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sábado, 1 de julho de 2017

SESSÃO SOLENE DA ACJUS

 Por Benedito Vasconcelos Mendes

SESSÃO SOLENE DA ACJUS-Elogios aos Patronos das Cadeiras 37 e 39 da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró  (ACJUS), Imortais 

Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia

Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia e Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, pronunciados pelos Acadêmicos Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira e Francisco Canindé Maia, respectivamente. 

Jerônimo Dix-sept Tosado Maia

A apresentação protocolar da confreira Ludimilla de Oliveira foi feita pelo Professor Benedito Vasconcelos Mendes, que discorreu sobre a brilhante carreira universitária da nova Acadêmica. 

Ludimilla de Oliveira

A referida Sessão Solene ocorreu na noite de ontem, sexta-feira, (30-06-2017), no auditório da OAB-Mossoró.

Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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O QUE É LAPIDAÇÃO?

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

[...] Cada pessoa ao nascer já trás consigo suas características individuais e intransferíveis de um animal que o é [...]

Francisco de Paula Melo Aguiar

              Inicialmente é importante mencionar que lapidar (palavra que vem do latim: “lapidare”, no sentido antigo de castigar e/ou matar por apedrejamento, atirando pedras e/ou apedrejar, facetar, aperfeiçoar, melhorar, lavrar, educar) é verbo transitivo direto nos termos da ortografia culta da Língua Portuguesa. Portanto, lapidar, polir e/ou esculpir cristais e pedras preciosas que se encontram em estado primitivo, bruto e/ou tosco; é também lavrar, porque o ourives lapidava e/ou dava polimento no diamante aumentando assim sua beleza em sentido figurado. E isso significa atribuir uma qualidade superior e/ou tornar perfeito o que é rudimentar, tosco, bruto. É um ser humano ignorante por analogia. É algo parecido com a maneira e/ou virtude de aperfeiçoar, portanto, um exemplo disso, é o caso do professor que “lapida” o conhecimento do aluno, haja vista o compromisso de ensinar, apreender e de aprender  que envolve o mestre e seu pupilo.
               Diante de tal conclusão exemplar e específica, o ato de lapidar é inevitavelmente um trabalho que tem como oxigênio e/ou exigência precípua as ferramentas: sabedoria, precisão e paciência, pois, o maior problema na vida de um ser e/ou pessoa é justamente descobrir o caminho e/ou a maneira de se deixar lapidar para se transformar em pedra preciosa de que tenha realmente muito valor no seio da família e da sociedade. E valor reconhecível a olho nu pelo outro e/ou pelo grupo social em seu entorno direto e/ou indireto. Não temos dúvida de que cada pessoa quando nasce é um diamante em estado primitivo e/ou bruto, e o mundo em sua volta sabe e percebe tal fenômeno característico em toda e qualquer pessoa, de qualquer ideologia, sexo, etnia, classe social, profissão e religiosidade. E se não houver uma transformação em termos de lapidação para virar pedra preciosa, nada feito e/ou tudo perdido, porque sua passagem pelo planeta Terra é única.
              Cada pessoa ao nascer já trás consigo suas características individuais e intransferíveis de um animal que o é. Por isso mesmo cresce fisicamente com suas primitivas características impulsivas, medrosas, irritadiças, malvadas, intolerantes, tímidas, impaciências, egoístas e explosivas.
              Portanto é preciso que o indivíduo participe diretamente do processo de lapidação durante sua vida e isso deve ser iniciado logo ao nascer e terminado somente ao morrer. Veja por exemplo, que são os nossos pais e demais familiares, o grupo social, a escola, o trabalho, a igreja, etc., que direta e/ou indiretamente nos motiva,  influência, encoraja, oprime, inclui, exclui, etc., exigindo, amoldando e/ou direcionando e/ou apontando solução e/ou caminho a ser trilhado.
               É danado mesmo, porque temos alguma coisa excessivamente ruim e/ou não aceitável e/ou tolerável pelos demais membros de nosso grupo familiar, social e funcional. O certo é que precisamos aprender alguma coisa para mudar de perfil, abrandar nossos instintos pessoais, porque falta algo a ser desenvolvido e/ou expandido direta e/ou indiretamente, para puder ser mais aceito e/ou compreensível em termos de ações e/ou atitudes pessoais diante dos demais, uma espécie de paraíso perdido e de paraíso recuperado e jamais uma ilha de verdade única.
              Indiscutivelmente é preciso que cada pessoa procure do alto de sua arrogância e/ou prepotência que pensa que pode tudo e na realidade sozinho não pode nada, desarmar sua primariedade ignorante no seio da família e da sociedade, para se colocar no caminho e/ou vereda pessoal, a começar pelo equilíbrio interior, proporcionando assim a paz, a serenidade e força que precisa para viver bem consigo mesmo e com os demais.
               E assim sendo, isso é um trabalho para a vida toda, tanto para as crianças, para os jovens, para os adultos e para a velhice e/ou para a melhor idade. É bom que o indivíduo com toda sua força física não se iludir consigo mesmo, porque tal trabalho é por demais cansativo, longo, precisa e necessita de renuncias pessoais e/ou passageiras e que em muitas vezes nos parece cortar na própria carne, algo dolorido demais, uma espécie de caminho sem retorno. E isso é concebível porque o ser humano em sua essência jamais pode fazer tudo que pensa e quer fazer.
              E é assim que através do processo de lapidação pessoal e intransferível que será possível atravessar e nunca passar os chamados períodos difíceis de nossas vidas sem na realidade nos quebrar interiormente e/ou por dentro, o que com certeza nos faz assim viver com alegria em períodos e fases fáceis do nosso ciclo vivencial terreno em todos os sentidos da palavra.



Enviado por Francisco de Paula Melo Aguiar

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
frampelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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OLHA QUE NOTÍCIA! YOUTUBE ENCONTRA NO SERTÃO SANDÁLIA EM GRAVAÇÃO SOBRE CANGAÇO

Enviado pelo pesquisador do cangaço Robério Barreto Santos

O escritor/youtube, Robério Santos, um fascinado pela história do cangaço, esteve no último dia 27 de junho, na Grota do Angico, local da morte de Lampião e mais 10 cangaceiros, e localizou uma sandália de couro, aparentemente deixada no local há muitos anos.

O objeto foi localizado a menos de cem metros do local do massacre.  “Não se sabe se era de Cangaceiro, Coiteiro, Volante ou de alguém que tenha passado pelo local, mas é um grande achado para a história. A mesma está sendo analisada e em breve um estudo será publicado”, informou o escritor.

Clique no link para ver ao vídeo:

http://sergipenet.com.br/noticia/639/youtuber-encontra-no-sertao-sandalia-em-gravacao-sobre-cangaco

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O ESTUDO DO CORDEL.

 Por Aderaldo Luciano

As tentativas de estudar o cordel brasileiro não levaram em conta o seu caráter poético e, quando tentaram considerá-lo, uniram-se ao contraditório por não classificá-lo como se deveria classificar qualquer peça poética, parte do todo literário universal. Isso se daria (e se deu quando destinei-me à observação sistematizada) com o estudo à luz dos gêneros literários, orientando os estudos pela conclusão, a partir da observação, segundo a qual o cordel brasileiro é uma forma poética fixa da poesia universal. A forma fixa do cordel se dá pela exigência do cumprimento de suas regras intrínsecas e definitivas. Essas regras fizeram-no distanciar-se do malogrado conceito de "literatura de cordel", ligado ao que se fazia e se fez em Portugal, aos pliegos sueltos e coplas de Espanha, à colportage francesa, aos chapbooks britânicos. O cordel brasileiro é forma genuinamente brasileira por ter, em primeiro lugar, criado a forma poética fixa (com um mínimo de estrofes, sejam sextilhas, septilhas ou décimas; nunca em quadras, nem em prosa; a utilização majoritária do verso setissilábico; a observação da rima, disposta seguindo os pioneiros) e, para além da forma fixa, ter criado também o sistema literário cordelístico, pautado pela indicação de Antonio Candido (aquela que diz, em seu Formação da Literatura Brasileira - Momentos Decisivos: o sistema literário é formado pela presença de um autor, de um editor, de um leitor. Acrescentei ousadamente, com imenso receio de ser mal-entendido, mas precisava correr o risco: o crítico). Alguns pesquisadores quiseram estudar o cordel e o fizeram, até sistematicamente, mas desconsideraram os tópicos que citei. Poetas também resolveram metalinguisticamente falar sobre cordel. Seguem-se quatro expoentes, mestres, que o fizeram:

Manoel Monteiro, pernambucano de Bezerros, escreve e publica em 2011, com as bençãos da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, o folheto Aula De Cordel - Uma Herança Portuguesa. Pelo próprio título, o curioso pela arte cordelística é levado a duas constatações óbvias, mas que precisam ser levadas a sério: Manoel não trata nossa poesia como "literatura de cordel", mas como cordel, entretanto deixa um cordão umbilical com o que se produziu em Portugal no séc. XVIII. O poeta é dos mais lúcidos que pude encontrar, estudioso, conhecedor do ofício, produção longa e bem cuidada. Na primeira septilha o seu narrador nos alerta para algo que muitos deixam de lado por quererem abraçar a nomenclatura recebida pelo brasilianista Raymond Cantel (literatura de cordel). Ele nos alerta para a certeza de que nosso poema já foi chamado de Romance, Verso, Estória, Folhetim, Folheto, Livreto e Livro, mas que hoje é conhecido apenas por Cordel. A seguir, faz uma verdadeira aula de poética do cordel, escrutinando os detalhes da produção. Disseca as estrofes, mostra as rimas, conta os versos, sempre alertando para o rigor da construção. Não trata do processo histórico do cordel ou de outra característica extrínseca, parte diretamente para o texto. Uma ótima introdução ao fazer poético, não só para o cordel, mas para elementos da poesia brasileira. Manoel Monteiro prestou importantes serviço para o cordel brasileiro. Faleceu em Belém do Pará, em junho de 2014.

Azulão, codinome de José João dos Santos, paraibano de Sapé, radicou-se no Rio de Janeiro na primeira metade do séc. XX e, de lá, irradiou sua produção cordelística. Um de seus clássicos, O Trem Da Madrugada, é um importante retrato das relações humanas com a tecnologia ferroviária na cidade do Rio. Um verdadeiro tratado social sobre os tipos e costumes cariocas na década de 80. Mas aqui nos referiremos ao trabalho O Que É Literatura De Cordel?. Diferente de Manoel Monteiro, Azulão centrou-se no termo português, trazendo-o à nossa poética genuína. Nas 17 estrofes iniciais, encontramos elementos para entender a importância do poeta no seio de sua comunidade. A partir dessa importância individual, a importância de sua produção poética. Trata da presença do cordel e do repente, de sua aceitação pelo interior do Nordeste, de sua presença nas feiras livres e cantorias, do diálogo presente entre o rural e o urbano, da migração do poeta do primeiro para o segundo espaço, das festas (batizados, casamentos, vaquejadas) e da possibilidade de adentrar nas escolas. A partir da estrofe 19, Azulão e seu narrador, como muitos pesquisadores, apresentam o quadro de herança de portugueses e espanhóis, caindo no equívoco ao afirmar que havia um sistema literário no qual os poetas escreviam e publicavam na forma de folheto e chamavam a essa produção de literatura popular e de cordel. Essa nomenclatura foi dada pelos estudiosos e mais precisamente por Teófilo Braga. Não houve o sistema. E não se encontram naquela produção elementos que os assemelham às características intrínsecas do cordel brasileiro. Ficando a semelhança apenas no aspecto gráfico. No folheto, portanto, não se encontra a análise, a apresentação da peça poética, mas os aspectos históricos (sem datação). Azulão nos deixou em março de 2016.

Antonio Américo de Medeiros, potiguar de São João do Sabugi, radicou-se em Patos, na Paraíba. No sertão paraibano forjou toda sua intervenção na cultura poética brasileira. É o poeta da Cruz da Menina, de Cazuza, O Caçador de Onça, da Moça Que Mais Sofreu na Paraíba do Norte. Cantador, repentista, folheteiro, escreveu Os Mestres Da Literatura De Cordel. Nesse folheto o poeta nos apresenta os pais do cordel, segundo ele, quais sejam, Silvino Pirauá e Leandro Gomes de Barros. Também nos aponta o local de nascimento do cordel brasileiro: entre Vitória de Santo Antão e o Recife. Nos diz ainda que Pirauá vai se encaminhando mais para a cantoria, com Zé Duda, e que Leandro abraça a tipografia. Fazendo jus ao título, Antonio Américo desfia toda a genealogia do cordel, trazendo a nós poetas já esquecidos, cujas obras, apesar de importantes para a consolidação da arte, foram abandonadas dos estudos e pesquisas. Até a estrofe 18 lista a importância desses poetas da primeira geração, Princesa. A partir da estrofe 19, inaugurada com a morte de Leandro em 1918, traça o mapa da herança, primeiro a João Martins de Ataíde, depois a José Bernardo, que transporta todo o material que fora de Leandro e de Ataíde para o Juazeiro do Pe. Cícero, onde reinou até 1966. Daí, Antônio Américo, olha para Manoel Camilo e sua Estrela da Poesia em Campina Grande, João José, da Luzeiro do Norte. Da derrocada dessas editoras e editores de cordel, Américo lista os principais cordelistas da segunda geração: Camelo, Pacheco, Sena. Entra na contemporaneidade e nos oferece um banquete de nomes e datas e obras. Américo faleceu em Patos em janeiro de 2014. Legou-nos vasto universo de poesia e ensinamento.

Pedro Costa, piauiense de Alto Longá, criou a revista De Repente, dedicada à poesia de cordel e ao repente nordestino. Radicado em Teresina teve papel protagonista na divulgação e consolidação do cordel e do repente no Brasil. Pedro conseguiu o diálogo entre os poetas do povo e as elites culturais piauienses, abrindo a janela para a tomada de territórios inéditos ao cordel. Escreve o folheto O Que é Cordel (E Seus Mestres) para ilustrar e servir de roteiro para suas incontáveis oficinas e palestras, cursos e recitais. Retoma, no título, o termo "cordel", mas já na terceira estrofe procura o embrião europeu citando as origens nos centros de Portugal, Espanha e França. Um pouco mais à frente cobra um olhar diferente para o cordel afirmando que "cordel é literatura", logo abaixo, contraditoriamente, diz que cordel é barbante e prega a inoportunidade do termo ao produto cordelístico pedindo que se chame de folheto e não de cordel. A proposição fica vaga porque o termo folheto se emprega ao produto gráfico e não ao conteúdo poético. Observe o leitor que fiz uma gradação: de Manoel Monteiro que era poeta de bancada a Azulão, cantador e de bancada, com ênfase na bancada, depois Antonio Américo, cantador e cordelista, com ênfase na cantoria e Pedro Costa, a síntese mais assentada. Por isso, na estrofe 11, Pedro constrói a divisão dos tipos de poetas do sertão: o aboiador, o escritor, o embolador e o repentista. Fica na citação, não desfia suas ações, seus ofícios, o que os distingue. A partir daí segue a listagem de poetas, sem data de suas aparições. Na penúltima sextilha cita os trabalho de Geová Sobreira e Gilmar de Carvalho para corroborar seu bom trânsito com o pensamento acadêmico. Pedro Costa faleceu aos 54 anos em abril de 2017.

Esses quatro folhetos citados nos ofertam um pouco do olhar dos poetas sobre suas próprias produções e sobre o cordel brasileiro: Manoel Monteiro centrado nos elementos formais, Azulão nos aspectos históricos e sociológicos, Antonio Américo no percurso histórico e genealógico, Pedro Costa na classificação dos tipos de poetas e na busca pela literariedade do cordel. A próxima matéria vai se debruçar sobre o que escreveram metalinguisticamente poetas em atuação.



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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DESPREZÍVEL MUNDO NOVO

*Rangel Alves da Costa

Longe daquele admirável mundo novo, onde o novo era tido como esperança de dias melhores e mais humanizados, o que se tem agora – e sem perspectiva de boas transformações – é um execrável, repugnante, desprezível mundo novo.
Há de se indagar o que o progresso humano beneficiou o próprio homem senão no seu lado materialista de conforto e facilidades. E também sobre o que os avanços científicos e tecnológicos trouxeram ao homem em si, na sua feição mais humana.
Não se pode separar o homem daquilo que ele mesmo produz. Acaso produza sem que do seu produto surja melhoria pessoal, estará apenas se robotizando em nome de um novo e impiedoso mundo, onde o ser humano também não passa de insensível objeto.
Cadê o computador instalado dentro de cada um, de modo a dissipar suas dúvidas? Cadê o chip da mente para ser ativado assim que um erro esteja prestes a ser cometido? Nada disso há. O homem criou apenas para o mundo e nada que lhe sirva como humanização.
Ademais, grande parte das invenções humanas acabou desumanizando ainda mais o homem. As ditas facilidades acabam colocando a pessoa numa situação de conforto tal que até se esquece do que é capaz de fazer sem um botão, sem um teclado, de um controle remoto.
O café está pronto na máquina, a comida está pronta no forno elétrico, os pratos estão limpos na lavadeira elétrica, as roupas já estão enxutas na secadora elétrica, o gelo está sempre pronto para o uísque. Mas e a vida humana em si, o homem está pronto para que?
A verdade é que o ser humano tende cada vez mais a desaprender que é ser humano. Daí que se diz que seria impossível viver sem as facilidades tecnológicas modernas, sem os avanços científicos em todas as áreas. Mas será que o homem nasceu perante um computador?
Num tempo de fogo e caça, num tempo de cavernas e relentos, num tempo de ameaças e temores pelo desconhecido, ainda assim o homem viveu e sobreviveu sem chorar por que um whatsapp estava inacessível por alguns instantes. Nenhum homem da caverna teve o desprazer de beber pinga ouvindo uma sofrência ou um falso sertanejo.
Mesmo com as limitações próprias de cada etapa da evolução, certamente que o homem primitivo era muito mais feliz que o homem de agora. Perante a grande fogueira as famílias se reuniam para saborear a caça do dia. E a mesa moderna já não junta famílias.
Como dito, a modernidade trouxe, infelizmente, um desprezível mundo novo. Basta observar as notícias surgidas a cada dia, onde raramente há uma informação boa e prazerosa. Tudo é ataque terrorista, é guerra, é genocídio, é tirania lançando suas armas contra populações desfavorecidas pelo credo ou religião.
Um mundo novo cruel, violento, brutal, assustador, sangrento e sanguinário. Não há mais segurança nas portas e janelas fechadas, não há a mínima segurança nas ruas, por todo lugar bravejam as arrogâncias, os medos, os gritos de pavor. Um mundo onde, verdadeiramente, o homem é cada vez mais o lobo do próprio homem.
Não se devem guardar esperanças num mundo onde as religiões são usadas para fins ilícitos, para enriquecimentos pessoais, para o ludibriamento de pessoas já fragilizadas pelos problemas pessoais e familiares que passam. Um mundo de falsos profetas, de charlatães, de espertalhões e de ladrões de Bíblia à mão.
Não há mais que se falar em política num mundo assim, ao menos em território brasileiro. Desde muito que a política e a política passaram a significar o que de mais abjeto há nas escadarias do poder. E a vida de tantos transformada em miséria pelos ladrões de graveta, pelos corruptos partidários, pelos asquerosos governantes.
O que esperar de um mundo sem famílias, sem respeito, sem costumes, sem tradições, sem perseveranças e abnegações. Absolutamente nada. Não pode ser visto como normalidade que um pai aceite um estranho dormindo no quarto de sua filha, e pelo simples fatos de que os jovens de hoje agem assim mesmo.
Está tudo errado. O ser humano vem ao mundo para cumprir uma grandiosa missão na existência, e não apenas para vestir a roupa desnuda e desavergonhada dos modismos e dos chamamentos da realidade presente. Se o próprio ser humano não cuida de si quem haverá de dignificar e respeitar sua existência?
Por isso que está tudo errado. Ou está tudo certo. Tudo depende de cada um.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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INVASÃO E RESISTÊNCIA - OS 90 ANOS DA DERROTA DE LAMPIÃO NO CONFRONTO COM O POVO DE MOSSORÓ – HERÓIS DA RESISTÊNCIA" - PARTE XI

Por Geraldo Maia do Nascimento - Pesquisador

Centenas de homens participaram do confronto ao bando de Lampião, naquele dia 13 de junho de 1927. Grande parte de origem humilde, o que, segundo alguns pesquisadores, não lhe conferiram o nome na lista dos heróis. Segue lista de grande parte dos resistentes, divididos por trincheiras.

TRINCHEIRA DE RODOLFO FERNANDES





Continuaremos amanhã com o título:
"PERFIZ DOS CANGACEIROS"

Fonte: Jornal De Fato
Revista: Contexto Especial
Nº: 8
Páginas: 43,44 E 45
Ano: 6
Cidade: Mossoró-RN
Editor: José de Paiva Rebouças
E-mail: josedepaivareboucas@gmail.com
Ilustrado por: José Mendes Pereira


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EDUCAÇÃO COMO SAÍDA.

 Por Medeiros Braga

É como diz o verso popular
Vivemos num mundo de incerteza,
Não podemos contar com pão na mesa,
Nem jamais em gestores confiar.

É formado um covil parlamentar...
Quem lá chega recebe sua presa,
Se cordeiro vê tanta malvadeza
Que em lobo prefere se tornar.

Só o povo atento a todo instante
Conseguirá da classe dominante
Por sua educação uma saída.

Só ele pode unido em tal saber
Desbancar esses párias do poder
E construir o que sonhou em vida.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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REVISTA 90 ANOS DO ATAQUE DE LAMPIÃO À MOSSORÓ


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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O TRISTE ADEUS!


O Tenente Arsênio de Sousa, com poderosa volante mantinha Lampião na sujeição de uma perseguição nutrida, tenaz, incômoda. No dia 24 de abril (1931/1932), chegou Arsênio na Fazenda Touro. O único e irreparável prejuízo de Lampião foi seu irmão Ezequiel. Ferido por um balaço de fuzil. Parecia ferimento sem gravidade, Virgulino aplicava aos lábios parados de seu irmão a medalha da virgem da Conceição, depois, debruçou a cabeça sobre o peito do falecido começou a chorar um choro convulso e abundante.

Fonte: MACIEL B.F. -1992- Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado
Foto: Ezequiel Ferreira, alcunhado "Ponto Fino", irmão de Lampião. Fazenda Jaramataia, Gararu(SE). Autor Eronildes de Carvalho, 1929.



Fonte: facebook
Página: Pedro R. Melo
Grupo: Cangaceiros
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1884920905164700&set=gm.1731034633863356&type=3&theater

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POMBAL - PARAÍBA


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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OITO ANOS SEM O MESTRE KAPLAN.

Por Eli-Eri Moura

Hoje, 29-6-2017, alguns ex-alunos e amigos de José Alberto Kaplan reuniram-se juntamente com sua esposa, Márcia Steinbach S. Kaplan(nossa Mommy), para reverenciar a memória do grande Mestre, no lugar onde estão enterradas suas cinzas: no pátio da futura Escola de Música do CCTA-UFPB, sob um ipê, ao lado de um pequeno memorial. 



Quando estiver pronta, nossa Escola abrigará a maior estrutura física dedicada à Música em uma Universidade pública no Brasil. A despeito de tal relevância, como todos sabem, as obras estão tristemente paradas desde janeiro de 2014.



Em todo caso, talvez prematuramente, lanço a proposta desse complexo se chamar ESCOLA DE MÚSICA JOSÉ ALBERTO KAPLAN, considerando que não há nenhum outro nome tão significativo para a música de concerto na história recente da Paraíba quanto o de Kaplan.


Também hoje, em nosso encontro, foi lançada a ideia da realização, em 2019, de um grande festival totalmente dedicado à música de Kaplan, visando homenagear sua memória, nos DEZ anos de seu falecimento.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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