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sexta-feira, 16 de junho de 2023

ANTÔNIO NOCA, grande nome da música missãovelhense.

Por José Cícero da Silva

Para se juntar a outros músicos e maestros inesquecíveis da nossa história, tais como: o professor José Jácome de Carvalho, João de Nila e Gilvan Duarte(todos já falecidos), trago agora, para aumentar esta tríade fundamental para à evolução da música missãovelhense, o nome do Sr. ANTONIO NOCA SOBRINHO. Um personagem realmente marcante da nossa terra. Músico de formação, empreendedor e comerciante, de cuja prole possuía mais três irmãos também musicistas que se fizeram professores e maestros.

Antônio Noca começou muito cedo a trilhar os caminhos adustos e tortuosos da boa música. E tão logo saira da bancada estudantil formou orquestra sinfônica para tocar a priori nas cerimônias religiosas da igreja da sua cidade e região. Sendo que profissionalmente estreou em 1929 na cidade do Crato, depois derivou para Fortaleza e Recife, quando nesta última integrou a famosa banda da Cia.Ligth pernambucana de energia. No ano de 1935 já em MV integrou a pioneira banda de música do maestro José Jácome de Carvalho. Logo depois resolveu fundar a sua própria orquestra atuando, tanto em MV como por todo o Cariri cearense e parte da Paraíba e Pernambuco. Quando aliás nem havia ainda na cidade um Clube Social. De modo que ele decidiu criar por conta própria bem ao lado da centenária praça Nossa Senhora de Fátima o Bar e restaurante Apendi - o primeiro complexo de entretenimento popular da nossa urbe, que incluia espaço de lazer, salão de dança, música e de jogos. Um empreendimento comercial bastante moderno e organizado para os padrões da época. Um equipamento em forma de clube social que funcionou entre os anos de 1939 a 1946 coincidindo com a criação da 1• versão do Cariri Clube, cuja antiga sede ficava quase no final da rua estreita contigua ao velho prédio da União. Depois da guerra, ou seja, por volta de 1946 os jogos de azar e afins foram terminantemente proibidos em todo o Estado. O empreendimento então ficou reduzido, apenas ao restaurante sob a direção da esposa do músico a Sra. Maria Cavalcante (dona Nega) que até hoje tem fama de verdadeira expert na arte da culinária.

Com a orquestra inativa, ele ingressa no comércio local de rapadura, em sociedade com o então vereador e agropecuarista Casimiro Vicente Farias ficando até 1952 quando o seu sócio foi eleito prefeito municipal. Em seguida, passa a investir noutra atividade, quer seja no ramo do transporte rodoviário, indo até o ano de 1956. Quando por fim ingressa como funcionário público no cargo de fiscal fazendário. Era a época do surgimento do Cariri Clube em sua nova sede definitiva ao lado da estação ferroviária, quando novamente ele recria uma outra orquestra, à guisa de conjunto musical. Quando grandes bailes são realizados no clube recém construído. Aquele que se tornaria o mais tradicional e concorrido lugar de encontros festivos da sociedade missãovelhense da época.

Portanto, além de um já famoso instrumentista Antônio Noca era tido ainda como um exímio saxofonista e clarinetista. E desde então passa a exerce o papel de verdadeiro agitador cultural. Também foi bom compositor tendo escrito, ao que se sabe, pouco mais de 70 composições autorais. Algumas delas ainda inéditas até hoje. Embora nascido em Porteiras, veio ainda jovem para à terra de São José e amava Missão Velha como ninguém. Nasceu em 23 de novembro de 1911. Teve seis filhos, dentre os quais, o famoso jornalista Wilson Noca que hoje com oitenta anos ainda reside na capital cearense. Antônio Noca faleceu no dia 30 de setembro de 1961. Um grande nome, cuja memória precisa ser preservada às novas gerações dos missãovelhenses. E em seu nome pedimos: tragam a nossa banda de música municipal e a escolinha de volta!!

https://www.facebook.com/josecicero.silva.33/posts/pfbid0eckWm8mKnqiNHWLQdQ1QRuEhdmDjpHBvwtQnFNsSgAS5GvJ1wrsUPqq4atgApDiFl

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DIÁRIO DO CORONEL ANTÔNIO GURGEL. FINAL.

Por Cangaçologia
https://www.youtube.com/watch?v=VcrlV6k1ktQ&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE. ANOTAÇÕES DOS DIAS 26, 27 E 28 DE JUNHO DE 1927. A dramática e sofrida volta para casa. Infelizmente a série encerra aqui, mas espero em um curto espaço de tempo trazer outras histórias semelhantes a essa, que foi simplesmente espetacular. Agradeço a todos que acompanharam, curtiram e compartilharam a sequência de vídeos da série e aproveito para convidá-los para se inscreverem no canal e ativar o sino para receber todas as nossas publicações e atualizações. Valeu... Cabroeira! Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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[LAMPIÃO ENFURECIDO ]- ACABA CASAMENTO DEBAIXO DE BALA

 Por Sertão Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=pyzVMINdseA&ab_channel=SERT%C3%83OCANGA%C3%87O

No ano de 1923 Lampião e seus irmãos Antônio Ferreira e Livino, travaram um combate com a volante de Sinhosinho Alencar, no povoado Nazaré do pico estado de Pernambuco, no dia 31 de julho, dia do Casamento de sua prima Maria Licor Ferreira Lima. Texto: baseado no livro Lampião a raposa das caatingas do escritor José Bezerra Lima Irmão. #históriasdocangaço #Lampião #ocangaço

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NOSSO CONTINENTE

Clerisvaldo B, Chagas, 16 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.907

O nosso continente americano compreende três porções: América do Norte, América do Sul e América Central. Pode ser dividido de duas formas: pela parte física e pelas origens dos povos. Pela parte física é o que temos acima: América do Norte, América do Sul e América Central. Pela origem dos povos, temos: América Anglo-saxônica e América Latina.

A)  Pela parte física: América do Norte. Compreende 3 países: Canadá, Estados Unidos e México.

B)  Pela parte física: América do Sul. Compreende 12 países mais um departamento (estado) da França: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Mais o departamento da França (Guiana Francesa).

C)  Pela parte física: América Central: Compreende 20 países: 1. Antígua e Barbuda, 2. Bahamas, 3. Barbados,4. Belize,5. Costa Rica, 6. Cuba, 7. Dominica, 8. El Salvador, 9. Granada, 10. Guatemala, 11. Haiti, 12. Honduras, 13. Jamaica, 14. Nicarágua, 15. Panamá, 16. República Dominicana, 17.  Santa Lúcia, 18. São Cristóvão e Nevis, 19. São Vicente e Granadinas, 20. Trinidad e Tobago.

DIVISÃO do Continente Americano pelas origens dos povos: Pode ser em América-Saxônica (povos Anglos e saxões): Canadá e Estados Unidos.

América Latina (povos de origens latinas): Do México até o Chile.

Existem vários detalhes se você quiser saber. Pesquise diante de um mapa político das Américas. Exemplo: a América Central estar dividida em ilhas (Insular) e no continente (continental). Exemplo 2. Existem, mesmo assim, na América Central, países que falam línguas não latinas. Também a região tem outros nomes locais de classificação, mas o grosso é o que foi apresentado.

Obs. O Brasil é o único país do Continente inteiro que fala Português, pois foi colonizado pelos portugueses. O grosso da América Latina, fala o espanhol, pois foi colonizada pelos espanhóis. Ambas as línguas têm suas raízes no Latim, daí a denominação. E, finalmente, as nações europeias: França, Itália e Espanha, são também de origens latinas.

corcovado, na paisagem mais famosa da américa latina (getty imagi).

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MOSSORÓ COMPLETOU 171 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA.

 Por José Mendes Pereira

José Mendes Pereira e seu primo Júlio Batista Pereira na ponte de trem em Mossoró

No dia 15 de março de 2023, Mossoró - no Rio Grande do Norte, completou 171 anos de emancipação política, cidade que fez o bando de cangaceiros do capitão Lampião inclusive ele, sair daqui às carreiras sem levar nada do que tinha planejado.


Parabéns, Mossoró!

Eraldo Xaxá nosso primo na ponte de trem em Mossoró

Se você quiser conhecer Mossoró de Norte ao Sul e de Leste ao Oeste clique no link abaixo: Não é uma cidade melhor do que as outras, mas é uma beleza conhecê-la.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mossor%C3%B3

Rio Mossoró

Igreja de São Vicente que apoiou os defensores de Mossoró contra o bando de Lampião. Há quem diga que Lampião chamou esta igreja de bunda redonda.

Esta é a sua frente

Este é o Palácio da Resistência vizinho à Igreja de São Vicente.

Painel no Museu da Resistência de Mossoró.

Catedral de Santa Luzia em Mossoró

http://defato.com/mossoro/71964/encerramento-da-festa-de-santa-luzia-com-procisso-emociona-fiis

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SÓ COMO ARQUIVO... OBRA DE ARTE FEITO DE PALHAS DE MILHO

 Por Marilda Pompeu Do Valle

SHOW ESSA OBRA DE ARTE, TUDO FEITO EM PALHAS DE MILHOS

https://www.facebook.com/photo/?fbid=1430716704431973&set=gm.2165873670271731&idorvanity=311466259045824

O SOFRIMENTO DO CANGACEIRO QUINTA FEIRA PARA NÃO ENTREGAR LAMPIÃO E OS DEMAIS CANGACEIROS...!!!

 Por Histórias do Cangaço

O quanto sofreu o Cangaceiro Quinta Feira até entrar para o bando de Lampião... Quinta feira era vaqueiro por nome Horácio, em uma fazenda em Canapi Alagoas, e Lampião pediu que ele matasse um bode gordo para ele dar comida aos seus meninos cangaceiros. O vaqueiro prontamente matou o bode, cozinhou e deu aos cangaceiros. Uma mulher destas fuxiqueiras, que passava pela fazenda, presenciou tudo, correu foi até a cidade e falou com o Tenente José Lucena que mandou prender o vaqueiro.

Levou dias surrando o pobre coitado, para que ele falasse onde estava Lampião e demais cangaceiros. O vaqueiro nada falou! também apanhou tanto que pessoas que moravam perto da delegacia, saíram, porque não aquentava mais de ver e ouvir os gritos de sofrimento do vaqueiro... 

Quando este saiu da cadeia, seus familiares tiveram que rasgar toda a sua roupa do corpo de tanto inchaço! O vaqueiro levou meses na cama, e  quando melhorou, falou com sua mulher que ficasse com tudo, que ele iria fazer uma viagem sem volta. O vaqueiro foi ao encontro de Corisco, que ao relatar o acontecimento, o aceitou no cara no bando, era um dia de quinta feira e este foi o seu vulgo no cangaço. 

Quinta Feira andou no bando de Corisco, de Mariano, Ângelo Roque e muitos outros sub grupos. Quando Lampião soube da sua fama, tratou logo de convidar Quinta Feira para seu bando. O cangaceiro veio a morrer juntamente com Lampião e Maria Bonita e demais cangaceiros, no dia 28 de Julho de 1938, na grota do Angico.

Segue nossa página

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/permalink/2216113545264244/

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A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO EM MOSSORÓ

Por  Tomislav R. Femenick 

Integra da Palestra proferida pelo Prof. Tomislav R. Femenick no Instituto Histórico e Geográfico do RN, no dia 26.09.2019.

Neste mês se comemora o 136º aniversário da abolição da escravidão na terra de Santa Luzia de Mossoró. Mas será que sabemos o que é comemorado? Ou somente se sabe que é um festejo?

Neste século XXI, época das descobertas espaciais, quando outros planetas e outros sistemas solares começam a ser visitados por sondas terrestres, tempo das comunicações globalizadas por satélites e das guerras “limpas” comandadas à distância e programadas por computadores (guerras que mais parecem jogos de videogame, porém decisões que podem vitimar milhares de vidas); neste século XXI a escravidão é vista pelo mundo civilizado como uma aberração do comportamento humano ou, no mínimo, como uma herança que sobreviveu aos tempos em que os homens eram menos racionais, uma prática de povos bárbaros, limitada a regiões não civilizadas. Esta seria uma visão correta não fosse o fato de que resquícios da escravidão tenham sobrevivido até neste novo século, embora disfarçada, escondida, dissimulada.

https://www.tribunadenoticias.com.br/2019/01/voce-conhece-historia-dos-escravos.html

Sabendo-se que somente fenômenos incomuns e anormalidades é que podem ser considerados como aberrações, temos, pois, que do ponto de vista histórico, desconsiderar essa classificação pelo simples fato de que, no passado de quase todos os povos do mundo, há a presença do escravismo como prática, quando não como instituição – em ambos os casos fazendo parte do “inconsciente coletivo” da sociedade humana. Os povos que não a exercitaram formam uma minoria tão inexpressiva que, do ponto de vista acadêmico, somente servem para confirmar a regra.

Passei vinte anos de minha vida pesquisando a escravidão em vinte e cinco países, em quatro continentes. Foi a base de minha dissertação de mestrado em economia, com extensão em sociologia e história. Mais tudo isso começou lá na antiga sede do Museu Municipal de Mossoró com a visão de um estandarte verde claro onde estava escrito Mossoró Livre, em letras que a memória me diz serem douradas. Ou ouvindo as histórias contadas pelo seu Terto Aires, na calçada do meu tio, o Padre Mota.

Mas voltemos a questão inicial: o que realmente é a escravidão? Essa é uma indagação que deve preceder a todo e qualquer estudo que trata do assunto. Daí a necessidade de se fazer uma digressão teórica sobre o assunto. Em alguns livros é comum encontrar explicações incompletas e até controversas entre si, pois este é um terreno de uma das ciências humanas, capazes de suportar posições opostas e até de negativas conjuntas, que têm por base interpretações de evidências – e as interpretações envolvem julgamento de valor e todo julgamento é marcado por preconceitos.

Assim, nessas obras o conceito sobre a escravidão é genérico – geralmente simplesmente dizem que é “um sistema em que alguns seres humanos são tratados como se fossem propriedades de outros seres humanos, podendo ser vendidos e comprados”. O significado também é genérico: seria “um fenômeno que consiste em uma pessoa dispor o trabalho de outra pessoa, sem remunera-la”. A definição, no entanto, é taxativa: “escravidão é o status do escravo, a pessoa que está sob o domínio de uma outra pessoa, portanto privado da liberdade”. É na definição do que seja a escravidão que se encontra a unanimidade: ao escravo é negado o direito à liberdade.

Todas as sociedades humanas aceitaram a escravidão. Até na Grécia Antiga, o berço da democracia, a escravidão era prática comum. Aristóteles, em A Política, desenvolveu o raciocínio de que existiam dois tipos de escravos: os legais, homens livres que foram escravizados circunstancialmente; e os naturais, aqueles que teriam nascido para serem escravos. Já na África negra, a instituição da escravidão estava intensamente arraigada à concepção de vida, à economia e à forma de pensar politicamente. No reino de Benim, além de escravizar os cativos de guerra (coisa comum em todas as sociedades escravocratas, desde a pré-história), todas as pessoas do país eram consideradas escravas do rei, até os mais importantes membros da corte.

Em síntese: a escravidão é uma categoria de relacionamento social e econômico, que tanto pode ser estabelecida pelos costumes como pela lei, isto é, pelo direito consuetudinário ou pelo status jurídico organizador de uma determinada sociedade. Sua característica primordial é reconhecer a algumas pessoas a prerrogativa de terem o direito de propriedade sobre outras, as quais podem ser obrigadas a trabalhar de forma coercitiva, para os seus proprietários. Desta forma o senhor apropriava-se da maior parcela do produto do trabalho do escravo, deixando-lhe apenas o necessário para sobreviver, além de poder dispor do escravo como se fosse uma mercadoria qualquer. Na forma mais radical de escravidão, o escravo é reificado, desprovido de sua autonomia e de sua dignidade, transfigurado, transformado de indivíduo em coisa, em objeto, por meio de um processo de alienação em que perde a sua qualidade de ser humano, em função da uma realidade objetiva adversa. Legalmente o escravo é apenas mais uma mercadoria, que pode ser adquirida por captura ou compra; após isso o dono obtém o direito de vender, penhorar, dar ou trocar por qualquer outra mercadoria ou direito, sem que o escravo envolvido na transação possa expressar ou exercer qualquer opinião ou direito.

Mas nem todos os sistemas escravagistas foram iguais. A divisão mais comum é sem dúvida a diferença entre a escravidão antiga (ou clássica) e a escravidão moderna, a das colônias americanas.

 A Escravidão Clássica

 A evolução da capacidade do homem de produzir e a institucionalização da escravidão como categoria social e econômica andaram pari passu, simultaneamente e, repito, não foi fato singular, existente em determinada região da terra. Ao contrário, com maior ou menor intensidade é elemento evidenciado nos estudos históricos da maioria dos povos.

Nessa fase evolutiva da civilização, o escravismo se caracterizou pelo trabalho forçado, destinando-se a atender às necessidades comunais. O estudo dessas sociedades evidencia que uma parcela da sociedade trabalha e produz, enquanto outra somente se beneficia do resultado do trabalho do produtor direto. A distribuição e o consumo da riqueza obtidos nessas sociedades tinham proporção inversa ao esforço para obtê-los. Os produtores diretos ficavam com o mínimo necessário para continuarem vivos e trabalhando e os seus senhores recebiam o restante, a maior parte. Somente nos grandes impérios havia a produção de excedentes em maior proporção, destinados aos mercados internos e externos. Assim aconteceu na Mesopotâmia, na Suméria, no Império da Babilônia, na China, na Índia, no Egito Antigo, entre os Hebreus e na Roma Republicana e Imperial. Aconteceu também na América pré-descobrimento entre os Olmecas, os Maias, os Astecas e os Incas.

Em quase todos esses casos, em todas essas nações, o que o escravo produzia era tão somente o necessário para suprir as necessidades imediatas dos seus senhores, pois quase não se pensava em produzir excedentes em larga escala. A estrutura econômica dessas sociedades tinha uma visão limitada ao seu território; raras eram as exceções.

 A Escravidão Moderna

 O descobrimento da América deu-se em um período da história conhecido pela expansão do poder europeu, que já tinha explorado a costa ocidental da África e descoberto o caminho para as Índias. O encontro deste Novo Mundo não teria sentido para a Europa de então se não o explorasse, se dele não tirasse proveito. Primeiro tentaram escravizar os nativos, porém teve pouca representatividade numérica, geográfica e, em alguns casos, temporal. Sem dúvida existiu no Caribe, América Central, México, Peru e no Brasil, principalmente. No Caribe, logo os indígenas foram drasticamente reduzidos, na América Central os indígenas eram pouco numerosos, no Brasil sua utilização foi limitada (ou teve relativa importância nas regiões norte e centro-sul). No México e nos Andes é que realmente superaram a escravidão negra.

No Novo Mundo, o homem criou uma sociedade nova quando construiu uma nova relação sua com a natureza, quando transformou a própria natureza em coisa nova e quando desenvolveu uma nova maneira de se apropriar dos recursos naturais, uma nova forma de se apropriar de seus produtos (produtos da natureza) e de agir sobre si mesmo. Singular é que entre os mesmos fatores que contribuíram para a formação do novo sistema escravista, a escravidão moderna, estava a cor negra da pele do escravo – fato gerador do preconceito contra os africanos e seus descendentes.

E aqui se levanta uma questão: quantos foram os escravos africanos introduzidos na América? Há tentativas de se chegar a um número plausível, utilizando-se métodos quantitativos acadêmicos aceitáveis, por grandes que sejam as variações; mas são tentativas, tão somente tentativas. A quantificação mais plausível é que tenha sido algo em torno de dez milhões. Para o Brasil vieram entre três e meio e cinco milhões de africanos. Aprisionados em sua terra natal, afastados do convivo de sua família, brutalizados nos confinamentos dos portos de embarques e na travessia do Atlântico, aqui vendidos em praças públicas como se animais fossem.

Esse novo tipo de escravidão diferenciava-se da escravidão clássica em vários aspectos, principalmente pelo grande número dos escravos e pelo volume e destino da produção; produção em grande escala e quase toda ela voltada para a comercialização no mercado internacional. O açúcar, o rum, o algodão, o fumo, o café, a prata, o ouro produzido na América era destinado à Europa, que os beneficiava. Alguns deles, como o rum e algodão – este transformado em tecido –, também serviam como moeda de troca por novos escravos na África, escravos que eram trazidos para a América para produzirem mais açúcar, mais rum, mais algodão, mais fumo, mais café, mais prata, mais ouro. Em resumo: mercadorias europeias eram levadas para a África onde eram trocadas por escravos, que eram trazidos para a América, onde em trocados por produtos das colônias que eram levados para a Europa, onde o ciclo se completava e tudo se reiniciava. Havia variantes desse triângulo. Produtos das Antilhas iam para as colônias inglesas da América do Norte e vice-versa. Produtos brasileiros iam para a África. Negros eram reexportados das Antilhas para as Colônias do Norte ou para a América do Sul, ou em sentido inverso. Entretanto, o tráfico sempre esteve no âmago do pacto colonial: estava inserido na transferência de renda da colônia para a metrópole; impulsionou a acumulação capitalista primitiva; foi um instrumento do desenvolvimento da América e, principalmente, da Europa; um instrumento do atraso, da pobreza, do despovoamento e de martírio para os povos da África negra.

 A escravidão em Mossoró

Reli recentemente alguns textos de novos historiadores sobre o fenômeno da escravidão em Mossoró. Notei que em uns poucos deles desponta se não uma tendência, porém uma presunção, de dessacralização do movimento abolicionista que teve a sua eclosão naquela memorável reunião de trinta de setembro de 1883 e na mensagem mandada ao senhor imperador, dizendo que “nesta terra todos são livres mesmo contra sua vontade” – poderiam ter poeticamente completado, “como é livre o vento sussurrante nas palmas dos carnaubais”.

Esses novéis contadores de história devem ter lido apressadamente alguns trechos de livros sobre teorias marxistas e se empolgaram com os conceitos mais divulgados – e por isso mais fáceis de compreender – sobre os conceitos de modo de produção e do etapismo leninista-stalinista. Do primeiro pinçaram a noção de que “todo modo de produção possui em si mesmo as contradições que levarão à sua substituição por um processo mais avançado”. Do etapismo aceitaram a versão de que os modos de produção evoluem de forma ordenada do comunismo primitivo ao comunismo científico (seja lá o que isso for), coisa que Marx nunca disse em parte alguma. Estes estudiosos geralmente fazem “releituras” sobre assuntos particulares que, via de regra, nada mais são que tentativas de desvalorizar fatos maiores em troca do destaque de outros assuntos que, se algumas vezes também importantes, não têm fôlego para sobrepujar o âmago da questão.

Um forte argumento dessa nova história é que as atividades econômicas desenvolvidas na Mossoró da segunda metade do século XIX prescindiam da mão de obra escrava, pois aqui seria um empório comercial. De fato, o modo de produção econômica de nossa região não estava centrado na mão de obra escrava, que era periférica ou senhorial, caseira, de prestação de serviço á casa dos senhores. Isso não quer dizer que não houvesse escravos nas plantações de algodão, nas salinas e nas fazendas de criação de gado. Havia sim, porem eram em pequeno número.

O mesmo aconteceu em nosso Estado. Segundo Paulo Pereira dos Santos – meu colega na diretoria do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – em 1600, quando a primeira Sesmaria foi concedida, seu beneficiário João Rodrigues Colaço usou “escravos vindo de Guiné”, cuja “presença foi constante no processo produtivo” da província, porém em outras regiões que não o Oeste. No entanto, os portos de desembarque desses trabalhadores eram Mossoró, Areia Branca e Macau. Essa carga humana era procedente da África (em menor número), do Maranhão e de Pernambuco. Desses pontos os africanos e seus descendentes eram levados para o agreste e o Seridó. Porém as condições geográficas desses lugares propiciavam que houvesse muitas fugas de cativos.

Por outro lado, o Rio Grande do Norte não dependia totalmente da força de trabalho escrava para o seu desenvolvimento. Em 1811 a Província possuía uma população de 49.250 habitantes, dos quais 8.072 eram negros; poucos alforriados. Em 1835, o numero de negros subiu para 12.363, porém já com 6.247 libertos; a metade.

O mesmo fenômeno aconteceu com Mossoró, que nunca foi uma sociedade predominantemente escravocrata do ponto de vista econômico; somente o aspecto social da escravidão aqui houve em destaque. Em 1862 havia no Município 2.493 habitantes, dos quais somente 153 eram escravos, cerca de 6% das pessoas. A cidade não era produtora de cana de açúcar e não possuía engenhos, as lavouras de algodão (diferentes de outras regiões) não usavam grande número de escravos e a pecuária exigia pouca mão de obra. Em junho de 1883, ano da abolição, havia 126 escravos em nossa terra; 40 foram alforriados em 13 junho e 86 em setembro, do mesmo ano.

Mesmo pouca a mão de obra escrava não deixava de ser fonte de lucros. Segundo Camara Cascudo, “em Mossoró diversas casas comerciais tornaram-se compradoras de escravos, destacando-se entre elas a Mossoró & Cia, do Barão de Ibiapava”, pertencente ao ex-presidente da província do Ceará.

http://genivanvale.blogspot.com/2015/09/mossoro-festeja-132-anos-de-libertacao.html

 A Abolição

A abolição da escravatura em Mossoró deu-se no contexto abolicionista nacional, grandemente influenciado pelos acontecimentos do vizinho Estado do Ceará. Nessa época, o parlamento imperial, pressionado pela opinião pública e por algumas lideranças políticas, discutia leis que pregavam à abolição imediata, outras que eram totalmente contrárias e outras mais que queria uma “abolição gradativa“.

Enquanto isso a sociedade civil se organizava contra a escravidão: Em 1880, Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e outras figuras importantes criaram, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. Também no Rio, filósofos como Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, se engajaram na campanha. Em São Paulo o advogado Luís Gama, um ex-escravo, transformou-se em um dos maiores heróis da causa emancipadora. No Recife, os alunos da Faculdade de Direito fundaram uma associação abolicionista, da qual eram sócios Castro Alves, Rui Barbosa, Aristides Spínola, Plínio de Lima, Regueira Costa.

 A Maçonaria e a Abolição

 A Maçonaria teve participação destacada e decisiva na campanha pela abolição da escravidão no Brasil. Isso é comprovado pelo fato de que quase todos os principais líderes da abolição eram maçons. José Bonifácio, o patriarca da independência e pioneiro da pregação da abolição; Eusébio de Queirós; que aboliu o tráfico de escravos; o Visconde do Rio Branco e outros abolicionistas como Luís Gama, Antônio Bento, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Silva Jardim e Rui Barbosa eram maçons. Os maçons David Canabarro e Bento Gonçalves deram exemplos práticos de abolicionismo quando, em 1839 declararam a emancipam de escravos, durante a Guerra dos Farrapos.

A história abolicionista da Maçonaria de Mossoró vem de 1875, quando passou a vedar a iniciação em seus quadros de pessoas que fossem comerciantes de escravos. Antes disso, no ano anterior o maçom Jeremias da Rocha Nogueira já propugnava pela “emancipação dos cativos”. No dia 24 de dezembro de 1882, como em datas anteriores, no templo maçônico foram entregues cartas de alforrias para alguns escravos, fruto do “fundo de emancipação”. Segundo o Historiador Raimundo Nonato: “A Maçonaria de Mossoró foi a grande incentivadora do grande movimento Libertário, em Mossoró”.

 O 30 de setembro

 Muito já se disse sobre os acontecimentos do dia 30 de setembro de 1833, em Mossoró. Muito já se contou sobre a sessão solene que quebrou os grilhões que prendiam a terra de Santa Luzia à aberração da escravidão. Muito já se falou sobre os homens que deram aquele grito de liberdade. Por isso é-nos limitada a abordagem de assunto tão nobre, porém já tão conhecido. Então, acho que é mais recomendado analisar a conjuntura daquele momento.

A ideia de libertar os escravos – mesmo sem chancela de uma Lei ou qualquer outro instrumento legal em nível do Império – teve início no Ceará nos anos de 1970 e se propagou mais intensamente a partir do início da década seguinte. As libertações dos escravos se iniciaram por Acarape, no dia 1º de janeiro de 1883, que emancipou 116 escravos; depois vieram outras, como em Paracatuba, São Francisco, Barurite, Icó, Fortaleza, por exemplo.

Segundo Emanuel Pereira Braz, “no momento imediatamente anterior à abolição dos escravos nesta cidade, a propagação do movimento não encontrou proprietários de escravos receosos de perderem seu patrimônio, ou exigindo indenização para libertar seus escravos. Não há registros de depoimentos de políticos no âmbito local que fossem contrários ao abolicionismo”. O que se encontrava aqui era a difusão da uma consciência libertária, tanto é que nenhum senhor de escravo questionou a abolição ou pressionou por indenização.

Em Mossoró, a ideia de libertar os escravos se consolidou no decorrer de uma homenagem, que teve lugar em dezembro de 1882, prestada pela Loja Maçônica 24 de Junho a Romualdo Lopes Galvão pelo seu casamento com Amélia Dantas de Souza Melo, acontecido no dia 5 do mesmo mês, em Fortaleza. Dona Amélia era portadora de uma “prancha” da Maçonaria cearense endereçada aos maçons de Mossoró, propugnando a participação de todos na luta emancipadora. No dia 06 de janeiro de 1883 a “Sociedade Libertadora Mossoroense” foi instalada, na Câmara Municipal, que funcionava do edifício da Cadeia Pública, hoje Museu Lauro da Escóssia.

Segundo o historiador Geraldo Maia, a Sociedade Libertadora estabeleceu uma meta para alcançar seu objetivo de libertar todos os escravos que viviam em Mossoró. “Foi instituído o 30 de setembro para que até esse dia os 86 escravos que aqui existiam fossem libertos”.

Diz, ainda, Geraldo Maia:

 Um ponto interessante é que aqui na cidade, os escravos libertos continuaram vivendo nas fazendas, não mais como cativos, e sim como funcionários, remunerados. Ou seja, foi um movimento organizado, diferente do aconteceu com a Lei Áurea, quando os escravos foram expulsos das fazendas, tornando-se marginalizados.

 Desde 1913, através da Lei nº 30, o dia 30 de setembro foi declarado feriado municipal e, desde então, passou a ser a grande data cívica mossoroense. Em recente reunião do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Almino Afonso Neto (ou Almino Monteiro Álvares Affonso), ex-ministro, deputado federal e vice-governador de São Paulo, disse que esse é um fato único: uma cidade comemora como sua data não o dia de sua emancipação política, mais a sua emancipação social, a libertação dos seus antigos escravos.

Mas devemos preencher uma lacuna que sempre acontece: grande número das comemorações do dia 30 de setembro parece se esquecer do Clube do Spartacus e da figura de Rafael Mossoroense da Glória, seu presidente. Após a abolição, nossa cidade passou a ser o destino preferencial para os escravos fugidos e que viviam em regiões escravocratas. A lei garantia aos senhores de escravos, a devolução dos seus cativos, que, além do mais, por isso poderiam ser castigados. Aqui esta uma das muitas contradições do regime escravocrata: a legislação era, em sua essência, totalmante dual. Negava ao escravo os direitos das leis, sob a desculpa de que o seu estado de reificado tirava-lhe a condição de cidadão, ao mesmo tempo em que lhe exigia os deveres das leis, sob a alegação de que sua condição de “ser” assim exigia.

Visando dar cobertura aos escravos fugidos, foi criado o “Clube dos Spartacus”, que tinha por objetivo dar guarida e refugio aos escravos que aqui chegavam escapando das amarras de seus donos e, mais importante, evitar que os seus donos ou os capitães de mato os descobrissem. Esse clube era a tropa de elite dos abolicionistas e tinha um ex-escravo como presidente, Rafael Mossoroense da Glória, e como secretário seu antigo dono, Alexandre Soares do Couto.

Senhores, senhoras. Todo o movimento que desembocou no que hoje chamamos simplesmente de “30 de setembro”, tinha como fulcro, a parte essencial e mais importante, uma simples palavra: liberdade. Liberdade é condição daquele que não se acha submetido a qualquer força física ou legal, é condição daquele que não é cativo ou que não é propriedade de outrem, é a faculdade de decidir ou agir segundo a própria determinação.

Segundo a filosofia, liberdade é um conjunto de direitos, inerente ao indivíduo, de exercer a sua vontade dentro dos limites da lei. De acordo com a ética, a liberdade está relacionada com responsabilidade, uma vez que um indivíduo tem todo o direito de ter liberdade, desde que essa atitude não desrespeite a liberdade dos outros, não ultrapasse os princípios da ética e da Lei.

Mas será que isso explica realmente o que é essa coisa chamada liberdade? Não. Acho que não. Liberdade é um sentimento sublime que se deve saber que existe, mas que não se deve ter necessidade de nela pensar – a não ser de forma acadêmica ou em solenidades como esta. A humanidade somente pensa na liberdade quando dela sente falta. A liberdade é como as borboletas, os anjos, os santos, algo diáfano, delicado e que se deve preservar com carinho; todavia com todo o afinco possível. E devemos nos lembrar de que sempre que a liberdade do outro desaparece a nossa está ameaçada.

 Meus senhores e minhas senhoras,

 Felizes de nós que recebemos por herança a pira da liberdade, da cidadania. Felizes de nós que temos heróis a quem cultuar. Felizes de nós que sabemos que a liberdade é uma chama quase efêmera e que para sobreviver necessita de uma vigilância sem trégua; agora não contra a escravidão, mas contra os arrotos dos governos autoritários – de esquerda ou de direita –, o aparelhamento do Estado, o tratamento desigual dos códigos e trâmites legais, os privilégios classistas e das autoridades e elites impuníveis. Todo dia é dia de luta. Bravos são aqueles dentre nós que a vigiam; que zelam pela liberdade.

https://www.tomislav.com.br/a-abolicao-da-escravidao-em-mossoro/

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DIÁRIO DO CORONEL ANTÔNIO GURGEL. PARTE VI.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=hhA-bySHaCE&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE. ANOTAÇÕES DOS DIAS 24 E 25 DE JUNHO DE 1927. - A fome e o sofrimento dos sitiados. - O ataque das Forças Volantes ao bando. - A libertação dos reféns. Entre outros assuntos. Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. Não se esqueçam de se inscreverem no canal e ativar o sino para receber todas as nossas publicações e atualizações. Forte abraço... Cabroeira!
Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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JARARACA … UM DOS PRINCIPAIS PROTAGONISTAS DO ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ .

 Por Manoel Severo Barbosa


O Cangaceiro Jararaca; um dos mais destacados chefes de subgrupo de Lampião; encontraria a morte do malfadado ataque à Mossoró em 13 de junho de 1927. Baleado em combate e capturado, acabou sendo enterrado vivo e tornando-se um “santo”; com o túmulo mais visitado no cemitério da capital do Oeste potiguar …

Visita do Cariri Cangaço à Mossoró

Fórum do Cangaço da SBEC

10 de junho de 2023

Vem aí a Rota do Cangaço do Oeste Potiguar

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O INÍCIO DA VIDA DE TUBMAN

 Por Michael Richard Sr.

Chamada de Araminta Ross, Tubman nasceu em 1822 na costa oriental de Maryland. Quando perguntada mais tarde na vida, Tubman disse que começou a trabalhar como empregada doméstica aos 5 anos. Ela lembrou que suportou chicotadas, fome e trabalho árduo mesmo antes de chegar à adolescência.

Ela trabalhou nas plantações de tabaco de Maryland, mas as coisas começaram a mudar quando os agricultores mudaram sua safra principal para o trigo.

Os grãos exigiam menos trabalho, então os proprietários de escravos começaram a vender seus escravos aos proprietários de plantações no Extremo Sul.

Harriet Tubman foi uma abolicionista e ativista americana. Nascida escravizada, Tubman escapou e, subsequentemente, fez 19 missões para resgatar cerca de 300 pessoas escravizadas, incluindo familiares e amigos, usando a rede de ativistas antiescravatura e abrigos conhecida como Underground Railroad. Duas das irmãs de Tubman foram vendidas a um traficante de escravos. Uma teve que deixar seu filho para trás. Tubman também vivia com medo de ser vendida.

Quando ela tinha 22 anos, Tubman se casou com um negro livre chamado John Tubman. Por motivos que não são claros, ela mudou de nome, usando o nome da mãe e o sobrenome do marido. Seu casamento não mudou sua condição de escrava. Cinco anos depois, circularam rumores na comunidade escravizada de que os traficantes de escravos estavam mais uma vez rondando a costa leste. Tubman decidiu se apoderar de sua liberdade em vez de enfrentar o terror de ser acorrentada com outros escravos para serem levados, o que muitas vezes era chamado de "gangue de cadeia."

Tubman invadiu a floresta e, com a ajuda de alguns membros da Underground Railroad, caminhou 90 milhas até a Filadélfia, onde a escravidão era ilegal. A Underground Railroad era uma rede frouxa de afro-americanos e brancos que ajudavam escravos fugitivos a escapar para um estado livre ou para o Canadá. Tubman começou a trabalhar com William Still, um balconista afro-americano da Filadélfia, que ajudou escravos a encontrar a liberdade. Depois que a Guerra Civil começou, Tubman se ofereceu para servir como espiã e escuta para o Exército da União. Ela acabou na Carolina do Sul, onde ajudou a liderar uma missão militar no rio Combahee. Localizado a meio caminho entre Savannah, Geórgia, e Charleston, Carolina do Sul, o rio era ladeado por várias plantações valiosas que o Exército da União queria destruir. Tubman liderou cerca de uma dúzia de missões de resgate que libertaram cerca de 60 a 80 pessoas. Ela normalmente resgatava pessoas no inverno, quando as longas noites escuras forneciam cobertura, e ela frequentemente adotava algum tipo de disfarce. Mesmo sendo a única “condutora” em missões de resgate, ela dependia de algumas casas conectadas à Estrada de Ferro Subterrânea como abrigo. Ela nunca perdeu uma pessoa escapando com ela e ganhou o apelido de Moisés por levar tantas pessoas à “terra prometida”, ou liberdade. Harriet Tubman trabalhou como escrava, espiã e, eventualmente, abolicionista. O que acho mais fascinante, como historiador da escravidão americana, é como sua crença em Deus ajudou Tubman a permanecer destemida, mesmo quando ela se deparou com muitos desafios. Tubman ajudou a guiar três barcos a vapor da União em torno das minas confederadas e depois ajudou cerca de 750 escravos a escapar com as tropas federais.

Ela foi a única mulher a liderar homens em combate durante a Guerra Civil. Após a guerra, ela se mudou para Nova York e atuou na campanha pela igualdade de direitos para as mulheres. Ela morreu em 1913 aos 90 anos. Fotografia de 1887 de Harriet Tubman, seu marido Nelson Davis e sua filha adotiva Gertie.

Harriet Tubman se casou com seu segundo marido, Nelson Davis, em 18 de março de 1869, com quem adotaram a filha Gertie. Nascido na Carolina do Norte, seu marido serviu como soldado raso no 8º Regimento de Infantaria Colorida dos Estados Unidos de setembro de 1863 a novembro de 1865. Nelson morreu em 14 de outubro de 1888 de tuberculose.

A grande Harriet Tubman morreu de pneumonia em 1913, aos 93 anos, cercada por familiares a quem ela disse: “Vou preparar um lugar para você”.

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