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sábado, 26 de março de 2022

RAINHA ELIZABETH SE RECUSA A USAR CADEIRA DE RODAS POR "MALDIÇÃO" NA FAMÍLIA REAL

 Por Stefanie Gaspar

Após um tempo longe de eventos públicos, a rainha Elizabeth II voltou a aparecer em uma comemoração dos 70 anos da empresa de artesanato Halcyon Days, que expôs algumas das peças raras da família real britânica.

O evento aconteceu na casa da monarca, o Castelo de Windsor, e fontes próximas à família real explicaram o motivo pelo qual a rainha se recusa a usar uma cadeira de rodas. Já com 95 anos e mobilidade reduzida, a rainha ganharia muito em qualidade de vida caso decidisse usar uma cadeira motorizada.

Imagem do google - https://www.estrelatour.com/castelo-windsor/

De acordo com as fontes, ela se recusa a aparecer em público com a cadeira por uma superstição: a princesa Margaret, irmã de Elizabeth, apareceu de cadeira de rodas em público meses antes de sua morte. As informações são do Daily Mail.

Preocupação dos médicos

Palácio de Buckingham anunciou nesta sexta-feira (11) que a rainha Elizabeth II não irá participar da tradicional missa da Commonwealth, grupo de 54 nações que ela é monarca, que acontece na próxima segunda-feira (14).

O comunicado pegou a imprensa internacional com surpresa e reacendeu o alerta sobre a saúde da monarca, que foi diagnosticada com covid-19 nas últimas semanas. Este seria o primeiro compromisso público de sua majestade desde o diagnóstico da contaminação.

Imagem do google - https://oglobo.globo.com/boa-viagem/jardim-do-castelo-de-windsor-reabre-ao-publico-pela-primeira-vez-em-40-anos-24574266

À época o Palácio informou que Elizabeth II estava com sintomas de um resfriado leve e que seguiria sua agenda de forma virtual, e assim fez. Mas aos 95 anos ela voltou a ser aconselhada pelos médicos pessoais a descansar pelos próximos dias e evitar grandes eventos.

Imagem do google - https://www.istoedinheiro.com.br/rainha-elizabeth-ii-recebe-joe-biden-e-sua-esposa-no-castelo-de-windsor/

No trono há mais de 70 anos e com 95 de vida, a saúde da rainha começou a preocupar os súditos e fãs em outubro do ano passado, quando ficou internada por uma noite no hospital e a causa da doença não foi especificada ao público. Semanas depois comunicados informaram que ela reduziria os compromissos por orientação médica e não deveria mais beber seu tradicional drink diariamente.

https://br.vida-estilo.yahoo.com/rainha-elizabeth-se-recusa-a-usar-cadeira-de-rodas-por-maldicao-na-familia-real-135452088.html

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BATERISTA DO FOO FIGHTERS MORRE NA COLÔMBIA; BANDA TOCARIA NO LOLLA DOMINGO

 

Taylor Hawkins na premiére de "Studio 666" no TCL Chinese Theatre, em fevereiro (Photo by Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic)

O baterista do Foo Fighters, Taylor Hawkins, faleceu aos 50 anos. A notícia foi confirmada por volta de 0h deste sábado (26) nas redes sociais da banda. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Segundo informações da emissora colombiana Caracol, o baterista foi encontrado sem vida, nesta sexta (25), em um hotel de Bogotá, capital do país.

"A família Foo Fighters está devastada com a trágica perda de nosso amado Taylor Hawkins", publicou a conta oficial do grupo no Instagram. "Seu espírito musical e sua risada contagiante vão viver conosco para sempre", diz outro trecho da mensagem que pede privacidade à esposa, aos filhos e a toda a família do músico nesse momento difícil.

Lollapalloza 2022

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O Foo Fighters estava na Colômbia, onde se apresentaria no Festival Estéreo Picnic, realizado neste fim de semana. Com a fatalidade, o show que a banda faria na noite de hoje (25) foi cancelado e, segundo a organização do evento, o mesmo foi feito com o restante da turnê sulamericana.

O grupo também estava na programação do Lollapalooza Brasil, que acontece neste fim de semana, em São Paulo, no Autódromo de Interlagos. Em nota nas redes sociais, o Lolla lamentou o óbito. "Estamos absolutamente devastados pela perda do nosso amigo, Taylor Hawkins. Não há palavras para descrever o que ele significou para nós e para todos os fãs de música ao redor do mundo". O Foo Fighters estava escalado como uma das principais atrações do Palco Budweiser no domingo (27).

https://br.vida-estilo.yahoo.com/baterista-do-foo-fighters-morre-na-colombia-banda-tocaria-no-lolla-domingo-032121223.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuZ29vZ2xlLmNvbS5ici8&guce_referrer_sig=AQAAAKGA8ZuGsQUHpho7zNyE9YFCAsCmb-JKmmLetLR3iEpRgnFQDC6lZrUEA52fda9oXiTiJyi6kRBOVQ8euhnuWA0Se_58kGllzCoDGZw10fHbdpc0f5yn4VM0T7cPrvIqhVFnRaDzgyaYmpkJsjm4ZhFdb_t7x2B_DUdGg0lvg3Ew

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RECORDAR NUNCA É DEMAIS.

Por Geraldo Antônio De Souza Júnior

Fotografia registrada no Cemitério da Saudade na cidade mineira de Belo Horizonte e em frente ao túmulo onde estão sepultados Moreno III (Antônio Ignácio da Silva / José Antônio Souto), antigos integrantes do bando de Lampião. 

Tendo como companhia a minha estimada amiga Neli "Lili" Maria da Conceição, filha do casal cangaceiro.

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NO POVOADO ALAGADIÇO, DE FREI PAULO/SE, O MUSEU DO CANGAÇO, PROPRIEDADE DO DR. ANTÔNIO PORFÍRIO. VISITE-O. ANTONIO CORREA SOBRINHO.

 Por Antônio Corrêa Sobrinho

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“DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A LER” – CONHEÇA A MAIS INTENSA E REVOLUCIONÁRIA EXPERIÊNCIA EDUCACIONAL REALIZADA NO BRASIL – E ELA ACONTECEU EM NATAL!

 

FONTE – DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A LER- Uma Experiência revolucionária – Boletim da VIII SESAC – Semana de Estudos da Semana Comunitária, Natal-RN, abril de 1981, págs. 37 a 39.

NOTA – Esse texto é dedicado a Professora Claudete Lourenço Alves, que trabalhou nesse projeto, me comentou anos atrás sobre sua participação com muito orgulho e lembrava principalmente do progresso que conseguia junto as crianças com o método. Infelizmente Clau, como a minha família carinhosamente lhe chamava, não está mais nesse plano, mas jamais esqueci seu relato.

Durante três anos — de fevereiro de 1961 a abril de 1964 — Natal viveu uma das experiências mais importantes na História do Brasil em termos de educação popular. Foi a campanha “De pé no chão também se aprende a ler”, iniciativa do prefeito Djalma Maranhão, o líder que morreu de saudade, exilado em Montevidéu, e cujos restos mortais estão depositados hoje no tradicional Cemitério do Alecrim.

O prefeito Djalma Maranhão discursando em novembro de 1960. A sua esquerda, posicionado um pouco mais atrás, está Miguel Arraes, então governador de Pernambuco. Também se encontram na foto Moacir de Goés, Roberto Furtado e Aldo Tinoco.

O principal assessor de Djalma na área educacional — Moacir de Góes — que era Secretário Municipal de Educação, Cultura e Saúde, esteve à frente dessa experiência que chegou a movimentar cerca de 17 mil alunos nos bairros natalenses,não só com aulas, mas também com debates e outras atividades culturais. A dura repressão desencadeada em 1964 conseguiu paralisar “De pé no chão também se aprende a ler”, mas não impediu que a memória daquela mobilização popular ficasse na consciência de todos os que a viveram.

A Natal dos anos de 1960 era uma cidade de 160 mil habitantes. dos quais 36 mil eleitores. O seu líder popular mais expressivo — Djalma Maranhão lá havia sido prefeito nomeado de 1956 a 1959, quando a capital era considerada “cidade base”, de acordo com a Constituição de 1946, e não podia eleger diretamente seu prefeito.

Djalma Maranhão

Em 1960. Djalma foi eleito com 66% dos votos e seu Partido – o Partido Trabalhista Nacional, PTN – fez aliança com a dissidência da UDN (União Democrática Nacional), representada por Aluízio Alves, candidato a governador: e com o PSD (Partido Social Democrático) que apresentou como candidato a vice-governador monsenhor Walfredo Gurgel. Já no plano nacional, Djalma e Luiz Gonzaga dos Santos, seu candidato a vice, deram apoio à chapa do marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, do PSD.

Foi neste contexto político que a Secretaria de Educação do município começou a campanha “De pé no chão também se aprende a ler”, com dois objetivos básicos: a erradicação do analfabetismo e a execução de uma política de educação e cultura popular, definida a nível de unia proposta das classes subalternas.

Entre 1960/1964, estas classes estavam organizadas em Comités Nacionalistas ou Comités de Ruas, que se reuniam regularmente para a discussão de temas políticos — tais como o latifúndio, o imperialismo — e temas específicos dos bairros e ruas, como água, luz, esgoto e outros equipamentos comunitários.

Destes comités surgiram as convenções de bairros (uma das mais dinâmicas funcionou no Alecrim), visando fazer uma listagem dos problemas comunitários, incluindo propostas de solução. Este trabalho de base levou à convocação de uma convenção municipal, de onde foi tirada a plataforma de Djalma Maranhão.

O ponto número um nas reivindicações populares de Natal, segundo Moacir de Góes, foi o de escola para todos. Com base neste pedido, aSecretaria de Educação partiu para a primeira fase da Campanha, com o funcionamento das escolinhas que eram, simplesmente, salas cedidas à Prefeitura para o funcionamento declasses. Eram salas de sindicatos, casas populares, clubes, associações diversas. A prefeitura entrava com as carteiras, a monitora, material escolar e merenda. No final de 1961, realizou-se uma importante reunião no Comité Nacionalista do Bairro das Rocas, importante bairro proletário da capital potiguar, cujo presidente era o pastor José Fernandes Machado, funcionário dos Correios e Telégrafos. O principal resultado do debate foi a decisão de construir acampamentos escolares, já que não havia condições financeiras para a construção de grupos de alvenaria. Em fevereiro daquele ano já estava construído o primeiro acampamento nas Rocas: era um conjunto de quatro galpões, sem paredes. cobertos com palha de coqueiro. As divisórias eram quadros murais e de giz; cada galpão tinha quatro salas de aulas e o chão era de barro batido. Ao lado dos galpões escolares, havia um outro, redondo, para as festas e debates comunitários. O conjunto também incluía horta e aviários, para enriquecimento da merenda escolar.

Salas de aula do projeto “De pé no chão também se aprende a ler”.

Enquanto as escolinhas eram organizadas nos bairros mais populares da cidade, e o primeiro acampamento começava a funcionar nas Rocas, a campanha “De pé no chão também se aprende a ler” iniciava mais uma etapa: a do ensino mútuo, com a primeira experiência também nas Rocas. O método Paulo Freire ainda não chegara ao Rio Grande do Norte e cerca de vinte secundaristas engajavam-se na tarefa de alfabetizar adultos em suas próprias casas. O coordenador da experiência foi o professor Antônio Campos e Silva. Este mesmo educador coordenava a equipe que fazia a identificação das manchas de analfabetismo na cidade de Natal pesquisando também as causas da evasão escolar.

PRAÇAS DE CULTURA

Sob a influência direta do Movimento de Cultura Popular MCP — de Recife (criado no governo de Miguel Arraes), a Prefeitura de Natal, através de sua Secretaria de Educação, partiu, em seguida, para uma nova etapa na campanha através das Praças de Cultura.

A Campanha de Pé no Chão frontalizou, politicamente, o projeto americano “Aliança para o Progresso”, financiadora do sistema educacional do Governador Aluízio Alves.

As duas maiores foram instaladas no bairro das Quintas e nas Rocas, com quadra esportiva, arquibancada de cimento, parque infantil e uma pequena biblioteca. A Praça servia tanto para jogos quanto para teatro e outros espetáculos populares, além de debates. Somente com quadra e parque, chegaram a ser implantadas dez praças. Na Praça André de Albuquerque, chamada de “Praça da Cultura”, havia também uma concha acústica, uma biblioteca, galeria de arte e um local para danças, onde o professor Gracio Barbalho fez muitas palestras sobre a música popular brasileira. “A Praça André de Albuquerque era um verdadeiro fórum aberto e democrático, de onde todos se aproximavam para participar dos debates e usufruir da cultura, lembrou anos depois Moacir de Góes.

O POVO TECE SUA HISTÓRIA

Paralelamente, a expansão da campanha exigia a preparação do pessoal técnico e, por isso, a Secretaria decidiu criar o Centro de Formação de Professores, ligado ao Grupo de Educação Popular e à Coordenadoria Técnico-Pedagógica da instituição. A responsável pelo Centro foi Margarida de Jesus Cortez, que fizera curso, promovido nos anos de 1950, em São Paulo, pela UNESCO, sobre uma nova educação para os pises subdesenvolvidos.

Aula no projeto “De pé no chão também se aprende a ler”.

Moacir lembrou que Margarida Cortez inovou a pedagogia do Rio Grande do Norte, com a criação de unidades de trabalho na experiência de educação popular. Eram textos mimeografados, com o objetivo de integrar conhecimentos, e distribuídas nos vários níveis da campanha.

O Centro oferecia treinamentos de três meses para os futuros monitores e também cursos de reciclagem durante as férias, além de cuidar da supervisão da campanha e manter uma escola experimental. Ele representava o grande laboratório da revolucionária experiência.

NOVA CAMPANHA

A partir da realidade básica do trabalho, os responsáveis pela campanha “De pé no chão também se aprende a ler” resolveram partir para mais uma etapa, implantando a campanha – “De pé no chão também se aprende uma profissão”.

Em fevereiro de 1963, já funcionavam oito cursos nas Rocas: corte e costura, enfermagem de urgência, sapataria, marcenaria, barbearia, datilografia, artesanato e encadernação. Em setembro, a campanha já oferecia dezessete cursos nas regiões das Rocas, no Carrasco, Nova Descoberta, Bairro Nordeste e Quintas, atingindo a jovens e adultos.

A experiência de Paulo Freire uniu-se à de Natal em 1963 e, segundo Moacir, chegaram a funcionar em Natal de dez a doze Círculos de Cultura, debatendo a passagem da consciência ingénua para a consciência crítica e os passos necessários para a construção de uma sociedade democrática. O próprio Paulo Freire veio a Natal preparar os monitores. Nesta fase, a campanha “De pé no chão também se aprende a ler” ampliou a sua interiorização, com a vinda de professores leigos para cursos em Natal, assinatura de convênios com instituições das cidades potiguares de São Tomé, São Paulo do Potengi, Afonso Bezerra, Assú, Currais Novos, São Gonçalo e Macau (principalmente sindicatos), além de uma importante reunião na capital com quarenta prefeitos.

Paulo Freire fala numa Praça de Cultura da Prefeitura de Natal. No palanque, entre outros, da esquerda para a direita, na primeira fila: Grimaldi Ribeiro (Secretário de Educação do Estado), Monsenhor Walfredo Gurgel (Vice-Governador do Estado), Agnelo Alves (representando o Governador Aluízio Alves), Luiz da Câmara Cascudo (Presidente da Associação Brasileira de Folclore) e o jornalista Marcelo Fernandes (em pé).

Neste encontro os prefeitos chegaram a fundar a Frente de Educação Popular do Rio Grande do Norte, que não chegou a se consolidar por causa do Golpe de 1964.

A nova fase da campanha de Djalma para que todos tivessem acesso bens culturais foi a de “uma escola brasileira construída comdinheiro brasileiro”. E a escolha deste sloganestava intimamente ligado ao quadro político estadual da época, a aliança de 1960 já estava rompida e Djalma Maranhão estava em um campo oposto ao do governador Aluízio Alves. O pomo central da discórdia era o papel do programa “Aliança para o Progresso” no Rio Grandedo Norte e no Nordeste.

A professora Vanilda Pereira Paiva contou essa história em seu livro – Paulo Freire e o nacionalismo desenvolvimentista” (Civilização Brasileira, 1950. páginas 22 e 23): “Devemos lembrar aqui que a criação da Aliança Pelo Progresso em 1961 muito deveu à situação política vivida no campo nordestino no período, especialmente à multiplicação das Ligas Camponesas. Não por casualidade que no Brasil o escritório da USAID – United States Agency of International Development (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) foi montado na cidade de Recife, logo após a criação da Aliança para o Progresso.

A merenda escolar – muitas vezes, a principal refeição do dia. Na falta de copos, as crianças se apresentavam com pequenas latas.

E sua política de “ajuda ao desenvolvimento” deixou ver, em seguida, a sua verdadeira face de “programas de impacto”, entrando o novo organismo em conflito com a SUDENE – Superintendência Para o Desenvolvimento do Nordeste, por realizar convênios diretamente com os governos estaduais considerados “receptivos” e aplicando seus recursos com base em critérios essencialmente políticos.

Segundo Riordan Roett, que trabalhou como membro da equipe da missão Aid no Nordeste, os “Estados Unidos viam a região como, um problema de segurança internacional e a assistência econômica externa como uma arma contra uma ameaça que o Brasil não reconhecia unanimemente”. Por isso, os planos de ajuda eram, em primeiro lugar, adaptados às “exigências da segurança dos Estados Unidos”, a fim de “derrotar a ameaça comunista” e, em abril de 1962, os Estados Unidos consideravam que a situação nordestina já ultrapassava o estado de que motivou a decisão inicial de oferecer ajuda econômica.

Consta que cada galpão de aulas se dividia em quatro salas. Nos turnos da manhã e da tarde estudam adolescentes e crianças. À noite a frequência era de adultos.

Do ponto de vista de Washington — dia Roett — o Problema não era mais o desenvolvimento econômico e social, mas a sobrevivência política imediata deuma sociedade não comunista no Nordeste. Ora, não apenas as Ligas Camponesas eram vistas corno ameaçadoras. Também a vitória eleitoral das Frentes com participação de forças de esquerda não somente revelava a radicalização da vida política da região, como contribuía para levá-la mais longe.

Assim, preocupava a conquista das prefeituras de Recife e Natal, mas especialmente a possibilidade dos prefeitos daquelas cidades chegarem e governos dos respectivos Estados; um dos problemas dos norte-americanos era corno contribuir para evitá-lo. A interferência nas eleições através do financiamento dos candidatos antinacionalistas não era suficiente; havia que fortalecer os políticos “receptivos”.

A Biblioteca Popular Monteiro Lobato, no bairro das Rocas. Ess pequena biblioteca e uma outra denominada e Castro Alves emprestaram, em menos de seis meses de atuação, quase 80.000 volumes.

Aluízio Alves — antigo quadro (leia LDN — não só era “receptivo”. como conjugava características ideais, por um lado ele era capaz de controlar os impulsos da radicalização das classes populares, através da prática de urna política ultramanipulatória e suficientemente ambicioso e conservador para não representar um perigo potencial de evolução para a esquerda. Por outro lado, embora aliado a algumas oligarquias tradicionais, ele representava a vitória deuma política de incentivo à industrialização no seu Estado. Tratava-se. pois, de ajudar a um governador “favorável ao progresso”.

As negociações entre Alves e a USAID começaram em agosto de 1962, mas devemos lembrar que logo que foi eleito, ele visitou Kennedy, em Washington, a convite do Departamento de Estado norte-americano, e recebeu promessa de ajuda. Esta era essencial para Alves, pois, representando a vitória de um espírito “desenvolvimentista” e travando uma dura luta contra as oligarquias udenistas, seu fortalecimento político e a realização de suas ambições ao nível federal estavam ligados à transformação económica do Estado eaos programas que ele conseguisse realizar na sua gestão.

Informação sobre o avanço do projeto no bairro das Rocas. Ai fundo podemos ver a Igreja Matriz da Sagrada Família.

A obtenção de recursos parece ter sido facilitadapela aceitação, por parte do governador, de pressões norte-americanas para que entregasse a Secretaria de Educação ao jornalista Calazans Fernandes. Os interesses ianques e os de Alves acoplaram-se bem no que concerne ao tipo de programa aser lançado: os “programas de impacto” que deixam de lado projetos de ajuda propriamente económica e se concentram emáreas “visíveis” como saúde e educação (principalmente a construção de prédios escolares), serviam para assegurar à população ointeresse norte-americano e do governo do Estado pelo seu bem-estar.

O complemento para o programa de construções escolares era urna campanha de alfabetização que aumentasse o eleitorado sob controle do líder populista, fortalecendo suas bases eleitorais e diminuindo as chances de uma futura vitória do então prefeito de Natal.

Bambelô Aza Branca (Coco de roda) – O folclore era um dos focos da política cultural da Prefeitura de Natal na época. Realmente esse tipo de ação foi bastanter negligenciada em Natal nas últimas décadas.

Djalma Maranhão nunca deixou de denunciar esta ação da Aliança para oProgresso e, segundo Moacir de Góes, propôs “uma escola brasileira com dinheiro brasileiro”. Em vez dos dólares, ele recebeu 50 mil cruzeiros do então Ministro da Educação, Paulo de Tarso, e com esse dinheiro foram construídos o Centro de Treinamento de Professores, na região do Baldo, e algumas poucas escolas de alvenaria nos bairros.

A REPRESSÃO

Toda essarica experiência de educação c de participação popular em Natal foi interrompida pelo golpe de 31 de março de 1964. Djalma foi pressionado pela repressão para renunciar, mas não o fez. A Prefeitura foi invadida e o prefeito preso. No quadro estadual, houve centenas de prisões na área rural (sindicatos c Ligas Camponesas), Correios, estrada de ferro, meio estudantil, sindicatos urbanos e na Prefeitura natalense. Nesta última, osetor mais atingido foi a Secretaria de Educação. Entre março e abril, foram presos o secretário Moacir de Góes, o diretor de ensino Omar Fernandes Pimenta, a chefe de documentação Mailde Ferreira de Almeida, a diretora do CFP Margarida de Jesus Cortez, o diretor do Colégio Estadual Genilberto Paiva Campos, a vice-diretora do CFP, Maria Diva da Salete Lucena, o chefe de gabinete e ex-presidente da CEE, Francisco Floripes Ginani, oresponsável pela interiorização da campanha, Josemá Azevedo, opresidente do Comitê Nacionalista das Rocas e responsável pelo sistema Paulo Freire na Colónia dos Pescadores, José Fernandes Machado, oprofessor do CFP e Presidente da UEE, João Faustino Ferreira Neto.

Muitos outros colaboradores da Campanha também foram presos: Luiz Maranhão Filho, Aldo da Fonseca Tinoco, Luiz Gonzaga dos Santos, Hélio Xavier de Vasconcelos, Evlin Medeiros, Carlos Alberto de Lima, Maria Lali Carneiro, Nei Leandro de Castro, José Arruda Fialho, Paulo Frassinetti de Oliveira, Eurico Reis, Guaracy Queiroz de Oliveira, entre outros.

Outro importante educador, Marcos José de Castro Guerra, responsável na área do Estado pela experiência Paulo Freire em Angicos, foi preso nada menos de oito vezes, entre abril e dezembro de 1964.

O interrogatório dos presos — e a investigação de “comunismo” — foram feitos por dois policiais pernambucanos, Carlos Moura de Moraes Veras e José Domingos da Silva — nomeados pelo governador Aluízio Alves, através do decreto publicado em 17 de abril de 1964, no Diário Oficial e republicado no dia 29. Segundo constava na época, os policiais haviam feito curso nos Estados Unidos no FBI, o Federal Bureau of Investigation, ou Departamento Federal de Investigação.

Com o Golpe Militar de 1964, todas as atividades da Campanha foram encerradas. Com a deposição e prisão de Djalma Maranhão, assumiu como prefeito de Natal Tertius César Pires de Lima Rebelo, um oficial da Marinha do Brasil. Na sequência foram criadas várias comissões de inquérito especificas para a Secretaria de Educação.

Outros inquéritos civis e militares foram iniciados, os líderes da Campanha indiciados e presos, e seus materiais, documentos e parte da infraestrutura foram destruídos. Desse modo, teve fim uma das mais importantes propostas de democratização da Educação formal durante o século XX em Natal. Ao ser destruída pelo Golpe Militar, a Campanha De Pé no Chão Também se Aprende a Ler já tinha alfabetizado vinte e cinco mil crianças somente em Natal.

MAIS SOBRE A CAMPANHA “DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A LER” VEJA NO TOK DE HISTÓRIA – https://tokdehistoria.com.br/2013/04/21/de-pe-no-chao-tambem-se-aprende-a-ler/

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros - 

https://tokdehistoria.com.br/2022/03/26/de-pe-no-chao-tambem-se-aprende-a-ler-conheca-a-mais-intensa-e-revolucionaria-experiencia-educacional-realizada-no-brasil-e-ela-aconteceu-em-natal/

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CURIOSIDADE DA FAMÍLIA GONZAGA HISTÓRIA INÉDITA!

 Do acervo do Guilherme Machado

Curiosidade da família Gonzaga... A foto acima é do casamento de uma das sobrinhas do Rei do Baião, Silvana acompanhada pelo seu pai Aluísio, irmão caçula de Luiz Gonzaga que vem bem mais atrás com um microfone em mãos. A curiosidade é o seguinte: Quando Seu Luiz fugiu de casa nos anos 30 e só retornou com 16 anos depois, sem dar sequer notícia, nesse intervalo seus pais dona Santana e seu Januário, tiveram mais um filho, que por homenagem ao filho sumido vivo ou morto, puseram o nome do caçula de Luiz Gonzaga... Para surpresa do casal o filho fujão retorna 16 anos depois, com pompa de rei, ao bater na porta todos ficam espantados e ele garbozamante se apresenta para o pai? Sou eu Luiz Gonzaga seu filho! Depois no decorrer do tempo o irmão caçula é apresentado com o nome de Luiz Gonzaga. Mas o Rei de volta não gosta da ideia do seu nome no irmã mais novo, por sorte o menino não tinha ainda sido batizado, juntamente a família se entenderam e batizaram o menino com o nome de Aluísio Januário, sem abrir mão do apelido ( Luizinho).

Fonte: História Sivana Silvana Avila Ávila filha do Saudoso Aluísio.

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CELENE QUEIROZ SOBRE OS CANGACEIROS MARCELINOS - CANAL CANGAÇO EM FOCO

 Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=In-R-JWVRDk&ab_channel=CANGA%C3%87OEMFOCO

Primeira entrevistada a ex secretária de cultura da cidade de Barbalha/CE.

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"QUE A HISTÓRIA NÃO SE ACABE COM O TEMPO"

 Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=_v2umtCJPXo

Seu Zé Miguel sobre o Alto do Leitão. Fonte: Rafael Souza "OS MARCELINOS"

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CANGAÇO - DICA DE LEITURA - HISTÓRIAS DO CANGAÇO

 Por Aderbal Nogueira

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Ângelo Osmiro Barreto, pesquisador e escritor das histórias do cangaço possui uma das maiores, senão a maior, biblioteca com o tema Cangaço, no Brasil.

Já foi presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e hoje é presidente do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará.
Link desse vídeo: https://youtu.be/b6sLe_tscCI

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