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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Regulamento VII FESMUZA


VII FESMUZA – Festival de Músicas Gonzagueanas
Promoção: Grupo União São Francisco
Apoio: “Caldeirão Político”

REGULAMENTO
A Comissão Organizadora do VII FESMUZA LANÇA o Regulamento da promoção cultural para o ano de 2014.
Art. 1º - Data: 09 de Agosto.

Art. 2º - Local: Quadra “Antônio Alcindo”, no Parque Cultural “O Rei do Baião” – Comunidade São Francisco – São João do Rio do Peixe – PB.

Art. 3º - Inscrições:
O período será de 25 de maio a 25 de julho-2014.
Cada participante poderá inscrever somente uma música.
As músicas terão que ser exclusivamente do        cancioneiro de Luiz Gonzaga.
As inscrições poderão ser feitas através dos e-mails: chicocardoso.caldeirao@gmail.com chicocardosocz@yahoo.com.br, gonzagaodobrasil@gmail.com – Telefones: (83) 9615-7942 ou (83) 9379-1893, (83) 8740-4698 e pelo seguinte          endereço: Rua Dr. José Guimarães Braga, 70, Vila do Bispo – CEP: 58900-000 – Cajazeiras (PB).



Art. 4º - Premiação Financeira:
Serão premiadas três categorias:

INSTRUMENTAL
1º lugar - 3.000,00
2º lugar - 2.000,00
3º lugar - 1.000,00

INTÉRPRETE
1º lugar - 3.000,00
2º lugar - 2.000,00
3º lugar - 1.000,00

JUVENIL
1º lugar - 3.000,00
2º lugar - 2.000,00
3º lugar - 1.000,00
        
Art. 5º - Programação:
Serão realizados este ano os seguintes eventos:
- Missa do Vaqueiro – Às 16:00 horas.
- Lançamento do Hino Oficial do Parque.
- III CONPOZAGÃO.
- Encerrando com o VII FESMUZA.

Art. 6º - Troféu “José Marcolino”:
Serão entregues aos vencedores do FESMUZA o Troféu “COMPOSITOR JOSÉ MARCOLINO”.

Kydelmir Dantas
Consultor Artístico do VII FESMUZA
Juvenil Bezerra de Oliveira
Presidente do Parque Cultural “O Rei do Baião”
Maria de Fátima André Dantas
Presidente do Grupo União São Francisco
Francisco Alves Cardoso
Coordenador do “Caldeirão Político”
Luiz Dantas Fernandes
Diretor Financeiro do Evento

Atenciosamente,

Francisco Alves Cardoso (Chico Cardoso)
Programa Caldeirão Político, diariamente na Rádio Oeste da Paraíba, às 18:30 horas.
Telefones para contatos: 031 (83) 9615-7942 / 9379-1893
Site: www.caldeiraodochico.com.br
Emails: chicocardoso.caldeirao@gmail.com  chicocardosocz@yahoo.com.br grupouniaosaofrancisco@bol.com.br
Twitter: @portalcaldeirao

Enviado pelo poeta, escritor pesquisador do cangaço e gonzagueana Kydelmir Dantas

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Gabriel Barbosa no blog do Cariri Cangaço



"Tive a incumbência de relatar minhas impressões e sentimentos ao pisar pela primeira vez em Angico. Em outras oportunidades em que minha família fez a mesma viagem eu não estava junto e para mim era imperioso, desta vez acompanhá-los por essa viagem de "férias e de trabalho". O mais legal foi que tudo isso aconteceu após o primeiro Cariri Cangaço que foi em setembro do ano passado (2009). 

Desde pequeno que me acostumei com o interesse de meu pai pelo tema. Os livros e matérias de todas as naturezas se espalhavam pelos quatro cantos da casa, daí, eu já me sentia inteiramente familiarizado com cangaceiros, volantes, combates, enfim. 

Veio o primeiro Cariri Cangaço e eu com Sawanna recebemos a missão de fazer o Cerimonial. Que desafio! Não só o cerimonial em si, mas está ali, diante dos tantos que eu me acostumei a ver apenas nas capas dos livros." 

Gabriel Barbosa no blog do Cariri Cangaço 

VEJA TUDO EM:


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Dúvidas esclarecidas


Uma vez postei isso no Facebook e me disseram "Isso é tão óbvio, nem sei pra que postou". Bem... diversos pesquisadores ainda tem dúvidas em relação ao local exato onde colocaram as cabeças na cidade de Piranhas-AL. Pois bem, adeus dúvidas.



O professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio disse:

 Rubens Antonio

"- Pois, Robério. A meu juízo, Vc está correto. Primeiramente, as aparentes obviedades devem ser sublinhadas, pois, para muitos, não é tão óbvio assim. Segundo, o realce como aplicado reforça a sensação de "eco temporal", facilitando, com a introdução de uma concepção de resgate visual, a percepção do fato".



O pesquisador Voltaseca Volta disse:

Voltaseca Volta

"- Esses cabras são danado..!! num é que os dois, robério e rubens são professores, e, explicam tudo, bem direitinho..!! não entende quem não quiser....valeu..!!".

O pesquisador Jorge Remígio disse: 

Jorge Remígio

"- Robério Santos. Mais de uma foto foi registrada nas escadarias da igreja de Santana do Ipanema. Mas, realmente a que você postou no início do tópico é a mais famosa e imortalizada, clicada nas escadarias da Prefeitura de Piranhas. Não entendo como se possa cometer um erro tão grosseiro como esse, qual seja: identificar erroneamente uma foto tão representativa para a história do cangaço, por parte de pessoas competentes. E a revisão??????? Não teve??????. A única alteração contemporânea, foram na modificação das escadarias que eram frontal".

O professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio disse:

"- Jorge Remígio O erro é fruto de equívocos primeiros que vão se replicando. Por isto, muitas vezes, é bom até gritar o óbvio... para que ele não seja esquecido. Um outro.. nem diria remédio, mas elemento de prevenção... é a pesquisa de campo. Ou seja... Leu? Vá ao lugar. Localize o documento. Confira.... Mas a tal "cultura apud" se eleva... E, pior ainda, muitas vezes oculta, ou seja, com gente lendo e capturando posições sem as devidas referências".

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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PAULO AFONSO GANHA CASA DA CULTURA


Prefeito assina Ordem de Serviço para reforma do prédio da antiga Câmara dos Vereadores onde será a Casa da Cultura

Em solenidade realizada na Praça da Bíblia, em frente ao prédio da antiga Câmara de Vereadores de Paulo Afonso, o prefeito Anilton Bastos assinou a Ordem de Serviço da reforma deste prédio que abrigará a Casa da Cultura de Paulo Afonso, onde funcionarão o Arquivo Histórico Digital de Paulo Afonso, o Instituto Geográfico e Histórico e a Academia de Letras de Paulo Afonso.

Serão preservadas a fachada e a estrutura interna sofrerá pequenas reformas para dotar o ambiente de um pequeno auditório e museu, no salão principal, três pequenas salas para o acervo de documentos destas instituições que ali funcionarão, além de copa e banheiros.


A ordem de serviço foi também assinada por Clodoaldo Assis de Oliveira, representante da Construtora Cenio Ltda, ganhadora da tomada de preços 02/2014, contrato 0140/2014, firmado em 25 de abril de 2014. A obra, cuja conclusão está prevista para 120 dias será executada com recursos próprios e custará ao município R$ 165. 855, 09.

A ordem de serviço foi também assinada por escritores, membros da ALPA e do IGH, pelos vereadores presentes e outros representantes de instituições do município.


Foram oradores do evento, além do Professor Antônio Galdino que conduziu o cerimonial, os escritores Roberto Ricardo, presidente do IGH, Francisco Araújo, presidente da ALPA, Professor José Fernando, vice-presidente da ALPA e João de Sousa Lima, historiador, pesquisador e escritor em nome dos escritores presentes.

João de Sousa falou da sua alegria em ver o início desta obra “porque, Prefeito Anilton Bastos, tenho viajado muito por esse Brasil, fazendo palestras e em cidades pequeninas, com duas ou três ruas, sempre encontrei uma casinha simples, destinada à agregar os valores culturais, a Casa da Cultura daquele lugar. E Paulo Afonso vê agora realizado um sonho de todos nós, de muitos anos”.



Ao entregar a palavra ao Prefeito Anilton para a mensagem final do evento, o Professor Galdino, que defende há anos o projeto do resgate da história e da memória de Paulo Afonso e lançou recentemente o livro De Forquilha a Paulo Afonso – Histórias e Memórias de Pioneiros disse da sua alegria de ver realizado ali o que tanto buscou, assim como o professores Roberto Ricardo e José Fernando, junto ao Prefeito Anilton e que agora se concretiza. Repetindo o que falara o presidente da ALPA, Francisco Araújo, o professor Galdino reforçou que “seria a história que estará registrando para conhecimento destas e das próximas gerações, o seu gesto desta noite de 22 de Maio de 2014, assim como aquele que V.Exa. presidirá na inauguração deste patrimônio cultural, dentro de alguns meses”. Galdino sugeriu que a placa da fachada do prédio que registra o funcionamento ali, durante anos, da Escola de Artes Cezar Rios, “deverá ser colocada dentro do auditório, como o registro dessa atividade cultural desenvolvida nestas instalações.”

Também falaram os vereadores José Gomes de Araújo (Zezinho do INPS), Bero do Jardim Bahia e Antônio Alexandre, todos destacando “a importância da destinação que se dá a este prédio histórico onde tive a oportunidade de atuar como vereador e que agora será o endereço da cultura em Paulo Afonso”, como disse o vereador Antônio Alexandre.



O vice-prefeito Jugurta falou de conversa que teve com o ex-prefeito Edison Teixeira, “assim que cheguei a Paulo Afonso e abri a Loja O Ferrageiro. O ex-prefeito, já falecido, me dizia que Paulo Afonso não tinha futuro e que eu era um corajoso instalando uma grande loja na cidade. Eu disse a ele que acreditava no futuro de Paulo Afonso e hoje estou aqui comprovando que eu tinha razão. Esta é uma grande cidade que cresce em pequenas obras como esta e em grandes outros investimentos”.

Ao encerrar o evento, o Prefeito Anilton Bastos disse que “desde os primeiros tempos do meu primeiro mandato, tão logo foi inaugurada a nova Câmara de Vereadores, pensava o que fazer com este prédio que é histórico. Vieram muitas sugestões e muitas idéias. Recebi várias vezes pedidos dos professores Galdino, Roberto Ricardo, Fernando, para que destinasse esse prédio para abrigar os órgãos e instituições culturais que já existem em Paulo Afonso e que ali fosse, de fato, a casa da memória de Paulo Afonso. Demorou, amigos, mas ai está. Mesmo vivendo momentos de dificuldades financeiras, reservamos um pouco dos recursos próprios do município para que a nossa Paulo Afonso, meu caro João (de Sousa Lima), tenha a sua Casa da Cultura”.



Compareceram à solenidade o chefe do Gabinete Júnior Benzota, o Secretário de Cultura e Eventos, Jânio Soares e ainda Ana Clara, Secretária de Desenvolvimento Social, Leda Chaves, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Alexei Vinícius, Secretário de Saúde, Edmar, Secretário de Infraestrutura. Os vereadores Zezinho do INPS, Bero do Jardim Bahia, Antônio Alexandre e o ex-vereador Vavá Ferraz. Presentes também membros fundadores do IGH e da ALPA como os escritores Antônio Galdino, João de Sousa Lima, Roberto Ricardo, Sandro Gomes, José Fernando, Glória Lira, Jovelina Ramalho, Francisco Araújo e também os escritores Rubinho Lima, Gecildo Queiroz, Jotalunas.  Também estavam presentes Dolores Moreira (APDT), Edson Chucky.



Os órgãos beneficiados com a reforma do prédio já se articulam para preparar, junto com a prefeitura, a solenidade de abertura de suas portas com evento cultural marcante.

Matéria do Jornal Folha Sertaneja - Antonio Galdino

Extraído do blog do escritor e pesquisador do cangaço  João de Sousa Lima.


http://www.joaodesousalima.com/
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DOS RETRATOS NA MEMÓRIA

Por Rangel Alves da Costa*

Não pretendo contar um causo, abordar sobre conceitos e teorias nem tecer filosofias acerca da realidade do mundo e da vida. Quero apenas falar de minha história através da lembrança de meu povo, de minhas raízes sertanejas. Da porta de casa pra dentro e do batente pra fora, muito hei que recordar.  

Minha mãe era do lar, como se dizia por lá. Mesmo estudada, preferiu se dedicar a casa e à família. Cozinhava, bordava, sonhava, era feliz, ainda que tenha encontrado muitos espinhos na estrada. Deixou sete filhos e um bocado de netos. E também uma saudade danada.

Conheci Adília, aquela mesma cangaceira do bando de Lampião, esposa de Canário, que havia deixado a vida de luta sangrenta de coito em coito, de emboscada em emboscada, com uma marca de bala na perna que quase estraçalha tudo. Era humilde, simpática, sorridente com os amigos e em quem confiava. Apenas uma sertaneja com suas memórias esvoaçando nos varais do tempo.

Meu pai era autodidata, mas se fez doutor em tudo que colocou a mão. Foi líder político, prefeito por três gestões, compositor, escritor, radialista, cronista maior do sertão, do seu povo e sua história. Incansável pesquisador da saga cangaceira, deixou escritos que desvendam verdades e desnudam mentiras. Continuará sempre lembrado e festejado como o guardião maior da saga do povo sertanejo.
Conheci Sinhá Constância, ou simplesmente a Velha Constância, mulher de grandes posses nos tempos idos, mas cujo destino lhe reservara a solidão e o abandono. Vivia solitária numa choupana nos arredores da cidade, daí saindo nos dias de feira para clamar pela sobrevivência. Estendi-lhe a mão, e o coração. E nem conhecia bem o cenário de fundo de sua história, eis que mãe de um dos maiores homens nascidos em terras sertanejas: Zé de Julião, ou Cajazeira no bando de Lampião. Este mesmo que após sair com vida da chacina de Angico não conseguiu vencer as injustiças humanas, as covardias e as ingratidões. Sonhou ser prefeito de seu lugar, de seu Poço Redondo, e por isso foi perseguido e morto através das mãos injuriosas da política. E como queria tê-lo conhecido!


Meu avô paterno era homem de sangue no olho, de poucas palavras e muitas ações. Comerciante, fazendeiro, caçador, não sabia ler nem escrever. Mas ninguém fazia medição de terra melhor que ele. Também não errava no nome nem na conta de quem lhe devia. Um apaixonado pelo sertão, se comprazia em ouvir repentes e seguir como romeiro para os lados do Juazeiro do Padim Ciço. Era devoto sem querer deixar transparecer.

Conheci Abdias, Mané Cante, Tião de Sinhá, João Paulo, Humberto, Chico de Celina, os da família Vítor, e tantos outros sertanejos hábeis nas lides da vaqueirama, da montaria agalopada, do aboio, no trato da terra e do animal, nos afazeres daquele mundo de lua e de sol. Dialoguei histórias sem fim, proseei palavras matutas pelo prazer da sabedoria naquele povo. Bebi da mesma casca de pau, mordi o mesmo umbu e ainda trago comigo aió e embornal cheio de relatos e de saudades daqueles encontros inesquecíveis.

Meu avô materno era bodegueiro, amigueiro, honrado pela amizade que mantinha com Lampião. Figura proeminente na povoação poço-redondense, abria as portas de sua residência para repasto e repouso de muita gente afamada. Foi em sua casa, sob as bençãos milagrosas da panelada sertaneja de minha avó Marieta, que o Capitão do sertão dividiu a mesma mesa com o Padre Arthur Passos, no célebre episódio conhecido como o encontro do mosquetão e da cruz. Depois da gulodice do regabofe, o bando de Lampião foi assistir missa celebrada pelo vigário. Mas com a condição de todo o armamento pesado ficasse do lado de fora. Dizem que foi assim. E foi mesmo.

Conheci Mané Félix, aquele mesmo reconhecido como um dos coiteiros mais confiados pelo Capitão Lampião. Dizem que o líder cangaceiro lhe confiava os passos e os segredos sem temer fraqueza ou traição. Era homem simples, de elevada estatura, mas lentamente caminhando pelas marcas do tempo e tendo sempre na cabeça seu chapéu de couro cru. De vez em quando batia na porta de casa e perguntava por Alcino, meu pai. E lá de dentro sempre ouvia que se sentisse à vontade que dali a pouco tinham muito que conversar. Não demorava muito e os dois já percorriam nas palavras os caminhos sertanejos, as veredas de um tempo de vinditas e padecimentos.

Conheci tantos e tantos e muito mais. Conheci os meus e conheci muita gente cujo sangue sertanejo nos tornava uma só família, uma só raiz. E guardo as feições e as palavras como retratos persistentes na minha memória e no meu olhar ao passado. Por isso sou de hoje e de ontem. E em mim nada é esquecido se faz parte do meu mundo e da minha história.

Poeta e cronista
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