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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O COMBATE DE UAUÁ - CANUDOS

Por Rubens Antonio

Apesar de algo distante do evento do Cangaço, como alguns dos seus nomes chegaram a participar de ambos eventos, reproduzimos aqui algo do material relacionado à rebelião de Canudos.

Relatório do Tenente Pires Vieira - 
Comandante da I Expedição Contra Canudos.

"Combate de Uauá – Logo que chegamos ao arraial, no dia dezenove, mandei estabelecer o serviço de segurança, postando guardas avançadas nas quatro estradas que ali conduzem em distancia conveniente, afim de evitar qualquer surpreza; nomeei o pessoal de ronda, e conservei toda a força no acantonamento. O dia vinte passou-se sem nenhum incidente notavel, a não ser o abandona do arraial à noite, e furtivamente, por quase todos os habitantes. Das informações que colhi consta que assim procederam com receio da gente do Antonio Conselheiro. Inclino-me, porém, a crer que se achavam mancommunados com esta para atraiçoarem a força publica, como o fizeram, pois que até os poucos que ficaram no arraial não foram offendidos pelos bandidos, e garantiram-me antes do combate que ali não havia fanaticos, nem adeptos do Antonio Conselheiro; que este e o seu povo se achavam em Canudos, de onde não sahiriam, não obstante terem elles a certeza quando isso me affirmaram de que os mencionados bandidos se achavam a quatro léguas de distancia, dirigidos por Quimquim Coyam, e viram atacar a força na madrugada do dia immediato.
A’s cinco horas da manhã do dia vinte e um, fomos surprehendidos por um tiroteio partido da guarda avançada, colocada na estrada que vae ter a Canudos. Esta guarda, tendo sido atacada por uma multidão enorme de bandidos fanaticos, reistiu-lhes denodamente, fazendo fogo em retirada. Por essa occasião o soldado da segunda companhia Theotonio Pereira Bacellar, que por se achar muito estropeado não poude acomlpanhar, a guarda foi degolado por um bandido. Immediatamente, dispuz a força para a defensiva, fazendo collocar em distancia conveniente do acantonamento uma linha de atiradores, que causou logo enormes claros nas fileiras dos bandidos.
Estes, não obstante, avançaram sempre, fazendo fogo, aos gritos de viva o nosso Bom Jesus! Viva o nosso Conselheiro! Viva a monarchia! etc., etc., etc, chegando até alguns a tentarem cortar a facão os nossos soldados. Um delles trazia alçada uma grande cruz de madeira, e muitos outros traziam imagens de sanctos em vultos. Avançaram e brigaram com incrivel ferocidade, servindo-se de apitos para execução de seus movimentos e manobras. Pelo grande numero que apresentaram foram por algumas praças calculados em tros mil! Há, porém, nisso exagero, proveniente de erro de apreciação; seriam uns quinhentos, mais ou menos, os que nos atacara, divididos em varios grupos, que procuravam envolver a nossa força e apoderar-se do arraial, o que não conseguiram devido às energicas providencias que tomei, effecazmente auxiliado pelos officiaes e a disciplina das praças. Conseguiu, entretanto, grande numero delles, apoderar-se de algumas casas abandonadas, que se achavam desguarnecidas por insufficiencia da força e de onde nos fizeram algum mal, mas, sendo necessario incendiar as dictas casas, afim de desalogja-los, o que conseguimos depois de alguma trabalho.

Chegados a esta phase do combate, depois de mais de quatro horas de luta, conhecendo que elles já se achavam desmoralizados, pela dificuldade com que respondiam, ao nosso fogo, e porque já tentavam fugir, passei a tomar a offensiva, e fiz perseguil-os até meia legua de distancia, morrendo muitos delles nessa occasião, e ficando o resto completamente desbaratado. Não levei mais longe a perseguição e mandei toca a retirar, por constar-me, achar-se um grande reforço delles um pouco adiante, e por estar a nossa gente cançada e sem alimentar-se desde a véspera. Além disso cumpria-me reunir os elementos que me restavam, afim de resistir a uma nova aggressão que porventura se desse. Seria pouco mais ou menos meio dia, quando terminou essa luta, com o regresso de nossas praças ao acantonamento, sem que durante a perseguição tivesse soffrido prejuízo algum. Na phase mais aguda do combate, houve fogo incessante e renhido de parte à parte, durante mais de quatro horas. Todos os officiaes, inferiores e praças portarem-se nessa emergência com um heroísmo e uma disciplina sem par, o que muito concorreu para seu bom exito, faltando-me palavras com que possa exprimir o procedimento nobre, correcto e enthusiasmador de que deram exhuberantes provas, honrando assim a corporação a que pertencemos.

Os inimigos deixaram no campo e dentro das casas que occupavam mais de cento e cincoenta cadaveres, sendo incalculavel o numero de feridos que tiveram e dos que foram morrer pela estrada, ou dentro das catingas. As nossas perdas foram aliás insignificantes quanto ao numero, sendo, porém, dolorosamente sensíveis e lamentaveis, por terem sido victimados pelas balas dos bandidos o distincto e temerario alferes Carlos Augusto Coelho dos Santos, o bom e destemido segundo sargento Hemeterio Pereira dos Santos Bahia, os valorosos cabo de esquadra Manoel Francisco de Souza, anspeçada Antonio Joaquim do Bomfim, soldados Herculano Ferreira de Araujo, Victorino José dos Santos e João Chrysostomo de Abreu, além do já mencionado Bacellar, que foi degollado no começo da ação, tendo sido assim a primeira victima. Ficaram feridos: gravemente - cabos de esquadra Cesario João dos Santos, Manoel Antonio do Nascimento, Pedro Leão Mendes de Aguiar, anspeçadas Tiburtino de Oliveira Lima, Minervino Bello da Cruz, soldados José Antonio Moreira, Casemiro de Freitas Passos, João Ferreira de Pinho e Virgilio Manoel dos Reis; levemente - cabos de esquadra Athanazio Felix de Sant'Anna e Salustiano Alves de Oliveira, anspeçadas João Evangelista de Lima e Raphael Pereira Cardoso, soldados - Antonio Bispo de Oliveira e Feliciano José dos Santos. Faleceram, tambem na luta, os paisanos Pedro Francisco de Moraes e seu filho João Baptista de Moraes, que nos serviam de guias, e que se portaram com galhardia na ocasião do combate, juntando-se à força e enfrentando os bandidos. Eram ambos casados e deixaram familia sem recursos. Perdemos, portanto, um oficial, um inferior, um cabo de esquadra, um anspeçada e quatro soldados, que com os dois paisanos guias dão um total de dez homens mortos no referido combate.

Me cumpre ainda notar que alguns casos de morte se deram por excessos de bravura, praticados pelas victimas que se expunham sem necessidade ás balas do inimigo. Os cadaveres do official e das praças foram cuidadosamente sepultados na capella do arraial, os dos bandidos ficaram insepultos por não dispormos de tempo, pessoal, nem dos instrumentos necessarios para o enterramento delles. Fomos forçados a retirar para Joaseiro, na tarde do mesmo dia do combate, não só para evitar o mal que poderia advir da decomposição de tantos corpos, como tambem pela falta de viveres e outros recursos em Uauá.
Os bandidos estavam armados em grande parte com carabinas Comblain e Chuchu, outros tinham bacamartes, garruchas e pistolas, e quasi todos traziam, além das armas de fogo, grandes facões, foices e machados. O dr. Antonio Alves dos Sanctos, medico adjunto do exercito, que acompanhou a força, prestou -reas serviços durante o combate, tratando as praças feridas com interresse e desvelo, mostrando-se na altura da humanitaria missão que lhe fôra confiada; tendo, porém, depois de terminada a luta apresentado symptomas de desaranjo mental, entreguei os feridos logo que cheguei ao Joaseiro aos cuidados do facultativo civil dr. Antonio Rodrigues da Cunha Melo, que se encarregou do tratamento, fazendo-o com dedicação, solicitude e interesse, operando até algumas praças, no que foi auxiliado pelo cirurgião dentista Brigido Pimentel, que muito se prestou durante alguns dias com incansavel zelo.


Armamento
Fuzil Mannlicher, de que se acha ainda armado o batalhão, comquanto seja de repetição e de grande alcance, com seu projectil dotado de uma força de penetração extraordinaria, e dando ao tiro uma justeza admiravel, comtudo não compensa com essas bôas qualidades, alliadas a muitas outras que possui, o prejuizo resultante da extrema delicadeza de seu mecanismo que facilmente se estraga, ficando o fuzil reduzido a simples arma branca, quando adaptado no extremo do cano o componente sabre-punhal. Basta um pouco de poeira ou um simples grão de areia, introduzido na camara, para que não possa o ferrolho funccionar. Acontece, além disso, que com o fogo um pouco prolongado os carregadores não podem entrar no deposito com o numero de cartuchos regulamentar, dilata-se o aço do cano que, aumentado de diametro, difficulta a introducção dos cartuchos para o tiro simples, não podendo a arma funccionar como as de repetição. Dahi um grande numero de armas incapazes para o seu mister na ocasião opportuna, como aconteceu no combate em que tive de tomal-as das mãos das praças, afim de ver si conseguia fazel-as funccionar, sendo infructiferos todos os esforços nesse sentido. Mesmo em muitas das armas que funccionavam, o extractor, peça de grande delicadeza, perdia a necessaria justeza e enfraquacia a móla, deixava de extrahir o cartucho, que tinha de ser extraido á mão, o que prejudicou a rapidez do tiro. Esse armamento não convém ao nosso exercito, por não dispor ainda este de meios de transporte facil, rapido e commodo, de que dispoem os exercitos europeus; não merece a confiança dos officiaes, nem das praças que delles se utilizam, por não poderem contar, com segurança, com seus bons effeitos numa emergencia qualquer. Não obstante os assiduos cuidados que tive pela boa conservação do armamento das praças, pois que como é intuitivo do estado delle dependeria, em grande parte, em uma dada circumstancia, a victoria ou derrota de nossa força, ainda assim tive o desprazer de observar o que venham de referir. Durante o combate muitas armas flcaram tambem inutilizadas por outros motivos, umas perderam os respectivos ferrolhos que saltaram com a violencia do choque na defesa á arma branca, outras tiveram as coronhas partidas a talho de fação ou por balas; algumas ficaram com a camisa do cano inutilisada por bala, muitas seus sabres punhais, e ainda outras com os depositos arrebentados. A poeira e as escabrosidades das estradas, o calor de um sol abrasador e insupportavel, as condições em que foram feitas as marchas, sem commodidade de ordem alguma, tudo isso, frustrando os meus previdentes cuidados, deram o resultado acima apontado. Acontece ainda que essas armas que serviram na campanha de S. Paulo e Paraná, em mil oitocentos e noventa e quatro, já se achavam bastante usadas, tendo a mór parte dellas soffrido concertos. Outras fossem as condições de resistencia e solidez de seu mecanismo, e melhor teria sido o resultado obtido na luta.
Fardamento
O das praças que compuzeram a força de meu commando ficou bastante estragado, em estado mesmo de não poder continuar a servir, devido a acção dos raios solares, da chuva e da poeira, e ainda do uso constante que delle fizeram, por necessidade, pois que não só marchavam, como dormiam com elle, á noite, sobre o solo nú e barrento das estradas, pela falta de barracas; e também pela necessidade de conservar-se a força sempre em armas em sitios cuja topographia nos era desconhecida, e onde não podiamos fiar em informações adrede preparadas, com o intuito de nos illudir. Muitas praça tiveram ainda algumas peças de seus uniformes, perdidas por completamente inutilizadas, como fossem tunicas de flanella cinzenta e calça de panno garance, rasgadas pelos galhos das arvores e espinhos das picadas, estrada, etc. Algumas perderam na marcha as gravatas de couro, ourtas tiveram no combate os gorros e os capotes crivados de balas ou cutilados a facão, em farrapos e ensanguentados. Ainda outros perderam os gôrros, levados pelas balas. O calçado incapaz de resistir a uma marcha tão longa, e por tão maus caminhos, estragou-se, ficando um grande numero de praças descalças.
Disciplina
Foi mantida em toda sua plenitude, sem que tivessem havido, infracção alguma digna de nota, durante todo o periodo de meu commando. 
Quartel da Palma, na Bahia, 10 de dezembro de 1896 - Manuel da Silva Pires Ferreira, tenente."
(Apud Aristides Milton, 1902, p.35)

Por: Rubens Antônio
http://cangaconabahia.blogspot.com/2012/02/o-combate-de-uaua-canudos.html
Trazido de:




E Vem aí...
Cariri Cangaço
Antônio, O Conselheiro do Brasil 
Quixeramobim - 24 a 26 de Maio de 2019

http://cariricangaco.blogspot.com/2019/02/o-combate-de-uaua-canudos-porrubens.html

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ALAGOAS E SUA BACIA LEITEIRA

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de fevereiro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.063

Famosa na Brasil inteiro, a Bacia Leiteira de Alagoas, localizada no Médio Sertão, ainda precisa ser melhor estudada. Uma bacia leiteira é uma zona de abastecimento do leite que abrange várias fazendas de criar. A Bacia Leiteira de Alagoas abarca uma área de 2.782,90 kme é composta por onze municípios, sendo eles: Cacimbinhas, Major Isidoro, Batalha, Belo Monte, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Palestina e Pão de Açúcar. O núcleo da bacia é considerado o trio: Jacaré dos Homens, Batalha e Major Isidoro. Dois municípios fazem parte do rio São Francisco como Pão de Açúcar e Belo Monte. Já Minador do Negrão fica nos limites Sertão/Agreste. A população da bacia gira em torno de 125.000 habitantes entre as áreas rural e urbana.
BATALHA-AL. (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES/ARQUIVO).

       Com o chamado Polo Leiteiro de Alagoas, ampliam-se esses municípios com Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Igaci, Olivença, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e São José da Tapera.
       A Bacia Leiteira é cortada por pelos rios Ipanema, Traipu, Jacaré e Farias. Famosa ainda a região pelos seus produtos derivados do leite: iogurte, queijos, achocolatados, manteiga, leite em pó e outros agregados ao agronegócio.
       Partindo-se do Alto Sertão para Arapiraca, polo do Agreste, corta-se a Bacia Leiteira, oportunidade para conhecer de perto vários aspectos da região. Não existe, porém, um sistema turístico, de modo que a curiosidade individual prevalece. Uma programação estudada para a Bacia Leiteira cobre todas as suas expectativas, dependendo do que se procura: negócios, cultura, gastronomia, história e cangaço, por exemplo.
       Atualmente a Bacia Leiteira conta com dois times de futebol na primeira divisão do campeonato alagoano. Um em Pão de Açúcar e outro em Olho d’Água das Flores.
       Você poderá ampliar os conhecimentos, incluindo também a área do Polo Leiteiro em suas viagens pelos sertões das Alagoas. Mas, com já foi dito, não existe guia profissional. Siga a propaganda: Descubra tudo sozinho.


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VAQUEIRO ELIAS E OUTROS VAQUEIROS

*Rangel Alves da Costa

Nas suas lides de gado, entre aboios e toadas, seguindo pelos estradões ou em disparada em meio aos carrascais nordestinos, o vaqueiro foi construindo sua saga e sua história. O mesmo homem citadino ou do mato, sertanejo revestido de couro do chapéu às botas, levando consigo a tenacidade e o destemor aos perigos adiante, desde os espinhos das matas às pontudas armadilhas das catingueiras ressequidas.
O Nordeste e os sertões muito devem ao vaqueiro. Nos idos dos desbravamentos e dos nascedouros das povoações, nos currais e no cuidar dos rebanhos, a gestação de ofícios que foram se tornando primordiais. Com efeito, os ofícios vaqueiros ainda permitem que os rebanhos sejam cuidados pelos campos e suas bravuras também possam deleitar aqueles apaixonados pelas vaquejadas, cavalgadas e pegas-de-boi.
Vaqueiros de antigamente e vaqueiros modernos, e estes tão diferentes. Aqueles, sem a moderna ostentação do cavalo e da mostra de encorajamento nas disputas dos parques de vaquejada e das caatingas ao redor, viviam seus ofícios por necessidade e prazer na lide diária com o bicho. Vaqueiros das antigas e afamadas fazendas, dos grandes currais e dos tangimentos de bois e boiadas de canto a outro.
Vaqueiros que se iniciavam na vaqueirama pelo cheiro do estrume ou pelo ecoar da cancela rangendo. Ainda meninos e já estavam subindo em cavalos, tangendo gado, fazendo a separação, levando de pasto a outro. Para depois, já homens feitos, chamarem para si a responsabilidade pela condução do mundo sertanejo do boi, da vaca e do garrote. Tendo como montaria seu alazão, na moldura toda a expressividade do herói e do mito encourados: gibão, perneiras, rolós, embornais, cantis e muito mais.
Vaqueiros afamados pelo conhecimento do bicho, pelas proezas na vaqueirama, pelos destaques nas caçadas no meio do mato ou nas pega-de-boi. Na disputa para quem desembesta em busca do rabo do gado, nem sempre o vencedor é aquele que leva a rês valente ao chão, mas aquele que mostrou destemor e maestria perante os perigosos e pontudos labirintos da mata. E não importa que retorne com o rosto lanhado ou sangrando, pois importa mesmo a abnegação pela vida vaqueira.


Não há coisa mais proveitosa que encontrar um afamado vaqueiro para um bom proseado. Toda vez que encontro o amigo Elias, ou Elias de Tonho Gervásio, como é mais conhecido, eu festejo por dentro e por fora. Não há criatura sertaneja mais alegre, simpática e de prosa boa, que ele. Parece nunca estar preocupado. Também nunca foi encontrado de cara feia ou de poucos amigos.
Toda vez que o encontro é um abraço apertado. Era muito amigo de meu pai Alcino e continua meu amigo também. Aliás, com Elias meu pai proseava de quase passar o dia inteiro. No último encontro, na sexta de feira interiorana, apimentei o reencontro ao perguntar quem ele achava o maior vaqueiro de todos os tempos nas caatingas de Poço Redondo e arredores.
Pergunta mais que melindrosa perante um vaqueiro afamado, ante um verdadeiro titã das caatingas e cuja história já é cantada por todos. Mas ele, um tanto surpreendido, não pensou duas vezes para dizer:
“De todos, e digo sem medo de errar, que nenhum se igualou a Rivaldo de Janjão. Rivaldo, que dias atrás deixou o sertão mais triste e foi vaqueirar lá nos céus, foi o maior vaqueiro entre todos. E pertinho dele, quase no mesmo prumo, estava Tião de Sinhá. Dava gosto ver esses dois na verdadeira pega-de-boi, no meio do mato atrás de boi valente, vencendo os espinhos e as pontas de pau para dar cabo da empreitada. Por outro lado, quando se falava em rastejador, aquele que parece que sente o cheiro do bicho e vai atrás pelas marcas dos cascos fincadas na terra, não havia outro igual a Bastião de Timbé. Nunca houve no mundo um vaqueiro que descobrisse a presença de um boi, já passado mais de ano de seu desaparecimento, apenas pelo rastro encontrado. E Bastião de Timbé avistava a marca no chão e dizia qual era o boi e onde ele estava. E não errava não. Um ou dois dias depois, ou mesmo com mais tempo, nas lonjuras do mundo, e o boi estava lá. Não errava uma. Outro rastejador respeitado era Nofinho. Mas igual a Bastião de Timbé nunca houve um igual. E ele tá aí pra contar muito melhor essa história”. Mas quando eu perguntei sobre o que tinha a dizer sobre o vaqueiro Elias, sobre ele mesmo, quase dá gargalhada para dizer: “Deixe pra lá!”.
Deixe pra lá nada, Elias. Há que se reconhecer sua majestade e soberania na vida vaqueira. Todo animal e toda caatinga ainda reverenciam a sua passagem. Você sempre foi e sempre será reconhecido como um dos maiores vaqueiros da história sertaneja.
O bicho conhece o seu nome, a caatinga conhece o seu nome, a vaqueirama proclama seu nome. E Poço Redondo simplesmente o festeja com orgulho e gratidão.

Escritor
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BARBICACHO, CARAPUÇA, BICA, TESTEIRA.

Por Voltaseca

Você sabe o que é?

São algumas partes do chapéu cangaceiro. Confira abaixo.
Fonte: Foto pescada no Google..

Vc sabe o que é ?
São algumas partes do chapéu cangaceiro. Confira abaixo.
Fonte: Foto pescada no Google.


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NECROLÓGIO DO TENENTE-CORONEL TEÓFANES TORRES




"Diário de Pernambuco" - 13.09.1933
Na cidade de Vila Bela, faleceu às 5 horas de anteontem o Sr. tenente-coronel Teófanes Torres, oficial reformado da Brigada Militar, a quem, se devia entre outros relevantes serviços a captura do bandido Antonio Silvino.

O extinto era casado com a senhora dona Amélia Leite Ferraz Torres, deixando desse consórcio 4 filhos menores.

Oficial bravo e disciplinado, grande conhecedor dos nossos sertões sempre teve atuação destacada no combate aos bandoleiros.

Verificou praça em 1912, sendo promovido a alferes em 1913, por ato do Sr. Marechal Dantas Barreto; a 1º tenente, em 1914, quando capturou o bandido Antonio Silvino, terror dos sertões do norte, obtendo então dos seus superiores a mais honrosa ordem do dia, publicada na Força Pública naquela época; a capitão, por merecimento, no governo do Dr. Manuel Borba; a major, por ter sido o apaziguador dos ânimos na cidade de Garanhuns, logo após o desenrolar, ali, da maior hecatombe verificada no norte do país, em 1917; a tenente-coronel, por ter como comandante das forças volantes contra o banditismo, tangido, com outros oficiais bravos, Lampião do território pernambucano, depois de vários tiroteios, sendo que em um destes caiu gravemente ferido a bala, resultando ficar com os lábios defeituosos.

A Revolução foi encontra-lo na defesa do regime legal a que servia, sendo pela sua situação de oficial de confiança do governo deposto, afastado de suas funções e posteriormente reformado pelo atual governo.

O seu enterro efetuou-se no cemitério daquela cidade sertaneja.

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RESGATE & MEMÓRIA DO CANGAÇO - VOLTA SECA O POP STAR DO CANGAÇO

Por Rubens Stone

O grande Antonio dos Santos, Volta Seca, em matéria do jornalista Nonnato Masson para o Jornal do Brasil, edição de 18 de julho de 1962, dentro da série de reportagens "Brasil Pra Seu Govêrno" que o saudoso jornalista maranhense escreveu no início dos anos 1960 para o JB.

Esta foi mais uma das inúmeras entrevistas que Volta Seca deu para jornais e revistas de todo o Brasil durante sua vida. Sua "carreira midiática", na verdade, teve início logo assim que ele foi preso, em fevereiro de 1932, com apenas 14 anos de idade. Sua prisão ganhou as páginas dos jornais do país inteiro.

Desde então, ele nunca deixou de estar na mídia, pelo menos até o final dos anos 60, início dos 70, quando passou a levar uma vida mais recolhida, no interior de Minas Gerais.

Volta Seca foi um dos cangaceiros mais entrevistados da história, só perdendo talvez para a cangaceira Sila. Aliás, ele cobrava pelas entrevistas que dava, até mesmo como forma de sobrevivência financeira, no período imediato à sua saída da prisão, após cumprir vinte anos de cadeia. Volta Seca foi, nos termos da cultura popular, o pop star do Cangaço. Só faltou escrever sua autobiografia. (rubens stone).

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CANDEEIRO, VINTE E CINCO E SÍLVIO BULHÕES

Por Aderbal Nogueira

Voltaseca Volta como o amigo pediu, vou postar mais desse bate papo. Um dia de conversa franca entre eles, Candeeiro, Vinte e Cinco e Bulhões. A história contada não por mim, mas por quem viveu.

https://www.youtube.com/watch?v=GnXiewVyNVE&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2HX2ebyvmVPfx_HnkJIYzNtQLaWT2aZ_NZ4tjCP1gzrR-BIbUTCir_h1E

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NOTÍCIA DE ONTEM ENVIADA PARA MIM POR DANIEL MOURA SOBRE DONA NETINHA FILHA DE ANÁLIA FERREIRA DA SILVA IRMÃ DE LAMPIÃO

Por Daniel Moura
Os três que estão em pés são bisnetos de dona Anália Ferreira irmã de Lampião. O casal sentado é: Os pais destes. O senhor é que é neto de dona Anália, e filho de dona Chiquinha sobrinha de Lampião. A senhora ao seu lado é sua esposa. Daniel Moura não revelou os nomes das irmãs e nem dos seus pais. 

Olá José Mendes, boa noite! 

Espero que esteja bem.

Minha tia avó ainda permanece no meio de nós, apesar de não estar muito bem de saúde. Mudei recentemente para o Ceará, onde ela e toda a família residem. 

Da esquerda para direita: Netinha, Limério e Chiquinha filhos de Anália irmã de Lampião. Seu Limério e dona Chiquinha já faleceram, segundo informação do Daniel Moura.

No mais, tudo segue tranquilamente. 

Uma honra falar com você, grande abraço!

Solicitação do blogdomendesemendes: 

Peço aos estudiosos do cangaço que por ventura usarem estas fotos em seus trabalhos usem-as com carinho e respeito. O Daniel Moura só fornecerá a nós boas informações se não houver palavras que venham denegrir a imagem da sua família. 

A família de Lampião não tem nada a ver com o que fez ele, inclusive ele mesmo não tem culpa do que o destino o entregou. Este é o meu pensamento. E respeito se alguém pensar ao contrário.

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AS CARTAS DE JOÃO DANTAS E A MORTE DE JOÃO PESSOA

Por Manoel Severo
João Pessoa

O que não se esperava é que um fato vindo da pequena Paraíba pudesse desaguar na grande revolução de 30... Dia 26 de julho, era assassinado o presidente do Estado da Paraíba, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, renomado político e candidato à vice-presidência da chapa derrotada do gaúcho Getúlio Vargas.

As esquinas das ruas Palma e Nova, no centro rico de Recife, foi o palco dos 3 tiros que viriam a tirar a vida de João Pessoa. Ali, na Confeitaria Glória, ponto de encontro da elite nordestina, em 26 de junho de 1930 morria uma das maiores lideranças políticas do nordeste e aliado do derrotado Getúlio Vargas.  O crime, apesar de ter sido o estopim para o movimento “revolucionário” não teve ligação com a campanha presidencial. 

Um conflito entre o advogado paraibano João Dantas, João Pessoa e o coronel José Pereira, chefe da cidade de Princesa teria sido o real motivo do assassinato. Senão vejamos: era presidente do Estado da Paraíba, João Suassuna, que a revelia da oligarquia de Epitácio Pessoa, articulava a sua própria sucessão lançando a chamada chapa dos 3 Jotas: seu chefe de polícia Júlio Lyra e os coronéis José Pereira e José Queiroga para a presidência, e primeira e segunda vice presidências do Estado, consolidando sua força no estado. 

Epitácio Pessoa interveio e lança seu sobrinho João Pessoa que ganha a disputa e no discurso de posse em outubro de 1928 declara: “que desejava assegurar garantias a todos e que levaria a polícia a vasculhar propriedades à procura de armas que abasteciam o cangaço.” Frontalmente contra a política sertanista de Suassuna e Zé Pereira de suposta complacência com o banditismo cangaceiro.  No conflito envolvendo as partes, que culminou com a famosa “Revolta de Princesa”, o advogado João Dantas, filho do coronel Franklin Dantas do município de Teixeira, havia tomado partido de Zé Pereira.


Anayde: Cartas de amor publicadas...

A oposição mantida a João Pessoa por João Dantas se efetivava violenta, um apartamento seu, localizado em um sobrado da então Rua Direita, 519, bem no centro da capital e próximo do palácio onde trabalhava João Pessoa, foi invadido pela polícia no dia 10 de julho; livros, documentos e móveis de João Dantas foram queimados na calçada fronteira. Ali também teriam sido recolhidas correspondência íntimas entre João Dantas e sua noiva Anayde Beiriz, ato contínuo O jornal A União, que já era então o órgão oficial do governo da Paraíba, publicou uma série de acusações gravíssimas a familiares de João Dantas, inclusive ao patriarca, Cel. Franklin Dantas, unido a isso fizeram publicar em  jornal local, as cartas que João Dantas tinha escrito para sua amada, Anayde . 

Aqui abrimos um parêntese para citar declaração do historiador  José Joffily sobre o escárnio sofrido por Dantas com relação à privacidade de sua relação com a amada: “Bem me lembro, quando,a caminho do Colégio Pio X onde estava concluindo o ginásio, entrei numa fila, com outros estudantes, para ler sonetos extravagantes e páginas confidenciais do diário do fogoso advogado, eram confidências amorosas entre o advogado João Dantas e Anayde Beiriz”.

As desavenças e ódio passaram a deixar cada vez as ácidas e perigosas as ligações entre Dantas e João Pessoa, culminando, diante da pressão de amigos, com a mudança de João Dantas da Paraíba para Olinda em Pernambuco.  



Jornal do Brasil e a manchete da morte de João Pessoa

João Dantas, que morava em Olinda, aproveitou uma visita do presidente do visinho estado paraibano à cidade do Recife; a despeito de visitar um amigo enfermo, o Juiz Francisco Tavares da Cunha Melo, internado no Hospital Centenário; mas que segundo afirmação de Ronildo Maia Leite, “provavelmente João Pessoa viera ao Recife encontrar-se com uma cantora com quem mantinha um romance secreto.”Essa cantora seria a soprano Cristina Maristany. E quando o mesmo se encontrava na Confeitaria Glória, entra João Dantas, armado de um revólver, acompanhado do cunhado Moreira Caldas. Se aproximando de João Pessoa teria dito: 

”-  João Pessoa? Eu sou João Dantas”. 

Aqui saem os cangaceiros das caatingas e entram os cangaceiros da capital... Vários tiros foram disparados por João Dantas e por Moreira Caldas, não se sabendo ao certo, qual tenha sido a bala fatal que mataria o político. Ainda segundo Ronildo Maia “ele morreu com as jóias que, minutos antes, havia comprado na joalharia Krauze para sua amante”. Em seguida ao assassinato do líder paraibano, o governo é assumido por seu vice-presidente Álvaro Pereira de Carvalho, que  muda o nome da capital da Paraíba para João Pessoa e o acrescenta o lema NEGO à bandeira do Estado, numa referência à resposta que João Pessoa teria dado via telegrama, ao presidente Washington Luís sobre a negação de seu apoio à candidatura vitoriosa de Júlio Prestes; o vermelho da flâmula representava o sangue da morte de seu líder e o preto, o luto.

 João Dantas

Voltando à Confeitaria Glória; João Dantas ainda seria ferido pelo motorista de João Pessoa quando fugia, e depois acabaria sendo preso ao lado do cunhado Moreira Caldas e de novo a ironia do destino colaria cabeças decapitadas; como em Angico; no caminho do povo nordestino. 

Recolhidos à Casa de Detenção, do Recife, os dois foram degolados e tiveram suas cabeças enviadas para a Paraíba, era o dia 03 de outubro de 1930, o crime teria sido arquitetado pelo tenente da força policial Ascendino Feitosa, e seu auxiliar o soldado João da “Mancha”; ele tinha uma mancha escura no rosto, razão pela qual lhe foi dado esse apelido; como executor.  

Agora nos valemos de um trecho de entrevista prestada pelo Coronel Manuel Arruda de Assis, oficial da Policia Militar da Paraíba a José Romero Araujo em janeiro de 1989, “o indivíduo João da Mancha era considerado inclusive por seus antigos colegas de farda, como um psicótico, extravagante sangrador das forças volantes paraibanas. Naquele dia rompeu, com um bisturi pertencente ao medico Luiz de Góes, a carótida do advogado João Dantas, como também de seu cunhado, o engenheiro Moreira Caldas, ambos assassinados com a mesma “técnica”. O “serviço” fora feito por um profissional macabro que conhecia muito bem o seu “ofício”. O militar sabia milimetricamente onde iria romper a artéria, visto que a luta corporal travada entre o intrépido advogado João Dantas e os seus algozes impediu o seccionamento no ponto exato, como pretendia Dr. Luiz de Góes.” E continua o coronel Manuel Arruda, “só alguém que estava profundamente em contato com a “arte” de sangrar poderia ter feito um “trabalho” com tamanha perfeição”.
  


E continuando com as reflexões de Manuel Arruda, “quando as tropas comandadas por Juarez Távora, ativo integrante da coluna Prestes, chegaram ao Recife, o primeiro local visado pelos militares paraibanos foi a detenção onde se encontravam presos João Dantas e Moreira Caldas que se tornou alvo dos comandados por Ascendino Feitosa, estando entre estes João da “Mancha” e o médico Luiz de Góes.” Conforme o entrevistado, esse médico era capaz de tudo, regido por verdadeiro espírito sanguinário. E segue: “dominados os prisioneiros, Luiz de Góes apontou a Ascendino a carótida. João Dantas entrou em luta corporal com seus algozes, sendo atingido na sobrancelha. Com precisão invulgar, João da “mancha” recolheu o bisturi e aplicou certeiro golpe no local indicado, pondo fim à vida de João Dantas.” O entrevistado revelou que o corpo do advogado foi profanado de diversas maneiras, mesmo quando estertorava. Em seguida, o cunhado Moreira Caldas teve o mesmo fim, morrendo implorando para que o deixassem cuidar da família.

Segundo Manuel Arruda de Assis, era comum solicitar a presença de João da “Mancha” quando cangaceiros eram aprisionados. No combate de 1923, quando o sucessor de Sinhô Pereira fora ferido no tornozelo, no qual pereceram Lavandeira e Cícero Costa, ambos foram sangrados pelo frio soldado volante que se aperfeiçoou em matar usando o extremo da covardia e da perversidade.

Entretanto outra versão defende que João Dantas e Moreira Caldas se suicidaram com golpes de um mesmo bisturi, primeiro Dantas, depois Caldas, tese essa reforçada por supostos bilhetes deixados pelos mesmos em baixo de seus travesseiros. Segundo afirmações de José Joffily "como poderiam estes documentos de despedida, escritos em instante derradeiro, apresentar a correta redação, o talho das letras e a autenticidade das assinaturas, comprovadas em perícia, se tudo fosse escrito no tumulto de uma feroz degola e trucidamento?” e continua citando a confidência de João Dantas ao seu irmão Manoel, como prova do seu intuito de suicidar-se:
“-No caso de um movimento armado e vitorioso, 
eu não me entrego. Mato-me!” 
 “-E tens ao menos com que te matar?” 

 “-Ele abriu a gola do pijama e retirou dele um afiado bisturi.”.

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A PRISÃO DO MAJOR JOSÉ LUCENA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO


Por Joel Reis

No dia 26 de novembro de 1930, a Seção de Ordem Social da 4ª Delegacia Auxiliar, por determinação do Dr. Salgado Filho, para atender a requisição feita pelo governo de Sergipe, prendeu no Rio de Janeiro – RJ, o major José Lucena de Albuquerque Maranhão (ex-comandante da Força Pública e Inspetor da Guarda Civil de Alagoas) que estava na residência do Sr. Manuel Clementino do Monte (ex-senador alagoano).


Conduzido, em seguida, para chefatura de polícia. Na 4ª delegacia, o informaram o motivo da sua prisão. No tocante ao crime, foi acusado de ter fornecido grande quantidade de armas e munições ao coronel Zé Pereira.

Depois de alguns dias preso na Casa de Correção, no dia 29 de novembro de 1930, a pedido das autoridades de Alagoas (requisitado pela polícia alagoana), foram tomadas providências para o seu embarque, no "Rodrigues Alves" (Navio mercante a vapor), a fim de ser entregue ao governo do Estado aludido. O major Lucena Maranhão foi acompanhado de um investigador de polícia do Rio.

FONTES

A Batalha (RJ), 27 nov. 1930.
A Batalha (RJ), 30 nov. 1930.
A Noite (RJ) , 26 nov. 1926.
A Noite (RJ), 29 nov. 1930.

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