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quinta-feira, 21 de junho de 2018

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
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BAIXAS MORTE DE "CIRILO DE INGRÁCIA"


Por Ivanildo Alves da Silveira

A morte desse cangaceiro aconteceu em 5 de agosto de 1935, devido à fatos totalmente imponderáveis.

Resumindo, o que aconteceu foi o seguinte. O grupo de Cirilo certa vez estava acoitado em uma fazenda no Salgadinho, povoado do município de Paulo Afonso e trouxeram uma bacia para uso geral. 

Moça

O chefe fez uma viagem rápida e na sua ausência Moça (companheira de Cirilo), disse a Zé Sereno:

- Zé, apanhe água, bote no fogo pra morná, e lave meus pés.

Sereno recusou-se a obedecer, o que causou discussão com a mulher de seu tio que terminou com a seguinte ameaça:

- Quando Cirilo voltar você vai ver se lava ou não lava.

No dia seguinte, ao retornar, ele foi colocado ao par do ocorrido e para demonstrar seu poder apanhou uma vara e ordenou ao sobrinho:

- Ou vai lavar ou vai apanhar!

Zé Sereno manobrou o fuzil e disse:

- Se me bater não conto os buracos, e não fico mais junto.

Manoel Moreno e Jararaca, parentes de Cirilo e também de Zé Sereno se equiparam e acompanharam o jovem, deixando só o casal. Pouco tempo depois “Moça” deu a luz e os únicos que receberam o casal foram Corisco e Dadá.

Era tempo de inverno, chovia muito e Moça ficou na chuva. O marido queria que ela ficasse dentro de casa por dois motivos: proteção contra a chuva e evitar ser descoberta pelas volantes que sempre passavam por ali. Houve discussão e o cangaceiro acabou dando uns safanões na mulher que era muito teimosa. Corisco ordenou que Limoeiro fosse no dia seguinte buscar o enxoval de seu filho que estava para nascer e o Cirilo resolveu acompanhar o jovem a fim de esfriar a cabeça.

Viajaram logo cedo. Quando chegaram na serra da Mata Grande viram uma casa e foram até lá pedir comida. Estavam conversando com os moradores quando foram avistados e atacados pelo subdelegado Agripino Feitosa e seus cinco acompanhantes armados.

Os cangaceiros fugiram, cada um indo para um lado. Limoeiro por ser moço e forte escapou ileso. Cirilo foi ferido e para esconder o rastro desceu para dentro do riacho e seguiu andando por dentro d'água, despistando os perseguidores. Mas a hemorragia do ferimento minou-lhe a resistência e ao tentar subir pela margem do riacho desmaiou pela perda de sangue e acabou morrendo. Ao ser encontrado ainda estava ereto apoiado no barranco, com as mãos crispadas.


Limoeiro ao retornar ao grupo de Corisco contou o que acontecera. Não sabia ainda, da morte do companheiro, mas logo a notícia espalhou-se pelo sertão e até foto com os matadores ladeando o cadáver, que se vê em pé e amarrado em uma tábua, foi exibida por coiteiros ao grupo.

Moça ficou muito abalada com a morte do marido. Chorou. Lastimou-se, julgando-se culpada pela morte dele. Quando lhe foi sugerido que procurasse um novo companheiro, entre os componentes dos outros grupos e não entre os "meninos" de Corisco, a Joana Conceição dos Santos (este, seu nome real) recusou terminantemente essa possibilidade.


Dadá costurou-lhe algumas roupas e num vestido escuro colocou na bainha do mesmo o dinheiro que era do finado e também uma certa importância arrecadada entre os componentes do grupo de Corisco. Após permanecer algum tempo na casa dos familiares, Moça foi denunciada e presa. Teve sorte. Não foi judiada na cadeia onde permaneceu por pouco tempo, sendo logo libertada.

Ponto de vista: (Ivanildo Silveira)

Visualizando esta foto do corpo do cangaceiro Cirilo, se percebe, com relativa facilidade, que em volta da cabeça do famoso cangaceiro, há uma espécie de pano envolvendo todo o pescoço, como se fosse um cachecol. Ora, como é verificado na literatura lampiônica, cangaceiro nenhum, usava esse tipo de pano enrolado no pescoço, e sim, lenços de cores.

Para os pesquisadores/escritores do cangaço (Dr. Sérgio Augusto de Sousa Dantas e João de Sousa Lima ), esse detalhe do pano enrolado no pescoço do cangaceiro Cirilo, por ocasião da morte do mesmo, e, feitura da foto, foi para encobrir, que o famoso bandoleiro, já estava com a cabeça separada do corpo. Logo, o pano em volta do pescoço, foi a maneira encontrada para disfarçar essa realidade.

Observem, que a cor da roupa do cangaceiro, é totalmente diferente da cor do pano envolta do pescoço do mesmo. Note, também, as características do citado pano, que nada tem a ver com a indumentária cangaceira. O pano é um objeto estranho na composição da foto.

Em nossa modesta opinião, concordamos em gênero, número e grau com as observações dos dois grandes pesquisadores, acima nominados. Como se constata, trata-se de mais uma " Curiosidade do Cangaço ".

(*) O Texto principal foi extraído do livro "Lampião e as Cabeças Cortadas, pg. 29/31", do famoso autor e autoridade em cangaço, o Dr. Antonio Amaury Correia de Araujo.

Um abraço a todos, e façam suas observações, após a leitura do texto.

Ivanildo Alves Silveira
Colecionador/Membro da SBEC 
Natal – RN

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TREM DE MIM

*Rangel Alves da Costa

Já não sei se trem de partida ou de chegada. A estação já estava vazia, triste, silenciosa.
Os bancos estão desocupados, folhagens dançam no chão de terra. A ventania chega trazendo poeira, um cachorro late uma saudade distante.
Um cheiro diferente no ar. Não sei se de fumaça do trem ou da aparência antiga e maltratada do lugar. Mais de cem anos de adeuses, abraços, despedidas.
De um lado, ao longe, apenas a curva da montanha entreaberta para sua passagem; do outro, onde o olhar vai se perdendo na finura dos trilhos, apenas uma cor sombria de desalento.
Os trilhos não deixam marcas, não indicam da proximidade ou da já distante partida. Nos encaixes, madeira velha divisando o percurso, nenhum sinal de calor do instante.
Queria ouvir uma voz, encontrar alguém que soprasse notícia, dissesse sobre a hora do trem, falasse sobre quem chegou ou partiu, quando o próximo apito será ouvido.
Uma velha mala num canto, um chapéu alanhado esquecido num banco, um envelope retorcido já sendo levado pela ventania. Um lenço branco espalhado no meio dos trilhos, e até parecendo ainda molhado.
A portinhola dos bilhetes de viagem dança ao sabor da aragem. Passo o olhar pelo interior e vejo apenas papéis rasgados numa caixa de chão. Um velho birô, uma cadeira mais velha ainda. Um calendário amarelado de tempo na parede.
Avisto ainda uma antiga fotografia daquela estação. Tudo igual, a mesma solidão, a mesma feição, apenas um trem que desponta imponente soltando fumaça. No local de desembarque e espera apenas um cachorro magro com a língua de fora.


Imagino que as pessoas deixaram de existir na fotografia. Estavam ali com seus lenços à mão, seus buquês perfumados, seus braços prontos aos abraços. Ou talvez apenas para dizer adeus, para a despedida, envoltas em lágrimas e aflições.
Sei que não existe estação de trem tão sozinha, tão desalentada, parecendo esquecida de tudo. Ela é sempre viva, cheia de vida, tomada de passos e de olhares, ainda que fantasmas de um tempo que se foi no último vagão.
Olho a montanha adiante, lá onde o trem faz a curva, e me pergunto quantas saudades, quantas alegrias, quantas feições entristecidas já avistou pela janela.
Dentro do trem, as pessoas nem percebem que estão sendo observadas pela natureza, pelas montanhas e pedreiras, por tudo ao redor. Mas vão passando e deixando suas impressões no que fica.
Por isso mesmo aquela montanha ser tão conhecida como os olhos entristecidos da natureza. Se as pessoas avistadas estivessem sempre felizes, sorridentes, cheias de contentamento, seu nome certamente seria outro.
O mesmo acontece com as distâncias que vão sumindo do outro lado. Um descampado largo que dá passagem aos trilhos, para mais adiante ir estreitando até sumir no olhar. Se o trem vai naquela direção, certamente que os lenços acompanhavam o apito e a fumaça até tudo sumir de vez.
Mas nem avistava mais. Os olhos molhados se encarregam de nublar o horizonte, de turvar a saudade que já não olha pra trás. Melhor assim, menos dolorido assim, pois não há nada mais triste que viver tendo à mente o trem seguindo, partindo, sumindo, desaparecendo.
Não sei quantas horas são; não sei se restará outro trem para este dia. Preciso viajar pra qualquer lugar, mas também desejo ardentemente que alguém chegue à estação, ao longe me aviste e molhe o lábio para o reencontro.
Mas não sei, verdadeiramente não sei se partirei ou continuarei por aqui, esperando o trem, o apito, a fumaça do trem. O relógio parou, o horizonte está nublado, não sei da hora do dia.
Agora ouço um apito, mais um, mais outro. E como meu coração bate assim, feito apito de trem, quando está com saudade.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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CONVITE PROF. BENEDITO FARÁ PALESTRA NA PRÓXIMA REUNIÃO DO GECC, EM FORTALEZA


CONVITE: Ângelo Osmiro Barreto (Pesquisador)
GECC-Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará
PALESTRA: Religiosidade Sertaneja
PALESTRANTE: Prof. Benedito Vasconcelos Mendes
LOCAL: Fortaleza-CE

O Presidente do GECC-Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, pesquisador Ângelo Osmiro Barreto convidou o Professor Benedito Vasconcelos Mendes para fazer uma palestra sobre “Religiosidade Sertaneja“, no próximo dia 5 de julho( quinta-feira ), por ocasião da reunião mensal do referido Grupo de Estudos do Cangaço, que se realizará no Apartamento do Professor, Doutor e renomado cientista brasileiro, Melquíades Pinto Paiva, na cidade de Fortaleza. 

Benedito Vasconcelos Mendes, Ângelo Osmiro e o professor Pedro Fernandes

O Prof. Benedito Mendes, que é o atual Presidente da SBEC-Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço aproveitará a oportunidade para se congratular com os confrades cearenses, sócios do GECC.



Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes.

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INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA.


Hoje estamos postando alguns livros sobre Padre Cícero e o Cariri. Depois vem mais, pois a bibliografia é extensa. 

Quem desejar adquirir estes e outros 300 títulos. 

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A MORTE DO CANGACEIRO SABINO GOMES

Por José João Sousa

O calendário marcava 27 de março de 1928, quando o Estado Maior do cangaço conversava sobre a possibilidade de Antônio, da Piçarra, ter traído a todos, baseado na demora em trazer as mercadorias, visto que não era comum o atraso, Sabino bem não fechou a boca levou um tiro no tórax, disparado pelo sargento Hercílio Nogueira, no mesmo instante que começou a cair uma forte chuva.

Em meio aos trovões, relâmpagos, gritos e tiros, os cangaceirosconseguiram fugir levando Sabino seriamente ferido e em rápidos movimentos e dribles, deixaram as Volantes atirando entre si, confundindo uns com os outros.

Os cabras de Lampião em fuga, fazendo tudo para garantir a vida de Sabino, cuidavam do ferimento como de costume, com ervas do mato e orações. Subiam e desciam os serrotes, os lajedos e evitavam andar por lugares movimentados. 

Precárias eram a comida e a bebida, praticamente não dormiam. E assim foram duas intermináveis semanas. De vez em quando, Sabino cada vez pior e sem ânimo, pedia que acabassem com seu sofrimento.

Lampião cuidava de encoraja-lo. Estimulava a viver.

A febre ardia.

O ferimento cheirava mal.

Após muita insistência do moribundo, o cangaceiro Mergulhão topou a parada de abreviar a angustia do companheiro. Nesse momento estavam descansando debaixo de uma quixabeira, alguns cangaceiros chupando umbus para aliviar a cede e a fome ao mesmo tempo. Toda conversa entre os dois estava se desenrolando com toda naturalidade para os presentes. Sabino disse a Mergulhão: “- Quando eu disser amém, você atire,” Cobriu o rosto com o chapéu e começou a rezar o Pai Nosso, quando pronunciou a palavra combinada, um tiro seco rompeu o silêncio daquela manhã de inverno. Mergulhão atendeu ao pedido do amigo, com um tiro de misericórdia em cima do chapéu, para atingir o rosto do lugar- tenente do Rei do Cangaço.

Do livro: LAMPIÃO E O SERTÃO DO PAJEÚ
De: Anildomá Willans de Souza

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FELIPE, MENINO XAXADO


Por Rangel Aves da Costa

Verdadeiramente não há quem não se encante com o garotinho Felipe xaxando em meio aos adultos do Grupo de Xaxado na Pisada de Lampião. Não só pela sua desenvoltura brilhante e majestosa, mas principalmente pela sua abnegação em ser a raiz e flor desta viva e florescente cultura poço-redondense. 


A atitude de Felipe, sem medo, vergonha ou pé atrás, logo demonstra o senso de preservação da cultura cangaceira do xaxado, logo aponta para um futuro onde as gerações ainda estarão lutando pela sua musicalidade, suas tradições e manifestações culturais. E Felipe deu um verdadeiro show durante o Cariri Cangaço Poço Redondo. Agigantou o evento. O porte do cabra diz tudo, pois lindo, lindo: No menino o homem em toda a sua beleza e dignidade! No menino aquele aspecto prazeroso de quem diz: “Sou eu, Felipe, o Rei do Xaxado de Poço Redondo!”. E quem dirá que não é?

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JOVENS GUERREIROS DA ÉPOCA DO CANGAÇO


Por Ruy Lima

Na época do cangaço, era comum, no Sertão, e em algumas outras regiões, os filhos dos camponeses trabalharem “no pesado” ainda meninos, cuidando dos animais, trabalhando com enxada nos roçados e praticando atividades como caça, pesca, derrubada de boi e outras que os adultos realizavam. Muitos deles não tiveram a oportunidade de frequentar a escola, como foi o caso dos irmãos de Lampião e da maioria dos cangaceiros.

Na zona urbana interiorana também era comum os meninos de família pobre e até mesmo da classe média, trabalharem cedo, muitas vezes como autônomos, vendendo fogos na feira, na época do São João, passando jogos de bicho, engraxando sapatos ou prestando serviços como vendedores e embaladores em mercearias (bodegas), lojas, ou como borracheiros, mecânicos, etc.

Assim como a meninada da zona rural, eles fabricavam os próprios brinquedos como caminhões de madeira (a cabine era feita com lata de óleo de cozinha), papagaios (pipas), pessoas e animais de barro, entre outros, além de “armas” como baleadeiras (estilingues), anzol, arco, flecha, etc. Eu mesmo, matuto urbano, praticava quase tudo isso.

Lembro que uma tia minha (hoje, com mais de 90 anos de idade) dizia que eu nunca fui menino, sempre fui homem (modéstia à parte). Brabo que só um coelho.

O certo é que o sertanejo já era considerado homem – ou cabra macho de verdade - ainda menino ou adolescente.

Preparei uma pequena relação dos cangaceiros e dos policiais das forças volantes que iniciaram na vida de guerreiro muito jovens, muitos deles tendo praticado alguns dos serviços acima. A relação contém, em especial, os cangaceiros e membros das volantes que mais se destacaram.
Ruy Lima 19/06/2018

CANGACEIROS - ANTERIORES A LAMPIÃO

1 - O Cabeleira

1. O CABELEIRA – José Gomes (1751-1776). Pernambucano, de Glória do Goitá, 60 Km do Recife. Entrou para a vida de cangaço com 24 anos de idade. Foi enforcado no Recife, em 1976, com 25 anos de idade.

2 - Jesuíno Brilhante

2. JESUÍNO BRILHANTE - Jesuíno Alves de Melo Calado (1844-1879). Norte-riograndense, de Patu, 350 Km de Natal. Entrou para a vida de cangaço com 27 anos de idade. Foi morto em 1879, com 35 anos de idade.

3 - Antonio Sivino

3. ANTÔNIO SILVINO – Manoel Batista de Morais (1875-1944). Pernambucano, de Afogados da Ingazeira, 379 Km do Recife. Entrou para a vida de cangaço com 19 anos de idade. Deixou, ao ser preso, em 27/11/1914, com 39 anos de idade. Faleceu em 1944, na casa de uma prima, em Campina Grande-PB.

4 - Sinhô Pereira

4. SINHÔ PEREIRA – Sebastião Pereira da Silva (1896-1979). Pernambucano, de Serra Talhada, 415 Km do Recife. Entrou para a vida do Cangaço em 1916, com 20 anos de idade. Deixou, em 1922, aos 26 anos de idade, passando o comando do bando para Lampião. Faleceu, de causas naturais, em 1979, em Lagoa Grande-MG.

5 - Luiz Padre é o que está em pé.

5. LUIZ PADRE – Luiz Pereira da Silva Jacobina (1891-1965). Pernambucano, de São José do Belmonte, 475 Km do Recife. Entrou no bando do seu primo, Sinhô Pereira, com presumivelmente, 25 anos de idade. Deixou, em 1922, com 31 anos de idade e faleceu, em 1965, em Goiás, devido a uma operação malsucedida de vesícula.

CANGACEIROS DA ÉPOCA DE LAMPIÃO

1 - Lampião

1. LAMPIÃO - Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938). Pernambucano, de Serra Talhada, 415 Km do Recife. Entrou no bando de Sinhô Pereira, em 1921, aos 22 anos de idade. Foi morto pela volante do então tenente João Bezerra, em 1938, na grota de Angico, Poço Redondo, Estado de Sergipe.

2 - Livino é o que está atrás de Lampião

2. LIVINO FERREIRA DA SILVA (1896-1925), vulgo “Vassoura”. Pernambucano, de Serra Talhada, 415 Km do Recife. Entrou para o cangaço junto com os seus irmãos Virgulino (LAMPIÃO) e Antônio, aos 24 anos de idade. Foi o primeiro dos Ferreira a morrer em combate com a polícia, no caso, pela Força Policial paraibana, em Flores/PE, no dia 4 de julho de 1925.

3 - Antonio Ferreira está à direita da foto

3. ANTÔNIO FERREIRA DA SILVA (1895-1927), vulgo “Esperança”. Pernambucano, de Serra Talhada, 415 Km do Recife. Irmão mais velho de Lampião. Entrou no cangaço junto com os seus irmãos Virgulino e Livino, com 25 anos de idade. Morreu em 1927 num acidente provocado por uma brincadeira, disputando uma rede com Luiz Pedro, quando o fuzil deste bateu com a coronha no chão e disparou um tiro fatal matando-o. Luiz Pedro foi um dos integrantes do estado maior de Lampião, ao qual jurou acompanhar até o fim, por tê-lo perdoado da morte do irmão. Morreu junto com o “capitão”, em 1938, no massacre de Angico.

4 - Ezequiel Ferreira é o da esquerda

4. EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA (1908-1931), conhecido como “Ponto Fino”. Pernambucano, de Serra Talhada, 415 Km do Recife. Entrou no bando de Lampião, seu irmão, com menos de 18 anos de idade. Morreu, em 1931, com 23 anos idade, em combate, sob as balas da metralhadora do tenente Arsênio, da PM da Bahia.

5 - Volta Seca

5. VOLTA SECA - Antônio Alves de Souza (1918-1997). Sergipano, de Itabaiana, 57 Km de Aracaju. Entrou no bando de Lampião com apenas 11 anos de idade. Foi peso em 1932, com 14 anos de idade e levado para a Casa de Detenção da Bahia, onde cumpriu 20 anos de prisão.

6 - Jararaca ao centro

6. JARARACA – José Leite de Santana (1901-1927). Pernambucano, de Buique, 274 Km do Recife. Foi soldado do Exército, entrou no bando de Lampião em 1926, com 21 anos de idade, por um período muito curto, pois foi preso no frustrado ataque do bando à cidade de Mossoró-RN, em junho de 1927 e, após 4 dias de prisão, foi morto sumariamente pela polícia, sem julgamento.

7 - Chico Pereira colorida por Rubens Antonio

7. CHICO PEREIRA (1900 - 1928). Paraibano, de Sousa, 433 Km de João Pessoa. Entrou para a vida do cangaço com 22 anos após matar o assassino do seu pai. Não pertenceu ao bando de Lampião, mas se aliou a este para saquear a cidade de Sousa/PB. Foi morto aos 28 anos de idade, barbaramente, pela polícia do Rio Grande do Norte, enquanto era conduzido prisioneiro.

8 - Corisco

8. CORISCO – Cristino Gomes da Silva Cleto (1907-1940). Alagoano, de Água Branca, 309 Km de Maceió. Também foi soldado do Exército e entrou no bando de Lampião em 1926, com 19 anos de idade. Quando Lampião dividiu o bando em grupos, o grupo comandado por Corisco foi o mais importante de todos. Também apelidado de o Diabo Louro, além de comparsa, era muito amigo de Lampião o qual o chamava de compadre. Foi morto em 5 de maio de 1940 na região de Brotas de Macaúbas, pela volante de Zé Rufino, atingido por uma rajada de metralhadora.

FORÇAS VOLANTES - MILITARES (últimas patentes)

1 - Theophanes Ferraz Torres

1. THEOPHANES FERRAZ TORRES (1894-1933). Pernambucano, de Floresta, 431 Km do Recife. Tenente-Coronel da Força Pública de Pernambuco (atualmente Polícia Militar de Pernambuco). Início: 1912 aos 17 anos. Aos 20 anos, incompletos, na patente de Alferes (hoje segundo-tenente) prendeu o cangaceiro Antônio Silvino, em 27/11/1914. Faleceu em 11/09/1933, tendo apenas 38 anos e 9 meses de idade.

2 - José Caetano de Melo

2. JOSÉ CAETANO DE MELO (1872-1964). Pernambucano, de Pesqueira. Capitão da Força Pública de Pernambuco. Início: 1893, aos 21 anos de idade. Faleceu em Angelim/PE, em 1964.

 3 - Tenente João Bezerra da Silva

3. JOÃO BEZERRA DA SIlVA (1898-1970). Pernambucano, de Serra da Colônia, Afogados da Ingazeira. Coronel da Força Pública do Estado de Alagoas. Início: 1919, aos 21 anos de idade. Primo em segundo grau do cangaceiro Antônio Silvino. Foi o comandante da volante, como tenente, que aniquilou Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, incluindo o “subcomandante” do bando, Luiz Pedro e a cangaceira Enedina, em 28/07/1938, na grota de Angico, Poço Redondo-SE.

4 - Optato Gueiros

4. OPTATO GUEIROS (1894-1957). Pernambucano. Major da Força Pública de Pernambuco. Início: 1921 (presumivelmente) aos 23 anos de idade.

5 - Manoel de Souza Neto

5. MANOEL DE SOUZA NETO (1901-1979). Pernambucano de Algodões, Município de Floresta. Coronel da Força Pública de Pernambuco. Início: 1922, aos 21 anos de idade. Conhecido como MANÉ NETO.

6 - Zé Rufino

6. JOSÉ RUFINO - José Osório Farias- (1906-1969). Pernambucano. Início: 1934, aos 28 anos de idade. Conhecido como ZÉ RUFINO. Coronel da Força Pública da Bahia. Matou, com sua volante, o cangaceiro Corisco, em 1940.

FORÇAS VOLANTES - CIVIS - OS NAZARENOS


Meninos de 15 a 16 anos. Faziam parte da volante conhecida como Nazarenos, como eram chamados, por morarem na Vila de Nazaré/PE, hoje Nazaré do Pico, distrito de Floresta/PE.

Enviado pelo pesquisador do cangaço Ruy Lima

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VÍDEO JESUÍNO BRILHANTE, O HERÓI BANDIDO (2010)


O documentário "Jesuíno Brilhante, o herói bandido" é o resultado de um trabalho de um então grupo de alunos do curso de jornalismo da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, dentre eles, além deste jornalista que escreve, Bruno Soares, Lenilson Freitas, Fábio Faustino, Rodolfo Paiva e Stenio Urbano. A produção contou também com a participação do técnico em imagens Cícero Pascoal e a supervisão do professor Tobias Queiroz.

Produção 

De produção e pretensões modestas, a ideia era contar a história do cangaceiro potiguar Jesuíno Brilhante em no máximo 20 minutos e isso só poderia ser feito através de entrevistas, uma pesquisa mais elaborada não era possível, pois tudo o que se sabe de Jesuíno Brilhante é vem de relatos orais e da literatura de cordel. O único livro sobre o cangaceiro baseia-se também nessas duas fontes. Foi então que selecionamos alguns cidadãos patuenses (cidade de Patu, local de origem de Jesuíno Brilhante) entre entusiastas e conhecedores da história de Jesuíno e dois pesquisadores
Mito

Jesuíno brilhante é, como a maioria dos cangaceiros famosos, um mito. Transita no imaginário popular ora como bandido, ora como herói, e as entrevistas contidas no documentário revelam essa dupla interpretação que se tem do cangaceiro. Os diferentes pontos de vista nos relatos dos participantes do documentário, resultam da aura mítica que a história de Jesuíno carrega.

Experimentalismo

O documentário é experimental. As narrativas foram substituídas por versos de cordéis que contam a história de Jesuíno. Os versos delimitam os capítulos, em ordem cronológica. Cada verso inaugura uma passagem da história de Jesuíno que imediatamente se conecta com as versões dos entrevistados. É um "docordel".

Ficha Técnica

Pesquisa: Bruno Soares e Stênio Urbano.
Fotografia: Bruno Soares e Cícero Pascoal
Roteiro: Allan Erick
Entrevistas: Rodolfo Paiva e Stênio Urbano.
Edição de imagens: Cícero Pascoal e Allan Erick
Direção: Allan Erick, Bruno Soares, Stênio Urbano e Rodolfo Paiva
Entrevistados: Alfredo Leite, Maria das Dores (Dodôra), Zé de Alzerina, Stanislaw Lima, Kyldemir Dantas e Dona Francisca.

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Pesquei no Blog Allan Erick


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HQ VIRTUAL “LAPEJÃO E MARIA ESQUISITA” FAZ SÁTIRA COM O CANGAÇO


"Lapejão e Maria Esquisita" é uma sátira baseada nos tempos do cangaço, mas convertida para os tempos atuais, e que acontece em uma região que, apesar do tempo, certos problemas crônicos continuam os mesmos. Ainda assim, os confrontos atuais nos remetem as disputas e escaramuças que ocorriam entre homens das volantes com cangaceiros em diversas regiões do nordeste brasileiro.

A história conta de forma bem humorada, e com desenhos cômicos, como pessoas simples lidam com situações e problemas que ameacem aquilo que para eles é o essencial. Um lugar para viver, e trabalho digno para se manterem.

A publicação virtual com 60 páginas em cores é de autoria de Mauro Machado, que tem uma página no Facebook aqui. A história carregada de humor, traz um traço que lembra o europeu, a edição pode ser lida completa CLICANDO AQUI

Para contato com o autor borntopaint@hotmail.com

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