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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

SERRA TALHADA HISTÓRIAS E AS RUÍNAS DA CASA DE ZÉ SATURNINO. PRIMEIRO INIMIGO DE LAMPIÃO.

Por Geraldo Júnior

Cangaçologia

Uma filmagem completa e detalhada da Fazenda Maniçoba (Pedreira) que no passado pertenceu à Zé Saturnino, primeiro inimigo de Lampião e de “quebra” um sensacional depoimento prestado por Francisco Alves de Barros, neto de Zé Saturnino. Fazenda que foi palco para alguns dos primeiros conflitos entre os irmãos Ferreira e Zé Saturnino. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações. 

Forte abraço... Cabroeira!

Atenciosamente: Geraldo Antônio de Souza Júnior – Criador e administrador do canal.

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LIVINO FERREIRA O IRMÃO MAIS OUSADO DE LAMPIÃO

 Por Cangaço Eterno

https://www.youtube.com/watch?v=iMxtDBKO-rM&ab_channel=Canga%C3%A7oEterno

Conheça um pouco mais sobre o cangaceiro Livino Ferreira vulgo Vassoura, um dos irmãos de Lampião.

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NOITE DE TEMPESTADE

Por Aderbal Nogueira 

https://www.youtube.com/watch?v=rfalwGVMwkU&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Noite de tempestade Sr. José de Souza conta sua vida como ferroviário, das dificuldades vividas e de uma noite difícil de tempestade na manutenção dos trilhos. Vídeo gravado em 2006, nas proximidades de Umirim-CE. Link desse vídeo: https://youtu.be/rfalwGVMwkU

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GRÁVIDA AOS 15, MARIA SULEMA DA PURIFICAÇÃO – A MÃE DO CANGAÇO

Por João Sousa Costa

Os conflitos da família Ferreira no final (início) do século 19 abalaram Vila-Bela, o Sertão do Pajeú; sacudiram sete Estados do Nordeste, tornando-se o capítulo mais apaixonante na história das famílias rurais brasileiras, algo como uma tragédia Shakespeariana com “luz e sombra”; muita sombra sobre as origens e alguma luz nos relatos de historiadores. Tem um início novelesco e de paixão proibida.

Eis que uma jovem cabocla, Maria Sulema da Purificação, aos 15 anos, surge grávida de uma relação com um jovem de uma família economicamente poderosa, Venâncio Barbosa Nogueira, de 18 anos, cujas diferenças sociais no meio rural daquele século (1895), torna o casamento inviável.

Mas a garota também não era de família de “pés-rapados”, (para usar uma expressão preconceituosa tão recorrente no Sertão) para ser escorraçada ou deserdada.

A gravidez indesejada de Maria Sulema exigia uma solução, e esta foi sugerida por um velho negro, descendente de escravos, conhecido como “Brucutu” segundo narra José Alves Sobrinho, no seu livro “Lampião, Antônio Ferreira e Livino,”.

Maria Sulema era da família Lopes, não tão rica como a família Nogueira, mas de linhagem respeitada. De tal modo que “Brucutu” tem uma solução capaz de “abafar” tudo.

- “Arranja-se um rapaz que queira casar com a moça, que é bonita e ainda receber um bônus em dinheiro,” propôs Brucutu às famílias Nogueira e Lopes.

Proposta aceita. E ele mesmo, Brucutu, deixou a Serra Vermelha, em Serra Talhada, “vasculhou toda a área da região do Navio à Mata Grande no Estado de Alagoas, fazenda por fazenda em busca de um rapaz com o perfil desejado. Fracassou.

Mudou de roteiro. Voltou para Pernambuco garimpando um rapaz até achar devido a urgência do caso: a barriga da moça crescia. “Brucutu” foi até Triunfo. Novo Fracasso.

O tempo passando e a gravidez de Maria Sulema em segredo. Em Triunfo, Brucutu toma conhecimento de festa de apartação em Conceição do Piancó, já na Paraíba. Ao chegar em Conceição, dia domingo e de feira, não teve dificuldade em aproximar-se de jovens que bebiam numa confraternização de amigos e lançar seu desafio.

Todos ali naquela farra de fim de feira, com Brucutu já familiarizado, um dos rapazes indaga:

-“E o coroa para onde vai?

- “Eu estou procurando um rapaz que queira se casar com uma moça bonita. Alguém se candidata?”, respondeu.

- Que idade tem a moça? Indagou um dos rapazes.

Este moço era José Ferreira. Ali mesmo naquela confraternização e diante do “sim, eu caso” do rapaz, Brucutu, tomou providências, comprou e pagou por cavalo e sela e os dois deixaram Conceição rumando no sentido de Serra Talhada.

Os dois cavalos foram levados à exaustão; o tropel dos animais era grande, mas a causa era urgente: a barriga de Maria Sulema já estava saliente.

Já na fazenda dos Nogueiras, em Serra Vermelha, o rapaz foi apresentado; familiarizou-se com o drama familiar dos Nogueira, conheceu a família Lopes e se entendeu com a jovem; casou e, em vez de dinheiro vivo prometido, optou por receber de comum acordo com a jovem, uma faixa de terra desmembrada da fazenda, que viria a tornar-se Sítio Passagem das Pedras.

Meses depois, nascia Antônio Ferreira, o primeiro de mais 8 irmãos da família Ferreira.

Essa novela shakespeariana, está na raiz dos conflitos entre os Irmãos Ferreira e Zé Saturnino, o primeiro inimigo de Lampião. E quem disse isso foi o próprio Zé Saturnino, em 1970, num depoimento ao historiador Frederico Pernambucano de Melo.

- “Quem arrastou isso pra riba de mim foram os Nogueira. Quando a pessoa cai num abismo, como eu caí mode ou outros, e eles fizeram o que fizeram comigo depois, muito encrenqueiros, a vontade que dá é de meter a espingarda pra riba e matar gente do nosso lado, se não fosse dar gosto ao inimigo”, relatou Zé Saturnino.

Briga por causa de chocalhos roubados foi apenas a gota d’água que detonou a guerra épica que arrastou os irmãos Ferreira para o Cangaço.

Saturnino diz que a aurora do conflito sempre foi entre os Ferreira e os Nogueira, a quem ele deposita culpa por ter se envolvido na disputa.

- “Findou por cair no meu colo, por ter casado na família”, lamentou Saturnino .

O maior desafio dos escritores é entender como os irmãos Ferreira “administravam” a realidade de ter um irmão (Antônio) com sangue Nogueira, ou como Maria Sulema tocou a vida com José, se o primogênito era um Nogueira.

Zé Saturnino deu uma das pistas. O ódio dos irmãos Ferreira aos Nogueira ocorreu em solidariedade ao tio de Virgulino, chamado Manoel Lopes, irmão de Maria Sulema que, envolvido num crime, fora espancado quando preso e sob custódia dos Nogueira. Mas aqui já é outra história, outro capítulo shakespeariano da história familiar de Lampião.

João Costa. Acesse: blogdojoaocosta.com.br e @joaosousacosta

Fonte: “Lampião, Antônio Ferreira e Levino,” de José Alves Sobrinho; Editora Babecco

“Apagando Lampião”, de Frederico Pernambucano de Melo.

Fotos: 1. Vigulino Antônio Ferreira. F2. Zé Saturnino.

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" VIRGÍNIO - CASTRAÇÕES E SAQUES ".

 Por Luís Bento

Virgínio Fortunato da Silva o Cangaceiro Moderno, ficou conhecido nem era tanto por seus combates e sim, mais pela prática inaceitável de " Castração ". Dor não tão maior do que moralmente, para a vítima que tinha extirpada sua bolsa escrotal, ficando inutilizada para a procriação e que carregava a vergonha de ser ferida por ato tão desumano.

Do depoimento colhido de Durvalina, ela lembra-se apenas de ter visto uma "Castração" sem recordar o local nem data. O fato aconteceu na chegada em uma fazenda, quando Virgínio interpelou um rapaz sobre qual caminho seguir. O jovem deu o silêncio por resposta. O Cangaceiro aproximou-se, segurando o pelo colarinho da camisa, forçando ele a se ajoelhar. Outros Cangaceiros juntaram-se ao chefe e extraíram o saco escrotal da vítima. Diante da situação, uma mulher gritou: - Valei-me, minha Nossa Senhora. Virgínio segurou a mulher, forçando ela abrir a boca e puxando a língua para fora. O órgão do paladar foi cortado, deixando a senhora com a boca postosa por grande quantidade de sangue coalhado. Um grande castigo por ter apenas invocado, em um momento de desespero, a proteção da Mãe Ce leste.

Virgínio tornou-se um dos homens da total confiança de Lampião. Mesmo ele atuando como chefe de sub-grupo não se separava por muito tempo do ex-cunhado Lampião o Rei do Cangaço.

Lampião encarregava Virgínio de transportar as encomendas monetárias, solicitadas aos abastados fazendeiros e Coronéis.

Fonte: João de Sousa Lima ( sangue, amor e fuga no Cangaço ) Pág - 89 - 90 - 91.

LUÍS BENTO

JATI 09/02/2022/

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O HABILIDOSO VIRGOLINO - CONTOS DO CANGAÇO - CANGACEIRO LAMPIÃO

 Por João filho de Paula Pessoa


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FAMÍLIA DA MINHA FAMÍLIA

 Por José Mendes Pereira


As duas fotos pertencem ao acervo de Polyana Fernandes

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SÃO JOSÉ DO BELMONTE O ASSASSINATO DO CORONEL LUIZ GONZAGA GOMES FERRAZ (BELMONTE - PERNAMBUCO).

Por Geraldo Júnior
https://www.youtube.com/watch?v=BiMqpbUSFU0&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Cangaçologia

Em 20 de outubro de 1922 a cidade de Belmonte no estado de Pernambuco é invadida por cangaceiros liderados por Lampião com o objetivo principal de eliminar o coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, desafeto de Ioiô Maroto que foi o articulador do ataque à cidade e o principal responsável pela morte do coronel. 

Nesse vídeo vocês conhecerão toda a trama que resultou em um dos episódios mais selvagens e comoventes que se tem notícias na historiografia cangaceira. O assassinato do coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz. 

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