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quinta-feira, 21 de abril de 2011

21 de abril - Dia da Polícia Civil e Militar:

A relevância da polícia na sociedade

Foto: Agência de Notícias do Acre
 
            O significado da palavra polícia surgiu na Grécia. Polícia (pólis+Cia) vem do Grego Pólis + Cia, ou seja, companhia da cidade, que tinha como objetivo promover a ordem dentro das cidades gregas. A importância da policia, que atua desde os tempos remotos, não é apenas garantir a ordem pública. Esta profissão requer: conduta funcional dentro de padrões éticos e morais, proteção coletiva e individual, o combate à criminalidade no país e colaboração com as apurações das infrações penais.
 
         A diferença entre as polícias Federal, Civil e Militar são a particularidade de suas funções. Os policiais federais tratam dos crimes de interesse da União; os civis investigam os homicídios, roubos e sequestros em seus estados; os militares são responsáveis por prevenir as condutas criminosas e zelar pela ordem pública.

          A data de comemoração da Polícia Civil e Militar é no dia 21 de abril. Nesta data são também comemorados o Dia do Metalúrgico, Dia da Latinidade, Tiradentes e o aniversário da capital do Brasil, Brasília. O surgimento da Polícia Civil no Brasil consta desde a época de D. João VI, em 1808, quando gerou ele o cargo de “Intendente Geral da Polícia da Corte e Estado do Brasil”, que era desempenhado por um desembargador do Paço, com um delegado em cada Província.
 
         A este profissional nosso singelo agradecimento e nosso grandioso PARABÉNS!

Extraído do blog do Eurico Paz


Volta Seca, o cangaceiro (sergipano) de Lampião

 Por: Luis Antônio Barreto
           São desencontradas as informações sobre Volta Seca, cangaceiro sergipano e um dos mais conhecidos e destacados cabras do bando de Lampião. Em 29 de Abril de 1929, quando assistiu missa em Poço Redondo, com seus “rapazes,” o próprio Virgulino Ferreira da Silva entrega ao padre Artur Passos, então vigário de Porto da Folha, uma folha de papel pautado, escrita a lápis, com os nomes, os apelidos e as idades dos integrantes do seu grupo de dez cangaceiros.
           Preso no início de 1932 e levado para a Casa de Detenção da Bahia, Volta Seca foi procurado por alguns sergipanos interessados em recolher informações sobre o cangaço no Nordeste e sua presença em Sergipe.
  
        Joel Macieira Aguiar, representando o Jornal de Notícias, acompanhado de Hernani Prata e de João Prado, estudantes de Direito na Bahia, encontrou Volta Seca tocando realejo, entrevistando-o, em começo de Abril de 1932, fixando estes dados pessoais: sergipano, nascido no Saco Torto, povoado de Itabaiana, filho de Manoel Santos, que trabalhou no Engenho Contadouro, de propriedade de Antonio Franco, frequentou o Engenho Central, onde trabalhava Antonio de Engraça, conheceu Aracaju, e conheceu bem sua terra, Itabaiana, e Malhador. Volta Seca declarou, ainda, que entrou para o cangaço com 12 anos, a convite do próprio Lampião, em Gisolo, no sertão da Bahia.
 
O cangaceiro Volta Seca

           No precioso papel, que é documento daquela que pode ser considerada a primeira entrada de Lampeão em Sergipe, o último a ser citado, com o nome de Antonio Alves de Souza, e a idade de 18 anos, com a observação “menino,”, e tem o apelido de Volta Seca.

Jornalista Joel Silveira

           12 anos depois, em Março de 1944, Joel Silveira, já um jornalista importante no Rio de Janeiro, viaja a Salvador, e na Penitenciária da Bahia entrevista Volta Seca e outros cangaceiros presos, como Ângelo Roque, Deus Te Guie, Caracol, Saracura, Cacheado. Joel Silveira anota o nascimento de Volta Seca em Itabaiana e diz que ele entrou no cangaço com 14 anos. Um documentário sonoro, feito na década de 1950, gravado em 1957, narrado por Paulo Roberto, locutor da Rádio Nacional, afirma que Volta Seca tinha o nome de batismo de Antonio dos Santos, e que entrara para o cangaço com apenas 11 anos. A Todamérica grava o documentário comercialmente, apresentando Volta Seca como compositor e intérprete de diversas músicas que estão ligadas ao ciclo dos cangaceiros, como: Se eu soubesse; Sabino e Lampião; Mulher Rendeira; Acorda Maria Bonita e outras.

            Há, portanto, divergência de nome, idade e data de entrada de Volta Seca no grupo de Lampião.

            Considerado valente, tendo brigado com o próprio chefe, Volta Seca não mereceu elogios do padre Artur Passos, no encontro de Poço Redondo em 1929. O padre, que demonstrou simpatia com Moderno (Virgínio Fortunato, cunhado de Lampião) e com o próprio Virgulino, não gostou de Volta Seca, e sobre eles diz: “Não têm, inclusive Lampião, cara repelente, como imaginamos nos bandidos em geral, devendo frisar, porém, o olhar especial de um deles, o fedelho de 16 a 18 anos, que os acompanha.”  
            No contato com Joel Silveira, Volta Seca, sob o testemunho de antigos companheiros, reafirmou sua coragem, disposição, e narrou episódio de uma briga com o chefe, em 1931, por causa de um socorro dado a Bananeira, ferido em combate.

Bananeira e Volta Seca

             Lampião achava que o atraso poderia ocasionar problemas sérios, de confrontos com a polícia, enquanto Volta Seca agia solidariamente, sem querer deixar para trás o companheiro atingido por tiros. O ambiente ficou tenso, e por pouco os dois cangaceiros não se enfrentaram. A fama de valentia, contudo, ampliou-se dentro e fora do grupo, apesar de Volta Seca ganhar, também, uma imagem lúdica, de compositor e de cantor, responsável por salvar parte do repertório dos grupos de cangaceiros. O disco da Todamérica é um bom exemplo, e foi reproduzido, em parte, décadas depois, por um álbum, long-play, dos Estúdios Eldorado, de São Paulo, com o título de A Música do Cangaço. Nele, além das canções atribuídas e cantadas por Volta Seca, já citadas, figuram artistas como Luiz Gonzaga, Sérgio Ricardo, Teca Calasans e  Antonio Carlos Nóbrega.

Luiz Gonzaga

            Além de tocar realejo, compor e cantar, Volta Seca foi submetido, na prisão, ao trabalho forçado de fazer flores e outras artesanais, predominantemente feitas por mulheres. Ele não se abateu, casado, pai de um filho, ele esperava cumprir sua pena de 20 anos, para deixar a prisão e recomeçar a vida. E o fez pela música, ainda hoje uma referência, tomada por empréstimo por Luiz Gonzaga e por outros artistas nordestinos, que concorreram para fixar uma estética do cangaço, da qual Frederico Pernambucano de Mello é especialista.


1931: Entrevista Com Ex-Cangaceiro do Bando de Lampião

Por: Rostand Medeiros
Rostand e Dra. Francisquinha

            Durante o período de atuação de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião” como chefe cangaceiro, chama a atenção de quem deseja conhecer a sua história através dos jornais, a quantidade de notícias que se pode encontrar na hemeroteca do Arquivo Público do Estado de Pernambuco.
"A Notícia", 8 de março de 1931. (clique sobre a imagem para ampliá-la)

               Em alguns dos muitos jornais que circulavam em Pernambuco no período compreendido entre os anos de 1918 a 1938, quase todos os dias, principalmente entre os anos de 1922 e 1933, é difícil não se encontrar alguma notícia sobre o “rei do cangaço” e o seu bando.
           Muitas das antigas coleções destes jornais, provenientes de diversos pontos do estado de Pernambuco, estão devidamente encadernados e abertos à pesquisa, que pode ser feita de forma tranquila, com pessoal especializado assessorando os pesquisadores, farto material, seguindo regras básicas de manuseio e correta utilização. Localizado na Rua do Imperador D. Pedro II, número 371, no bairro de Santo Antônio, próximo ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo pernambucano, esta repartição pública é um verdadeiro oásis de informações, onde aqueles que desejam se aprofundar nas pesquisas sobre o cangaço, certamente deverão sair com alguma nova informação.            Recentemente estive em Recife para mais uma pesquisa sobre o cangaço neste local. Manuseando cuidadosamente o grande volume onde estão encadernadas as edições do primeiro semestre de 1931, o jornal recifense “A Notícia”, na edição do dia 8 de março, que em meio a muitas notícias da famosa e malfadada tentativa do capitão-aviador Chevalier, de utilizar um avião para dar combate a Lampião e seu bando no interior da Bahia, na primeira página, traz uma nota que chama a atenção pelo título; “Lampião, O soberano Sinistro - Um Ex-Companheiro do Famoso Cangaceiro, Faz Interessantes Declarações a Imprensa Carioca”. O jornal pernambucano transcreve uma reportagem do periódico carioca “Jornal de Notícias”, com uma entrevista do então soldado do exército brasileiro, Otaviano Pereira de Carvalho. Ele é apresentado em relação a Lampião como “um homem que conhece os esconderijos, os seus processos, as suas táticas”. Otaviano, que dizia haver nascido na cidade cearense de Iguatu, estava agora, segundo o jornal, “incorporado à civilização”, não informou como se deu a sua entrada no bando.
            Afirmou que “Lampião era um bom homem, que vivia na espingarda, mas era educado, possuía gestos de generosidade, distribuía dinheiro com os pobres, os cegos e falava pouco.” Otaviano informou que “no assalto a casa da baronesa o cangaceiro teria conseguido a fortuna de 150 contos de réis, brilhantes, rosários de ouro, onde o rosário principal estaria com uma suposta amante de Lampião, que vivia na fazenda do Maxixe, em Pernambuco”. Informa o modo como “a ação ocorreu através de um falso cortejo fúnebre que entrou na vila pela manhã cedo, onde as armas são retiradas de uma rede que supostamente traria um defunto, passando o grupo a atacar a casa do delegado e exterminam a vida deste militar”. Seguramente este pretenso ex-cangaceiro comentava sobre o famoso assalto ocorrido em 26 de junho de 1922, a casa da senhora Joana Vieira Sandes de Siqueira Torres, a Baronesa de Água Branca, moradora desse município alagoano, homônimo ao seu título de nobreza. Fato este que gerou forte publicidade para a atuação de Lampião e do seu bando.
            Mas quem seria a amante da “fazenda do Maxixe”, em Pernambuco? Seria então Maria Bonita, que depois se deixou fotografar com o rico objeto?
             O ex-cangaceiro Otaviano em nenhum momento fala algo negativo sobre seu suposto ex-chefe. Já em relação ao irmão deste, Levino, não nega palavras desaforadas; “Levino é um impossível. Eu queria ter um tostão, por cada moça que ele deixou a toa. É malvado. Mata só para ver a queda”.
            Sobre os protetores e coiteiros de Lampião, o então militar narrou que um certo “Véio Praxedes”, que vivia próximo a Custódia, em Pernambuco, lhe guardava muitas munições. Sobre as armas comentou que “os fuzis do bando sempre eram utilizados serrados, tornando o armamento mais leve e ágil na sua utilização. O armeiro que deixava as armas preparadas seria um certo ferreiro de nome Zuza, do município cearense de Jardim, localizado na fronteira de Pernambuco”.
Comentou que “o melhor esconderijo de Lampião fica na Serra da Forquilha”, que teria sido descoberto pelo então falecido cangaceiro paraibano Cícero Costa. No local, Otaviano informou existir um precioso caldeirão de água.
           Sobre a medicina típica do bando, ele comentou que “para ferimentos de bala, Lampião e seus comandados utilizavam água de caroá para lavar o ferimento, depois colocavam leite de favela e entre quatro a cinco dias a ferida cicatrizava satisfatoriamente”.
            A reportagem enalteceu o comentário de Otaviano sobre o fato de Lampião não haver perseguido em 1926 a Coluna Prestes, na época do governo Artur Bernardes,. Disse que o ex-chefe era francamente favorável às revoluções no país, pois nestes períodos aproveitava para “descansar das perseguições”.
            Sobre a propalada pontaria de Lampião, o jornal transcreveu as palavras do militar sertanejo na íntegra; “com um oio só faz o servicinho mío do que com dois oio”. Perguntado se ele era valente, comentou que Lampião “não tem preguiça de brigá, não”.
            Já sobre de onde surgiu à alcunha de Virgulino Ferreira da Silva, o ex-cangaceiro comentou sobre uma interessante tese. Segundo ele, em uma ocasião que Virgulino estava na vila pernambucana de Nazaré, local de onde surgiram seus mais ferrenhos perseguidores, ele teria feito um grande escarcéu, “quebrando todos os lampiões que existiam no lugar” e daí surgindo o nome que tornaria este cangaceiro famoso.
Sobre a ação da polícia, chama a atenção os extensos e satisfatórios comentários feitos pelo ex-cangaceiro Otaviano, sobre a valentia e a forma de agir do então capitão Lucena, da polícia alagoana. Era o mesmo oficial José Lucena que em uma desastrada ação policial ocorrida em território alagoano, no ano de 1921, assassinou o pai de Virgulino, o pacato José Ferreira.
            Durante toda a entrevista, Otaviano Pereira de Carvalho em nenhum momento comenta o seu nome como ficou conhecido no meio dos cangaceiros. Sua entrevista chama atenção pela falta de fotografias do entrevistado, maiores dados sobre o militar Otaviano no Exército Brasileiro e outras notas dissonantes. Seria para se proteger?
             Não podemos esquecer que em 1931, o militar e político cearense Juarez Fernandes do Nascimento Távora, havia comandado as forças nordestinas que apoiaram Getúlio Vargas na implantação do movimento revolucionário de 1930 na região e ganha o apelido de “Vice-Rei do Norte”. Távora e a Revolução de 1930 desejavam alterar as bases políticas e econômicas existentes então no sertão nordestino, retirando tudo que representasse o atraso, daí se enquadravam desde os coronéis aos cangaceiros. Neste sentido, uma entrevista com um ex-cangaceiro, agora militar do Exército Brasileiro, mesmo que falsa, servia de maneira extremamente positiva ao novo regime.
             Mas se Otaviano Pereira de Carvalho fosse realmente quem ele afirmava ser na entrevista? Aí só mais outras pesquisas para corroborar, ou não, a reportagem de capa do jornal pernambucano “A Notícia”, do dia 8 de março de 1931.
             Evidentemente que aqueles que desejam trabalhar com a pesquisa histórica, seja em relação ao cangaço ou outros assuntos, venha a informação pesquisada oriunda de fontes orais ou documentais, conseguidas através de um diálogo com um informante, ou em uma hemeroteca de algum arquivo, não é nenhuma novidade comentar que o material analisado deve ser sempre visto com ressalvas e exaustivamente analisado.
            Entretanto visitar arquivos, em um futuro não muito distante, deverá ser a principal forma de se pesquisar sobre o cangaço, pois enfim, o tempo não para, pois as testemunhas do cangaço estão seguindo seu caminho natural.

Espeleólogo potiguar. Sócio da SBEC.

Marcas e cicatrizes do cangaço

Por: Ivanildo Alves da Silveira
Ivanildo e João de Sousa Lima

              O fenômeno do cangaço vivenciado por Lampião e seus grupos de cangaceiros, deixou marcas profundas, em todos os recantos nordestinos percorridos, bem como, o sertaneno, vítima de crimes bárbaros. Some-se a isso, também as violências praticadas por alguns policiais das forças volantes.
            Foi frequente, o saque de casas comerciais, fazendas incendiadas, corte de orelhas, sequestro, extorsão, castração, violação de mulheres, surra á palmatória e chicote, mulheres ferradas como animais, no púbis, nas coxas, nos rostos, além de corpos "pipinados" a punhal etc.
            Algumas destas vítimas de ambos os lados da história se deixaram fotografar pela imprensa, testemunhas oculares e pesquisadores anos depois do fato.

 
Catração feita em Nossa Senhora das Dores - SE.

            Em 06 de janeiro de 1932, LAMPIÃO e seu grupo invadiram Canindé do São Francisco/SE. De imediato, o rei do cangaço mandou pegar algumas mulheres ( Maria Marques, irmã do soldado Vicente Marques; Izaura, casada com o soldado Bilrinho; Anizia, conhecida por Zininha, além de outras).
            O cangaceiro ZÉ BAIANO (o qual havia sido traído pela bela Lídia), esquentou seu "FERRO" o qual tinha as iniciais "JB", deixando-o em brasa, e ato contínuo, seguindo ordem do chefe, ferrou, em pleno rosto, a Sra. Maria Marques, além de outras (VIDE FOTO ABAIXO ).

Maria Marques, ferrada com as iniciais "JB"
em 06/01/1932
Outra vítima de Lampião e Zé Baiano
José Custódio de Oliveira (Zé do Papel),
teve a "orelha" mutilada, por cangaceiros
em Aquidabã-SE

             Abaixo, foto da Cangaceira "DADÁ" - Companheira de "Corisco", a qual foi metralhada pela volante do Cel. Zé Rufino, no dia   25/maio/1940, na Faz. Pulgas/BA, tendo, posteriormente, sido amputada a perna direita da mesma, na altura da coxa. Ela, ainda, sofreu 05 cirurgias na aludida perna.

Dadá
 
             Abaixo, foto do ex cangaceiro "Candeeiro" - o qual, no combate de "Angicos"/SE (28.07.1938), foi baleado no braço direito, ficando com uma grande sequela. Nesse combate, morreram Lampião e mais 10 companheiros.
 
 
Obs: Candeeiro ainda é vivo, e mora
na cidade de Buíque/Pe. 
 
Cabo "Antonio Isidoro", da volante do Cel. Zé Rufino,
que em combate com Lampião, recebeu um balaço na mão,
ficando a mesma inutilizada.

 Ferimentos sofridos por Lampião

             1921 - Ferimento à bala no ombro e na virilha, no município de Conceição do Piancó-PB.
             1922 - Ferimento na cabeça. “Só por um milagre escapei”, disse Lampião em entrevista ao Dr. Otacílio Macedo.
             1924 - Ferimento à bala no dorso do pé direito, em Serra do Catolé, distrito de Belmonte-PE.
              1926 - Ferimento leve à bala, na omoplata, em Itacuruba, distrito de Floresta-PE.
              1930 - Ferimento leve à bala, no quadril, no municipio de Pinhão-SE.
 
Um abraço a todos, analisem a matéria e façam seus comentários.

Colecionador do cangaço
Membro da SBEC
Natal/RN
Açude: Besta Fubana


Tancredo - O presidente que não tomou posse

Tancredo de Almeida Neves

           Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei, 4 de março de 1910, e faleceu em  São Paulo, no dia 21 de abril de 1985).  Advogado, empresário e político brasileiro.

           Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo voto indireto de um colégio eleitoral, mas adoeceu gravemente, em 14 de março do mesmo ano, véspera da posse, morrendo 39 dias depois, sem ter sido oficialmente empossado.

          Tancredo foi vítima de diverticulite, porém para alguns, a causa da sua morte até hoje não foi devidamente esclarecida, existindo suspeitas de que tenha levado um tiro por setores radicais das Forças Armadas, que não admitiam a redemocratização. Mas isso não foi comprovado e jamais será.

Tancredo Neves

          Apesar de ter falecido antes de ser empossado, pela Lei nº 7.465, promulgada no primeiro aniversário de sua morte, seu nome deve figurar em todas as galerias de presidentes do Brasil.

          Tancredo foi o último mineiro a ser eleito presidente do Brasil no século XX, tendo o próximo presidente brasileiro natural de Minas Gerais sido eleito somente em 2010 com a vitória de Dilma Rousseff.

           Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve três filhos. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Era chamado por seus próximos por "Doutor Tancredo". É avô de Aécio Neves, governador de Minas Gerais entre 2003 a 2010.

A doença e a morte

           Tancredo havia se submetido a uma agenda de campanha bastante extenuante, articulando apoios do Congresso Nacional e dos governadores estaduais e viajando ao exterior na qualidade de presidente eleito da República. Tancredo vinha sofrendo de fortes dores abdominais durante os dias que antecederam a posse. Aconselhado por médicos a procurar tratamento, teria dito: "Façam de mim o que quiserem - depois da posse".

         Tancredo temia que os militares da chamada "linha-dura" se recusassem a passar o poder ao vice-presidente. Tancredo decidiu só anunciar a doença no dia da posse, 15 de março, quando já estivessem em Brasília os chefes de estados esperados para a cerimônia de posse, com o que ficaria mais difícil uma ruptura política.

Getúlio Vargas
Getúlio Vargas

            A sua grande preocupação com a garantia da posse era respaldada pela frase que ouvira de Getúlio Vargas a esse respeito:

"No Brasil, não basta vencer a eleição, é preciso ganhar a posse!"

Amigo Leitor:

Se você quiser mais detalhes sobre a vida de Tancredo Neves, procura em: Wikipédia
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Getúlio Vargas