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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

OS GRANDES CRIMES DE LAMPIÃO - PARTE I.

Por Cangaçologia 

https://www.youtube.com/watch?v=VqVCg38IfhY&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

No decorrer dos anos muitas histórias foram criadas pelo imaginário popular em torno da figura polêmica de Lampião. Algumas dessas histórias sangrentas, outras romanceadas e tantas outras com teores cômicos ou sarcásticos. A verdade é uma só e todos nós sabemos que a história do cangaço e em especial a história do cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva “Lampião”, foi escrita com muito sangue, suor e sofrimento. Um período de luto para o sertão e para o sertanejo nordestino. 

Muitas histórias de crimes monstruosos, que foram cometidos tanto por parte dos cangaceiros, quanto de grande parte das Volantes que os perseguiam, se perderam com o passar do tempo, mas uma grande e importante fatia dessas histórias foram salvas através da memória popular e de documentos que ainda nos tempos atuais podemos ter acesso. 

Com o intuito de preservar e divulgar a história cangaceira selecionamos algumas dessas histórias e a partir de agora as apresentaremos em capítulos, onde especialistas e estudiosos do assunto falarão a respeito dos fatos acontecidos, cada um dentro da sua especialidade. Tenho a plena convicção que através dessas histórias teremos um maior conhecimento e compreensão sobre os fatos e acontecimentos desse período negro da nossa história chamado cangaço. 

Geraldo Antônio de Souza Júnior

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COM QUEM ENCONTRAR LIVROS SOBRE CANGAÇO

Por José Mendes Pereira

Existem vários autores de livros sobre o tema “CANGAÇO”, mas muitas vezes você está procurando "UM" e não tem como adquiri-lo, por falta de e-mails destes profissionais da cultura. Mas estou disponibilizando o e-mail de Francisco Pereira Lima (Professor Pereira), lá de Cajazeiras, no Estado da Paraíba. 

Se o professor Pereira não tiver em sua livraria o exemplar que você procura sobre o "CANGAÇO", com certeza ele sabe quem tem para vender. Se você tem pressa para adquiri-lo não deixa para amanhã, pois os livros que são publicados sobre o "CANGAÇO" são praticamente arrebatados pelos leitores, pesquisadores, e até mesmo pelos escritores que colecionam tudo que é publicado sobre "CANGAÇO". 

Não são todos os livros sobre "CANGAÇO" que são vendidos com exclusividades pelo professor Pereira, mas lembre-se que ele não é só proprietário de livraria, tem interesse pela cultura brasileira, e lhe cederá e-mails, ou endereços de quem tem livros sobre "CANGAÇO" para vender.  

Não deixa para amanhã, pois poderá ser muito tarde, e você poderá ficar sem o livro que  interessa em sua estante.

E-mail do professor Pereira: 

franpelima@bol.com.br

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APENAS UMA CARTA DE GRATIDÃO

 Por Archimedes Marques

Há oito anos atrás perdi a minha querida mãe, uma perda irreparável e que sempre me traz dor e melancolia ao relembrar aquele tenebroso dia de 18 de dezembro de 2012... E assim, na época, eu escrevi essas últimas palavras em memória dessa mulher exemplo em todos os sentidos.

APENAS UMA CARTA DE GRATIDÃO

Minha estimada e inesquecível mãe, Maria Isabel Melo Marques:

A sua terrena morada de 29 de agosto de 1934 a 18 de dezembro de 2012 foi singela, pura e por demais proveitosa, pois deixou alimento para o espírito, amizade, carinho, afeto e amor em todas as pessoas que a conheceram. Os meus olhos, os olhos daqueles que a cercaram, os nossos olhos são testemunhas oculares dessa visão, nossos corações são testemunhas pulsativas dessa arritmia, nossos cérebros são testemunhas conscientes dessa razão, nossos sentimentos são testemunhas intelectivas dessa sensação, nossos juízos são capazes de decretar essa sentença em plena e absoluta justiça. Minhas palavras apenas tentam comprovar que não morre aquela pessoa que nas outras vive. O que é bom é eterno e ao invés de apenas passar termina ficando imortalizado.

De boa filha e verdadeira irmã dos seus irmãos você se tornou excelente esposa para o nosso querido pai. De excelente mãe você se tornou cúmplice dos seus filhos, mais tarde das noras e do genro. Cúmplice também foi dos seus netos e bisnetos, uma cumplicidade que transcendeu curtas gerações, uma cumplicidade que só buscava o bem de todos.

Do seu dom iluminado de ser feliz e trazer felicidade com as suas sábias palavras, atos e decisões, de contar os seus contos, de historiar as suas histórias, de encantar com os seus encantos, de se encantar com os nossos encantos, de sorrir os nossos sorrisos, de sofrer os nossos sofrimentos, de se preocupar com as nossas preocupações, teve você também o poder de transformar as nossas lágrimas em alentos.

Do seu dom natural das artes você se destacou na criatividade, desenho, pintura… Nas letras, sempre bem trabalhadas, se tornou poeta em versos e prosas, contista, amante das escritas e dos livros… Da sua voz e ritmo cadenciados de cantora romântica deixou gravado um disco que não toca somente os nossos corações, mas também irradia de alegria contagiante a nossa aura.

Da amizade sempre bem regada e adubada você plantou e colheu uma legião de amigos que para sempre guardarão a sua memória, pois sendo uma pessoa abençoada pelo Criador continuará na saudade irradiando luz, irradiando satisfação, irradiando paz, irradiando harmonia, irradiando amor…

Assim, por tudo isso e indefinidamente por muito mais, só me resta agradecer o privilégio de ter sido gerado pelo seu amor, de ter nascido do seu ventre, de ter sido amamentado pelos seus seios, de ter vivido o seu convívio, de ter sido acariciado e acalentado pelas suas mãos, afagado pelos seus maternos e aconchegantes beijos, agraciado e curado das feridas pelas suas preces, remediado pelos seus remédios, aprendido e crescido com os seus ensinamentos, esperando um dia reencontrá-la na sua nova morada, de tudo, rogando que o seu exemplo e legado de vida ensinem os bons a ser melhores.

Seu filho, Archimedes Marques.

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TRECHO 4 DO ROMANCE “UM REPÓRTER DO FUTURO NO BANDO DE LAMPIÃO”

“Antes de se dirigir para a casa–grande, os cangaceiros deram, a galope, umas duas voltas em torno da praça, aparentando surpresa por não haver ninguém no lugar, muito menos ter sido preparada nenhuma resistência contra eles. Demonstravam que vieram mesmo dispostos a travar um intenso tiroteio contra os moradores do povoado. Estavam todos armados de fuzis, e tinham voltado a vestir as suas roupas de navegação, que haviam abandonado temporariamente enquanto estavam pacificamente hospedados na fazenda.

Mesmo constatando que o povoado estava deserto, os cabras se posicionaram de forma estratégica em torno da praça, para prevenir possíveis ataques, enquanto Lampião, Luís Pedro e Ezequiel Ponto Fino se dirigiram, ainda a galope, na nossa direção. Riscaram a dois metros do alpendre.

– Muito bom dia, seu Jeremias. Muito bom dia, seu Aparício – bradou o capitão – Que surpresa boa encontrá–los por aqui, uma hora desta. Cadê o povo da terra? Se escafederam assim de repente?

– Mudou–se todo mundo para a vila, capitão – respondeu Jeremias, sem levantar–se da cadeira, aparentando uma assustadora tranquilidade.

Eu fui me levantando devagar, em sinal de respeito a Lampião, e ao mesmo tempo sem saber que postura adotar diante do impávido Jeremias. Lampião foi descendo calmamente do cavalo, sem tirar os olhos de mim e do capataz. O olho esquerdo brilhava de ódio, o olho cego lacrimejava desprezo, e havia um sorriso meio zombeteiro nos lábios finos e arqueados. Luís Pedro e Ezequiel permaneciam em silêncio, e pareciam perplexos diante da placidez de Jeremias.

O capitão colocou um pé sobre um dos degraus do alpendre e descansou o fuzil sobre a perna, olhando fixamente para nós. Minhas pernas começaram a tremer. A figura de Lampião, naquele momento, era muito assustadora. Estava ali na sua mais inteira potencialidade de destruição e crueldade, embora de forma contida e dissimulada. Fazia o papel de cavalheiro do Mal. Era o Demônio na sua traiçoeira performance de elegância e cordialidade.

(...)

Lampião manteve cravado sobre mim o olhar inquisidor. Estava bem próximo de mim, eu sentia o seu cheiro forte, a emanação do seu calor. Embora fosse de minha altura, parecia bem mais alto, enorme, gigantesco. Meus cabelos estavam arrepiados.

(...)

Lampião virou–se para a praça e soprou o apito que trazia pendurado ao pescoço. Aquilo me deu um arrepio por todo o corpo. Imediatamente os cangaceiros espalhados pela praça esporearam os cavalos e vieram a galope, concentrando–se todos em frente à casa–grande. O capitão ordenou:

– Compadre Mariano, reúna um grupo e vá até o curral. Quero que matem com tiros de fuzil todos os animais que estiverem lá. Antonio de Engrácia, reúna outro grupo e vá até o depósito de grãos e à casa–de–farinha. Destruam tudo! Não quero nada em pé, nada funcionando, nada prestando mais para nada.

A seguir, virou–se para Jeremias e segurou–o pelos cabelos com brutalidade, fazendo–o levantar–se da cadeira de balanço.

– E vosmecê, seu fio da peste! O que faz aí sentado? Fique de pé diante do capitão Virgulino, gangrena do estopô!

Jeremias ficou em pé, sem fixar o olhar em nada, como se estivesse imerso num torpor. Virgulino olhou–o da cabeça aos pés.

– Eu podia sangrar vosmecê agora, seu condenado, mas tenho que reconhecer que vosmecê é um cabra de coragem. E eu respeito homem valente. Por isto vou lhe dar uma chance. Vou deixar que você escape desta, se sumir imediatamente da minha vista!

Mal o capitão terminou a frase, Mariano e o seu grupo retornaram do curral.

– Capitão, não tem um pé de criação no curral.

– Como não tem animal no curral? E onde foi parar o gado do coronel? – perguntou Lampião, já olhando para Jeremias.

– Cadê o gado do coronel, seu pustema? – gritou, próximo ao ouvido de Jeremias.

– Soltei o gado todo na caatinga ontem à tarde, capitão – respondeu o capataz, corajosamente.

Ezequiel interveio:

– Virgulino, vosmecê tá perdendo tempo com este desgraçado! Não vê que o miserável soltou o gado pra evitar que a gente matasse os animais? Ele fez tudo planejado, meu irmão. Enfia logo o punhal no pescoço desta desgraça!

Eu tomei coragem e me meti na discussão:

– Capitão, por favor, não mate Jeremias. Ele já vai sofrer punição nas mãos do coronel.

– O senhor não se meta onde não é chamado, seu Aparício! – respondeu Lampião, lançando sobre mim um olhar que me fez fugir num átimo o sangue do rosto.

Ezequiel saltou do cavalo e já veio subindo para o alpendre com o punhal desembainhado.

– Deixe que eu sangro este peste, Virgulino. Tenho uma conta pra ajustar com este corno.

– Alto lá, Ezequiel! – gritou o capitão – Quem decide aqui sou eu!

E mandou o próprio Ezequiel, acompanhado de Mergulhão, procurar querosene dentro da casa. Não seria difícil achar o produto, usado cotidianamente para acender os candeeiros. Os cabras voltaram logo depois com duas latas cheias.

– Amarre as mãos deste sujeito para trás – ordenou–me Lampião, estendendo–me uma tira de couro que havia tirado dos arreios do seu cavalo.

Achei curioso ele ter–me incumbido desta tarefa. Mas, enquanto amarrava as mãos de Jeremias, dei–me conta que o capitão ainda queria dar uma chance ao capataz. Acreditando nesta hipótese, deixei os nós frouxos, relativamente fáceis de serem desfeitos por quem tem habilidade com as tarefas de uma fazenda. Ao mesmo tempo, senti–me um pouco aliviado, com a esperança de que o capitão, ao confiar em mim esta incumbência, provavelmente me pouparia de qualquer violência.

– Espalhem querosene pela casa toda, e também pela casa do capataz. E toquem fogo em tudo! – ordenou.

Ezequiel e Mergulhão cumpriram a ordem, e em poucos minutos começavam a subir as primeiras labaredas em vários cantos das duas casas. Aí veio o momento mais terrível. Lampião puxou Jeremias por um dos braços, e foi arrastando–o com muita truculência para a porta da casa. Jeremias voltou–se rapidamente para mim, os olhos arregalados de pavor:

– Seu Aparício, se o senhor sair vivo desta, peça ao coronel pra tomar conta de minha família.

Só deu tempo para dizer esta frase, pois Lampião deu–lhe um violento empurrão, que o derrubou de bruços no meio da sala de visita, onde os móveis já estavam sendo tomados pelas chamas. A seguir fechou a porta.

– Se ele for macho mesmo, consegue se livrar das amarras, e pode escapar pela porta dos fundos. Não quero nem saber se vai conseguir. O Diabo que o carregue! – disse o capitão.”

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VÍDEO INÉDITO DE LAMPIÃO | CNL | 655

O Cangaço na Literatura
https://www.youtube.com/watch?v=2Uxsg3c8wWM&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

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FOTO RARÍSSIMA DE LAMPIÃO E JURITI. QUEM JÁ TINHA VISTO ELA?

 Por Robério Santos


Grande Robério Santos, esta é a primeira vez que eu vejo esta foto.

Parabéns pelo o achado!

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HOJE, UM ANO E NOVE MESES QUE A SENHORA FOI MORAR COM DEUS...! A SAUDADE DÓI DEMAIS PORQUE SÓ AUMENTA!

 Por Antonia Reilta

O casal Maria Beatriz de Melo Gomes e Manoel Gomes Pinheiro

Adendo: José Mendes Pereira

Quando eu saí da Casa de Menores Mário Negócio por não poder mais ficar lá devido a minha maioridade, eu fiquei como formiga sem formigueiro. Não tinha um lugar específico para ficar. Fui me alojar no Sindicato dos Trabalhadores da Lavoura de Mossoró, porque o meu pai era membro efetivo de lá. Vivi dias difíceis. Foi quando este casal que era funcionário da instituição que eu acabara de perder o apoio, me convidou para morar com ele. Foi lá o meu grande "Porto Seguro" na Rua Romualdo Galvão no grande Alto da Comceição. Este casal era para nós, internos, pais adotivos. 

Assim que eu soube que ela estava doente não a visitei porque eu não sabia a gravidade da sua saúde. Quando eu soube pensei que era doença simples. Mas eu me enganei. A Bia já estava se preparando para ir ao encontro de Deus!

A nossa mãe adotiva se foi. Mas Deus está cuidando dela. Um dia nós nos encontraremos novamente Beatriz, mas desta vez, na Casa do Senhor!

Muito obrigado Beatriz (Bia) e (Gomes), o que vocês ffizeram por mim e por outros também do nosso tempo!

Manoel Gomes Pinheiro é primo legítimo do meu pai Pedro Nél Pereira. A minha avó paterna Herculana Maria da Conceição é irmã da sua mãe que era Antônia Maria da Conceição, e apesar que não tinha  no seu nome Xaxá e nem Galdino, mas era da gema.

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LOCAL DO MASSACRE AOS CANGACEIROS MARCELINOS

 Por Raquel Nogueira

Ontem, eu fui com o amigo e pesquisador José Francisco para esse local que eu queria conhecer há tempos, o local onde foi o massacre dos cangaceiros Marcelinos, chamado o Auto do Leitão, que fica na antiga estrada da Feira entre Crato e Barbalha, esse aonde estou sentada é o Túmulo do Cangaceiro Lua Branca, irmão de Bom-de-Veras que trabalhava na fazenda do Coronel Santana e esse Coronel disse pra Lampião que ele era Bom-de-Veras ( Bom no Tiro ).

Lua Branca esteve no ataque à Mossoró-RN, foi obrigado a Cavar a própria Cova, ficou preso na Cadeia Pública e Câmera Municipal de Barbalha que hoje é a escola dos saberes, detrás da Rodoviária de Barbalha, o assassinato dos Marcelinos aconteceu no ano de 1928, ele foi morto junto com Bom-de-Veras e com Manuel Toalha e outros.

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PARABÉNS, PADRE MÁRIO

Por Manoel Belarmino

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NOTA DE PESAR!

 Por Relembrando Mossoró

O Relembrando Mossoró vem comunicar o falecimento da nossa amiga e servidora pública Deusiene Gomes, a mesma faleceu hoje no Hospital Regional Tarcísio Maia, vítima de um AVC e Covid. Ela trabalhava no Abrigo Amantino Câmara. Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

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