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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

LIVROS DO ESCRITOR ANTONIO VILELA DE SOUZA


NOVO LIVRO CONTA A SAGA DA VALENTE SERRINHA DO CATIMBAU
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O livro "DOMINGUINHOS O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.

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CHEGOU A MALVADA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 14 de dezembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.606

Em nosso sertão é costume se dizer que “quando o diabo não vem, manda o secretário”. E nesse caso é a irmã dele, a secretária chamada “SECA”, assustadora como Dinossauro e peituda igual ao Hulk.

ILUSTRAÇÃO: (G1globo.com).

As autoridades estão alertando para um período de seca braba (elas têm a classificação das secas) que já teve início. O inverno de 2016 em Alagoas choveu apenas 40% da média esperada e esse verão promete grave seca nos próximos meses. Isso quer dizer que a travessia até o inverno – que terá início em abril – vai pertencer somente ao gavião-acauã. Os efeitos da malvada já vêm atingindo com mais rigor o Alto Sertão, o Sertão do São Francisco, partes do Agreste e Zona da Mata. E se isso ainda é pouco, estar fazendo medo uma seca abrangente para 86% do estado e considerada alarmante.

Mais de 70% dos municípios já estão vivendo uma situação grave ou excepcional. E diante das questões analisadas, a próxima estação chuvosa poderá ser mais regular, todavia, com déficit hídrico muito elevado, o inverno de 2017 não será a solução. Até mesmo na Zona da Mata, municípios como União dos Palmares e Mar Vermelho sofrem com o problema. Em União, um dos dois rios perenes mais importantes de Alagoas (exceto o São Francisco) o Mundaú, está praticamente seco. No Agreste, Palmeira dos Índios tem abastecimento d’água difícil.

(...) Acauã
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã
Que é pra chuva voltar cedo
Que é pra chuva volta cedo.

Toda noite no sertão
Canta o joão corta-pau
A coruja, mãe-da-lua
A peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, jia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve o acauã
Só se ouve o acuã (...).
(Zé Dantas – Luiz Gonzaga).

Sem água não existe lavoura nem pasto, deixando, principalmente, o homem do campo em quase desespero. As plantas querem água, os rebanhos água e comida. Caminhões-pipas salvam gente, mas não o total do criatório que precisa de muita comida entre pasto e ração. Ninguém aguenta a despesa com os animais que vão definhando e deixando uma trilha de cangaços pelos caminhos, malhadas e estradões.

Quando chega um inverno regular após o pranto, o camponês recomeça do zero, combalido, doente, espiando esperançoso a floração dos mandacarus. 


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MEDOS, DIZERES, CURAS E ESTRIPULIAS DO POVO ANTIGO

*Rangel Alves da Costa

Mesmo com o progresso e as novas feições que vão sendo adquiridas pela sociedade, os antigos costumes e tradições de um povo costumam permeando as gerações, como se de pai pra filho fossem sendo repassando os conhecimentos enraizados. Neste sentido é que surgem os medos, os dizeres, as curas e até as estripulias de um povo, que nada mais são que emanações da sabedoria popular sobre seus próprios costumes.

Tais emanações populares estão, por exemplo, no cultivo e nos usos de ervas medicinais, nas rezas e orações, nas promessas para todo tipo de desejo, nos ditados antigos e rebuscados segundo as mais diversas situações, nas brincadeiras, no jeitinho próprio de um povo para explicar o seu mundo ou buscar soluções caseiras para todos os problemas surgidos. E até mesmo para regrar a vida social. Ora, poderia parecer estranho demais ao moderno que as pessoas mais antigas ainda respeitam até mesmo o jeito certo de tampar uma panela, sob pena de ter a comida estragada. Mas muito mais na força de uma gente que se preserva nas suas tradições.

Assim, se comer melancia não pode tomar leite de jeito nenhum, sob o risco de estuporar e morrer. Depois de tomar café é morte certa se sair pro meio da chuva ou mesmo se estiver serenando. Comer carne gorda, prato gorduroso ou comida pesada, como feijoada, mocotó, pirão ou sarapatel, e depois deitar é o mesmo que pedir pra morrer. Mas não pode, de jeito nenhum, comer jaca e depois beber água, pois se assim fizer dá uma enrolação nas tripas e a pessoa morre sem ar. Se o vento bater na saia da moça de modo que levante e mostre até a calcinha, é sinal de que ela vai descalçolar em poucos dias, pois a parte de baixo tá doida pra ser soprada. 

Se moça velha chora quando seu cachorro morre é porque tinha um caso com ela. E se bota luto é porque era apaixonada. Pra mulher fogosa baixar o fogo bastam três folhas de hortelã adormecida em meio copo d’água, na janela e na frieza da noite. Mas se colocar uma folhinha a mais ela vai querer agarrar qualquer homem que passar adiante. Pontadinha no quarto, também chamada de dor de viado, só se cura com folha de pau pereira enrolado em panos e amarrado onde a dor é maior. Flor de lírio roxo dentro da calçola deixa a mulher novamente virgem. Moça que quer ver o homem apaixonado só precisa dormir com folha de malmequer entre as pernas e depois passar uma folha perto do nariz dele. 


Absolutamente proibido que menino conte estrelas. Acaso assim faça, todas as estrelas contadas surgirão como verrugas. Nem saia de casa se primeiro não se benzer, com o pé direito após a soleira da porta e sem abrir a boca para vento estranho entrar. Do mesmo modo ao retornar, pois não terá boa volta aquele que não se benza antes de entrar e, já dentro de casa, fazer o sinal da cruz para a imagem do santo que estiver na parede. Menina nova que de repente fala sozinha é por que tá chamando homem. Não se deve deixar espelho no quarto de rapaz que é pra ele não se embonecar demais e até amulezar. Mulher casada que pensa em outro homem vai queimar todinha no caldeirão das safadas.

Quem pinicar fumo é preciso ter cuidado para nenhum resto cair e ficar sobre o chão. A caipora vai aparecer e querer sempre mais. Na caçada, ou leva cigarro de palha pro dono da mata ou de lá voltará todo lanhado de uma boa surra. Se a espingarda negar fogo duas vezes seguidas é porque o bicho não merece morrer. E se matar, o primeiro que nascer na família vem ao mundo com cara de veado, de caititu, de nambu, e assim por diante. Não se pode comer carne gorda sem antes tomar uma boa relepada de pinga. E se depois da comida a barriga der mostras que está ruim, o sujeito tem de recorrer a meio copo de genebra com uma pitada de sal.

Janela de moça solteira ou mesmo de mulher casada que só vive aberta é porque tem gente entrando por ela às escondidas. Homem que chega em casa e encontra a mulher alegre demais, porém desconfiada que só, é porque boa coisa ela não fez. E por causa da janela entreaberta. É bom desconfiar de homem que de repente começa a usar brilhantina e se perfumar demais antes de sair, e principalmente se começar a voltar muito tarde. Viúva que tira o luto antes do tempo e se dana pro forró é por que quer botar ponta no falecido. Do mesmo modo aquela que só se consola quando um certo compadre chega em certeira visita.

Quem pisa em espinho de pés descalços e não sente dor é por que a alma tá saindo do corpo. Pro resto sair é um nada. Chuva boa não vem quando as folhagens se soltam mesmo sem ventania. E pra homem que viadou e deseja desviadar não há nada melhor que uma surra bem dada de cansanção misturada com urtiga.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com 

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LIVRO DO DR. EPITÁCIO DE ANDRADE FILHO


Recentemente, o escritor paraibano radicado no Rio Grande do Norte Epitácio de Andrade Filho publicou um livro chamado A Saga dos Limões:  Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante. Na obra, Andrade Filho tece considerações sobre a relação entre a identidade negra da família dos Limões e sua importância no combate ao Cançaço no Rio Grande do Norte.

Em  um trecho do livro, o autor menciona Chico Mota e sua importância na reconstituição histórica do conflito entre as famílias Brilhante e Limão (p. 18):

O poeta paraibano Gil Hollanda, ouvindo o cancioneiro octogenário Chico Mota, conterrâneo catoleense de Alicio Barreto, apresentar nos versos da viola passagens do conflito dos brilhantes com os limões, retratados em Solos de Avena, consolidou algumas estrofes do seu cordel sobre Jesuíno e a família Limão: “Eram sete os irmãos/Da família dos Limões,/Ousados por natureza./Todos eram valentões,/Protegidos por políticos/Lá e outras regiões. E na estrofe seguinte passa a tratar de outro episódio do conflito: Além do furto, os Limões/Chico e Honorato Limão/Deram uma forte surra/Em Lucas Alves, irmão/De Jesuíno, na festa/Da Vila de Conceição.

Referência
ANDRADE FILHO, Epitácio de. A Saga dos Limões:  Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante. Natal: 2011.

ADENDO -  EPITÁCIO ANDRADE

Amigos José Mendes Pereira, William Felix Andrade, Luiz Dutra Borges Galego Vovô Aluísio Dutra de Oliveira, Geraldo Júnior, na foto, o registro da entrevista que consegui do senhor José Firmo Limão, aos 99 anos, no sítio São Francisco, zona rural de Catolé do Rocha/PB. 


Essa entrevista me ajudou a compreender que o cangaço dos brilhantes com os limões foi uma disputa pelo controle do incipiente comércio no Sertão. Essa história de Jesuíno saquear comboios para dar aos pobres é conversa da carochinha.

Para adquirir este livro entre em contato com o autor através deste endereço no facebook: https://www.facebook.com/epitacio.andrade.5

Ou com Francisco Pereira Lima (Professor Pereira), lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br ao preço de 35,00 Reais. 

Fonte: http://chicomota.com
http://romulogondim.com.br

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AMOR DE CANGACEIROS

https://www.youtube.com/watch?v=9OT_582Gtd0&feature=youtu.be

Publicado em 13 de dez de 2016
Virgínio, Durvinha e Moreno
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CAÇADOR DE CANGACEIROS REVELA SEGREDOS DO CANGAÇO

Por Flávia Duarte
Soldado Josias mostra a foto de quando tinha 18 anos, na volante do Sargento Aniceto

Alagoas 24 Horas

Soldado Josias mostra a foto de quando tinha 18 anos, na volante do Sargento Aniceto

Aos 18 anos de idade ele ingressou na Polícia Militar de Alagoas como soldado temporário para combater os cangaceiros que agitavam no sertão do Estado; aos 85 anos, depois do célebre tiroteio que deu cabo a Virgolino Ferreira – o Lampião – ele é o pacato cidadão que serve de peça-chave do Museu do Cangaço, em Piranhas, a 278 quilômetros de Maceió. O ex-soldado Josias Valão dos Santos é uma das últimas testemunhas vivas de uma época de subversão no sertão nordestino, com a atuação de bandos de cangaceiros e salteadores.

Ex-soldado Josias Valão dos Santos 

Funcionário da Prefeitura da Piranhas, ele está sempre à disposição do visitante e do pesquisador para contar sobre os três anos – ele ingressou na volante do sargento Aniceto quando tinha 15 anos de idade – mas, cuidadoso, fala só do que viu e ouviu; não fala sobre o cerco a Angico, ocorrido em 28 de julho de 1937, quando a polícia alagoana acabou com Lampião e seu bando.

“Nesse dia eu não fui; o sargento Aniceto me deixou em Piranhas porque no dia anterior eu tinha machucado o pé e não podia fazer a marcha forçada na caatinga. Fique aqui de sobreaviso”, relembra.

O INGRESSO

E como ficou em Piranhas, de sobreaviso, coube-lhe a missão que ele ainda hoje, 67 anos depois, recorda com náuseas – foi ele quem juntou as 11 cabeças dos cangaceiros mortos, entre eles Lampião, Maria Bonita e Luiz Pedro, para a fotografia. Mas, quando lhe perguntam se identificou entre os cangaceiros mortos o líder famoso e a sua mulher, Josias é cauteloso: “Eu nunca vi Lampião nem Maria Bonita, mas quem os conheciam garante que eram eles mesmo. E eu tenho de acreditar”, sustenta.

Josias juntou as cabeças decepadas dos cangaceiros em 1938 - Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Natural de Piranhas e sendo o município a base da volante do tenente João Bezerra – o oficial era casado com uma nativa – não foi difícil para Josias ingressar na volante; ele recorda que levou muita carreira dos policiais, quando era garoto. “Até os 12 anos de idade eu não podia ver a volante chegar em Piranhas que ia me juntar aos soldados; fazia mandados deles e até acompanhava a volante. Muitas vezes os soldados me colocavam para correr”, lembra.

A disposição daquele menino chamou a atenção do sargento Aniceto; quando Josias completou 15 anos o sargento perguntou se desejava acompanhar a volante – sua missão seria ajudar a distribuir a munição com os combatentes; no início ele não iria participar dos combates. Josias aceitou; além da vocação, tinha a necessidade. Com o soldo ele ajudava a família e ainda juntou alguns trocados.

OS SEGREDOS

Josias é modesto; diz que tem pouco segredo e justifica pelo tempo – apenas três anos – na volante, mas o que testemunhou daria para reverter parte da história do cangaço. Josias conta, por exemplo, que Lampião estava tuberculoso – doença natural na época; e que levava à morte; em 1938 o maior famoso chefe de cangaceiro evitava os combates, como aconteceu na Fazenda Patos, no povoado Caboclo, no atual município de São José da Tapera. “Uma manhã Lampião topou com o sargento Aniceto e, para surpresa da gente, não quis brigar.

O sargento dizia que o Luiz Pedro pedia para ele brigar, gritava desesperado. A gente estava com pouca munição e esperava que ele tivesse a iniciativa, mas Lampião foi embora”, conta.

O ex-soldado justifica assim o fato de Lampião não ter adotado as providências recomendáveis para quem deseja acampar. “Das duas uma: ou ele (Lampião) confiava demais no coito (esconderijo) ou não estava ligando mais para nada; queria se entregar, como se comentava no sertão naquela época. Mesmo que ele quisesse se entregar, teria de ter tomado alguns cuidados.

Por exemplo: Lampião sempre andava com cachorros de caça, mas, naquela madrugada, o cachorro tinha acompanhado o cangaceiro que foi buscar o leite e isto não dá para entender porque não ficou ninguém guarnecendo os postos das sentinelas”, disse.

Outro episódio que chamou a atenção de Josias foi a rebeldia do cangaceiro apelidado de “Diferente”, que era viciado em baralho e, quando estava perdendo, falava palavrões. Numa partida em que se encontravam Lampião, Luiz Pedro, Maria Bonita e Sabonete, o cangaceiro soltou palavrões e foi recriminado por Luiz Pedro, que o chamou a atenção para a presença de Maria Bonita na mesa.

E o cangaceiro desbocado reagiu, dizendo que Maria Bonita não era nenhuma santa. “Você (Luiz Pedro) come ela (Maria Bonita)”, relatou Josias, dizendo que essa passagem foi contada ao sargento Aniceto por um coiteiro. “A surpresa é que Lampião fez que não ouviu nada”, arrematou.

Quando Lampião foi morto, na manhã do dia 28 de julho de 1938, Josias recorda que todos os cuidados tinham sido adotados para surpreender o cangaceiro. Por exemplo: o trem chegou à Estação de Piranhas sem apitar – foi a primeira vez que isso aconteceu.

E o telegrafista da Rede Ferroviária (Valdemar Damasceno, avô do desembargador Washington Luis e dos prefeitos Inácio Loiola, de Piranhas, e Xepa, de Olho D´Agua do Casado), passou o seguinte telegrama cifrado: “Tenente Bezerra, tem boi no pasto”. O tenente Bezerra estava em Delmiro Gouveia.

O ex-soldado contou, também, que o fato de a volante vestir roupa igual a dos cangaceiros, causou a morte do soldado Adrião – única baixa registrada na força policial; e salvou a vida de muitos cangaceiros, que passavam entre a volante gritando que eram companheiros. Na dúvida, ninguém atirava e só depois é que sabiam que se tratava de cangaceiro".

Fonte: facebook

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AS MULHERES CANGACEIRAS

 Por Kydelmir Dantas

Num levantamento de mais de 1000 títulos, a maioria no acervo pessoal, são poucas a Mulheres Cangaceiras que foram contempladas pelo ‘jornal do povo’: Os folhetos ou romances de cordéis. Logicamente, a mais ‘biografada foi Maria Bonita, em seguida Dadá e pronto... 

Afora Sila e Lídia, praticamente mais nenhuma teve ‘direito’ a uma biografia não autorizada. Este trabalho, apresenta os nomes de 86 Mulheres que, por qualquer motivo (amor, aventura, ilusão ou rapto) ingressaram no cangaço a partir de 1930. Foi baseado nas fontes de pesquisas seguintes: 

AMANTES E GUERREIRAS - Geraldo Maia do Nascimento. Mossoró - RN, Coleção Mossoroense, 2016; CANGACEIROS. Élise Jasmin. Terceiro Nome, 2006. DADÁ. José Umberto Dias. Salvador - BA, 1989. DICIONÁRIO BIOGRÁFICO: CANGACEIROS & JAGUNÇOS. Renato Luis Bandeira. Salvador. 2ª ed. 2015; GUERREIROS DO SOL. Frederico Pernambucano de Mello. Recife, 1985; LAMPIÃO: AS MULHERES E O CANGAÇO – Antônio Amaury Correia de Araújo. São Paulo - SP, 1984; LAMPIÃO ALÉM DA VERSÃO: MENTIRAS E MISTÉRIOS DO ANGICO. Alcino Alves Costa. Aracaju – SE. 1999; MARIA BONITA: A TRAJETÓRIA GUERREIRA DA RAINHA DO CANGAÇO. João de Sousa Lima. Paulo Afonso – BA. 2005.

Kydelmir Dantas, autor.

Poeta e Escritor, Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço 

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EM COXIXOLA-PB VISITAMOS O CHÃO SAGRADO DE INÁCIO.

Por Marco de Aurélio

Conhecido como Inácio de Coxixola, o artista nos recebeu de braços abertos em sua casa templo de arte, cercada por totens e uma imensa plantação de aveloz.

Numas das fotografias vemos Pedro Soares com suas hastes a procura de águas subterrâneas, para a perfuração de um poço artesiano nas terras de Inácio. Tal poço é um presente ofertado por Cateb, que será denominado "Poço - Cateb 1".

Levamos além de tintas, algumas mudas de tâmaras doadas por nosso querido amigo Dr. Ricardo Maia.

Marco de Aurélio












Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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INVASÃO EM MOSSORÓ (PARTE 1)


Provavelmente, a invasão de Mossoró (RN) culminada em 13 de junho de 1927, fora a maior empreitada, feita por Lampião, em termos, de distâncias percorridas e grandiosidade da cidade a ser assaltada, além disso, considero que este acontecimento, produziram diversas rupturas na saga daquele cangaceiro, aliados a outros movimentos anteriores, de repreensão da polícia, principalmente, no Estado de Pernambuco, e que resultaram em sua fuga para a Bahia, mais de um ano depois.


O Projeto Mossoró foi gerado, no coito do Coronel Isaías Arruda na Serra do Diamante, município de Aurora (CE) e seus mentores foram o cangaceiro Massilon Leite, que prestava serviços para Arruda e o próprio chefe.




Lampião não conhecia o Rio Grande do Norte, aliás nem inimigos tinha em terras potiguares. Entretanto, foi convencido pela dupla, que o serviço seria fácil, da mesma forma que fora, o ataque à cidade de Apodi (RN) e Gavião (RN), feita por Massilon, com absoluto sucesso, e ocorrido no mês anterior, com promessas de grande soma de dinheiro.



Mesmo ressabiado, com o novo "trabalho", O rei do cangaço, aceitou a missão em Mossoró, na condição de receber muita munição de Isaías Arruda, no que foi atendido de pronto, e com cerca de 70 cangaceiros, eles deixaram a Serra do Diamante, no sentido ao limite da Paraíba, na madrugada do dia 09 de junho 1927. Aguardem continuação...

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura

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CARIRI CANGAÇO PRINCESA 2015 - DIA 19 DE MARÇO

Por José Romero de Araújo Cardoso
José Romero..., Manoel Severo, João de Sousa Lima e...
Professor Romero Cardoso e a professora Aninha 
José Romero, Juliana Pereira, Wescley...

José Romero, Juliana Pereira, Wescley Rodrigues e ...

..., Manoel Severo, José Romero, Juliana Pereira, Wescley Rodrigues e...
José Romero, Juliana Pereira, Wescley Rodrigues e...
..., ..., José Romero, Juliana Pereira, Wescley Rodrigues e...

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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DELMIRO GOUVEIA: A TRAJETÓRIA DE UM INDUSTRIAL NO INÍCIO DO SÉCULO XX - PARTE III

Telma de Barros Correia - (Profa. Dra, SAP-EESC-USP)

Negócios e Política

O sucesso empresarial de Delmiro dependeu de favores e concessões públicas. A realização de iniciativas empresariais arrojadas, como as levadas a cabo por Delmiro, dependeram de concessões públicas, obtidas graças a alianças com políticos de Pernambuco e Alagoas. O Derby tornou-se possível pela concessão do Prefeito Coelho Cintra do Recife, em 1898, concessão para construir e explorar um mercado - que batizou Mercado Coelho Cintra - pelo prazo de 25 anos, com isenção de impostos municipais. Pedra, um empreendimento ainda mais amplo, incluindo núcleo fabril, fábrica, curtume, fazendas, usina hidrelétrica, açudes, sistema de abastecimento de água e cerca de 520 quilômetros de estradas, exigiu concessões diversas, já mencionadas, obtidas graças a empenho pessoal de governadores alagoanos, com os quais Delmiro travou relações de amizade e de alinhamento político.
            
Embora não tenha concorrido diretamente para cargos públicos, Delmiro envolveu-se profundamente na política. No Recife, tomou o partido do grupo que fazia oposição a Rosa e Silva e ao Partido Republicano Federal, mantendo vínculos estreitos com Coelho Cintra, José Mariano, Gonçalves Maia e Phaelante da Câmara. Na eleição de 1899, integrou uma caravana que percorreu o interior do Estado em propaganda eleitoral (SANTOS, 1947, 11). Participou ativamente, em 1911, da campanha do General Dantas Barreto para o Governo do Estado. Em Alagoas foi aliado dos governadores Euclides Malta e Joaquim Paulo Malta, do Coronel Ulisses Luna (de Água Branca) e do Coronel Manoel Rodrigues da Rocha (de Santana do Ipanema). Aos aliados, além de favores, Delmiro tinha a possibilidade de oferecer votos. É provável que controlasse grande número de votos entre seus fornecedores de courinhos, locatários do mercado e empregados das várias empresas que possuiu. No caso de Pedra, a massa de operários submetida a programa de alfabetização contribuiu, sem dúvida, para alterar a correlação de forças na região e para inquietar seus adversários políticos.
            
Apesar da estreita relação entre política e negócios que presidiu sua trajetória no mundo do comércio e da indústria, Delmiro se empenhou em desqualificar sua atuação política. Adotando um discurso coerente com a imagem do indivíduo independente e do empreendedor auto-suficiente que procurou encarnar, buscou negar sua intimidade com a atividade política: "Nada tenho que ver com a politica. Não sou politico. Não sou partidario. A politica influe apenas indirectamente nos meus negocios pela acção dos impostos ou pelas garantias constitucionaes que ella anima" (GOUVEIA, 12 jul. 1899, 3).
            
A oposição feita por Delmiro a Rosa e Silva - político que comandou durante mais de quinze anos a política estadual - provocou grandes danos aos seus negócios no Recife e inviabilizou sua permanência em Pernambuco. Antigo membro do Partido Conservador no Império, Rosa e Silva, já em 1893, ingressou no Partido Republicano Federal - fundado nesse ano - e, a partir de 1896, assumiu a liderança política do estado, relegando à oposição republicanos históricos como Martins Júnior e Gonçalves Maia. Embora freqüentasse muito pouco o Recife - morava no Rio de Janeiro, onde exerceu função de senador e vice-presidente da República - e contasse com a antipatia de amplos setores da população da cidade, Rosa e Silva controlou a política estadual de 1896 a 1911. No período, indicou todos os governadores que, por sua vez, indicaram os chefes políticos locais. A estratégia de Rosa e Silva para tal domínio consistiu em bloquear a autonomia política de seus aliados e desencadear uma violenta pressão sobre a oposição, a ponto de muitas de suas lideranças terem sido obrigadas a emigrar para outros estados. Em artigo de 1906, o jurista Phaelante da Câmara acusava o ex-governador Sigismundo Gonçalves - um fiel aliado de Rosa e Silva - de, no exercício do governo, com a aquiescência ou cumplicidade do judiciário, haver desrespeitado vários direitos constitucionais, como o habeas-corpus, o domicílio, a propriedade, a instituição do juri e a fiança criminal (CAMARA, 1906, 1).
            
Delmiro Gouveia foi um adversário ferrenho de Rosa e Silva, travando com os partidários deste, no Recife, violentas trocas de acusações pela imprensa. A situação acusava Delmiro de especulador e a oposição o defendia, enfatizando o autoritarismo e a intransigência do governo. No primeiro semestre de 1899, uma série de conflitos envolveu Delmiro e o então Prefeito do Recife, Esmeraldino Bandeira, indivíduo que se auto-intitulava a "segunda pessoa" de Rosa e Silva. Houve, da parte do Prefeito, a proibição - utilizando força policial - da venda de carne verde no Mercado do Derby. A imposição de empecilhos a obras drenagem que estavam sendo realizadas por Delmiro no Derby, foi outro momento de tensão entre ele e o Prefeito do Recife. Tais conflitos se converteram em confronto aberto quando um carregamento de farinha que se dirigia ao Derby foi apreendido por ordem do Prefeito ao chegar ao Recife.
            
No segundo semestre desse ano, as divergências acirraram-se, após episódio ocorrido no Rio de Janeiro, onde Delmiro, após tentar, sem sucesso, um entendimento com Rosa e Silva, tendo-o encontrado na Rua do Ouvidor, agrediu-o com a bengala. Jornais da situação do Recife criticaram violentamente esta atitude. Entre as inúmeras mensagens de apoio recebidas pelo Vice-Presidente da República após este episódio, consta um telegrama do Governador de Pernambuco, empenhando o compromisso de um revide da parte dos "amigos" de Rosa no estado:

"Recife, 19 de junho - Urgente - Dr. Rosa e Silva, vice-presidente da Republica - Rio - Sou interprete competente da grande maioria do Estado para affirmar-vos que o tendes prompto a lavar qualquer affronta que a cegueira partidaria por intermedio de algum suggestionado, ouse fazer-vos... Descansai em vossos amigos. Não se humilha um homem notavel e limpo por se mandar um desvairado dirigir-lhe, perante uma população civilisada, algumas chufas. O aggredido, sereno, acatado por todos, volta as costas ao aggressor, e deixa-o expor-se sozinho por si proprio, tal qual é, ao publico, que, não raro, se enoja de entes que, inconscientemente, a tanto se abatem. Fui levar o testemunho do meu apreço aos vossos dignos pais e filhos e encontrei-os calmos, como deveriam estar, e correctos. Cordiaes saudações. Sigismundo Gonçalves" (O Paiz, 20 jul. 1899, 1).

O episódio intensificou a troca de acusações, pela imprensa, entre Delmiro e seus adversários. Delmiro era acusado de enriquecimento ilícito - sonegação de impostos no comércio de couro e algodão - e de praticar violências contra concorrentes - teria usado um capanga para espancar em uma rua do Recife um concorrente no comércio de peles, Clément Levy, que, após o incidente, teria se transferido para Fortaleza. Atribui-se a métodos desta natureza - e não ao trabalho honesto e perseverante tantas vezes reivindicado por Delmiro - a origem de sua fortuna (Jornal do Commercio, 6 jul. 1899, 5). Tais acusações eram rebatidas por Delmiro, questionando as origens da fortuna que Rosa e Silva "(...) usufrue em seu ócio" (GOUVEIA, 7 jul. 1899, 4); contrapondo uma idéia de ganho honesto obtido pelo trabalho com uma noção da política como meio de obtenção de proveitos indevidos: "Sou um homem do povo, sou um plebeo, e, se possuo um brazão unico, é o que o trabalho esculpe na vida dos homens úteis à sua patria" (GOUVEIA, 28 jun. 1899, 4). Coerente com a noção liberal de mérito, Delmiro se contrapõem a este "filho de seu pai" - Rosa era filho do Comendador Albino Silva - se auto-intitulando "filho de si mesmo", de seu trabalho, de seu próprio esforço, reivindicando para si "a coragem que só a luta ensina" (GOUVEIA, 21 jul. 1899, 4).
            
Simultaneamente a esta troca de acusações pela imprensa, os governantes, no Recife, multiplicaram as ações contra Delmiro, seus aliados e simpatizantes. Em julho, a polícia revistou o Mercado do Derby e a casa do sócio de Delmiro - Coronel Napoleão Duarte - apreendendo armas. O retorno de Delmiro ao Recife foi cercado de euforia e tensão: seus amigos e aliados organizaram manifestações de apoio no Derby, para as quais um grande número de curiosos e simpatizantes afluiu; rumores de ameaças de demissão de funcionários estaduais que "negassem apoio a Rosa e Silva" espalharam-se pela cidade, enquanto a repressão policial foi usada contra pessoas que festejavam a volta de Delmiro.
            
Entre os oposicionistas, no entanto, estas retaliações eram consideradas apenas um ensaio para uma ação mais eficaz no sentido de aniquilar a influência de Delmiro em Pernambuco, temendo-se, inclusive, seu assassinato. O próprio Delmiro levantava a suspeita de que a idéia de um atentado contra si mesmo poderia ter partido de Rosa e Silva, a quem acusava de omissão - se não cumplicidade - no assassinato de homens que lhe fizeram oposição em Pernambuco (GOUVEIA, 1 ago. 1899, 5). Em coluna do Partido Republicano publicada em jornal, as denúncias de Delmiro são ridicularizadas, procurando-se mostrar como absurda a possibilidade de assassinato de Delmiro por motivos políticos, enquanto - em tom que não deixa de soar como uma ameaça - considera-se factível um crime por motivos pessoais (Jornal do Recife, 12 nov. 1899, 1). Ao risco de vida, Delmiro entendia somar-se a ameaça às suas propriedades, ante a qual anuncia a iminente venda do Derby a um grupo americano.
            
Enquanto isso, o cerco do governo a Delmiro foi se fechando com diferentes estratégias. Na madrugada do Natal, soldados da polícia provocaram tumultos - "terror e ataques de senhoras" - em evento realizado no Derby, ao investirem com seus cavalos sobre uma multidão que aguardava dentro do Mercado o início de uma missa campal (MENEZES, 1991, 96). Conforme matéria em jornal:

"A policia sempre prompta a plantar a desordem, na noite da festa tentou fazer diabruras no Derby, onde viam-se cerca de oito mil pessoas, entre ellas familias distinctas. Não poude, porem levar a effeito o seu intento pela energia do Coronel Napoleão Duarte, que chamou á ordem o subdelegado e seus auxiliares. No entanto houve panico, provocando este, ataques e grande confusão. É sempre assim a nossa policia (...)" (Jornal Pequeno, 27 dez. 1899, 2).

Tal episódio deu lugar a novas afrontas, quando, poucos dias depois, um coronel da polícia dirigiu-se ao mercado para protestar contra o tratamento dispensado a seus soldados por ocasião dos tumultos por eles provocados, alertando "(...) que si quizesse entraria a cavallo no mercado e rebentaria tudo, e terminou as ameaças com a promessa de voltar em breve" (A Província, 29 dez. 1899, 1). Na madrugada do dia dois de janeiro de 1900, a polícia incendiou o mercado do Derby e durante este dia o Recife foi tomado por frenético movimento de tropas, seguido de prisões, entre as quais a de Delmiro, de Napoleão Duarte e de vários empregados do mercado.
            
O incêndio havia sido noticiado com antecedência por jornais da situação e da oposição. Os primeiros alegavam que Delmiro iria recorrer a este expediente para tentar uma saída para seus negócios que, dizia-se, iam mal. Os jornais de oposição alertavam que os adversários de Delmiro estariam planejando incendiar o mercado para levá-lo à falência. A Província publicou, em 4 de janeiro, o conteúdo de um telegrama atribuído ao Governador Sigismundo Gonçalves para o Conselheiro Rosa e Silva: "Mercado incendiado. Delmiro preso. Saudações, Sigismundo Gonçalves". Ainda em janeiro, Delmiro arrendou o Derby e viajou para a Europa. Os incidentes foram atribuídos pelo jornal A Província às eleições de 31 de dezembro de 1899, cujo resultado desfavorável ao Governo no centro do Recife era imputado, por alguns políticos da situação, à ação de Delmiro Gouveia (A Província, 10 jan. 1900, 1).
            
Percebendo que não havia ambiente propício para se manter no Recife, Delmiro se transferiu para Pedra, em Alagoas, em 1903. Esta mudança foi precipitada por um mandato de prisão contra ele por rapto de uma menor que, coincidentemente ou não, era filha - nascida de uma relação fora do casamento - do Governador Sigismundo Gonçalves. O episódio gerou reação enérgica dos governantes, particularmente do Governador, envolvido também por questões pessoais. O Chefe da polícia comandou pessoalmente as buscas ao casal. Após rápido inquérito policial, a prisão de Delmiro foi decretada. Quando a polícia finalmente conseguiu localizar Eulina em um subúrbio do Recife, Delmiro já se encontrava refugiado em Alagoas, onde se estabeleceu numa fazenda junto ao pequeno povoado de Pedra, no Município de Água Branca.
            
A transferência para Alagoas, no entanto, não pôs fim aos seus conflitos com governantes pernambucanos. Em 1904, Delmiro foi preso na estação de trem de Pedra por um destacamento da polícia de Pernambuco - onde permanecia contra ele processo pelo rapto de menor de idade - e conduzido à cidade de Jatobá de Tacaratu neste Estado, tendo sido liberado após habeas-corpus concedido pelo juiz Sérgio Magalhães, que em represália foi posto em disponibilidade e teve sua comarca suprimida.
            
Em 1910, o Governo de Pernambuco apreendeu carregamento de peles e instalou inquérito contra Delmiro sob a acusação de contrabando de peles. A perseguição à sonegação não era uma atividade administrativa de rotina, mas, antes de tudo, uma arma a ser empregada contra inimigos políticos e desafetos. Inseria-se, como bem lembrou Paulo Cavalcanti, numa lógica clientelista, cuja regra básica é: "para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei". Em 1911, com a eleição de Dantas Barreto - aliado de Delmiro - para o Governo do Estado, o processo foi arquivado e o coletor responsável pela apreensão das peles demitido.
            
Em Pedra controlando grande número de funcionários e estabelecendo relações comerciais diversas, Delmiro converteu-se na principal força econômica da região. Tal situação colocava-o em condições de firmar-se, também, como uma importante força política. Desde que se estabeleceu em Pedra, Delmiro contou com o apoio do Governo de Alagoas e de alguns influentes chefes políticos do interior do estado. Uma vez em Pedra, Delmiro ampliou sua força política pelo controle de número crescente de votos. Em 1911, com a posse de Dantas Barreto no Governo de Pernambuco, a influência política de Delmiro ampliou-se ainda mais, agravando conflitos com indivíduos influentes de cidades vizinhas
            
O assassinato de Delmiro, em 1917, é atribuído pela maioria de seus biógrafos aos coronéis José Rodrigues de Lima (de Piranhas) e José Gomes de Lima (de Jatobá), os quais entraram em conflito com Delmiro por motivos políticos e econômicos. Os atritos entre Delmiro e o Coronel José Gomes ocorreram quando, com a interferência do industrial, este perdeu a chefia política do Município de Jatobá e o cargo de coletor. Com o coronel José Rodrigues - chefe político de Piranhas, município vizinho a Pedra - os atritos decorreram, sobretudo, de questões econômicas, relativas ao fornecimento de lenha para a Estrada de Ferro Paulo Afonso, à concorrência no comércio de peles e a questões referentes à posse de terras.

CONTINUA...

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