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quinta-feira, 23 de junho de 2016

INGLATERRA, PONTO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 24 de junho de 2016 - Crônica Nº 1.538

A natureza humana é difícil de entender, as nações mais ainda, imagine o céu. Todos conhecem a história do pai que aconselhou aos filhos antes de morrer. As varinhas juntas, tão resistentes; varinha só, vulnerável e indefesa. Em quantos anos a Europa costurou sua união! Quando as coisas estão consolidadas, o inconformismo reinante no mundo bate à porta do Reino Unido. Ah, o planeta é repleto de ideias “brilhantes”. E se o homem associado não suporta a ideia alheia, não tem compreensão para a tolerância, como irá obtê-la sozinho?

LONDRES. Foto (gazetadopovo.com).

Nenhuma nação isolada é coisa alguma, seja pequena ou grande. Mas a saída do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) da União Europeia, não irá afetar somente os separatistas. As consequências, caso se consolide a separação, respingará por aí, provocando muitas dores de cabeça.

Estamos vivendo uma transformação completa na Terra com problemas gigantescos que fazem lembrar os preâmbulos da Primeira e Segundo Grandes Guerras. A crise econômica, o terrorismo moderno, a fobia a estrangeiros, os dramas dos refugiados e as dezenas de conflitos sérios e regionais, vão corroendo os pilares da civilização. Portanto, o momento não nos parece de discórdia. Não é deixando a União Europeia que o Reino Unido vai respirar em paz e nem “lavar as mãos como Pilatos”.

O momento é perigoso com o esfacelamento da cadeia. Será que a possível saída da Inglaterra provocará o “efeito cascata”? Quando se pensa que os problemas dos países sub são enormes, gigantes são os males dos desenvolvidos. Até porque a humanidade inteira sempre pagou pelos acertos e erros dos titãs. Desenhar quadro sombrio não é correto, entretanto, o tempo (se ainda houver tempo) dirá sobre as cabeçadas das nações. Não só das cabeçadas, mas da tapona, do rabo de arraia e dos murros cegos.

Diz o ditado que só o usuário “sabe onde o sapato aperta”. É verdade, mas os “bicudos” que saem do sapato não atingem o dono, mas sim quem está por perto.

Por via das dúvidas, “olho no peixe, olho no gato”.

       Você já sabe para quem sobra a conta.


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DOR DE SAUDADE

*Rangel Alves da Costa


Sim, a saudade dói. E não somente dói como atormenta, angustia, aflige, tortura, fere, desanda tudo por dentro e por fora, principalmente no olhar de revoltoso mar.

Sim, como dói a saudade. A pessoa pensa estar feliz, sorridente, cheia de levezas no corpo e na alma, e de repente a calmaria se transformando em voraz tempestade.

Sim, quanto dolorosa é a saudade. O barco da paz desanda e as ondas bravias querem afundar esperança e vida. No norte das águas profundas, ao mais profundo que houver.

Sim, dor de saudade dói demais. O corpo esmorece, afogueia febril, parece tomado de espinhos. A face se retorce de dor e o olho aperta, retrai-se para depois despejar sofrimento.

Sim, o doer da saudade é como açoite sem chicote, punhalada sem corte, tortura sem tronco. Ainda assim escraviza de tal forma que o ser se ajoelha implorando clemência.

Sim, como dói a saudade. Como faz falta a presença, a visão, o compartilhamento, o toque, o afago, o carinho, o sentir a proximidade como a beleza mais duradoura que existe.

Sim, quando a saudade dói, tudo dói. Não há remédio para o que não é doença, e sim um mistério do ser, da alma, do coração: a distância ou a ausência, o querer sem ter.

Sim, dor de saudade não se cura com chá, porção, comprimido, injeção ou repouso, somente com a presença. Mas como nem sempre é possível, então tudo dilacera por dentro.

Sim, a saudade talvez não mate como uma doença comum, mas definha e faz sucumbir. Entristece a alma, esvazia o olhar, aflige o coração, e tudo vai se esvaindo.

Há uma saudade chamada banzo que bem sintetiza suas trágicas consequências. Nos navios negreiros, de repente o escravizado ia se afundando em melancolia: saudade da terra.

Quanto mais distante da terra, quando mais a saudade apertava, mais ele iniciava um silencioso martírio. Chorava em silêncio, sofria em silêncio, não comia, não bebia. Morria.


Sim, o negro escravizado morria de saudade. Nem precisava do ferro, do tronco, do fogo, do grilhão, bastando que na viagem sentisse que nunca mais retornaria ao seu rincão.

Viúvas também morrem de saudade. A dor da perda é tamanha que muitas não conseguem assimilar a morte como algo inevitável na vida do ser humano. Nega-se a aceitar.

Não bastassem as tristezas, as dores, os sofrimentos, as lágrimas, também o luto perpétuo. Vestem-se de preto não como simbologia da perda, mas porque também morreram.

Sim, para muitas, nada mais existe que lhes dê alegria, traga contentamento ou felicidade. Nada mais faz sentido, nada mais interessa, senão sofrer e sofrer, e assim definhar.

Em muitas, o luto é, assim, a própria morte ainda em vida. A saudade é tanta que uma prece não adianta, uma vela acesa não faz efeito, uma missa nada significa. Quer a presença.

Como é impossível fazer renascer aos mesmos braços quem da terra partiu, então procuram encurtar, através da dor e do sofrimento, o encontro imaginado para acontecer.

Outro dia, eu avistei um título muito interessante numa crônica: “Ter saudade é usar o vestido que a mãe vestia no dia que morreu”. E também sentar na mesma cadeira de balanço.

Mas creio que a saudade, ou a verdadeira saudade, nada tem a ver com aqueles voos de pensamento quando o enamorado está distante daquela que diz ser seu eterno amor.

E assim por que a saudade possui raiz tão profunda, está encravada em motivos tão fortes, que será preciso uma parte ser arrancada da outra para que necessite ser reencontrada.

A verdadeira saudade nasce de uma perda irreparável. Uma morte, um vazio preenchido na dor. Nasce daquilo que faz falta ao que o coração enraizou e aprendeu a amar.

Também justa é a saudade daquilo que o tempo foi transformando em necessária presença. Sente-se saudade de um amigo distante, até de uma pedra que foi levada do lugar.

Mas vontade de presença, de ver, de sentir, é diferente de saudade. A presença acaba suprindo a espera. Mas a verdadeira saudade já é sentida antes mesmo de uma partida.

E quanto parte tudo dilacera, dói, faz sofrer. E quando eterno o adeus, então a saudade pode mesmo se transformar em mão que se estende pedindo para ser levado também.

Escritor
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MARCOS DE LIMA O EX-CANGACEIRO PASSARINHO


Marcos de Lima (Passarinho) nasceu em Santa Cruz, antes distrito de Triunfo-PE, em 22 de setembro de 1903. Começou cedo no cangaço com idade de 16 anos em 1919, ainda no comando do cangaceiro Sinhô Pereira (Lampião ainda não havia formado o seu bando).

Passarinho viveu 3 anos e 7 meses no cangaço, entra num grupo de Lampião comandado por Cícero Costa, ou Ciço Costa, (um Paraibano) que agia na região de Conceição de Piancó PB. Eles e Ciço Costa participaram do bando de Lampião em várias ocasiões. Esse seu chefe imediato era um grande conhecedor de farmácia natural, o médico do bando.


Passarinho conviveu diretamente com Lampião, e teve vários encontros com o rei do cangaço, inclusive participando de alguns ataques, como na propriedade de José Trajano, localizada no município de Conceição PB, com o seu chefe tomando-lhe rifle e dinheiro em 06 de Julho de 1921, até quando foi preso em 24 de dezembro de 1923. 


Passarinho ao ser surpreendido, estava acompanhado também do cangaceiro JURITI. Foi recolhido à cadeia de *Princesa e sendo condenado pelo júri local a 29 anos e 9 meses de prisão. Vem pra Campina Grande, depois Pocinhos, conhece sua futura esposa dona Petronilha, mais conhecida por dona Pitu.

Casa-se em Campina Grande e vem morar em Areial, pois dona Pitu tinha familiares residindo aqui. Não teve filhos, mas criou um filho adotivo (Arinaldo) do qual ganhou três netos (uma mulher e dois homens).

Em Areial, viveu por mais de sessenta anos. Faleceu no dia 15 de agosto de l998, aos 95 anos, e seus restos mortais estão no cemitério local.

Sua esposa dona Petronilha Maria de Araújo, nasceu no dia 23 de setembro de 1917 e faleceu em 19 de Agosto de 2004 em Areial, aos 86 anos e onze meses, e seu sepultamento também foi no cemitério local.

(Arinaldo citado acima encontra-se vivo e reside aqui em Areial)

Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=261841327505924&set=pcb.1249266318419817&type=3&theater

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HISTORIADOR FRANCISCO PEREIRA LIMA – UM DOS MAIORES CONHECEDORES DA HISTÓRIA DO CANGAÇO

Por Redação

O professor e historiador cajazeirense Francisco Pereira Lima, professor de História na Escola Estadual Professor Manoel Mangueira, tem dedicado sua vida ao estudo e pesquisa sobre o cangaço.

Inicialmente,ele aborda os 90 anos de cangaço no Nordeste brasileiro. Afirmando que o primeiro a comandar um grupo de cangaço foi Jesuíno Brilhante nas Regiões do Rio Grande do Norte e Paraíba.Entre as cidades de Patu, Catolé do Rocha e Pombal por volta de 1870. Afirmam alguns historiadores que antes de Jesuíno já existia alguns grupos menores.

O foco da entrevista foram os vinte últimos anos, culminando com o aparecimento daquele que é considerado o “Rei do Cangaço”, Virgulino Ferreira “o Lampião”. Professor Francisco Pereira faz uma abordagem sobre a entrada de Lampião no Cangaço, afirmando que tudo começou com uma revolta dele e de dois irmãos contra a família Saturnino que dominava a política da região de Serra Talhada, família essa que oprimia a população e mandava matar os opositores. Lampião e seus irmãos entraram no cangaço, mesmo contra vontade do pai.

Perguntado sobre a relação de lampião com Cajazeiras, professor Pereira afirma que Lampião mesmo não entrou em Cajazeiras, ficando na zona rural, principalmente, em Bom Jesus e Cachoeira dos Índios, enviando apenas os seus subgrupos, chefiados por Sabino, a que se atribui o maior ataque de cangaceiros a nossa cidade.

Ainda na entrevista, o professor Francisco Pereira faz uma abordagem histórica e sociológica da época do cangaço, analisando os prós e os contras, concluindo que Lampião está mais para bandido do que para herói.

Por fim, Francisco Pereira fala sobre a relação de Lampião com o Padre Cícero, quando tiveram um encontro em março de 1926. Como um respeitava o outro, fizeram um acordo para Lampião não invadir Juazeiro do Norte. Outro fato abordado foi um possível pedido do Padre Cícero a Lampião para não permitir a entrada no Ceará da Coluna Prestes. Essa relação causou indignação da imprensa cearense, fazendo com que muitos criticassem a ação do Padre Cícero.

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Se você está querendo adquirir livros sobre "Cangaço" entre em contato com o professor Francisco Pereira Lima através deste gimail: 
franpelima@bol.com.br

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JERÔNIMO VINGT-UN MENANDRO: NOSSA JUSTA HOMENAGEM

Por José Romero Araújo Cardoso

Nascido no dia 23 de novembro de 2006 em Mossoró, Jerônimo Vingt-un Menandro (foto) teve seu nome escolhido desde quando a pedagoga Tânia Maria de Sousa Cardoso constatou em exame médico o formidável fruto que trazia no ventre, fato ocorrido precisamente em dias de abril.

Conheci Jerônimo Vingt-un Rosado Maia e América Fernandes Rosado Maia no ano de 1993, quando os mecenas apresentavam publicações da Coleção Mossoroense em solenidade ocorrida nas dependências do Instituto Histórico e Geográfico na capital paraibana.


Deusdedit Leitão fez a ponte entre a gente, visto que o historiador sertanejo, natural de São José de Piranhas, teve profundos laços de amizade com meu tio-avô paterno de nome Romeu Menandro da Cruz.

Vingt-un Rosado indagou-me sobre a ligação com Lourenço, a quem Raul Fernandes destacou em livro, por título A Marcha de Lampião – Assalto a Mossoró, como Rosado, quando da enumeração dos defensores da trincheira de Saboinha.


“É a mesma referente a Romeu, Dr. Vingt-un. Eles eram irmãos. Também eram irmãos da minha avó paterna, de nome Francisca Martinha da Cruz Cardoso”, respondi-lhe.

Imediatamente Dr. Vingt-un me disse que havia uma relação entre a gente, pois Menandro José da Cruz, pai de todos supramencionados, era meio-irmão de Jerônimo Rosado.


E disse mais, que na seca de 1877-1879, meu bisavô havia auxiliado muito na salvação da família Rosado, sendo utilizado como instrumento de Deus para livrá-la da terribilíssima hecatombe climática, conduzindo-a para a cidade de Cajazeiras dos Rolim, próxima ao oásis fértil do cariri cearense, palmilhando a região com bancas de fazendas, comercializando-as a fim de fomentar a luta pela sobrevivência.

Vingt-un me contou também que Menandro havia sido criado em Pombal por Dona Vicência, esposa do português Jerônimo Ribeiro Rosado, fato que já havia sido destacado pelos mais velhos de minha família.


Eu já tinha ouvido essa história dos meus antepassados, embora sem as riquezas de detalhes daquele grande historiador, o qual na oportunidade tive o prazer de conhecer nas dependências da casa da cultura e da história paraibanas.

O mecenas me confirmou ainda que as homenagens que existiam em nomes dos meus familiares eram em razão da forte ligação que tradicionalmente embasou os dois troncos genealógicos. Tive tios-avós de nomes Jerônimo e Leopoldina em homenagem a dois tios paternos de Vingt-un.


Aproveitando o ensejo, confirmando a sólida relação de amizade e parentesco, Vingt-un frisou reminiscências que apontaram ao primogênito da irmã do farmacêutico Jerônimo Rosado, de nome Herculana Rosado Bandeira, casada com o também paraibano José Bandeira.

O primeiro filho da matriarca da família Rosado, radicada no município de Governador Dix-sept Rosado, a qual também é originária da velha cidade de Pombal, localizada no adusto sertão paraibano, onde estão minhas mais sólidas raízes, chamava-se Menandro Rosado Bandeira.


Foi uma justa homenagem da descendente do português Jerônimo Ribeiro Rosado e da pombalense Vicência da Costa Rosado ao meio-irmão que se empenhou em lutar para que os meio-irmãos sobrevivessem aos rigores da brutal seca que se abateu por três anos durante a década de setenta do século XIX.

Quando do exercício de funções administrativas na exploração do gesso das vossorocas da espadilha e sua imediações, Vingt-un comandou Severino Cruz Cardoso, de quem sou filho.


Entendi mais sobre as minhas idas e vindas a Mossoró, onde sou batizado, e a Governador Dix-sept Rosado, quando de minha infância, antes da trágica perda do meu pai.

Concluída a graduação de licenciatura em geografia no campus central da Universidade Federal da Paraíba, bem como pós-graduações em nível lato sensu, ambas na instituição de ensino superior que traz a marca indelével da luta do paraibano José Américo de Almeida, entrei em contato com Vingt-un, expressando o desejo de me radicar definitivamente na terra de Santa Luzia do Mossoró.


Prontamente atendido, recebi do velho alcaide da cultura potiguar notícia jornalística de concurso a ser realizado no início do ano de 1998, ao qual submeti-me obtendo primeiro lugar.

Fiquei emocionado ao ser recepcionado por Vingt-un e América na residência da avenida Jorge Coelho de Andrade, pois os criadores da Coleção Mossoroense, além de outras obras imortais, não se continham de alegria com a conquista do bisneto de Menandro José da Cruz, sofrido órfão de pai que nunca teve medo de lutar pela sobrevivência e pelo engrandecimento do próximo.


Vingt-un e América me convidaram para assessorá-los no fomento à dinâmica do sonho cultural de Mossoró, o que, sem titubear aceitei incontinenti. Passei a trabalhar diretamente com mitos da cultura brasileira, cujos nomes se eternizam na História da inteligência nacional.

Meu querido amigo vibrou quando concluí o mestrado em desenvolvimento e meio ambiente, orientado pelo amigo Benedito Vasconcelos Mendes, cujo enfoque centrou-se, para orgulho de Vingt-un Rosado, em estudo sobre a importância da caprino-ovinocultura em assentamentos rurais de Mossoró, cujo texto na íntegra compõe o acervo literário da Coleção Mossoroense, assim como o trabalho monográfico de Tânia, por título Cordel, cangaço e contestação: Uma análise dos cordéis “A chegada de Lampião no céu”(Rodolfo Coelho) e “A chegada de Lampião no inferno (José Pacheco)”.

Íntimo de Vingt-un e América e desfrutando da imensa consideração de ambos, confidenciei ao grande amigo que meu segundo filho homenagearia todos os Jerônimos da família, incluindo Jerônimo Menandro da Cruz, filho do patriarca de minha família, bem como ao próprio, cuja memória venero incessantemente. Afirmei a Vingt-un que o bebê teria o nome de Jerônimo Menandro.

Testemunhei o risonho Vingt-un se emocionar com as minhas palavras, e ainda mais quando lhe disse que os padrinhos seriam ele e Dona América. Imediatamente Vingt-un falou-me que àquele seria um prazer indescritível, aceitando apadrinhar Jerônimo Menandro.

Vingt-un cumpriu sua brilhante missão no plano terreno em 21 de dezembro de 2005. Não pôde apadrinhar Jerônimo Menandro, mas em sua homenagem acrescentei Vingt-un quando meu segundo filho nasceu.

Era impossível não demonstrar minha eterna gratidão ao meu amigo, confessor e incentivador, cujas palavras confortantes ressoam presentemente. Benedito Vasconcelos Mendes e Suzana Goretti Leite, aos quais Vingt-un admirava e dedicava, também, imensa amizade, apadrinham Jerônimo Vingt-un Menandro de Sousa Cardoso.

Confesso com franqueza que convidar Dona América, sem Vingt-un, para essa importante missão de apadrinhar o meu Jerônimo, suscitaria emoção traumática indescritível e muito forte, pois admito, sem titubear, não conseguir suportar a ausência física do eterno mestre e conselheiro.

Não tive coragem, Vingt-un é insubstituível, meu maior desejo é que ele tivesse acompanhado o nascimento de Jerônimo Vingt-un Menandro, tivesse feito visita com Dona América quando Tânia descansou, mas nada disso foi possível, o meu mestre se encantou sem poder conhecer nosso esperado segundo filho.

Nada mais justo do que confiar a tarefa a pessoas da mais absoluta estima de Vingt-un, mas, no fundo, meu segundo pai e Dona América serão os padrinhos verdadeiros, representados pelos dois amigos.

Jerônimo Vingt-un Menandro, eis a razão porque ele homenageia dois grandes homens: Jerônimo Vingt-un Rosado Maia e Menandro José da Cruz. Sobrinho e tio, de cuja consideração expresso de forma emocionada, abrindo meu coração para que a essência da pureza que trago comigo flua externando o âmago da minha ternura e do meu imenso apreço por ambos, por suas memórias, vidas e lutas.

José Romero Araújo Cardoso. Professor adjunto do departamento de geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em geografia e gestão territorial e em organização de arquivos. Mestre em desenvolvimento e meio ambiente. Membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar, da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, da Comissão Mossoroense de Folclore e do grupo Benigno Ignácio Cardoso DArão.


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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CANGACEIRO TROVADOR, GITIRANA...

O cangaceiro Gitirana



CANGACEIRO TROVADOR, GITIRANA...

Mais um do grupo de Corisco e que "ganhou o mundo", mas reapareceu em 1940, ou seria outro?
Fontes:

Jornal O Globo de 07 e 09 de agosto de 1940.

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VIRGULINO INJUSTIÇADO ?

Virgulino e seu bando, por Benjamim Abraão

A tese de um Virgulino injustiçado, vítima, ela tem pouca sustentação ou nenhuma. Até o próprio, disseminava essa ideia, sendo já um Lampião, justificando a sua sanha avassaladora e cruel, e muitos acreditavam. Ou pelo menos diziam acreditar. As confusões de Virgulino com Saturnino nunca foi motivo de abraçar uma vida cangaceira.

Conflitos de vizinhos eram corriqueiros. O cangaço era um atrativo para quem tinha um viés, uma propulsão para o crime ou um interesse "comercial" naquela atividade bandoleira. Virgulino e os irmãos Antônio e Livino sempre foram problemáticos. Claro que tiveram desafetos problemáticos. Porém, nunca foram "empurrados" para o crime. A não ser, pela própria genitora.

Ingrid Rebouças e Jorge Remígio

Vejam bem; de uns trinta anos para cá, é pouco tempo, o estudo do cangaço evoluiu em outra perspectiva, que foi aprofundar-se na crítica e centrar à pesquisa privilegiando mais os documentos do que exclusivamente a oralidade. Claro que a pesquisa oral é importantíssima, uma vez que haja compromisso com o método. 

Em trabalhos sérios, determinados, criteriosos, não se identifica uma única bondade por parte de Lampião em dezoito anos de cangaço. A área que privilegia o mito, a fantasia, o folclore, foi construída desde os anos vinte e absorvida pela população rural nos Sertões nordestinos. O estudo do cangaço hoje é debatido em seminários e tema de mestrados e teses acadêmicas. Claro que se deve saber que Sinhô convidou Lampião para acompanhá-lo até a atual Dianópolis. Ele recusou porque adorava a vida bandida e era a grande oportunidade que caia ao seus pés ou mãos, a chefia de um bando, até então de cangaço de vingança que automaticamente passou a ser um Cangaço Meio de Vida, de Negócio, no dizer de Frederico Pernambucano de Melo. 


Louro Teles, Heldemar Garcia, Jorge Remígio, Narciso Dias e Jair Tavares em visita do Cariri Cangaço ao Sítio Passagem das Pedras

Mesma ideia teve, quando em entrevista em 1926, questionado se não desejava abandonar àquela vida, respondeu que estava muito bem nela e que não cogitava sair de suas atividades. Outro porém. Lampião nunca quis vingar-se dos seus inimigos declarados. José Alves Sobrinho (Zé Saturnino) e o Tenente José Lucena de Albuquerque Maranhão. Apesar de viver falando deles. 

Jorge Remígio
Pesquisador, membro do GPEC
Conselheiro Cariri Cangaço

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/06/virgulino-injusticado-porjorge-remigio.html

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MISSÃO DE PESQUISAS FOLCLÓRICAS MÁRIO DE ANDRADE EM POMBAL/PB

Por José Tavares de Araújo Neto

Os repentistas Lourival Batista (com 23 anos de idade), seu irmão Dimas Batista (17 anos de idade) e Belarmino de França (41 anos de idade), em fotografia datada de 11 de abril 1938, por ocasião da passagem da Missão de Pesquisas Folclóricas Mario de Andrade pela cidade de Pombal.

FONTE: http://www.caldeiraodochico.com.br/missao-de-pesquisas-folcloricas-mario-de-andrade-em-pombalpb/


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero de Araújo Cardoso

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PROFESSOR NORTE-RIO-GRANDENSE RECEBE HOMENAGENS DO PARQUE O REI DO BAIÃO


O professor universitário José Romero Araújo Cardoso receberá homenagens especiais do Parque Cultural O Rei do Baião durante o IX FESMUZA – Festival de Música Gonzagueana, em agosto próximo.

Na verdade, o professor Romero tem sido um grande colaborador do festival, desde sua fundação.

Ele é natural de Mossoró-RN, exerce docência na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte e receberá o Troféu “Luiz Gonzaga – 103 Anos”.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso.

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FOTOS DA SOLENIDADE DE ABERTURA DO PROJETO "INTEGRAÇÃO CULTURAL INTERESTADUAL FORTALEZA-MOSSORÓ", OCORRIDA NO DIA 17-6-2016 (SEXTA-FEIRA)


Fotos da solenidade de abertura do Projeto "Integração Cultural Interestadual Fortaleza-Mossoró", ocorrida no dia 17-6-2016 (sexta-feira) no Memorial da Resistência (Cafezal), na Av. Rio Branco em Mossoró. 


No sábado, pela manhã, os participantes deste evento visitaram o Museu do Sertão da Fazenda Rancho Verde e à tarde, o Prof. Benedito Vasconcelos Mendes proferiu uma palestra sobre religiosidade sertaneja. 


Participaram deste importante evento cultural as escritoras cariocas Dyandreia Portugal, Juçara Valverde e Maria Araújo e muitos intelectuais de vários Estados, especialmente do Ceará, que teve na sua comitiva o escritor e notável orador, Advogado Neuzemar Morais.

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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