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segunda-feira, 20 de maio de 2013

MARCAS DO CANGAÇO


O cangaço deixou marcas não apenas na história, cultura e costumes brasileiros. Muitos saíram dos confrontos com cicatrizes profundas, prejuízos irreparáveis e lembranças que vivem até hoje.

Esta acima é a Sérgia Ribeiro a cangaceira Dadá, esposa do perigoso  e sanguinário cangaceiro, um dos mais valentes que o rei Lampião o ordenava como chefe de bando. 

O cangaceiro Corisco

Dadá havia perdido a perna esquerda quando Corisco e ela foram pegos pelo tenente Zé Rufino, no dia 25 de Maio de 1940. Na foto o leitor ver ela presenciando a exumação da ossada do marido. Dadá faleceu no ano de 1994, na Bahia.

Extraído do facebook, página do pesquisador Guilherme Machado.

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Entre Canetas e Bacamartes

Por: Cristina Couto
Fideralina Augusto Lima e a Abertura do IV Seminário Cariri Cangaço - Entre Canetas e Bacamartes.

Lavras da Mangabeira viveu seu apogeu politico nas primeiras décadas do século XX. O poderio do Bacamarte de um coronel, nada convencional para aqueles tempos deu a nossa cidade o título de Princesa do Salgado, mostrando a força e determinação do substantivo feminino.

Nas terras fecundas do Salgado imperou a vontade de uma mulher, Dona Fideralina Augusto Lima, que sendo proprietária de inúmeras terras, muito gado, muitos negros e muitos cabras foi uma das maiores expressões políticas do Estado do Ceará em todos os tempos, tornou-se símbolo de mulher destemida, audaz e guerreira e tem seu nome, hoje, citado no coronelismo, sendo reconhecida e respeitada como tal.

O efervescente conflito entre o rosário dos beatos, a ponta do punhal dos cangaceiros e o bacamarte dos coronéis, mostraram ao Ceará o grande domínio que o Cariri Cearense detinha nesta Região. Os símbolos, os mitos e as crenças determinaram os mandatários locais e a troca de favores em nome do poderio político. 

Cristina Couto recebe de Manoel Severo o Título Cariri Cangaço

Quando o rosário se quebrou, o punhal entortou e o bacamarte caiu, Lavras da Mangabeira não perdeu seu poderio, reconhecida como celeiro de intelectuais seus filhos ilustres assumiram o poder através da caneta, sendo destaque na literatura e nas artes. 

Por essas razões, Lavras da Mangabeira tem a honra de abrir a temporada do IV Seminário Cariri Cangaço em suas terras. Para a cultura lavrense é um verdadeiro resgate histórico daqueles que tanto fizeram pelo nosso município, e durante décadas foram completamente esquecidos e até injustiçados. O tempo passa mais a história registra. A partir desse momento vamos conhecer e reviver o nosso passado de conflitos e de glória.

Cristina Couto
Secretária de Cultura de Lavras da Mangabeira
da família Cariri Cangaço

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Monsenhor Américo - Parte I - 12 de Maio de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Américo Vespúcio Simonetti nasceu em Assu/RN em 21 de dezembro de 1929, sendo filho do casal Alfredo Simonetti e Maria Augusta de Sá Leitão Simonetti. Foi o quarto filho de um total de sete irmãos: Maria Amália Simonetti (Ir. Angelina), José Nazareno Simonetti, Maria Anita Simonetti, Joaquim Alfredo Simonetti (Padre Alfredo), João Batista Simonetti, Maria da Salete Simonetti Gomes e um filho adotivo: João Batista. O pai morreu quando Américo tinha apenas 10 anos.


“Eu sou de uma família católica, cresci com o hábito de ir à igreja. Recebi influências tanto da minha mãe como do meu pai. Não houve exigência por parte deles, eu sozinho quis seguir o sacerdócio. Aos poucos, ainda em Assú, fui despertando essa vontade, esse desejo. Foi ai que resolvi ingressar no seminário. A formação católica que recebi tem muito sentido para mim”, declarou Monsenhor Américo numa entrevista que concedeu ao jornal “Gazeta do Oeste” em novembro de 2002.
               
Iniciou seus estudos em Assú. Com dez anos e dois meses de idade, encontrava-se no Seminário de Santa Terezinha de Mossoró, entre os novatos de 1940. Os estudos superiores foram feitos em São Leopoldo/RS, de 1950 a 1952, Filosofia e Teologia entre 1953 a 1956, também em São Leopoldo. Em 1969 fez especialização em Didática do Ensino Superior na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como forma de aperfeiçoar em sua formação. As ordens sacras foram dadas nas seguintes datas: subdiaconato em 01 de janeiro de 1956 em São Joaquim/SC, por Dom Daniel Hostin. Presbiterato a 02 de dezembro de 1956, em Assú, por Dom Eliseu Mendes. Sua primeira missa foi realizada na Matriz de São João Batista, em Assú, no dia 08 de dezembro de 1956. 

Foi nomeado vigário cooperador do Monsenhor Júlio Alves Bezerra, na mesma paróquia. Em 1962 foi chamado pelo então bispo de Mossoró Dom Gentil Diniz Barreto, sendo nomeado vigário da paróquia do Coração de Jesus, onde permaneceu de 1962 a 1964. Assumiu a coordenação da Ação Pastoral na Diocese a partir de 1962, a superintendência da Rádio Rural de Mossoró a partir de 1963 e foi indicado como vigário geral da Diocese a partir de 1969.
              
Foi professor de psicologia do Curso Normal Regional em Assú, de 1960 a 1961. Professor de Economia Política da Escola Técnica de Comércio, na Escola Nossa Senhora das Vitórias, em Assú, em 1961. Professor de Latim, no Ginásio Pedro Amorim, também em Assú, em 1961. Professor de Literatura Latina, no Instituto de Letras e Artes da Universidade Regional do Rio Grande do Norte, hoje Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.
               
Foi Reitor durante vários anos do Santuário Coração de Jesus, Diretor do Lar Sacerdotal, Diretor do Departamento Diocesano de Ação Social e da Cáritas Diocesana, Diretor do Curso Superior de Iniciação Teológica, Diretor do Centro Pastoral de Ciências Religiosas e Animador da Ação Católica no setor da Juventude Agrária Católica – JAC, quando ainda se encontrava em sua cidade Assú.
               
Uma de suas mais importantes obras foi a criação da Rádio Rural de Mossoró, com o apoio do bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto, em 1963. Para isso mobilizou, durante muito tempo, a cidade e a região de Mossoró, com promoções como: A Feira da Providência, o Festival dos Municípios e o Concurso A Mais Bela Voz.
               
Padre Américo Simonetti recebeu o título honorífico de “Monsenhor” do bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto e, no ano de 1980 foi nomeado pároco da Catedral de Santa Luzia, substituindo o Monsenhor Huberto Bruening .
               
Como pároco, resgatou os festejos da padroeira Santa Luzia e ajudou a transformá-la num dos eventos religiosos mais importantes do Estado do Rio Grande do Norte. Criou um tema para cada ano da festa e foi o incentivador principal da peça do Oratório de Santa Luzia. Sempre promoveu o bem e ajudou a todos que lhe procuravam. Era uma pessoa generosa e responsável por inúmeros trabalhos realizados na Diocese de Mossoró. Foi dele, por exemplo, a famosa frase que acompanha a procissão de Santa Luzia: “Mossoró com alegria, saúda Santa Luzia”.
               
Seu lema era: “Não desanimar nunca, embora venham muitos ventos contrários”.
              
Continua na próxima semana

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É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

Fideralina Augusto Lima a personagem principal em Lavras.

Por  Dimas Macedo
Dimas Macedo conferencista da tarde em Lavras

O Ponto alto da Abertura do Cariri Cangaço 2013 em sua Avant Premier em Lavras, foi a Conferência do escritor , poeta e membro da Academia Cearense de Letras; filho ilustre de Lavras da Mangabeira; o intelectual Dimas Macedo, sobre a trajetória de vida de Fideralina Augsto Lima, ou simplesmente Dona Fideralina. 

Com uma Mesa onde tínhamos além de Dimas Macedo, o escritor e pesquisador, secretário de cultura de Barro, Sousa Neto, a historiadora e pesquisadora Juliana Ischiara e o pesquisador, escritor e secretário de cultura de Aurora, José Cícero, tivemos a oportunidade de aprofundar neste universo fantástico das raízes de nosso sertão, através da marcante história de vida de uma das personagens mais emblemáticas do Ceará, do final do século XIX e inicio do século XX, que a partir de Lavras levava sua influência para todos os rincões alencarinos.

Dimas Macedo em Conferência ímpar no Cariri Cangaço 2013
Sousa Neto, Juliana Ischiara e José Cícero

Com uma Conferência pontuada por informações preciosas sobre a trajetória de dona Fideralina e a tradicional família Augusto ao longo do tempo, Dimas Macedo nos brindou com um capítulo especial da vida desta Matriarca Lavrense, numa autêntica aula de história, conhecimento e reflexões.

Fatos curiosos, polêmicos e que foram fundamentais pra entendermos boa parte da história de nosso Ceará do inicio do século pasado tiveram em Lavras eum cenário habitual e importante tendo como pano de fundo a presente forte e definitiva de Fideralina Augusto Lima. Para a historiadora Juliana Ischiara, "foi uma tarde noite memorável quando o Cariri Cangaço reverencia de forte solene a memória não sói de Fidera, mas de todo clã dos Augusto". Já o pesquisador José Cícero confirmou " Mulheres como Fideralina e Marica Macedo estavam a frente de seu tempo, e o Cariri Cangaço hoje contribui fortemente para o resgate da história de nosso Ceará." Sousa Neto não deixou de ressaltar a "grande mobilização de toda a cidade de Lavras em torno do Cariri Cangaço: Um evento inesquecível".

Ao final ficou a certeza de muitos outros capítulos em Lavras da Mangabeira no 
Cariri Cangaço 2014.

Tudo sobre a Avant Premier do Cariri Cangaço em Lavras da Mangabeira, voce encontra a partir de hoje aqui no cariricangaco.com

http://cariricangaco.blogspot.com

Convite Missa de 1º Aniversário de Anatália Cristina Queiroga Pereira


Enviado por Jeferson Queiroga
Natal-RN

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Região Nordeste - O Cariri e o Cangaço

Por: Fádina Lacerda
Fádina Lacerda, professor Major e Cristina Couto na Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira

Caros visitantes, tenho feito relatos de minhas viagens à Europa, embora também postado algumas vezes sobre o meu Brasil. Então, quero neste relato, apresentar um evento que está crescendo aqui entre nós, visto que se trata de um propósito, que é preservar e tornar amplamente conhecida a tradição e a cultura nordestina, com os fatos históricos que contribuíram para a sua formação. Neste final de semana, viajei com o o Grupo Cangaceiros Cariri, do Cariri Cangaço, para o evento que marcou o início do Seminário sobre Lampião - O Rei do Cangaço - com o seu bando, nas cidades por onde ele andou, em décadas passadas.

A região Nordeste, é de uma riqueza imensa, muito embora padeça com as intempéries do clima seco e árido, as chuvas escassas e toda a espécie de problemas e suas tragédias causadas por este fenômeno que modifica ocasionalmente a paisagem, exibindo a caatinga  sob traços dramáticos, porém, revestida de enorme riqueza ambiental.


O Boqueirão de Lavras, um lugar paradisíaco que enriquece a região com sua beleza ímpar, e o Salgado, rio mitológico do Cariri. Os habitantes e toda a equipe municipal que organizou e preparou a cidade. para a realização desse  importante evento, de fundamentação histórica não apenas para o povo nordestino, mas também, para todos os brasileiros, contribuindo com a preservação de nossas tradições populares.

A programação conta com  edições em outras cidades, e  ocorrerá em sistema de Seminários com palestras, conferências, apresentações artísticas e visitas destacadas pelo bando de Cangaceiros do Bem, que no seu objetivo maior é manter e preservação a nossa cultura, além de apresentá-la ao mundo, com toda a riqueza que ela concentra e que esteve de certa forma, escondida dos olhares e apagada das nossas memórias. 

Até o próximo!

Fádina Lacerda
Fonte:http://oasisdefadna.blogspot.com.br

http://carircangaco.blogspot.com

Teje intimado a comparecer

O CEEC - Centro de Estudos Euclydes da Cunha apresenta:

Lançamento do Filme: Feminino Cangaço
Direção: Lucas Viana e Manoel Neto
Local: Sala Walter da Silveira - Barris - Salvador/BA
Data: 06 de junho as 19H:30.

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/

Como agiam as volantes

Por: Airton Maciel(*)
A partir da esquerda: Ildefonso Flor, Maneol Gomes de Lira, João Jurubeba de Sá Nogueira ( João Gato), João Gomes Jurubeba e Manoel Gomes de Sá.

Irmãos, primos, famílias inteiras se incorporaram às volantes na caçada a Lampião e seu bando. A violência das volantes pelos sertões é uma mancha registrada pela literatura sobre o cangaço.

João Gomes de Lira

O tenente reformado e ex-integrante de volante, João Gomes de Lira, 82 anos (já falecido - centenário 100 anos próximo mês), autor do livro Memórias de um Soldado de Volante, reconhece ações arbitrárias nas perseguições a Lampião, mas restritas aos "coiteiros". "Nunca soube de morte deles pelas volantes" afirma João Gomes.

Recolhido à pequena Nazaré, vila do município de Floresta, a 470 km do Recife, palco e cenário das primeiras desordens de Lampião, o tenente João Gomes conta o começo da história. Em entrevista exclusiva, por telefone, ao Suplemento Cultural.

Suplemento Cultural - Em Lampião - Memórias de um Soldado de Volante, o senhor conta a origem dos Ferreira e os primeiros atritos da família de Lampião coim os Nogueira, clã do qual o senhor faz parte. Como se deu o seu ingresso na volante?

João Gomes de Lira - Estava em Nazaré, em agosto de 1931, e Lampião assolava, miseravelmente, o Estado da Bahia. O governador baiano pediu socorro ao governador de Pernambuco, Carlos de Lima Cavalcanti, que designou o tenente Manoel Neto para formar uma volante.

Manoel Neto

Ele levou mais de vinte meninos de 16 anos a 19 anos, e alistou em Vila Bela, hoje Serra Talhada. Eu tinha 18 anos. Lá, estava o comandante das forças volantes do interior, coronel João Emerson Benjamin, que ficou surpreso com o recrutamento. Ele disse que a força era de meninos e que o Governo não tinha vaca leiteira para dar leite a todos esses pirralhas.

Suplemento Cultural - Como o tenente conseguiu convencer o comandante a aceitar a volante arregimentada em Nazaré, diante da surpresa que quase representa a desmoralização da Força?

João Gomes de Lira - O tenente Manoel Neto não aceitou o argumento e insistiu na continuação da volante. Manoel Neto disse que, quando se encontrasse com Lampião, o Sertão, o Brasil e o Mundo iam saber quem era Manoel Neto e seus meninos. Lampião dizia que a tropa de Manoel Neto era de "cachorrinhos novos que tinha pego em Pernambuco". 12 dias depois do alistamento a gente foi para a Bahia. Lampião andava com 60 a 70 cangaceiros e a nossa volante tinha 45 praças. Em Setembro, no dia 6, Lampião atacou em Santo Antonio da Glória, sertão da Bahia. A volante de Manoel Neto conseguiu alcançá-lo na caatinga. Houve muito tiroteio e feridos, mas ele e o grupo conseguiram fugir. Foi o único confronto qie tivemos.

Suplemento Cultural - As volantes que combatiam o cangaço tinham fama de violência. Há acusações de saques, truculências e atrocidades. As volantes agiam mesmo fora da lei?

João Gomes de Lira - A quantidade de coiteiros não tinha quem contasse. Acoitavam Lampião, informavam ele das volantes. Se a gente perguntava por Lampião, eles diziam que não tinham visto, não sabiam onde estava. Tinham que levar uma surra pra falar, mas nunca vi nenhum coiteiro ser morto.

Suplemento Cultural - Como as volantes conseguiam munições e alimentação para manter a perseguição?

João Gomes de Lira - A munição a gente recebia em Vila Bela, e a comida era mais difícil. A tropa comia muito coroa de frade (planta da caatinga), e carne assada com rapadura e farinha quando tinha. O tenente tinha dinheiro para despesas e a gente comprava nas casas.

Lampião

Suplemento Cultural - Como começaram as desavenças e atritos com os Ferreira, família de Lampião, em Nazaré?

João Gomes de Lira - A minha família era inimiga dos Ferreira. A primeira vez que ele brigou aqui foi em 1919. Na época, havia as famílias Pereira e Carvalho. Sidário Carvalho e seu grupo eram inimigos do cangaceiro Sebastião Pereira.

Sebastião Pereira - o cangaceiro Sinhô Pereira

Um dia se encontraram na vila, discutiram e trocaram ameaças. Meu pai (Antonio Gomes Jurubeba) ficou do lado de Sidário e Lampião o desacatou e a Sidário. Até então, Lampião andava armado, mas ainda não era cangaceiro. Virgulino, Levino e Antonio ferreira tinham frequentes discussões com os  Saturnino e os Nogueira (formada pelas ramificações Jurubeba, Souza Ferraz e Souza Nogueira, e mudaram-se de Vila Bela para Nazaré em 1919. Depois da briga na vila, Virgulino mudou-se para Alagoas, e só retornou em 1922, quando Sebastião Pereira foi para Goiás e Lampião assumiu o seu grupo. Em 1º de agosto de 1923, uma prima de Lampião ia se casar na igreja de Nazaré. Lampião veio pra cá com 15 cangaceiros, mas no caminho cortou a linha do telégrafo e fez 15 chicotes.  Chegaram na vila dizendo que era para dar 15 surras. Meu pai se retirou com a família para o sítio para não haver morte, mas antes chegou a discutir com Virgulino. Foi assim que nasceu a inimizade. Aqui era tudo parente, por isso todo mundo se integrou à volante tempos depois, para perseguir Lampião.

(*) Jornalista. Repórter do Diário de Pernambuco.

Fonte:
Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

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Vozes da Seca

Por: Aderbal Nogueira
Paulo Gastão e Aderbal Nogueira

Gravei a uns 6 messes a inauguração de uma grande indústria de roupas aqui no Ceara. A pouco tempo estive lá novamente e na entrada tem cartazes gigantes dizendo: "PRECISA-SE DE COSTUREIRAS", sabe de quantas vagas? 2000 duas mil. 

Dois galpões fechados, simplesmente por que as mulheres não querem perder esse tal de bolsa esmola. Auxilio sim, para doentes velhos e em calamidades. Para quem é são, o velho rei do baião já disse o que acontece. 


http://www.youtube.com/watch?v=bcHziEM2xgs

Extraído do facebook da página do cineasta e pesquisador do cangaço: Aderbal Nogueira

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