Seguidores

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

GENTE DAS RUAS DE POMBAL - CURINHA - MARCO AURÉLIO QUE HOJE FAZ ANIVERSÁRIO (DIA 11/08/2016) - NO TEMPO DO BAR CURINHA


Quando a família de Curinha veio morar em João Pessoa, o velho amigo preferiu ficar em Pombal, pois a sua paixão por Lea falou mais forte. Esta foi a grande razão que o impediu seguir os passos da família, rumo a capital do Estado. Permaneceu na mesma casa onde a sua família morou por longos anos. Uma casa modesta situada à Rua do Comércio, onde hoje funciona o Bar do Ovo. Foi também neste local que Curinha resolveu se estabelecer no ramo de bebidas e tira-gosto.


Curinha tinha uma legião de amigos que passaram a freqüentar o seu estabelecimento comercial a fim de degustar um bom tira-gosto, regado uma cachacinha ao gosto de cada um. Quando o cliente queria comer os gostosos petiscos sempre ficava atento, pois, o Mestre Cura, com o seu fogão mágico transformava em tira-gosto todo e qualquer ente vivo que lhe caísse às mãos. Sem dúvida o peixe era o atrativo da casa, portanto, sempre estava presente no cardápio de cada dia, assim como a galinha, guiné, entre outros viventes de origem desconhecida.


Os guinés? Como os conseguia, então? Ora, não havia problema. Bem próximo a sua casa, Dona Guiomar tinha uma criação dessa ave, cujo plantel, era mais ou menos em torno de 45 animais. O mestre Cura, os capturava um a um de forma bastante engenhosa. As avesi dormiam em dois pés de pinhas que existiam no muro da casa. Na calada da noite Curinha saia com uma vara e cuidadosamente estendia ao alcance dos pés de pinhas. Instintivamente a ave passava do poleiro pra vara. Assim, com certo esmero, o bicho era puxado e quando chegava próximo ao muro, o bote era fatal, pois, a pobre ave não tinha tempo sequer para disparar o seu barulhento alarme.


Mesmo assim às vezes faltava tira-gosto. Numa certa noite, estávamos sentados no alpendre da casa jogando conversa fora e a tomar umas e outras. Éramos eu, Bebé de Antônio Gomes, Chico Sales, João Rapadura, Luiz Camilo, Arnaldo Ugulino, entre outros. No momento o único tira-gosto que existia era limão. Isso, por volta de uma hora da madrugada. Acontece que Bebé saiu pra fazer necessidade fisiológica, no outro lado do postinho, ao lado da Casa de Curinha. De repente apareceu um vulto humano e escondeu alguma coisa no canto do muro. Essa mesma pessoa partiu em direção a casa onde a gente se encontrava. Quando a figura afastou-se Bebé foi ver o que ali estava escondido.


Um belo achado; duas galinhas. Justamente o que estávamos a precisar, naquele momento, para preparar o tira-gosto. Bebé pegou as penosas e entrou pela lateral da casa sem que ninguém o visse. Deixou as galinhas lá na cozinha, foi lá pra fora, onde a gente se encontrava. Para sua surpresa deu de cara com Cícero de Bem-Bem, que, com certeza era o vulto que havia visto. Ou melhor, era o “dono” das duas galinhas. É importante ressaltar que á especialidade de Cícero era roubar galinhas. Bebé chamou Curinha e falou sobre o achado e de imediato o Mestre Cura recolheu-se a cozinha e começou a preparar o tira-gosto, que, naquele momento estava a nos faltar.

Cícero pegou um copo serviu-se e viu que o tira-gosto era limão. Demorou um pouco e falou: "se vocês me pagarem trago já, já, duas penosas pra gente comer aqui". Bebé se antecipou e falou: “dou-lhe dez cruzeiros pelas duas galinhas”. Ora, Cícero, lépido e fagueiro, saiu em disparada e ao chegar ao local, qual foi a decepção, pois não encontrou mais as duas galinhas que ali havia postas. Voltou desconfiado e falou: “um ladrão safado me roubou”. Em pouco tempo a galinha em fervura começou a exalar aquele cheiro próprio de guisado. Cícero sacou logo que se tratava das suas galinhas e fez a seguinte proposta: “dou vinte cruzeiros se vocês me disserem como foi que conseguiram roubar minhas galinhas”. Alguém falou: “ladrão que rouba ladrão”..., muitos risos.

Noutra ocasião, nesta não me fiz presente, soube através de amigos, Curinha ofereceu um tira-gosto que agradou a todos que se faziam presentes. O tira-gosto era tão gostoso que derrubaram dois tubos e ninguém ficou bêbado. Passados alguns minutos, João Rapadura perguntou: “Ô Curinha que tira-gosto é esse que nós comemos”? O mestre Cura ao exibir um leve sorriso, falou: “Vocês acabaram de comer o gato de Zulima”. Arrematou: “esse gato infeliz vivia por aqui a me atanazar, levei pra o taxo, transformei-o em tira-gosto”. Todos se entreolharam, mas já era tarde, até mesmo pra jogar fora bichano que comeram.

Ninguém reclamava das artimanhas de Curinha. O Bar-Curinha continuava a ser frequentado, não obstante o freguês, vez por outra, degustar tira-gosto de cobra, preás, camaleões, tejus, cágados, entre outros bichos de identidade desconhecida, sem ao menos saber o que estava a comer. Êta Curinha velho de guerra! O tempo jamais lhe mudará, por isso a sua marca, o seu modo se ser, será sempre o mesmo.

Lembra-se que, Eu, Você e João Rapadura formávamos um trio inseparável? E ainda, nos dias apropriados, vivíamos a vagar pelas oiticicas, ingazeiras da beira do rio, a comer peixe assado, pescado por Biró meu cunhado, regado a uma boa pinga?. Que saudades velho amigo Cura. No meu modo de pensar você, com certeza, é um poeta existencialista, que não se revelou, perdido nas quebradas do sertão.

Digo isso, afirmo e reafirmo, porque o Mestre Cura sempre ignorou “etiquetas formais” típicas dos códigos protocolares das sociedades burguesas. Nunca o vi cantar qualquer coisa. Se alguma vez cantou, foi muito escondido, isso, talvez, pra conquistar o coração de Lea. Nunca foi de estardalhaços, nem tampouco de riso fácil. Até hoje, quando fala, fala somente o necessário. O seu modo de enxergar o mundo, seu indiferentismo ao consumismo desvairado, em voga no tempo presente, e ainda; o seu modo de ser amigo nos revela um grande espírito humano travestido de homem simples. Salve o mestre Cura, meu dileto amigo de todas as horas e de todos os tempos. Um forte abraço.

João Pessoa(PB), 08 de Junho de 2009.
Ignácio Tavares. Economista. Professor aposentado do Departamento de Economia do Campus Central da UFPB. Ex-Superintendente da FIPLAN/Governo do Estado da Paraíba. Escritor. Natural de Pombal-PB.
.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

SINHÔ

*Rangel Alves da Costa

Mesmo que a língua portuguesa se contente em dizer apenas que o substantivo masculino Sinhô é abreviatura da forma de tratamento Senhor, há muito mais que se reconhecer na antiga pronúncia. Não é somente uma questão de abreviar ou moldar a fala segundo a posição do outro, mas reconhecer neste uma forma especial de merecimento. Neste sentido, a expressão sinhô pode tomar uma conotação ora de respeito ora de sujeição.

Os escravos assim tratavam os seus patrões, os seus donos, enquanto os seus filhos eram chamados sinhôzinho. Também os jagunços, capatazes e dependentes dos antigos donos do poder, utilizavam tal forma de tratamento como reverência e submissão à autoridade. Talvez por uma fuga ou dificuldade de correta pronúncia, toda vez que o senhor se transformava em sinhô é porque havia algum tipo de subordinação no falar.

Ademais, mesmo sendo uma forma coloquial, informal ou popular, a expressão sinhô traz consigo muito mais relevância do que comumente se imagina. A forma de tratamento então utilizada para com os poderosos indicava não só o respeito como a reverência. Em tal contexto, envolvendo muito mais que o gentil acatamento, passava a caracterizar modos de exteriorização da subordinação e da submissão. Logo se depreende um contexto de força, de poder, de autoridade.

Certamente que o senhor coronel não exigia ser chamado de sinhô, mas sempre lhe soava bem ser assim reverenciado, pois como se a pronúncia correspondesse a uma terna aceitação de seu poder e mando. Não raramente também como gesto de filiação paternal ou de reconhecimento de sua bondosa autoridade. Logicamente que o pensamento do senhor coronel não correspondia à realidade, vez que assim era tratado não por devocionamento ou afeto, mas como pura expressão de subserviência e medo.

Eis a questão do ego coronelista. Não se contentando com o poder, com o mando, com a força autoritária e o respeito forçado, parecia-lhe muito pouco ser conhecido e tratado por nome comum: Boanerges, Cirineu, Leodegário, e por aí vai. Alguns foram buscar na patente militar, de graciosidade governamental através da Guarda Nacional, a oficialização de sua poderosa alcunha. Mas outros, de resquícios mais antigos, construíram suas patentes pela autoridade de mando e todas suas mais características expressões: clientelismo, assistencialismo, voto de cabresto, apadrinhamento, exacerbação de poder regional. E também pelo ferro e fogo sempre reservados aos subordinados e desafetos.


O mando coronelista lhe imprimia um caráter quase mítico, endeusado, heroico, ou tantas vezes assombroso e apavorante. Tais características eram urdidas desde além do alpendre do casarão até os gabinetes governamentais, a partir do comando de jagunços, capatazes, matadores, assalariados, empobrecidos, à influência perante aqueles que elegia ou que lhe devia favores nas diversas hierarquias de poder. Daí o poder alastrado pelos seus latifúndios, arredores e mais além. Daí as outorgas e os reconhecimentos, os medos e as obediências, tornando o homem num senhor absoluto: o senhor coronel dono do mundo. Ou, como gesto de maior deferência, simplesmente sinhô.

Os anais da história do poderio regional estão repletos de imponentes senhores e sinhôs. Tanto no termo cerimonial, de escrita correta, como no termo popular, suprimindo a vogal e a consoante. Os senhores de engenho, os senhores latifundiários, os senhores da política e do poder, os senhores comandando vidas e destinos de um povo tido sempre como servil. Mas também os sinhôs, de mesmos poderes, mas geralmente voltados para outros tipos de afazeres e influências, tais como o sinhô coronel, o sinhô de terra e rebanho, o sinhô dono do latifúndio e da pobreza, o sinhô do jagunço e do rifle.

Em cada sinhô se circunscreve um contexto específico na história brasileira, mas em todos o reconhecimento através da imposição de poder, que quando não absoluto forjado na bala, na valentia, na tocaia, na emboscada, pelo troco bem dado segundo a desfeita recebida. E também pela proteção recebida das altas esferas governamentais e políticas, como retribuição pelos favores eleitorais. Tal era o prestígio que mesmo os mandatários da nação não se negavam a beijar a mão estendida pelo sinhô. E endeusado perante os seus, fosse pela proteção concedida ou pelo respeito imposto a todo custo.


Sinhô Pereira, um letrado chefe de bando, primeiro chefe de Lampião, não foi propriamente coronel, mas descendente do coronelismo do Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de Pajeú. Mas outros sim, muitos outros ostentaram terno de linho de linho branco pelos feudos nordestinos: Sinhôzinho Malta, de Palmeira dos Índios; Sinhô Badaró (Francisco Fernandes Badaró), coronel do cacau. E tantos outros “Sinhô” em nomes como Chico Romão, Veremundo Soares, Horácio de Matos, Franklin Lins de Albuquerque, Douca Medrado, Anfilófio Castelo Branco, Abílio Rodrigues, Lídio Belo, João Sá, João Maria de Carvalho, Elísio Maia. Todos coronéis, todos senhores, todos “sinhô”.

E não por acaso que os filhos dos coronéis eram também chamados de sinhôzinho. E desde novinhos já paparicados, já bajulados. Só não sabiam que estavam alimentando insolentes egos e preparando açoites que depois recairiam sobre os seus próprios lombos.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PARABÉNS, JOSÉ ROMERO.

Por: José Ronaldo

O que falar de você 
Meu amigo talentoso 
És um cabra do cangaço 
Firme forte e corajoso 
Receba um humilde Abraço 
Por ser um vitorioso.

Por defender o Sivuca 
E sua feira de mangaio 
Saiu o artigo da nuca 
Falou como um papagaio 
A fera não se cutuca 
Nem bota água em balaio.

José Romero é um 
Sonhador e albatroz 
Arretado pombalense 
Orgulho de todos nós 
Seu pensar está a frente 
Por meio da sua voz

Defensor de Lampião 
Da cultura popular 
Amante deste torrão 
Vez ou outra vem pra cá 
E Pombal já está na hora 
Deste filho celebrar.

José Ronaldo. Poeta popular. Articulador cultural. Cidadão pombalense.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

ANTÔNIO SILVINO COBRA A GETÚLIO VARGAS


O ex chefe de cangaceiros Antônio Silvino, preso desde 1914, estava em sua cela na Casa de Detenção no Recife, capital de Pernambuco, quando recebe a visita de Gilberto Freyre.

O Sociólogo, na época, era chefe de gabinete do então governador Estácio Coimbra. Estácio tinha colocado como Secretário de Justiça Eurico de Souza Leão, e determinado que o mesmo encontrasse uma maneira, seja ela qual fosse, de acabar com o banditismo no interior do Estado.


“(...)Gilberto Freyre, na condição de Chefe de Gabinete de Estácio Coimbra, encarregou-se de formular um ambicioso plano de repressão ao cangaço, baseando-se numa “aguda análise social do problema”. Segundo a sua análise, o coiteiro era a peça essencial no esquema de sustentação e sobrevivência de Lampião, extraindo daí a conclusão lógica que constitui a essência do seu plano: “sem o coiteiro o cangaceiro não é nada”(...)”. (“Sertão Sangrento: Luta e Resistência” - Jovenildo Pinheiro de Souza)

A visita de Gilberto ao prisioneiro “ilustre” tinha uma finalidade específica. Gilberto queria saber como as hordas de cangaceiros sobreviviam, se comunicavam, em fim, tudo que fizesse parte da vida, em um todo, do cangaceirismo.

ANTÔNIO SILVINO DESCENDO DO NAVIO NO RIO DE JANEIRO EM 11 DE AGOSTO DE 1938.

O “Rifle de Ouro” passou detalhes, através de uma narrativa superimportante ao Chefe de Gabinete. Esse por sua vez, relata para Eurico o que escutou do encarcerado. Eurico manda que tragam o prisioneiro a sua presença para uma conversa.

ANTÔNIO SILVINO CONVERSANDO COM O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS EM UMA PRAÇA, NO RIO DE JANEIRO.

“(...)O ilustre prisioneiro, lisonjeado pela confiança nele depositada, não hesitou em ajudar a polícia. No próprio Gabinete do Chefe de Polícia formulou o seu plano(...)A traição foi elevada à categoria de virtude e a hipocrisia à norma nas relações pessoais. O povo, na sua sabedoria, apelidou o plano de Antônio Silvino como a “LEI DO DIABO”. Os efeitos desta “Lei” não demoraram a aparecer: desapareceu os amigos coiteiros do bandido, ficando assim a correr dias e noites, sem encontrar um abrigo, sem ver os velhos amigos que se tornaram inimigos”(...).”(Ob. Ct.)

Nessa conversa, Antônio Silvino mostra como, aos poucos, as Forças Públicas dos Estados conseguiriam encurralar o “Rei dos Cangaceiros”, o Capitão Lampião. No plano elaborado por Silvino, ele, sabedor de tudo sobre o cangaço, diz para Eurico onde, e como, deve começar a desmontar a tão bem organizada ‘malha’ do império de Virgolino.

Aos poucos, a grande rede de fornecedores, informantes e acoitadores, vão se desmanchando.

E o “Rei Vesgo” começa a ficar isolado. Até sucumbir de vez, com sua morte, em 28 de julho de 1938.

Liberto, Manoel Morais pega um vapor e vai à Capital do País, nela chegando em 11 de agosto de 1938. Lá, encontra-se com o Presidente Getúlio Vargas, em praça pública, e pede, cobra, sua participação no fim do maior dos cangaceiros.

O Presidente ordena que empregue o ex chefe de cangaceiros no D.E.R.
Fonte Ob. Citada.


https://www.facebook.com/groups/545584095605711/671893359641450/?notif_t=like&notif_id=1470947947695896

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


A FESTA DO BODE EM MOSSORÓ/RN ATRAVÉS DE CORDEL DO POETA POPULAR NILSON SILVA

Por José Romero Araújo Cardoso

O Nordeste Brasileiro concentra em seu território percentual bastante significativo referente ao rebanho caprino em todo Brasil, excedendo noventa por cento, conforme vem sendo constatado pelos diversos censos agropecuários implementados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo que o Estado da Bahia ocupa lugar destacado nos conjuntos nacional e regional, não obstante as demais unidades da região apresentarem expressivas estatísticas, as quais influenciam diretamente na economia e na cultura locais.
          
A criação de animais domésticos de pequeno porte vem sendo dinamizada de forma extraordinária, passando a representar rentáveis negócios para poucos que dispõem de condições satisfatórias para dar ênfase a essa prática pecuária, a qual há poucos anos estava quase que completamente destinada à população que dispunha de poucos recursos financeiros.
          
Bodes e cabras, bem como ovelhas e carneiros, ficaram conhecidos como as vacas dos pobres, pois geralmente o criatório era encabeçado por pessoas que não tinham condições de dispor de animais de grande porte, os quais tornaram-se imemorialmente sinônimos de status no meio rural.
          
Exemplo da importância auferida pela caprino-ovinocultura na região Nordeste, observa-se através da ênfase granjeada pela Festa do Bode, realizada anualmente no mês de julho em Mossoró (Estado do Rio Grande do Norte), na qual a comercialização de animais, seja de grande ou de pequeno porte, associada às manifestações culturais surgidas com o contínuo manejo e usufruto dos produtos obtidos com essa atividade pecuária, exponencializa, ano após ano, recordes em termos financeiros para muitos expositores, sendo que diversos são oriundos de distantes localidades espalhadas pela região Nordeste e também de outras partes do Brasil onde a caprino-ovinocultura vem se destacando consideravelmente.
          
A festa do Bode realizada em Mossoró despertou a atenção de criadores importantes, tanto do ponto de vista da lógica econômica e ambiental como cultural, a exemplo da presença, em diversas vezes, quando do evento realizado na capital do oeste potiguar de Ariano Suassuna, intelectual brilhante, de saudosa memória, fundador do Movimento Armorial, o qual em companhia do primo Manuelito Dantas Vilar Filho expuseram exemplares do excelente plantel criado e melhorado geneticamente na Fazenda Carnaúba.
          
A festa do Bode-Rei, realizada no município de Cabaceiras (Estado da Paraíba), localizado na região conhecida por Cariri-Velhos, caracterizada geograficamente pela extrema semiaridez, apresentando índices pluviométricos insatisfatórios, denota também a importância e a influência que vem assumindo a caprino-ovinocultura.
          
Recomendação importante no que diz respeito à caprino-ovinocultura tem que ser observada em virtude das preocupações que devem estar presentes quando o assunto é conservação da natureza, pois, principalmente caprinos, são tradicionais dilapidadoras de paisagens naturais, impactando formidavelmente sobre a vegetação nativa e meio ambiente de uma forma geral.
          
A poesia popular não ficou de fora no que diz respeito a render tributo ao evento anual de cunho econômico-cultural realizado em Mossoró, pois cordel de autoria do poeta popular Nilson Silva, o qual integra a Coleção o poeta do Amor, número 83, intitulado A Festa do Bode em Mossoró-RN, datado de 30 de julho de 2009, traz significativas informações sobre a realização do importante encontro que vem servindo também de espaço de resistência da própria cultura nordestina em diversas matizes e dimensões, pois da culinária regional às manifestações folclóricas, observa-se fomento pleno para tais caracteres identificadores do povo nordestino nos acontecimentos observados nas dependências do Parque Armando Buá, local onde se realiza a festa do Bode, localizado entre as imediações da Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA (Antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró – ESAM) e da Avenida Leste-Oeste (Av. Dix-neuf Rosado).
          
A contracapa do cordel destaca que: Antônio Nilson da Silva, filho de Evangelista Nogueira da Silva e Antônia Salustiana da Conceição. Nasceu em Mossoró/RN aos 26 de maio de 1958. 2º grau completo, revelou-se cordelista aos 46 anos de idade. Nilson Silva tem muitos trabalhos editados em literatura de cordel com resgate folclórico.
          
A partir da estrofe de número cinco, o poeta popular revela em sua produção cordelística as formas assumidas pela cultura popular no ensejo da realização da festa do Bode, pois forró pé-de-serra, apresentação de violeiros, cantorias, mamulengos, coco e poesia estão presentes para deleite de todos que cultuam as autênticas estruturas apresentadas pelas tradições nordestinas.
          
No cordel de autoria do poeta popular Antônio Nilson da Silva a geografia humana da festa do Bode está representada através de citação a comerciante de nome Cassiano, cujo bar, bastante frequentado, tornou-se referência devido disponibilizar para venda deliciosas iguarias da gastronomia regional. Pratos saborosos, os quais tem o bode e seus derivados como ingredientes principais, transformaram o lugar em ponto obrigatório para todos que apreciam a riqueza da cozinha nordestina.     
          
A culinária regional não foi esquecida, tendo em vista que produtos de origem caprina como guisado, assado, pirão, linguiça e requeijão são comercializados em espaços apropriados para tais atividades, localizados dentro e fora do Parque Armando Buá.
          
O artesanato exposto quando da realização da festa do Bode, enfatizado no cordel de autoria de Nilson Silva, tem destaque em razão que revela formas sublimes da produção popular, manifestando pontos de vista, estéticas da natureza regional, paisagens do cotidiano e inúmeras outras formas de representar a realidade ou invenções das mentes dos hábeis artesãos.
          
Raças nativas e exóticas, expostas e comercializadas na festa do Bode, são lembradas no cordel dedicado a um dos mais importantes lugares festivos do município de Mossoró.
          
Integrando o cronograma das importantes realizações na região oeste do Estado do Rio Grande do Norte, a festa do Bode vem conquistando espaços cada vez mais proeminentes, não restam dúvidas, tornando-se respeitada nacionalmente em razão da ênfase dada à pratica pecuária que tão bem representa o Nordeste Brasileiro em lutas e busca pela permanência da cultura e das tradições diretamente vinculadas ao povo sofrido, bravo, destemido, altivo e esperançoso de dias melhores que garantam-lhe qualidade de vida mais satisfatória.

José Romero Araújo Cardoso:

Geógrafo (UFPB). Especialista em Geografia e Gestão Territorial (UFPB-1996) e em Organização de Arquivos (UFPB - 1997). Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (2002). Atualmente é professor adjunto IV do Departamento de Geografia/DGE da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais/FAFIC da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN. Tem experiência na área de Geografia Humana, com ênfase à Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: ambientalismo, nordeste, temas regionais. Espeleologia é tema presente em pesquisas. Escritor e articulista cultural. Escreve para diversos jornais, sites e blogs. Sócio da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP). Membro da Associação dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM).
Endereço residencial:
Rua Raimundo Guilherme, 117 – Quadra 34 – Lote 32 – Conjunto Vingt Rosado – Mossoró – RN – CEP: 59.626-630 – Fones: (84) 9-8738-0646 – (84) 9-9702-3596 – E-mail:romero.cardoso@gmail.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

PRIMEIRAS IMAGENS DO EVENTO DE ONTEM



Casa cheia no lançamento do nosso “O Sertão Anárquico de Lampião” no Espaço Cultural Xique-Xique, em Brasília, na noite de ontem. Primeiras imagens do evento.


SURGIU NA COLINA ÁSPERA DO DISTRITO FEDERAL, DE SÚBITO, UM LIVRO DE LAMPIÃO E DAS HISTÓRIAS DA COLUNA PRESTES NO CHÃO NORDESTINO!

O SOFRER BRASILEIRO CONTINUA!

ESPERO ... OS AMIGOS CURTIREM A FAN-PAGE DO LIVRO!...DA OUTUBRO EDIÇÕES! (Clarice e Clara Arreguy).

https://www.facebook.com/events/415674775269892/permalink/415758135261556/?notif_t=event_comment_follow&notif_id=1470067814917649

EDITORIAL DE CONTEÚDO Luiz Serra

Nos dias de hoje, nas grandes cidades, uma nova forma de cangaço vem atormentando os brasileiros, em pequenas cidades, e nas proximidades das capitais dos Estados!.....

Só que Lampião, naquele tempo, conviveu num espaço de pouca ou nenhuma ordem (ANÁRQUICO SERTÃO)... e hoje há bilhões de Reais em verbas destinadas para a "dita" ordem pública! .. para as polícias, que hoje somam contingentes maiores do que os das Forças Armadas!
.
Verbas que poderiam estar direcionadas para melhoria de escolas e hospitais!

Resumindo: morre-se hoje proporcionalmente, no Brasil, mais do que nos tempos anárquicos de Lampião!!

Fotos do livro que será lançado no dia 10 de agosto.... de nossa lavra de pesquisa, intensa, e documental...O Sertão Anárquico de Lampião. Apoio: Rede Xique-Xique de Restaurantes....Cultura e comida nordestinas. Brasília, DF.


TRECHO

...GUERRA DE CANUDOS – A BATALHA DO FIM DO MUNDO!

Comentário sobre um capítulo do livro O Sertão Anárquico de Lampião. Lançamento 10 de agosto!

Em Canudos, o Beato Conselheiro arrastou para lá quase 40 mil indigentes pelo sertão agrestino, vinham caminhando em transe de rezas e ladainhas!

Assim nasceu a Vila do Belo Monte.

Aquém do morro da Favela, instalaram-se em miríades de pequenos casebres de taipa. A Igreja foi erigida junto à casa sagrada de Antônio Vicente Mendes Maciel, o líder carismático e 'assombroso', Antônio Conselheiro.

Para assuntos de guerra, foi criada uma força de guerrilha de jagunços, liderada pelo temível Pajeú, que era pernambucano, como tal seria Virgulino Lampião.

Advieram os conflitos e duas campanhas de tropas policiais tentaram abafar a ira dos fanáticos, como diziam destes.

As primeiras dezenas de mortos de policiais e milicianos do governo da Bahia e do Exército se confirmavam!

O Governo então fez enviar um forte contingente de forças federais, que saiu da Bahia, inclusive levando um canhão alemão Krupp, que ia sendo arrastado por uma parelha de bois. No comando, um herói da Guerra do Paraguai, o coronel Moreira César, apelidado de “o corta-cabeças!”

O sertão agreste, dia a dia, ia solapando os ânimos dos soldados!

Até que se deu o recontro: os guerrilheiros de Pajeú, invisíveis nas matas e atrás de pedras, munidos de bacamartes boca-de-sino, municiado com chifre de novilho, acertavam os soldados que, atingidos, alguns morriam em agonia sobre os cavalos !

Um dos que acabou tombando foi o coronel Moreira César, que, mesmo usando um colete de aço, acabou milimetricamente varado pelo disparo em local sem proteção! Afirmou-se que o próprio Pajeú foi quem acertou o mítico comandante das tropas !

O responsável por substituir Moreira César no comando da tropa foi o coronel Tamarindo, mas a tropa desarvorada, pelos seguidos e rápidos ataques dos jagunços de Pajeú, iniciaram uma desabalada carreira, sertão afora! Debandada geral!

Foi daí que o coronel Tamarindo soltou a famosa frase naquele ardor crítico da batalha: “ É tempo de murici, cada um cuida de si!”.

Também o coronel Tamarindo seria morto e degolado pelos sequazes do Conselheiro!

Essa batalha dos sertões, entre o Brasil real e o Brasil virtual, no dizer de Ariano Suassuna, parecia não acabar!

Meses após, naquele fatídico ano de 1897, uma gigantesca tropa foi enviada pelo governo federal, do Rio de Janeiro, comandada pelo ministro da Guerra, marechal Bitencourt, que promoveria o cerco para além do rio Vaza-Barris, e aconteceria o massacre, denunciado por Euclides da Cunha n’Os Sertões!

Consequência da guerra do fim do mundo: o mais sangrento conflito armado de nossa História, com maior número de baixas: 25 mil mortos, entre 5 mil militares, enviados pela República, e 20 mil jagunços sertanejos!

Foto: Só-história. O cavaleiro misterioso.
OUTUBRO EDIÇÕES. Clara Arreguy. APOIO XIQUE-XIQUE Restaurantes Brasília.


O LIVRO

OS REVOLTOSOS DA COLUNA PRESTES ATRAVESSARAM O BRASIL, DE SUL A NORDESTE, ENTRE 1925 A 1927, FORAM MOMENTOS DE RANCOR GENERALIZADO E CONFLITOS PELO BRASIL.

Abordagem coligida e temporalizada (em sequência de acontecimentos) no livro O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO.

A Coluna Prestes tomou forma após o movimento militar (e civil) do tenentismo (1922). .... .. A Coluna foi um movimento que alterou a história política e social do Brasil para a modernidade e país desenvolvido (ainda que com falhas estruturantes e societárias).... fez irromper a Revolução de 1930... e o governo de Getúlio Vargas.

ABORDAGEM DAQUELES MOMENTOS CRUCIAIS EM QUE SE SE CONSIDEROU UMA INVASÃO DE TERRITÓRIO DOS CORONÉIS E DOS CANGACEIROS DE LAMPIÃO!
Como tal revelou Juarez Távora em suas Memórias (1973).
“Procurávamos evitar esses confrontos com os jagunços do coronel Zé Pereira, na Paraíba, e com os cabras de Lampião!”
“Um assombro…!”…diziam os moradores das vilas e cidades interioranas.

Uma carreira infindável de cavaleiros armados (chegou a 1600 !), cortaram o sertão nordestino, organizados por um estado-maior chefiado por Luiz Carlos Prestes e sob as chefias dos revoltosos general Miguel Costa e tenente-coronel Juarez Távora.

A cada trecho de 800 quilômetros os cavalos precisavam ser substituídos em negociações (‘nem sempre’ amistosas) com grandes fazendeiros.

Um exército em marcha com quatro destacamentos liderados pelos capitães Siqueira Campos, Cordeiro de Farias, Djalma Dutra e João Alberto Lins e Barros, todos promovidos a coronel pelo comando revolucionário. Advieram combates horripilantes, como o massacre de Piancó.

Este livro dá ênfase à passagem tumultuária dos rebeldes da Coluna pelo Nordeste, onde foram precipitados confrontos, diante da reação pontual de coronéis, com suas guardas pessoais, e os cabras dos cangaceiros.

Foto: PrismaNet


JÁ DIVISAMOS NO HORIZONTE PRÓXIMO A CAPA DO LIVRO
.....O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO ..Luiz Serra

Outubro Edições (Com esmerada parte desse trabalho de Maria Clara Arreguy Maia, Clarice Maia Scotti, Mario Lucio Arreguy Maia e Fred Jordão)

A abordagem acompanha uma sequência temporal desde o século XIX aos anos trinta do século XX, no cenário nordestino.

Aqueles acontecimentos nucleares e profundos para a alma brasileira, no cenário do sertão nordestino, que inflamou os nervos daqueles bravos brasileiros.

Como um cobertor de acalmia, o inevitável messianismo, com os padres Cícero e Ibiapina, e o Conselheiro do Belo Monte de Canudos. Era a prática religiosa adaptada às agruras do sertão, além do mais, havia as rezas de corpo fechado, para aqueles que ficavam no fogo cruzado, quando não em situações críticas de corpo a corpo!

Os coronéis sertanejos tentavam “governar” seus domínios a ferro e fogo, aliando-se a milícias ou a cangaceiros, quando não, arregimentavam verdadeiros exércitos de jagunços armados, como foi o caso do célebre coronel José Pereira, de Princesa, na Paraíba.

Nesse furdunço geral, chegou a Coluna Prestes serpenteando uma fileira de 1500 milicianos revoltosos e, no interior do sertão, foi combatida por todos os segmentos: tropas do governo, batalhões arregimentados, ditos patrióticos, e até o bando de Lampião chegou a instantes de fustigamento distanciado.

Lampião, arguto conhecedor do esconso sertão da caatinga, sai-se airosamente no ano de 1936, e aparece nas telas do cinema da capital, do Rio de Janeiro.

Inevitavelmente entraria em ação o poder central na figura de Getúlio Vargas, e da sutileza politica intervencionista, sai a solução para o fim do cangaço sertanejo.

Estará no capítulo derradeiro comentário de uma possibilidade estratégica para a queda de Lampião.
— com Fernando Ferrão.


O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO …. do Prefácio
Lançamento: 10 de agosto... Xique-Xique, 107 Sul..19h.

TENHO A PRIMAZIA DE TER NO PRÓLOGO DO MEU LIVRO O ESMERADO TEXTO DE HUGO STUDART...Luiz Serra.

... Carlos Hugo Studart Corrêa (Natal (RN), 8 de junho de 1961) jornalista, professor universitário e historiador brasileiro. Doutor em História, pela UnB. ...Foi editor, colunista ou diretor nos principais veículos do país, como Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo, revistas Veja, Manchete, IstoÉ...(Wiki)

* Aí está o trecho circunstanciado de Studart para o Prefácio de O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO:

“A construção narrativa de Luiz Serra está fundamentada, ontológica e epistemologicamente, na escola historiográfica dos Estudos da Cultura, cujos pressupostos começaram a ser formulados na década de 1920, na França, com a École des Annales.

Liderados por Lucien Febvre e Marc Bloch, a partir dos Annales, a historiografia começou a ser reinventada com vertentes mais flexíveis de análise, como a Nova História, a História das Ideias e a das Mentalidades.

A Nova História também passou a defender a relevância dos perdedores, dos pobres, dos personagens anônimos e dos anti-heróis. Os cangaceiros, por exemplo, encontram-se nesse escopo”.

Gravura: do pintor cearense Aldemir Martins.


MARIA BONITA – PRIMEIRA-DAMA DO SERTÃO – DO CORDEL, IMORTAL EM VERSOS, NA CANTORIA! 

Fragmento de O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO.
Luiz Serra (10/08 no Xique-Xique - SQS107)

“ Na presença de irmãs e dos pais, intimidados, a pequena Maria demonstrava espírito de resolução, mesmo diante de excêntrica proposta, possivelmente motivada por atração fulminante diante da fama do capitão. Ao seu talante, fazer-se acompanhar de um bando de salteadores, considerados violentadores, incendiários, assassinos, lato sensu. Era preciso muito destemor e ousadia. Naqueles confins de caatinga, submersos na realidade de fazendeiros acoitando tais figuras de trágica reputação, mas que, por arrazoado, tinham um chefe muitas vezes judicioso.

Nesse entremeio poderia passar a volante num azougue destemperado e assustador.

Naquela altura, a fama de poder restrito fazia a figura de Lampião no persuadir de autoridades, na atração de jovens na seca de ocupação, de gente se esquivando de força policial, cientes do distante mundo da ordem pública.

Maria Bonita, aos 25 anos, a senhora do cangaço, imortalizada, em foto de fim de tarde aparente da caatinga, pelo admirável libanês Benjamin Abrahão, o cineasta inspirado, que concebeu a obra indicativa, mostrando para os tempos futuros um outro Brasil, lustro da sociedade, esquecido nos grotões do sofrido agreste.

Naqueles dias renasceu para a memória de um povo a primeira dama do sertão, em um mundo deserto de castelos imaginários, no recinto de aceiros, acercando tordas e santuários vãos, num amarfanhado de gravetos e volteios tortuosos de mata recurvada da caatinga.”

Foto: Água Viva.

CLIQUE NO LINK PARA CONTINUAR LENDO E APRECIANDO AS FOTOGRAFIAS.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10206748975785421&set=a.10200649915632729.1073741826.1305540679&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LUIZ RUBEN F. A. BONFIM


Um sério, competente e criterioso pesquisador e escritor, autor de dezesseis livros sobre a temática cangaço.

Foi um dos homenageados durante o evento CARIRI CANGAÇO que aconteceu recentemente na cidade de Piranhas/AL. Evento esse que tem como Curador/Organizador o competente Manoel Severo Barbosa (Cangaceiros Cariri), que há anos vem incentivando e reunindo pessoas de várias localidades do Nordeste e do Brasil em torno do estudo e pesquisa sobre o cangaço.

Uma justa homenagem para quem vem dedicando parte de sua vida buscando resgatar e preservar a história cangaceira.

Para o nosso confrade Luiz Ruben F. A. Bonfim o nosso respeito e consideração.

Na fotografia abaixo o Escritor/Pesquisador Luiz Ruben F. A. Bonfim e a sempre elegante e charmosa pesquisadora cearense, Juliana Pereira.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=621635528000347&set=gm.1282912805055168&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO O CANGACEIRO!


Lançamento dia 20 de setembro em Feira de Santana

Escritor, pesquisador, autor de 09 livros. Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. Telefones para contato: 75-8807-4138 9101-2501 email: joaoarquivo44@bol.com.br joao.sousalima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ENTREMONTES NA ROTA DO CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2016


O terceiro e último dia de Cariri Cangaço Piranhas 2016; sábado, 30 de julho; teve seu inicio com a Caravana Cariri Cangaço sob o comando de Celsinho Rodrigues e Sonia Jaqueline, visitando o povoado de Entremontes. O povoado que fica a cerca de 25 km de Piranhas às margens do Velho Chico, encanta por sua beleza natural, pelo bucólico de suas ruas e por seu casario ainda guardando características coloniais e que faz o tempo passar mais devagar. 

Quem visita Entremontes parece se transportar no tempo, o mesmo foi o primeiro núcleo de povoamento da região, consolidado mesmo antes de Piranhas, sede do município. A excelência e o talento de suas mulheres, exímias artesãs do bordado redendê e ponto de cruz, conhecidos mundialmente se unem a história do cangaço e da passagem do imperador Pedro II ao lugar ainda em 1859.

Clique no link abaixo e siga lendo e vendo todas as fotos:

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/08/entremontes-na-rota-do-cariri-cangaco.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com