no Rio Grande do Sul, e estabeleceu a indústria saladeiril naquele Estado sulino e por isso ele é considerado o fundador da cidade de Pelotas-RS. 


A jangada também protagonizou a aventura da famosa "RAID da Jangada São Pedro", quando quatro pescadores da Praia do Mucuripe  de Fortaleza, no Ceará, Jacaré (Manoel Olímpio Meira), Tatá (Raimundo Correia Lima), Mané Preto (Manoel Pereira da Silva), e mestre Jerônimo (Jerônimo André de Souza) viajaram ao Rio de Janeiro em uma frágil e tosca jangada de 6 paus roliços de piúba, sem nenhum equipamento de comunicação e navegação (rádio, bússola, GPS, mapas etc.), se orientando apenas pelo brilho das estrelas durante a noite e enfrentando o perigo das calmarias, tempestades e da presença de tubarões. Viajaram durante 61 dias até chegar à Baia da Guanabara, onde aportaram no dia 15 de novembro de 1941 e foram recebidos como heróis pelo povo, pela imprensa, inclusive pelo Presidente da República à época, Getúlio  Dornelles  Vargas. Outro jangadeiro cearense que fez história foi  Dragão do Mar (Francisco José do Nascimento ), natural da vila de Canoa Quebrada (Aracati-CE), que liderou, em 1881, a primeira greve de jangadeiros do Brasil, quando impediu o embarque de negros escravos do Porto do Mucuripe para as fazendas do Sudeste brasileiro. É que naquela época praticamente não existia Porto, ficando o navio (vapor) distante da praia, necessitando que os passageiros e as cargas em geral fossem levadas até o navio de jangada . Pelo seu destemor, espírito de liderança e vontade de ver seus irmãos negros livres da escravidão, Dragão do Mar tornou-se consagrado abolicionista. Em 1884, ele foi ao Rio de Janeiro receber a Medalha de Ouro da Sociedade Abolicionista e nesta ocasião foi recebido pelo Imperador Dom Pedro II, oportunidade em que  fez a doação ao Museu Nacional de uma jangada que ele batizou de "Liberdade", em demonstração da luta do povo cearense em prol da Abolição da escravatura. O Litoral brasileiro, do Amapá ao Rio Grande do Sul, é úmido, com exceção desta pequena faixa litorânea que se estende  do Cabo de São Roque ao Delta do Parnaíba, que é seco e é denominado de Litoral Semiárido, Litoral Salineiro, Litoral Turístico, Litoral Camaroneiro (devido aos recentes cultivos de camarão) e no passado, foi também denominado de Litoral das Jangadas e de Litoral Pecuário (devido à criação de gado para as Oficinas de Charque). Atualmente, as jangadas usadas pelos pescadores não são mais de paus roliços de Piúba e sim de isopor, revestido com tábuas de madeira.

Benedito Vasconcelos Mendes é Engenheiro Agrônomo, Professor, Mestre e Doutor, escritor, Membro da Academia de Ciências do Rio Grande do Norte, Superintendente Federal da Agricultura no Rio Grande do Norte e pesquisador do cangaço e presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço.

Informação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com:

O Museu do Sertão na "Fazenda Rancho Verde" em Mossoró não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes.

Quando vier à Mossoró procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

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ENTRE CAUSAS DETERMINANTES, EFEITOS RELUTANTES...

Por Antonio Corrêa Sobrinho

NOTAS E COMENTÁRIOS

Em terras pobres, onde a miséria e a falta de instrução campeiam; onde a aridez do solo e a inclemência do clima se aliam à falta de comunicações e à deficiência de mercado, para desalentar o homem e descoroçoá-lo no esforço produtor, surge, num regresso a instintos primitivos, a praga do banditismo. Não é fato que sociólogos, mesmo improvisados, possam desconhecer, porque dele abundam exemplos nas páginas da história. Na história alheia e na nossa própria também.

O incentivo do desespero, da necessidade, da fome, conduz indivíduos, em quem os instintos predominam sobre os freios da moral, e em quem a coragem sobrepuja o medo da polícia, a desrespeitar a propriedade alheia e, além da propriedade, a mesma vida dos semelhantes mais fracos, dos vizinhos mais ricos. O bom sucesso da primeira empresa lança a semente do hábito e constitui exemplo e estimula outras iniciativas do mesmo gênero. E assim, ao fim de poucos anos, se a repressão não foi imediata e eficaz, uma zona, uma região, uma província inteira às vezes se transforma em teatro de aventuras de salteadores audazes e bandidos ferozes.

Cumpre ao Estado, na sua função policial que exerce a par da sua função providencial, corrigir essa situação anômala e pôr um paradeiro às depredações dos cidadãos malfeitores.

Para isso dispõe da polícia. Quando o problema é grave, dispõe das forças militares; pode organizar escoltas especiais a quem muito em segredo dá ordens terminantes para capturar os bandidos “vivos ou mortos”.

Antigamente, nos tempos ominosos de El-Rey, Nosso Senhor, nas eras semibárbaras do absolutismo, ainda havia um recurso extremo: punha-se a cabeça do salteador a prêmio. Dizem as crônicas que esse recurso também foi usado contra criminosos políticos.

Mas isto ocorria nas épocas remotas. Parecia que semelhante recurso, necessário ao primitivismo dos feudos medievais, tinha ficado enterrado no passado judiciário com a tortura, a inquisição, a fogueira, o esquartejamento, a roda e outros aparelhos engenhosos da justiça antiga.

Pois não ficou. Ou pelo menos ressuscitou agora.

O cangaço parece ser um mal endêmico dos sertões nordestinos. É o que afirmam muitos dos nossos sociólogos.

A revolução herdou do velho regime um problema: Lampião. E todos, os que temos memória, nos recordamos de como foi anunciado, com afirmativas categóricas, que esse problema teria imediata, pronta e radical solução. Esbouçou-se a organização de expedições potentes, bem armadas e resolutas, que exterminariam o mal que envergonha a nossa civilização. Heróis, que vinham da campanha vencedora, aprestavam-se cheios de zelo, para comandar aquelas expedições e ensaiavam-se para repetir a frase clássica de César. Foram celebradas convenções entre Estados limítrofes para uma ação fulminante de conjunto das respectivas milícias.

Três anos são passados. E o problema ainda está no mesmo pé. Lampião continua a dominar a caatinga e a semear o pavor. As soluções propostas ou não foram executadas ou não deram resultado.

Foi preciso procurar outra solução. E essa foi encontrada no aparelhamento empoeirado da justiça medieval. Estão publicamente postas a prêmio as cabeças de Lampião e dos seus sequazes. É o que nos conta um telegrama, publicado nos jornais de hoje e no qual se lê textualmente:

“O ‘Eco’, que se publica em Juazeiro, transcreve a lista dos prêmios que a polícia oferece pela cabeça dos bandidos, que é a seguinte: Lampião, 50 contos; Corisco, 10. E os demais de 1 a 5 contos por cabeça.”

Leram bem? É a lista dos prêmios que “a polícia oferece”.

Ora isto, senhores, sucede no ano da graça de 1933, na terra de Ruy Barbosa.
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Mais tarde, quando se enumerarem as inovações (que não são muitas, aliás) que a revolução introduziu nos costumes do Brasil, há de se citar esta: deu valor às cabeças dos salteadores...

“O Estado de S. Paulo” - 31/10/1933

Fonte: facebook

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O ESTADO DE SÃO PAULO PUBLICA MORTE DO BANDIDO LAMPIÃO

Por Antonio Corrêa Sobrinho

A primeira vez que o jornal “O Estado de São Paulo” se refere a Lampião em suas páginas, no dia 05/04/1924, foi simplesmente para noticiar um boato de morte deste cangaceiro pela polícia pernambucana.

A MORTE DO BANDIDO LAMPIÃO

Recife, 2 – Circula, nesta capital, o boato da morte do bandido Lampião, que teria travado violento combate com a polícia pernambucana, constando ter ficado gravemente ferido o major Theofanes Torres, que anteriormente havia prendido o célebre Antônio Silvino e que agora estava no encalço de Lampião.

Fonte: facebook


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CANGACEIROS DO BANDO DE LAMPIÃO PRESOS NA CASA DE DETENÇÃO DE RECIFE


Os três cangaceiros foram presos na Casa de Detenção de Recife, no Estado do Pernambuco.

Da esquerda p/ a direita: Cobra Verde (Antonio Bento dos Santos), Cocada (Francisco Antonio da Silva), e Recruta (Manoel Antonio da Silva).

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ALGUMAS REFERÊNCIAS DE MORTE E SEPULTURAS DE MILITARES QUE COMBATERAM O CANGAÇO

Por Rubens Antonio

No Cemitério do Campo Santo, em Salvador, Bahia

- Hercilio Rocha

  


- Arsênio Alves de Souza



- Alberto Rocha
  



No Cemitério do Jardim da Saudade, em Salvador, Bahia
- Liberato de Carvalho


As Guias indicando os falecimento e sepultamento são de propriedade da Santa Casa de Misericórdia, Salvador, Bahia
http://cangaconabahia.blogspot.com.br/

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