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terça-feira, 18 de agosto de 2015

LANÇAMENTO: Pesquisador Gutenberg Costa = A PRESENÇA FEMININA NA LIT. DE CORDEL DO RN - 20/08/2015


De: adriana.brasilsilva@gmail.com
Enviada: Terça-feira, 11 de Agosto de 2015
Para:
Assunto: LANÇAMENTO: Pesquisador Gutenberg Costa publica livro sobre a presença feminina na literatura de cordel.

No mês do folclore, pesquisador Gutenberg Costa lança livro sobre presença da mulher na literatura de Cordel.

Adriana Brasil – Divulgação


O pesquisador e folclorista Gutenberg Costa estudou durante uma década o tema da presença feminina na literatura de cordel potiguar. O resultado desse trabalho está no livro pioneiro “A Presença Feminina na Literatura de Cordel do Rio Grande do Norte- a mulher na memória do folheto potiguar”, obra que foi agraciada com o prêmio municipal do Edital Literatura de Cordel 2014, pela Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), Secretaria Municipal de Cultura.

Fascinado pela cultura popular, Gutenberg coleciona folhetos de cordel desde a adolescência, já tendo publicado outros livros sobre esse gênero. O mais recente trabalho, sobre a presença das mulheres no Cordel do RN- aborda várias temáticas da figura feminina nessa literatura, tais como a presença da mulher nos folhetos, no repente e viola, a discriminação em vários ângulos da cultura popular, a violência contra a mulher, as temáticas de destaque, autores e títulos, e ainda um capítulo com a vida e obra de mais de 50 mulheres cordelistas do RN.

Embora hoje a presença feminina seja relativamente expressiva na literatura de cordel, no passado não foi bem assim. Gutenberg destaca o machismo, muitas vezes presente na cultura popular: “A literatura de cordel foi, durante muito tempo, uma produção marcadamente masculina. Muitas dessas mulheres utilizaram pseudônimos masculinos para escaparem da censura e discriminação da época.” Gutenberg cita o caso da poetisa Josenira Fraga, que se identificava como “Zé do Povo”, principalmente na autoria dos folhetos políticos.

O livro oferece uma ótima bibliografia sobre o Cordel feminino. Além de não descuidar do passado, conta o que há de novidade no cordel de circunstância: os crimes e os assuntos em pauta na atualidade. Da capa à contracapa dos folhetos, forma e conteúdo, autores e personagens estão preservados do esquecimento.
O AUTOR
Gutenberg é pedagogo e bacharel em direito. Publicou mais de vinte livros. Alguns títulos: “Profetas do Nordeste” (1994), “A Presença de Câmara Cascudo na Literatura de Cordel” (1998), “Natal: Personagens Populares” (1999), “Dicionário Papa-jerimum de Apelidos” (2001), “Dicionário de Cordelistas do RN” (2004).

 OBRA

“A Presença Feminina na Literatura de Cordel do Rio Grande do Norte- a mulher na memória do folheto potiguar” - Apresentação da jornalista e escritora Rejane Cardoso. Comentário de orelhas, a educadora Elaynne Costa (filha do autor). 190 páginas. Projeto Gráfico: Marcelo Sena. Co-edição: Editora 8/ Editora Queima-Bucha.

 INFORMAÇÕES À IMPRENSA:
Gutenberg Costa: (84) 9 9878-4493/ e-mail: gutenbergcosta@bol.com.br
Adriana Brasil: (84) 9 9649-7535 / e-mail: adriana.brasilsilva@gmail.com

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e Gonzaguiano Kydelmir Dantas

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DUAS EXCELENTES OBRAS DO PROFESSOR ANTONIO VILELA

Por Antonio Vilela de Souza

NOVO LIVRO CONTA A SAGA DA VALENTE SERRINHA DO CATIMBAU
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JOSÉ RODRIGUES DA COSTA E LUIZ DA CÂMARA CASCUDO

Acervo do pesquisador Lindomarcos Faustino‎ RELEMBRANDO MOSSORÓ

O fotógrafo mossoroense José Rodrigues da Costa (mestre das lentes), e o natalense Luiz da Câmara Cascudo (mestre da cultura) em 1965.

Um pouco sobre o fotógrafo José Rodrigues da Costa

José Rodrigues da Costa nasceu na Fazenda Mulungu, no município de Mossoró, distante do centro da cidade 20 km, no dia 02 de dezembro de 1938. 
Filho de José Frederico da Costa e Maria Salomé Silva da Costa. Aprendeu as primeiras letras em uma escola que ficava na comunidade do Sítio Trapiá, com a professora Santinha.

Em 1954, sua família passou a morar na cidade de Mossoró, onde Zé Rodrigues concluiu o 2º Grau. Por necessidade, começou a trabalhar ainda muito jovem, tendo como primeiro trabalho a mercearia de Vicente Gomes Bezerra, onde eram fabricados caixões de defuntos.

Quando ele fazia trabalhos noturnos, por várias vezes dormia dentro de caixão, pois havia muitos mosquitos. Foi ainda alugador de bicicletas, quando ele instalou um posto na Praça Rodolfo Fernandes.

Em 1960, foi para São Paulo, onde permaneceu por dois anos, e naquela capital trabalhou como servente de pedreiro, pintor e descobriu a paixão pela fotografia, fazendo então desta sua profissão.

Em 1963, retornou para sua cidade natal e instalou um pequeno estúdio fotográfico, mas com uma máquina emprestada pelo Dr. José Suêldo Câmara.

José Rodrigues, durante mais de 50 anos de trabalho no ramo da fotografia, vem documentando a cidade em todos seus aspectos e registrando o desenvolvimento de Mossoró e região. Pensando nas gerações futuras, estava preparando um trabalho, através das fotografias, que perpetuarão a história do município de Mossoró. 

José Rodrigues da Costa faleceu ontem (17-09-2015), às 15:00 hs em Mossoró, e seu sepultamento será às 4:00 horas da tarde de hoje. 


Um pouco sobre Luiz da Câmara Cascudo

Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro. Câmara Cascudo passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. 

Foi professor da Faculdade de Direito de Natal, hoje Curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujo Instituto de Antropologia leva seu nome.

Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estreia, e Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971), foram editadas postumamente.

Cascudo quase chegou a ser demitido de sua posição como professor por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.

Começou o trabalhou como jornalista aos 19 anos em "A Imprensa", de propriedade de seu pai, e depois passou pelo "A República" e o "Diário de Natal" - nos anos 1960 já havia publicado quase 2.000 textos.[1]

Câmara Cascudo foi monarquista nas primeiras décadas do século XX e durante a década de 1930 combateu a crescente influência marxista no Brasil. Também combateu, em parte, sob a impressão causada pela assim chamada Intentona Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede da primeira tentativa de um governo fundado nas ideias marxistas da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira, o movimento nacionalista encabeçado por Plínio Salgado.

Desencantou-se rapidamente com o Integralismo, tal como outro famoso ex-integralista, Dom Hélder Câmara, e já durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu os Aliados, demonstrando sua antipatia aos fascistas italianos e aos nazistas alemães. Fiel ao seu pensamento anticomunista, não se opôs ao Golpe Militar de 1964, mas protegeu e ajudou diversos potiguares perseguidos pelos militares.

Câmara Cascudo muito contribuiu para a cultura na gestão de Djalma Maranhão, prefeito de Natal.

O conjunto da obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade. O autor escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas, o que o coloca entre os intelectuais brasileiros mais profícuos, ao lado de nomes como Pontes de Miranda e Mário Ferreira dos Santos.

O autor é também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional publicando e vivendo distante do eixo Rio—São Paulo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_da_C%C3%A2mara_Cascudo

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NOVO LIVRO Do ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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ENTREVISTA COM MEMBROS DO GPEC (GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO)


Hoje pela manhã na redação do jornal "A UNIÃO", membros do GPEC (Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço), Narciso Dias e Jorge Remígio concedendo entrevista para matéria do jornal.



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TCM MOSSORÓ DE TODOS OS TEMPOS - RODRIGUES FOTÓGRAFO (PARTE 2)

https://www.youtube.com/watch?v=qtl8z-h40rq&feature=youtu.be

Publicado em 21 de junho de 2012

TCM MOSSORÓ DE TODOS OS TEMPOS - RODRIGUES FOTÓGRAFO (PARTE 2)

Entrevista José Rodrigues (RODRIGUES FOTÓGRAFO) fazendo uma retrospectiva de como começou na arte de fotografar, falando também sobre turismo (as grandes potencialidades do turismo na Costa Branca do Rio Grande do Norte.

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PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO!

Manoel Severo e Gilmar Teixeira

A terceira e última noite do Cariri Cangaço Piranhas 2015; teve início com o lançamento de mais uma grande obra. O pesquisador, escritor e documentarista de Paulo Afonso, Gilmar Teixeira apresentou ao público sua mais nova obra, o livro: "Piranhas no Tempo do Cangaço".

Adquira-o através deste e-mail: gilmar.ts@hotmail.com

Em sua mais nova obra, Gilmar Teixeira, nos permite conhecer mais de perto, justamente Piranhas; cidade sede do presente evento; palco de uma das fases mais importantes do ciclo de Virgulino Ferreira. Os últimos anos, os últimos dias... As últimas movimentações de seus homens, as ações de seus comandados... Chegamos assim ao enredo principal de “Piranhas – No tempo do Cangaço”.

Gilmar Teixeira e "Piranhas no Tempo do Cangaço."

Essa magnifica cidade, com história espetacular, às margens do Velho Chico, pelo lado Alagoano, Piranhas; uma das mais belas cidades de nosso Brasil; atualmente Patrimônio da Humanidade; com sua rica arquitetura e um casario que guarda em suas linhas as memórias de tempos passados, recebendo a brisa mágica do São Francisco, viveu também seus tempos de incertezas, violência e medo...nos tempos onde os reis de chapéus de aba virada, mandavam no sertão... Assim Gilmar pouco a pouco nos traz essa época viva da história do cangaço em Piranhas.

Adquira-o através deste e-mail: gilmar.ts@hotmail.com

O autor de “Quem Matou Delmiro Gouveia”, Gilmar Teixeira nos transporta para os idos entre 1936 e 1938, os dois últimos anos de vida do celerado do Pajeú. As zonas fronteiriças de Sergipe, Alagoas e Bahia, notadamente o Baixo São Francisco acabaram se tornando pouso do mais famoso cangaceiro nordestino. Piranhas como um dos mais destacados portos fluviais de então, passaria a fazer parte da historiografia do cangaço e se notabilizaria por episódios marcantes e definitivos para o fim do mesmo. Quem desejar adquirir a obra, entrar em contato diretamente com o autor, através do e-mail: gilmar.ts@hotmail.com

Cariri Cangaço Piranhas 2015
Centro Cultural Miguel Arcanjo, 27 de Julho
Piranhas, Alagoas


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MORRE AOS 77 ANOS DE IDADE EM MOSSORÓ O FOTOGRAFO JOSÉ RODRIGUES


Morreu no final da tarde de ontem, 17 de agosto em Mossoró José Rodrigues da Costa, "Rodrigues do foto", como era conhecido. Ele estava internado no Hospital Wilson Rosado há vários dias, com sérios problemas de saúde.

Este mossoroense nasceu na Fazenda Mulungu, no município de Mossoró, distante do centro da cidade 20 km, no dia 02 de dezembro de 1938.

Filho de José Frederico da Costa e Maria Salomé Silva da Costa. Aprendeu as primeiras letras e uma escola que ficava na comunidade de Sítio Trapiá, com a professora Santinha.



Em 1954, sua família passou a morar na cidade de Mossoró, onde Zé Rodrigues concluiu o 2º Grau. Por necessidade, começou a trabalhar ainda muito jovem, tendo como primeiro trabalho a mercearia de Vicente Gomes Bezerra, onde eram fabricados caixões de defuntos.

Quando ele fazia trabalhos noturnos, por várias vezes dormia dentro de caixão, pois havia muitos mosquitos. Foi ainda alugador de bicicletas, quando ele instalou um posto na Praça Rodolfo Fernandes.



Em 1960, foi para São Paulo, onde permaneceu por dois anos, naquela capital trabalhou como servente de pedreiro, pintor e descobriu a paixão pela fotografia, fazendo então desta sua profissão.

Em 1963, retornou para sua cidade natal e instalou um pequeno estúdio fotográfico, mas com uma máquina emprestada pelo Dr. José Suêldo Câmara.

José Rodrigues, durante mais de 50 anos de trabalho no ramo da fotografia, vem documentando a cidade em todos seus aspectos e registrando o desenvolvimento de Mossoró e região. Pensando nas gerações futuras, estava preparando um trabalho, através das fotografias, que perpetuarão a história do município de Mossoró. 


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O CANGACEIRO CHICO PEREIRA

Por José Mendes Pereira
O cangaceiro Chico Pereira - Colorido por Rubens Antonio

"Quem viu a terra gemer..." - Chegando perto do final do trabalho com Chico Pereira... O ponto de partida e o estado atual.
Rubens Antonio 

Mais um trabalho concluído pelo baiano, professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio. Este é o cangaceiro Chico Pereira que perdeu sua vida no Estado do Rio Grande do Norte, por pura covardia das autoridades na época. Assim como ele outros tantos cangaceiros foram covardemente assassinados. 

O cangaceiro Jararaca - Colorida por Rubens Antonio

Em Mossoró foi assassinado na noite do dia 19 de junho de 1927, o pernambucano lá de Buíque, José Leite de Santana, o cangaceiro Jararaca, quando foi enganado pelos policiais que seria transportado para a capital do Estado, Natal, para ser preso e julgado por lá, mas não foi cumprido, e rumaram ao cemitério São Sebastião, e lá fizeram uma das piores mortes já registrada em nossa cidade, matando-o covardemente na beira de sua cova, que já estava cavada.

Nota: Nesta foto faltou a marca do professor Rubens Antonio.

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LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINHAS


A 2ª edição continua sendo vendida através dos endereços abaixo:

josebezerra@terra.com.br
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 
Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
E-mail:   lampiaoaraposadascaatingas@gmail.com 

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

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LAMPIÃO INCENDEIA AS FAZENDAS DO CORONEL ZÉ PEREIRA E AINDA MANDA AVISAR A POLÍCIA

Por João Gomes de Lira

Na tarde do dia 19 de janeiro de 1925, Lampião incendiou a fazenda Olho D’Água em Betânia PE, pertencente ao Coronel José Pereira Lima, de Princesa Izabel PB. Além do incêndio, Lampião matou muito gado no pátio da fazenda, o Sr. Izídio de São Caetano, era o vaqueiro da propriedade. No mesmo dia, Lampião seguiu para incendiar a fazenda Melancia, também do Coronel Zé Pereira. Virgulino e seu bando foram pernoitar na Melancia. Residia na casa da fazenda, o Sr. Davi Firmo de Araújo, conhecido apenas por Firmo. Na manhã seguinte, dia 20 de janeiro de 1925, Lampião levantou cedo, indo sentar-se na cozinha, esperando o café. Fernandinha, esposa de Firmo, vendo-o ali sentado, começou a chorar. Vendo aquele choro, Lampião perguntou: Se ela estava com medo, disse ainda que não chorasse e não tivesse medo, que ele não ofendia a gente de João Araújo (genitor de Fernandinha), que podia ficar tranquila, pois nada do que pertencesse a ela, queimaria. Ali só queria queimar o que fosse do Cel. Zé Pereira, o que fosse dela podia retirar da casa. Destemida, Fernandinha disse que, seu choro não era com medo, nem com pena de nada, que ele podia queimar tudo. O choro era porque há dois meses, ele havia matado dois primos seus e estava ali em sua frente. Se ela pudesse, não o veria. Rapidamente respondeu o cangaceiro, que ela tinha razão, e que ele não tinha nenhuma culpa na morte de seus primos, uma vez que, os mesmos morreram na luta, brigando. Assim como seus primos morreram, ele também poderia ter morrido. Os primos a que se referia Fernandinha eram Inocêncio de Souza Nogueira e Olímpio Gomes Jurubeba, que foram mortos no fogo da fazenda Baixas, município de Vila Bela, ocorrido no dia 20 de novembro de 1924.


Lampião determinou a retirada de todos os troços de dentro da casa, ele mesmo ajudando. Também pegou uma enxada e arrastou de dentro de casa para o terreiro, uma grande quantidade de milho debulhado. Mandou Firmo ir a Betânia chamar seu irmão Antônio Araújo (conhecido por Totonho), por ser o gerente das fazendas do Cel. Zé Pereira. Chegando Totonho, em um carro de boi, Lampião o fez ciente de que iria incendiar a fazenda. Tomou o carro de boi e transportou a madeira para incendiar a casa. Lampião ainda pediu o comparecimento do Sr. Alcides Passos, residente em Betânia, para retirar do cercado os seus animais.

Retirados os animais, os cangaceiros botaram fogo na casa e em todas as cercas da fazenda, tudo virou cinza, o prejuízo do Coronel foi total.

Depois do incêndio, Lampião mandou por Alcides Passos, um bilhete para o Sargento José Leal, Comandante da força volante de Betânia. No escrito, mandava dizer ao Sargento Leal, que se encontrava na fazenda Melancia, com 35 homens, todos de sangue no olho, incendiando a fazenda do 

Coronel José Pereira de Lima

Coronel Zé Pereira, se o Sargento achasse ruim, juntasse seus macacos e fosse para brigar, pois o estava esperando, pois naquele dia estava querendo limpar a ferrugem de seu refle. Recomendou mais, que o Sargento levasse a farinha que o feijão já estava pronto para o almoço. Datou e assinou: Virgulino Ferreira da Silva – Vulgo: Lampião – Governador do Sertão.

Em Betânia, Alcides Passos procurou Severino Pires, para combinarem se entregava ou não o bilhete. Severino foi pela entrega imediata do escrito, pois o Sargento bradava dia e noite que, quem soubesse de Lampião na região e não comunicasse, morria no pau. 

Recebendo o bilhete, o Sargento ficou enfurecido, juntou os pés e disse: Vou agora mesmo brigar com esse bandido.

Então gritou para macacada, se prepararem para brigar com Lampião. O soldado Luiz Nogueira de Carvalho tentou mostrar ao sargento a desvantagem em atender aquele chamado, pois o mesmo devia ser uma grande cilada de Lampião contra a Força. Disse ainda que, Lampião não era de brincadeira, que o Sargento não o conhecia, por ser do Recife. O Comandante Leal perguntou se o soldado Luiz Nogueira estava com medo. Respondeu que não, apenas sabia que a volta de Lampião era amargosa, se o Sargento estava duvidando que fosse, mas o aconselhava atacar bem as alpercatas, para não ficar enganchadas nas caatingas do Navio e chegar descalço em Betânia.

O Sargento respondeu: Eu sou é homem e venho do Recife para perseguir, brigar e prender Lampião. Vários civis também se dirigiram ao sargento, pedindo que não atendesse ao chamado de Lampião. O Sargento respondeu que era macho e a prova ia dar naquele dia, pois levava um maço de cordas, para amarrar Lampião. Tinha que entrar com o bandido amarrado dentro de Betânia para todo mundo ver. Antes de seguir, o Sargento pôs em liberdade o soldado José Mariano Ferreira (conhecido por Canela de Aço), que estava detido, o qual pegou o fuzil e saiu rua acima e rua abaixo, dizendo que naquele dia ia morrer. Os companheiros pediam que deixasse de ilusão. Respondia que era um pressentimento que estava com ele.

Pronto à tropa, quinze praças, número insuficiente para enfrentar Lampião e seu bando, o Sargento deu ordem de marcha, partindo na frente o soldado Manoel Luiz Taveira e alguns companheiros, o Sargento marchou no coice da tropa.

Lampião por sua vez, preparou uma emboscada em forma de quadrado. Tudo pronto, disse: “Está bem feito o curral, o boi José Leal chega já, já para se brigar”. Naquele momento, Lampião apontou e marcou o lugar que a Força devia estar, isto é, do meio para o fim do quadrado, recomendando aos cabras que, quando a força estivesse ali, ainda não atirassem, deixasse chegar um pouco à frente, para dar tempo aos últimos “macacos” entrar no curral, depois podiam fechar a porteira e fazer a faxina completa. Coincidência com a previsão de Lampião, no lugar que ele marcou, a força encontrou um vaqueiro e parou mesmo, perguntando se não dava notícias dos bandidos. Foi quando um cangaceiro que estava deitado na emboscada levantou a cabeça, sendo visto pelos soldados, que gritaram: “Olha os inimigos companheiros!” Estas palavras já foram acompanhadas de uma grande descarga de tiros, caindo morto o soldado José Mariano Ferreira (Canela de Aço) e gravemente ferido com as pernas quebradas, o soldado Manoel Luiz Taveira. Por não suportarem a chuva de balas, os soldados desorientados correram deixando os dois companheiros em poder dos inimigos. Dentro de todo sufoco, o soldado Luiz Nogueira não se cansava de gritar, chamando o Sargento Leal com as cordas para amarrar Lampião. Luiz Nogueira olhava para todos os lados, mas não via o Comandante Leal, pois antes de entrar no quadrado do curral, fugiu tão apavorado, que tirou da Fazenda Melancia para Betânia, cerca de três quilômetros, de uma só carreira, sem ter tempo de olhar para trás. O Sargento José Leal chegou a Betânia demostrando sinais de loucura, entrando nas casas pelas portas da frente e saído pelas portas dos fundos, estava muito aflito sem encontrar um lugar para se esconder.

Do livro: Memórias de um Soldado de Volante
De: João Gomes de Lira

Fonte: facebook
Página: José João SouzaLampião, Cangaço e Nordeste

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