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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

LAMPIÃO A FERA DAS CAATINGAS - EXECUÇÕES, SAQUES E PILHAGENS

 Por No Rastro do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=Hu8y9Y4FKFY

Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, o rei do cangaço, ao longo das décadas de 1920 e 1930, espalhou o terror pelo Nordeste. Com seu bando, percorreu o sertão atacando vilas, matando inimigos, enquadrando fazendeiros e trocando tiros com a Polícia Volante.

A carreira do cangaceiro brasileiro mais célebre de todos os tempos chegou ao fim há 85 anos. Descoberto numa fazenda em Sergipe, Lampião foi morto pela polícia a tiros de metralhadora, ao lado de outros dez cangaceiros, incluindo Maria Bonita, sua companheira. Até o New York Times deu a notícia do histórico 28 de julho de 1938.

Temas relacionados:

Sertão Nordestino, Lampião e Maria Bonita, Grota do Angico, Contos do cangaço no sertão, Cangaço Lampiônico, Cangaceiros de Lampião, cabras de Lampião, História Nordestina, Literatura do Sertão Brasileiro, Crime de castração, história do eunuco, Lampião a raposa das caatingas, o governador do sertão, lampião mata inocente, crimes de Lampião, Lampião herói ou bandido, Volantes Policiais no cangaço, volante policial Nazarenos, Volante Zé Rufino, Volante Mané Neto, Padre Cícero, Rota do cangaço, cangaceiro Corisco, cangaceiro Moreno, Cangaceiro Zé Baiano, cangaceiro Gato, histórias e contos, filmes completos, canais de cangaço, A morte do cangaceiro Corisco.
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LIVRO

 

Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:

Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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PADRE CÍCERO VEM AÍ.

Por Itamar Nines

Mais um lançamento em parceria com a editora Da Rosa. Desta vez, se trata de duas em uma: infância e juventude do Padre Cicero e Lutas e Milagres!
Brevemente estaremos divulgando o link do Catarse. Aguardem!

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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𝐀 𝐅𝐀𝐊𝐄 𝐍𝐄𝐖𝐒 𝐂𝐀𝐍𝐆𝐀𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀

Acervo do Jaozin Jaaozinn

E quem disse que foi só cangaceiro os únicos ferradores daquele tempo??

Aqui temos um ferro com as siglas "AR", do então tenente Arlindo Rocha, grande perseguidor de cangaceiros, dentre eles Lampião e Sabino Gomes.

Segundo consta, Arlindo utilizou esse ferro para marcar a face do bandoleiro Antônio de Sionário, que atuava nas regiões do Ceará juntamente com seu irmão Manoel de Sionário.

Hoje, está abandonado pelo seu dono e pela história, somente tendo a ferrugem como companheira.

𝐕𝐞𝐣𝐚𝐦, meus amigos, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐞́ 𝐟𝐚́𝐜𝐢𝐥 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐮𝐦 𝐬𝐨́ 𝐨𝐛𝐣𝐞𝐭𝐨... se fosse jogado assim em algum grupo referente ao tema, muitos iriam 𝐚𝐜𝐫𝐞𝐝𝐢𝐭𝐚𝐫 𝐜𝐞𝐠𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐥𝐡𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐟𝐚𝐤𝐞 𝐧𝐞𝐰𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐜𝐚𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨.

E é isso que, infelizmente, vemos por aí em Comunidades do Facebook, como também em postagens do Instagram, e pior ainda em livros relacionados ao estudo. Busquem fontes confiáveis, livros que pesquisadores sérios recomendam, e, o principal, confirme e reconfirme a história com mais de uma fonte. Assim, estará "totalmente" seguro com o que compartilha.

Como sempre digo: 𝐜𝐮𝐢𝐝𝐚𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐛𝐞𝐛𝐢𝐝𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐭𝐞 𝐨𝐟𝐞𝐫𝐞𝐜𝐞𝐦; 𝐯𝐚𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐛𝐞𝐛𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐯𝐞𝐧𝐞𝐧𝐨 𝐞 𝐧𝐞𝐦 𝐬𝐚𝐢𝐛𝐚?

Sobre o ferro: pertencente ao meu avô baiano, Antenor Rodrigues do Nascimento, que não teve ligação alguma com o cangaço.

Atenciosamente: João Lucas F. Alves - Cangaço Brasileiro.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=541836692238461&set=gm.2645370869005174&idorvanity=179428208932798

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CAPITÃO EZEQUIEL DE MATOS

 Por Guilherme Velame Wenzinger

Capitão Ezequiel de Matos, irmão do lendário Coronel Horácio de Matos, e sua esposa, Arthemia Bastos de Matos. Ano 1930.

Fonte: Jagunços e Heróis, do autor Walfrido Dias.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

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ULISSES LIBERATO DE ALENCAR: OVELHA DESGARRADA DA “ELITE BRANCA” DO ALGODÃO

 Por José Romero de Araújo Cardoso

Apesar de ter se destacado entre os mais cultivados e astutos chefes de cangaço do início da segunda década do século XX, Ulisses Liberato de Alencar foi um proeminente membro da orgulhosa aristocracia rural que se formou no sertão nordestino com o apogeu da cotonicultura no século XIX e parte do século passado.

Ulisses nasceu em “berço de algodão” na fazenda “Estrelo” no ano de 1894, natural do município de Pombal, cuja localização geográfica está no alto sertão da Paraíba, situado a quase quatrocentos quilômetros da capital, na confluência dos rios Piranhas e Piancó.

Seu pai era o fazendeiro e almocreve Francisco Liberato de Alencar, descendente do mesmo ramo familiar do qual faz parte o romancista cearense José de Alencar. Do lado materno descendiam de judeus. A mãe de Francisco Liberato de Alencar, de nome Ana Maria da Conceição, dos Cardoso D’Arão, era filha de um descendente de cripto-judeu de nome João Ignácio Cardoso D’Arão, cujo pai fugiu do litoral paraibano para escapar das perseguições da inquisição que acusava a comunidade de prática judaizante, estando a mesma localizada, mais precisamente, na área adjacente a Gramame, em uma localidade conhecida por Engenho Velho.
Ouro branco, responsável por boa parte da aristocracia rural do nordeste

Após a fuga se homiziaram no cariri cearense e depois em uma localidade conhecida por Mari dos Seixas, município de Sousa, Estado da Paraíba, rumando depois para Pombal, onde se instalam definitivamente. Até 1914 o futuro líder bandoleiro era apenas mais um entre tantos sertanejos que labutavam nas adustas plagas tórridas da região do Piranhas-Piancó. O seu espírito belicoso e aguerrido só despontou com ênfase quando da seca de 15. Esta estiagem destruiu as economias amealhadas a custo pela outrora imponente família Liberato de Alencar, embora passado o rigor climático tenha havido o equilíbrio das finanças dos alencares.

Associado a essa desgraça cíclica veio a morte de Francisco Liberato de Alencar, fazendo com que Ulisses se aproximasse de famílias abastadas que personificavam a classe dominante da hinterlândia paraibana. Situavam-se degraus acima dos alencares na estamentação da sociedade sertaneja agro-pastoril. No complexo inter-relacionamento entre oligarquias havia laços de suserania e vassalagem conforme os favores e benesses concedidos. Os alencares já não dispunham de posses que rivalizassem com famílias historicamente detentoras do mandonismo local, como Queiroga e Fernandes. A submissão de Ulisses o levou aos caminhos da vida marginal.

Favores “exigidos” por “protetores” dos momentos de infortúnios comprometeram a família e o próprio Ulisses. Já não era o considerado filho do respeitado e rico fazendeiro do “Estrelo”. Transformou-se rapidamente em um bandido que roubava e matava a serviço da falta de escrúpulos e da ausência de valores. Selava assim o seu destino às leis do bacamarte e da lazarina.

O prestígio dos alencares, decaído em razão da inserção de um membro da orgulhosa aristocracia do algodão nas hostes do cangaço, amalgamado com os efeitos da seca inclemente, precisava ser reerguido. Ulisses foi enviado pela família a São Paulo a fim de se regenerar. Logo a solução se mostrou inviável, pois o bandido não demorou o bastante na região Sudeste. Retornou ao sertão e recomeçou toda uma série de estrepolias e escaramuças. Antigos “protetores” começaram a se mostrar preocupados com aquele “arquivo vivo” solto na caatinga. Não era em vão o temor que os caudilhos sertanejos demonstravam.
Município de Pombal, em destaque.

Dotado de um temperamento violento e impulsivo, Ulisses invadiu a fazenda “Bom Jesus”, em Pombal, surrando impiedosamente a sua proprietária de nome Antônia Maria da Conceição em razão que esta o estaria difamando, comentando seus crimes nas redondezas. Contemporâneos do bandido, no entanto, afirmavam que o mandante de tal atrocidade tinha sido famoso “Coronel” que marcou época no sertão, implicado diretamente nas desditas da ovelha desgarrada da “elite branca” do algodão.

As conseqüências desse ato se revelaram negativas a Ulisses e aos mandatários de baraço e cutelo, vindo à tona diversos crimes praticados pelo futuro cangaceiro. A partir disso ele se tornou mais perigoso, representando uma ameaça mais latente aos seus antigos “protetores”. O caminho a seguir era o cangaço, ombreando com salteadores famosos do nordeste semi-árido a sua triste sina.

Ulisses se tornou mais um cavaleiro nômade vestindo a couraça dos guerreiros sertanejos. Empunhou o rifle, amolou a faca que um dia seu pai abriu caminho na caatinga conduzindo tropas de burros, e formou seu bando com a matéria-prima inesgotável na região. Onde há miséria e perseguição não faltará quem viva à margem da sociedade alardeando a revolta aos quatro cantos.

Suas ações, rápidas e precisas, valeram-lhe fama e respeito de outros grupos bandoleiros. Em considerável parcela da região semi-árida de quatro Estados nordestinos seu nome granjeou notoriedade fabulosa. Boa parte da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Ceará e de Pernambuco registrou as ações espetaculares de Ulisses Liberato de Alencar.

A definição de um dos valhacoutos da fera sertaneja na localidade do Barro, Estado do Ceará, feudo inconteste do todo poderoso “Major” José Ignácio de Sousa, determinou a aproximação do cangaceiro com outro proeminente membro da oligarquia sertaneja, não menos afortunado que Ulisses. Atendia pelo nome de Sebastião Pereira e Silva, o célebre “Sinhô Pereira”. Junto com o primo Luiz Padre moviam luta sem quartel na secular guerra interfamiliar envolvendo sua família e a dos Carvalhos.

O “Major” José Ignácio era um dedicado coiteiro, considerado o maior de todos. Amigo dos alencares, principalmente de Argemiro, agente econômico na comercialização das famosas rapaduras dos engenhos do velho caudilho cearense no sertão da Paraíba. Já cangaceiro profissional, Ulisses resolveu se casar com uma sertaneja de nome Santina. Corria o ano de 1918. As perseguições ininterruptas passaram a atingir além do “Estrelo”, nas localidades onde residam os parentes de sua esposa. Torturas e sevícias eram os métodos mais utilizados pelas forças volantes a fim de obter informações sobre o paradeiro do bandido.

O cangaceiro só podia amar com satisfação o cheiro da caatinga molhada depois das chuvas que põem fim às secas, o xiquexique trespassado de espinhos e as colinas sertanejas, seus esconderijos mais usuais. Além disso, apenas a confiança em suas armas e a frieza dos seus punhais. O casamento era uma instituição social que não podia ser desfrutado plenamente pelos bandoleiros das caatingas.

No Barro Ulisses firmou sólida amizade com o vingador do sertão do Pajeú, passando de chefe de grupo independente a de subgrupo do bando de Sinhô Pereira. Neste ensejo estendeu sua luta a Pernambuco. No mesmo ano que se casou houve uma verdadeira devassa no território controlado pelo velho “Major” José Ignácio. Acossado por volantes cearenses, o famoso coiteiro deixou o nordeste em companhia de Luiz Padre, homiziando-se no Estado do Goiás, onde foi assassinado na localidade de São José do Duro (hoje Estado do Tocantins).

Em 1919, unindo forças com o grupo de Sinhô Pereira, destroçaram volantes aquarteladas na vila de São Francisco de Villa Bella (hoje Serra talhada, Estado de Pernambuco). Nas batalhas travadas Ulisses teve por companheiros todos os maiorais do banditismo rural que infestava o nordeste, destacando-se entre estes, além do comandante já citado, àquele que se tornou o “rei de todos os cangaceiros”: Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. O ataque à vila de São Francisco repercutiu negativamente, pois a perseguição recrudesceu de forma impressionante. Antigos aliados do “Major” José Ignácio que ainda lhe dava proteção no Estado do Ceará garantiam-lhe ainda relativa segurança.

Em Cantinho do Feijão (hoje Santa Helena, Estado da Paraíba), uma pequena localidade situada no alto oeste paraibano, fronteira com o Estado do Ceará, Ulisses firmou base estratégica, para tanto, contou com a proteção forçada de um parente relativamente abastado para a época, residente nesta localidade. Chamava-se Alfredo Cardoso D’Arão, homem muito respeitado no lugarejo fundado por Raimundo Luiz, pai do cordelista Raimundo Santa Helena. Mais tarde, no ano de 1927, o fundador, que na ocasião ocupava o cargo de subdelegado da localidade, foi morto num ataque fulminante do bando de Lampião, quando do deslocamento em direção ao Estado do Rio Grande do Norte, objetivando atacar Mossoró.

Usando a propriedade do parente como base avançada, Ulisses desferia ataques violentos às fazendas vizinhas, bem como às localizadas no Estado do Ceará, exigindo tributos dos desditados fazendeiros. Aqueles que o desafiasse enfrentaria sua vingança terrível. Ulisses não era de brincadeira, assim como seu bando sinistro.

O casamento de Argemiro Liberato de Alencar com Dona Maria Mafalda de Alencar aproximou Ulisses do Estado do Rio Grande do Norte. Nesse ensejo, estabeleceu seu ponto estratégico na fazenda Jordão. No dia 11 de setembro de 1922, o fim do apogeu da era Ulisses no sertão de quatro Estados foi selado definitivamente. Encontrava-se em missão de observação na localidade Alagoinha de Lavras da Mangabeira (Estado do Ceará) quando foi preso. Encontrava-se sem o bando. Para não chamar atenção havia preferido agir sozinho na missão que fora a última.
 Cadeia Velha de Pombal

Recambiado à cadeia da cidade do Crato (Estado do Ceará), foi minuciosamente inquirido. A transferência do bandoleiro, para a cidade de Pombal, foi requisitada a fim de que ele respondesse inúmeros inquéritos. No entanto, o real sentido da transferência era dar prosseguimento à “queima de arquivo” que havia sido planejada pelos poderosos caudilhos que o haviam envolvido na vida de crimes.

No mês de setembro do ano de 1923 foi sumariamente fuzilado. Junto com Ulisses morreram dois companheiros de escaramuças que também se encontravam presos. Com Chá Preto e Polvrinha fez a última viagem, sem retorno, pois quem comandava a escolta policial era um dileto soldado-jagunço a serviço de quem o queria morto. Era o fim da valente ovelha desgarrada que a opulência e a miséria do algodão geraram no sertão do Estado da Paraíba.

http://cariricangaco.blogspot.com/2010/05/ulisses-liberato-de-alencar-ovelha.html

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PRIMEIRO BANDO DE LAMPIÃO

Por Cangaçologia

A primeira formação do bando de Lampião, em sua maioria, era remanescente do grupo de Sinhô Pereira. Sentados, a partir da esquerda, vemos Antônio Ferreira, irmão do chefe, o chefe Lampião; o então chefe de subgrupo Antônio Rosa; Tiburtino Inácio de Souza, o Gavião, filho do Major José Inácio, do Barro - CE; e os veteranos Cajueiro e Balisa, conhecido por Zé Dedé. O famoso Meia Noite, com chapéu e punhão enormes, está colocado por trás de Antônio Ferreira, de pé. Essa foto foi tirada na fazenda Pedra, entre Triunfo - PE e Princesa Isabel - PB, por Genésio Gonçalves de Lima, no ano de 1922.

Do livro: LAMPIÃO E O SERTÃO DO PAJEÚ

De: Anildomá Willans de Souza

https://www.facebook.com/Cangacologia/posts/primeiro-bando-de-lampi%C3%A3oa-primeira-forma%C3%A7%C3%A3o-do-bando-de-lampi%C3%A3o-em-sua-maioria-/1757316381023893/

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FAZENDA DOIS RIACHOS

 Por Histórias do Brasil

Toda a beleza e riqueza de detalhes do casarão da Fazenda Dois Riachos, localizada entre os municípios de Catolé do Rocha e Belém do Brejo do Cruz.

Além de riqueza de detalhes e uma beleza preservada desde o ano de 1885, o cenário da Fazenda Dois Riachos foi palco de uma das maiores invasões de cangaceiros: o bando do cangaceiro pombalense Ulisses Liberato de Alencar e do famigerado Sinhô Pereira, um dos mentores do não menos afamado Virgulino Ferreira, o Lampião, invadiu a fazenda

Da Fazenda Dois Riachos foram subtraídos dois contos e oitocentos mil réis, além de 120 libras esterlinas. Valores integralmente entregues ao major Zé Inácio do Barro, que recompensou Ulisses com 200 mil réis pelo serviço.

Foto: @diegofrankley

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O AMIGO SÉRGIO SALEM DE MIRANDA FOI EM BUSCA DA CASA DO SENHOR.

Por José Mendes Pereira
Imagem do Relembrando Mossoró.

Vi agora mesmo, na página do escritor e historiador Lindomarcos Faustino, comunicando o falecimento do nosso amigo Sérgio Salem de Miranda, filho de José Genildo de Miranda e Ana Salem de Miranda, filho e pais, conheci muito. Lembro-me que quando eu cheguei à "Casa de Menores Mário Negócio", nos anos 60, Sérgio ainda era uma criancinha, e sempre acompanhada da sua generosa mãe dona Caboclinha, como nós da Instituição a chamava. 

..., Carlos Augusto Rosado da família numerada de Mossoró, José Genildo de Miranda ao centro da foto,... e Dr. Jerônimo Dix-huit Rosado Maia, ex-senador e ex-prefeito de Mossoró.

Seu pai José Genildo de Miranda (filho único da saudosa Maria Miranda), era radialista juntamente com Jacó Morais, Geraldo Mendes e outros tantos...,  sendo um dos sócios da Sociedade de Rádios, Editora Comercial e de cinemas de Mossoró, e diretor artístico, cujos órgãos eram: Rádio Difusora de Mossoró, Rádio Difusora de Areia Branca, Editora Comercial S/A., Cine Caiçara de Mossoró, Cine Jandaia de Mossoró e Cine Miramar de Areia Branca. Já a sua mãe era diretora da Casa de Menores Mário Negócio, lá foi o meu "Porto Seguro", consegui estudar e posteriormente concluir uma faculdade (Letras), pela FURRN, atualmente Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. 

Sérgio Miranda teve três irmãos, sendo eles: Genildinho, já falecido, Roberto Miranda, também já falecido e Celestina Salem de Miranda. 

Adeus, meu amigo Sérgio Salem de Miranda! Não sabemos por qual estrada você foi, mas para nós, o caminho será o mesmo que você seguiu!

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UMA TERRÍVEL VISITA AO PANTANAL MATO-GROSSENSE

 Por José Mendes Pereira

Em uma das muitas viagens que fizemos às terras encharcadas do Pantanal, localizadas na América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai, onde guardam a mais linda fauna e flora do planeta, fomos atacados por gigantes jacarés, que sem menos esperarmos, nós ficamos encurralados por mais de 10 devoradores de carne humana.

A equipe de visitantes ao Pantanal era formada pelos professores: Genivaldo Galdino - professor de português e literatura, foto 1, Laete Vidal - professor de história, foto 2, César Câmara professor de história - foto 3. Juciene Veríssimo - professora de geografia -  foto 4, Terezinha de Jesus - professora de ciências - foto 5 - e eu, um simples professor de português.

Professora Juciene Veríssimo. - ente finíssima.

Foi um dos acontecimentos mais tristes que passamos em toda nossa vida; quando caminhávamos pelos verdejantes e alagados solos Mato-grossenses, fomos surpreendidos por uma porção de jacarés, talvez faminto, uns já velhos e desnutridos, faltando-lhes alguns devoradores dentes; outros ainda muito jovens, e dois ou três estavam se preparando para a juventude.

As chances de sairmos de lá vivos eram restritas, talvez um ou dois por cento, se bem que tivéssemos oportunidades de sobrevivermos.

Nenhum de nós estava livre dos ataques daquelas fortes mandíbulas. Os jacarés nos vigiavam como se fôssemos o último almoço de todos os tempos. Cada passo que nós dávamos para frente ou para traz, os jacarés, um a um, nos acompanhava.

Genivaldo galdino da Silva. - rande professor de Português e Literatura.

O primeiro a estrear nos amolados e pontiagudos dentes de um jacaré foi o Genivaldo Galdino; com uma só fechada de mandíbulas, o velho jacaré o partiu ao meio, e nem precisou sair do lugar para capturá-lo. Nós que assistíamos de perto tamanha malvadeza, já esperávamos a nossa vez.

Laete e sua generosa esposa Zélia Marciel - grande professor de história.

Em seguida, foi a vez do Laete Vidal, que tentou correr por cima de alguns jacarés enfileirados, mas foi pego por um esfomeado, arremessando-o  ao longe, já caindo pronto para os jacarés o saborearem.

Outro
Ana Cleide e seu esposo Fernando César - Outra figura inteligente da educação.

Aos poucos os esfomeados foram fechando o cerco, e um jacaré dos mais jovens resolveu abocanhar um dos braços do César Câmara, e ao cair, quase foi devorado por um que provocou uma confusão danada com outro que queria devorá-lo.

Como todos nós ali estávamos condenados a passarmos pelas mandíbulas  de tantos jacarés, finalmente chegou a minha terrível vez. Quando um jacaré partiu para me devorar, eu desesperado gritei: “- Valha-me meu Deus e Jesus Cristo!” E com esse grito assustador, acordei. Eu estava sonhando.

Que felicidade! Os jacarés existiram apenas no meu sonho.

Minhas simples histórias.

Se não gostou, não diga a ninguém, deixa-me pegar um outro. 

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